terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

 A igreja e seus dons Ef 4. 1-16 

Introdução

“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro do Senhor...”. Paulo é um prisioneiro por causa do evangelho “...prisioneiro de Cristo por amor de vós, gentios...” (Ef 3.1). Ele não somente não somente pelo por causa do amor, também detido por causa da sua lealdade ao evangelho.

“Andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados” (Ef 4.2). A igreja que Deus está chamando à existência tem duas qualidades: primeira é um só povo, composto igualmente de judeus e gentios, a única família de Deus. Segunda, é um povo santo, distinto do mundo secular, separado para pertencer a Deus. Em resumo, a união e a pureza são dois aspectos fundamentais de uma vida digna do chamamento divino da igreja.

 1)     Pedras fundamentais da unidade da igreja. 

“Com toda humildade...” A humildade é essencial à unidade. O orgulho fica espreitando por detrás de toda discórdia, ao passo que o maior segredo da unidade é a humildade. As pessoas de quem gostamos imediata e instintivamente, são aquelas que nos tratam com respeito que julgamos merecer, ao passo que as pessoas com as quais antipatizamos são as que nos tratam com indiferença.

“...e mansidão...”. Mansidão não é sinônimo de fraqueza, mas, é a suavidade dos fortes, cuja força está sob controle. É a qualidade de uma pessoa forte que é, mesmo assim, a senhora de si mesmo e serva de outras pessoas.

“...com longanimidade...”. É aguentar com paciência pessoas provocantes, ou desafiadoras. É um animo estendido ao máximo, como um elástico. É o espirito que tem o poder de vingar-se, mas nunca o faz; é a pessoa que aceita o insulto sem amargura nem lamento.

“...suportando-vos uns aos outros em amor”. Suportar com amor significa ser clemente com as fraquezas, não deixando de amar o próximo ou os amigos, por causa das falhas, que nos ofendem. “...dedicando-se uns aos outros com amor, considerando as diferenças entre vocês, sempre resolvendo logo tudo e qualquer desentendimento” (A mensagem).

2)     O fundamento da unidade (Ef 4.4-6). 

Nestes versículos impressiona-se com o numero de vezes que Paulo usa a palavra “um”; ela ocorre sete vezes. Primeiros, três destas sete unidades fazem alusão à trindade: “um Espirito...um só Senhor...um só Deus e Pai de todos”. Ao passo que as outras dizem respeito à nossa experiencia cristã: “um corpo...uma esperança...uma só fé...um só batismo”. O numero sete simboliza perfeição, combina com o 3 da trindade e com o 4, numero que simboliza toda terra.

“Há um somente um corpo e um Espirito”. Este único corpo é a igreja porque há somente um Espirito. Este corpo é composto por crentes judeus e gentios, e sua coesão, unidade é devida ao único Espirito que habita nele. A criação do corpo de Cristo só depende do Espirito Santo. 

“Fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, e um só batismo”. Temos esperança de salvação, esperança da ressurreição e esperança da vida eterna. Jesus é o objeto da nossa fé “olhando para Jesus autor e consumador da nossa fé” (Hb 12.2). Em Jesus Cristo fomos batizados, imergidos, morremos para o mundo e vivemos para Deus. Como disse Paulo: “Estou crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20).

“Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.6). Primeiro, o único Pai cria a família “de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra” (Ef 3.14).  Segundo o único Senhor cria a esperança, a fé e o único batismo. Em terceiro, o único Espirito cria o único corpo, constituído de judeus, gentios, todos, somos todos nós participantes do corpo de Cristo. 

3)     Os dons do Espirito

A primeira coisa que Paulo aborda é a variedade da unidade. “E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo” (Ef 4.7). Portanto, os dons são dados para unir e edificar a igreja. O que é importante ressaltar: Primeiro, todo cristão possui algum dom. Paulo exorta o jovem Timóteo “...te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti..” (2 Tm 1.7).  

Segundo existe grande variedade de dons; dons ministeriais (Ef 4.11), dons para o corpo de Cristo, como: Palavra da sabedoria, do conhecimento, dom da fé, dons de curar, operação de milagres, dom de profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas, interpretação de línguas” (1 Co 12.8-10). Terceiro, o Senhor glorificado é soberano na distribuição dos dons. Quarto, os dons são ferramentas com as quais devemos trabalhar em prol dos outros, em favor do corpo de Cristo. 


“Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dos anos homens” (Ef 4.7). Ou seja, Cristo por meio de sua morte, ressurreição e glorificação tirou as correntes do cativeiro satânico “...despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2.15). Cristo venceu Satanás na cruz e concedeu dons aos homens.

“Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (Ef 4.11). A expressão “ele mesmo concedeu...” significa que Cristo concedeu que uns fossem pastores e outros mestres, evangelistas de modo que eu e você somos presentes ou dons, para a igreja! 

“Para apóstolos...” O verbo apostello significa enviar. Para ser apostolo, havia algumas exigências: 1) ver pessoalmente Cristo “Não vi Jesus, nosso Senhor?” (1 Co 9.1-2). 2)  Ser testemunha ocular da sua ressurreição “é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós” (Atos 1.21-23). 3) ter um ministério autentico com milagres especiais “...sinais, maravilhas e milagres...” (2 Co 12.12).

“outros para profetas...” No Novo Testamento o ministério profético tema função de trazer os descrentes uma convicção dos seus pecados, e aos crentes, edificação, exortação e consolação. Utiliza-se as Escrituras e um olhar aguçado sobre o momento atual.

“outros para evangelistas”. É o dom da pregação evangelística. Temos o diácono Felipe pregando em Samaria e muitas pessoas se rendendo aos pés do Senhor. Tivemos o pastor Billy Graham, pregando em muitos países. Tivemos o evangelista Bernardo Johnson, anunciando o evangelho em muitas cidades do Brasil.

“outros para pastores e mestres” os pastores são chamados para cuidar do rebanho de Deus, o fazem especialmente por meio de alimentá-los, isto é, o ensino da Palavra de Deus. Embora todo o pastor deva ser um mestre, nem todo mestre é pastor.

Conclusão

“com vista ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Flho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo o vento de doutrina...”.

Paulo fala de “aperfeiçoamento dos santos”, é tornar aptos para o desempenho da sua função no corpo de Cristo. “desempenho do seu serviço”, é treinamento de pessoas para fazer a obra de Deus. “Edificação do corpo de Cristo”, edificar é levantar, colocar para cima, aumentar a casa, esticar. “Para que não sejamos como meninos...”. meninos agitados, em busca de doutrina diferente, etc. 


  

 

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