sexta-feira, 21 de abril de 2017


                               
O PRIMEIRO JOGADOR DO “BALEIA AZUL”, E COMO ELE SAIU COM VIDA


Aqui está o seu primeiro desafio: ler este texto até o final, mesmo que corte a sua alma.
Sua vida tem sentido? Ou você se sente perdido no mar turbulento desta vida? Você até pensou: “ninguém se importa mesmo, então qual o problema de eu jogar o #baleiaazul?”.
Bom, deixe-me contar a história do primeiro jogador do #i_am_whale. Ele o jogou da forma mais radical possível: ele foi engolido vivo por, bem, possivelmente, uma baleia.

Esta é a história de Jonas. Ele vivia sua vida até que recebeu uma mensagem de Deus. Parece empolgante, não? Não para Jonas. Ele não queria fazer aquilo. Então, ele pega um barco na direção oposta e busca se afastar de Deus o máximo possível.
Só que isso é impossível! Deus está em todos os lugares. O que Jonas talvez não esperasse é que Deus iria frustrar totalmente os seus planos. No meio da viagem, começou uma forte tempestade e o barco estava quase virando. Jonas sabia que a culpa era dele e avisou aos seus companheiros de viagem. Como eles não queriam morrer, acabaram jogando Jonas no mar (você deve saber como é essa sensação… de ser jogado para longe pelos outros). Daí, Deus manda então um grande peixe engolir Jonas.
Ele passa três dias e três noites lá. Mas a história continua:
“Lá de dentro do peixe, Jonas orou ao Senhor, ao seu Deus. Ele disse: ‘Em meu desespero clamei ao Senhor, e ele me respondeu. Do ventre da morte gritei por socorro, e ouviste o meu clamor. […] Mas tu trouxeste a minha vida de volta da cova, ó Senhor meu Deus! Quando a minha vida já se apagava, eu me lembrei de ti, Senhor, e a minha oração subiu a ti… A salvação vem do Senhor.” (Jonas 2, NVI)
Jonas então orou a Deus e descobriu que a salvação daquela situação de morte vinha de Deus.
Talvez a sua situação não seja tão diferente.
Deus lhe deu vida para que você pudesse viver em uma empolgante intimidade com ele. Compartilhando cada alegria e todo o seu amor com ele. Mas você, como Jonas, tem se afastado de Deus. E quando saímos da luz, entramos nas trevas. Se você se afasta de Deus que é a fonte de vida, o que sobra além de morte? Não é assim que você se sente? Morto por dentro, perdido nas trevas?
Mas já vou avisando. Suicídio não vai aliviar a sua dor. Suicídio é ilusão, pois essa vida não acaba aqui. A pior coisa que alguém que está se afastando de Deus pode fazer é se matar. Ele pensa que o suicídio vai aliviar a sua dor, mas não vai. Não alivia nada! Só piora, pois essa pessoa vai enfrentar uma eternidade inteira de sofrimento. É isso que a rebeldia contra o Deus da Vida traz. Deus é bom e justo e, se ele não condenar aquilo que é mau e injusto, ele é que vai ser mau e injusto.
Então, qual é a resposta? Bom, aqui está a boa notícia: Jonas, na cova, descobriu que a salvação vinha de Deus. E é isso o que você precisa descobrir. Vou falar o que Deus fez para trazer salvação para sua vida.
Outra pessoa na Bíblia fala sobre esse episódio de Jonas, dizendo que ele passaria três dias no coração da terra (Mt 12.40): Jesus Cristo. Deus poderia entregar todos nós à morte, mas, por seu grande amor, ele providenciou alguém que encarou o sepulcro da morte que pertencia a você. Ele entregou seu próprio Filho!
Isso é amor! Eles viviam em um relacionamento perfeito, transbordante em amor – diferente de muitas de nossas famílias. Porém, por sua grande misericórdia, Deus enviou o seu Filho para viver entre nós, caminhar uma vida perfeita e entregar a própria vida na cruz. Lá, naquela morte sangrenta, Jesus tomou a punição de todo aquele que se arrepender de sua rebelião e confiar nele para a salvação.
A história não acaba na morte. Assim como Jonas, depois de três dias, Deus ressuscitou seu Filho e o tirou do sepulcro da morte. Essa é uma verdadeira vitória sobre o sofrimento e a morte! E Jesus oferece essa vida para você.
Então, aqui está o seu segundo desafio: abandone sua rebelião contra Deus, olhe para Jesus naquela cruz dando a vida dele por você e creia que a vida, a morte e a ressurreição dele são suficientes para salvar você. Entregue o seu coração a Deus, a fonte da vida, e você vai sentir ele bater novamente. E saiba, você não precisa fazer nada para merecer a vida. Jesus a oferece a você se confiar nele.
Se você quiser mais ajuda, entre em contato conosco ou procure uma igreja perto de você, um lugar com outras pessoas que encontraram essa vida que Jesus oferece.
Embora tenhamos sofrimentos nesta vida, Jesus nos livra da morte eterna e nos promete que um dia Deus “enxugará dos [nossos] olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Ap 21.4).
 Por Vinicius Musselman Pimental
Voltemos ao Evangelho




terça-feira, 18 de abril de 2017

O PERIGO DE COMPRAR PASSAGEM PARA Társis  - Jonas 1


Introdução.

  Dois fatos importantes:

Pela primeira vez Deus está enviando um profeta a uma cidade pagã para uma missão de anunciar a Palavra de Deus. JONAS É O MISSIONÁRIO DE MISSÕES MUNDIAIS.

O segundo fato que a diferença entre Jonas e os que o antecederam é a sua atitude: “...LEVANTOU-SE PARA FUGIR DA PRESENÇA DO SENHOR”.

1)    Quem era Jonas? 


Seu pai chamava-se Amitai (2 Rs 14.25), era natural de Gate-Hefer, região da Galiléia. O nome Jonas significa “pomba”. Historicamente, Jonas viveu no tempo do rei Jeroboão, Rei de Israel, portanto podemos situá-lo entre 782 à 740 a.C.

2)    Ordem de Deus: “Levanta-te, vai a à grande cidade de Nínive”.

POR QUE JONAS NÃO QUERIA FAZER MISSÕES EM NÍNIVE?  Nínive é tradução do assírio Ninua ou Nina, nome da deusa Isthar, uma das divindades dos assírios, que a chamavam de rainha dos céus. Chegou a ser adorada em Judá, como se vê em Jeremias 7.18. Era a deusa da guerra e do amor, entendendo-se por AMOR A PALAVRA SEXO.  Nínive, também era capital da Assíria, tornou-se famosa por sua crueldade. Seus métodos de tratar os vencidos incluíam decepar as mãos, vazar os olhos, empalhamento etc. Chegou a cobrar impostos  de Israel, reino do norte (2 Rs 15.20) e, por fim, destruiu a Israel (2 Rs 17). 




Jonas conhecia o caráter de Deus. Sabe que ele é misericordioso, longânimo e grande em benignidade (Jn 4.2) e que vai dar oportunidade a Nínive se houver conversão na cidade. A dificuldade de Jonas é que ele era radical em seus pontos de vista e faz de si mesmo a palavra final. Ele é a verdade.

“Jonas possuía uma compreensão de Deus rígida. Ele não estava disposto a mudar nenhuma das suas convicções . Ele não desejava crescer na sua compreensão de Deus. Ele sentia-se satisfeito por permanecer como estava. Ele conhecia as escrituras, mas nunca as havia aplicado no seu coração”.

3)    “Levantou-se para fugir da presença do Senhor”. 



Enquanto Isaias se oferece para ir (Is 6.8), Jonas, escolhido, foge para não ir. Por quê Jonas quis ir para Társis?  Társis é Gibraltar, ou Espanha; o fim do mundo; os portões da aventura. PARA JONAS, ir à Nínive para pregar não era uma missão cobiçada por um profeta hebreu com boas recomendações. Társis, todavia, ERA OUTRA HISTÓRIA. Era um lugar exótico. Uma aventura. Nas referencias bíblicas, Társis era “um ponto distante e às vezes idealizado”. O livro de 1 Reis 10.22 relata que a frota de Salomão ia a Társis pegar ouro, prata, marfim, macacos e pavões. Outrossim, conforme lemos em Isaias 66.19, Társis era uma cidade onde a Palavra de Deus não está.

Assim Jonas começa a se movimentar. Seu movimento é descendente: descendo e desceu são encontrados no versículo 3. Descerá mais uma vez no versículo 5 (descera) e depois descerá ao ventre do peixe. Ou seja, o caminho da desobediência é um caminho descendente.  




De Jope, Jonas, seguirá para Társis, comprou uma passagem, e entra no navio “para ir (...) da presença do Senhor”.  PRESENÇA em hebraico significa literalmente “face”, uma metáfora carregada de experiências complexas e íntimas. O salmo 139.7-8, afirma: “Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua PRESENÇA? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também”. Jonas, tentou fugir da presença do Senhor, enquanto que Moisés, desejava ver a presença de Deus (Ex 33.18-20).


4)    Fugindo da tempestade. 



Deus, enviou uma grande tempestade, mas Jonas está no porão do navio dormindo. A expressão “sono profundo” é, no hebraico, a mesma utilizada como “pesado sono” (Gn 2.21). A septuaginta, que é o Antigo Testamento traduzido para o grego, acrescenta que JONAS RONCAVA.

O capitão do navio o encontrou ali e disse:
— Como é que você está aí dormindo? Levante-se e peça socorro ao seu deus. Pode ser que ele tenha pena de nós e não deixe a gente morrer.
E são feitas quatro perguntas para Jonas: qual é o seu trabalho, de onde vem, de que terra e de que povo é. E, ele responde: Sou hebreu, temo ao Senhor, o Deus do céu, que fez o mar e a terra”. E estou FUGINDO DA PRESENÇA DO SENHOR.
Os marinheiros ficaram espantados. Que é isto que fizeste? Ou, como é que fizeste uma coisa dessa. Ele tem noção da gravidade dos atos de Jonas, ao passo que este não se preocupa com o fato. Enquanto Jonas, homem de Deus, diz “temo ao Senhor”, dos marinheiros, os homens sem Deus, se diz que tiveram “grande temor”. O sentimento deles para com Deus era maior do que o sentimento de Jonas.

Conclusão: Jonas é lançado no mar e Deus envia um peixe para salvá-lo; dentro do peixe, Jonas ora.
Primeiro, descreve sua situação: “Pois me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente das aguas me cercou; todas as suas ondas e as tuas vagas passaram por cima de mim” (Jn 2.3). Jonas, se preocupa com o templo de Deus: “(     ) como tornarei a olhar para o teu santo templo” (v.4). No versículo 6, o profeta descreve a sua situação no mar: desceu até os fundamentos dos montes. A Bíblia na Linguagem de Hoje traduziu para expressão assim: “Desci até as raízes da montanha, desci a terra que tem o portão trancado para sempre”. Ou seja, mundo dos mortos. Não havia mais esperança. As algas, as plantas do fundo do mar, o estavam cobrindo.
Jonas, continua: “(...) mas tu, Senhor meu Deus, fizeste subir da cova a minha vida”. A palavra cova é o hebraico xeol.Enquanto Jonas tentou controlar sua vida, tudo deu errado. Agora na mão de Deus, tudo dará certo. HÁ ESPERANÇA PARA SUA VIDA. 



sexta-feira, 14 de abril de 2017


Em 14 ilustrações, artista retrata o amor de um pai por sua filha.

 Independente do sexo do bebê, virar pai é um momento único para qualquer homem. Porém, ter uma filha pode ser um pouquinho mais desafiante, pois exige um mergulho num universo diferente e novo. Afinal, quantos papais já não se depararam com desafios como fazer tranças em bonecas, sem ter nem ideia por onde começar? :-)
Nesta série de 14 ilustrações, a artista ucraniana Snezhana Soosh captura momentos do dia a dia entre pais e filhas. Em cada uma das imagens, ela mostra uma declaração de amor dos pais por suas meninas através de atitudes simples do cotidiano. Lindo!
Veja a sequência:
Papais sempre estão prontos para uma brincadeira.

Ou para nos ajudar com algo complicado e difícil.



Papais fazem qualquer coisa e topam até as ideias mais malucas.


O céu é o limite para sua criatividade (e paciência). 




Eles nos ensinam a jogar jogos e, às vezes, disfarçam e nos deixam ganhar.







É por isso que queremos ir com eles para todo lugar!


Papais sabem exatamente o que nós gostamos e o que nos faz rir.


Eles sempre encontram um minutinho para um café de mentirinha, mesmo quando estão muito ocupados




Papais são enoooormes, mas nos deixam ocupar a maior parte da cama.

Quando montamos no seu cangote, o mundo ganha outra perspectiva. 



Eles não tem medo de nada: nem de tentar fazer uma trança! 


E estão sempre prontos para lutar contra os monstros que atacam o quarto no meio da noite.


E nos fazem sentir amadas e protegidas a cada abraço.

Definitivamente, o amor está nas pequenas atitudes do cotidiano. Ter um pai presente faz uma diferença enorme na vida de qualquer criança. Infelizmente, a artista Snezhana não teve essa sorte. Mas isso é exatamente o que ela deseja para seus filhos e para todas as crianças do mundo!

Vale lembrar: a vida é curta, e os pequenos crescem rápido. Passe tempo com seus filhos, mostre que você os ama. Esta é a melhor herança que você pode deixar para eles... 


terça-feira, 11 de abril de 2017

Cada coração sem Cristo é um campo missionário. Atos 8: 26-40



Introdução: frases

"Quando Jesus diz: "Vinde" - Ele vem nos encontrar.
Quando Ele diz: "Ide" - Ele vai conosco."

"Se quiseres fazer alguma coisa para durar uma estação, plante flores;
Se quiseres fazer alguma coisa para durar uma vida, plante árvores;
Se quiseres fazer alguma coisa para durar uma eternidade, plante igrejas”.

"O evangelismo ocorre quando o crente fica tão inflamado em contato com o fogo central de Cristo, que, por sua vez, põe fogo nos outros."

"Se os pecadores serão condenados, que eles o sejam pelo menos passando por cima de nossos corpos. Se os pecadores hão de perecer, que eles o façam pelo menos tendo os nossos braços a agarrar-lhes os joelhos, implorando que fiquem. Se o inferno tem de ser cheio, que o seja pelo menos contra o vigor de nossos esforços, e não permitamos que ninguém vá para o inferno sem que o tenhamos advertido e por ele tenhamos orado."

"Cada coração com Cristo é um missionário e cada coração sem Cristo é um campo missionário."

"De cem homens, um lerá a Bíblia; noventa e nove lerão o cristão."

1)    Missão e Missões. 

Missões: o conceito é ligado a enviar missionários para outros países. É como se a missão da igreja fosse delegada para algumas pessoas que tiveram um chamado especial para esse encargo de anunciar o evangelho. Anunciando o evangelho em outro país, com cultura e língua diferente. A frase nos cultos de missões era: ou você vai, ou você paga quem vai, ou você ora.

Missão: a compreensão que toda a igreja está missão. E que a missão não é missão da igreja, mas de Deus. Ou seja, Deus manda o Filho, o Filho manda o Espírito Santo; e, o Pai, o Filho e o Espírito Santo enviam a igreja.

Qual é a missão da igreja? O Cristianismo é a história de como o rei por direito desembarcou disfarçado em sua terra e nos chama a tomar parte numa grande campanha de sabotagem. Quando você vai à igreja, na verdade vai receber os códigos secretos mandados por nossos amigos: não é por outro motivo que o inimigo fica tão ansioso para nos impedir de frequentá-la. Ele apela à nossa vaidade, preguiça e esnobismo intelectual. C.S. LEWIS

2)    Quatro Empecilhos ao evangelismo. 

Ignorância. Não sabemos como evangelizar. Não temos um método, ou uma técnica comprovada que nos faça sentir à vontade, quando falamos de Cristo para os outros.

Temor. A maioria dos cristãos simplesmente tem medo. Medo de que a pessoa faça perguntas que não sabemos responder.

Indiferença. Muitos cristãos não importam nem um pouco com o destino espiritual dos outros. “Se as pessoas querem crer assim, tudo bem. Cada um viva do jeito que quer”.  Quando William Carey propôs evangeliza os indianos, recebeu a seguinte resposta: “Jovem senta-te. Quando Deus resolver converter os pagãos, ele fará sem a minha ou a sua ajuda”. Mas, Carey não ficou indiferente aos povos não alcançados e disse: “Esperai grandes coisas de Deus, praticai proezas para Deus”.

Experiência negativa. Pessoas que antes da conversão, foram abordadas por pessoas sem sabedoria. Exemplo: Alguém me escreveu: “uma pessoa da minha família, disse que de nada adianta meu primo orar, pq DEUS não ouve suas orações, pq ele é gay....Ele orava pq estava com dores no corpo e dps disso, comentou q não sabe mais o q pensar”.

1)    Filipe – o evangelista. 

Felipe levou o evangelho a Samaria, podemos ler isto em Atos 8.5-8, onde a Palavra nos fala dos sinais miraculosos, das curas, e pregação poderosa do diácono Felipe. Um avivamento estava acontecendo em Samaria, todos estavam eletrizados. De repente, Deus intervém ali, e faz uma coisa muito estranha. Diz a palavra de Deus que “um anjo do Senhor disse a Felipe: Vá para o sul, para a estrada deserta que desce de Jerusalém à Gaza”( Atos 8.26).

Filipe tinha sensibilidade espiritual.
Como teria sido fácil para Filipe deixar-se envolver totalmente pelo empolgamento e toda agitação daquele avivamento samaritano – onde Deus estava operando visivelmente. Então, Deus afastou Filipe de Samaria, sem explicar por que, sem revelar o objetivo final, e o deixou em uma estrada deserta.  Uma viagem longa de aproximadamente 60 quilômetros, para um lugar deserto, atravessando uma cidade contrária à sua pregação, e por uma estrada praticamente inutilizada, por isto chamada de “deserta”. 


Filipe estava disponível.
O texto continua dizendo: ... “No caminho encontrou um Eunuco etíope, um oficial importante, encarregado de todos os tesouros de Candace, rainha dos etíopes...”  A bíblia nos diz algumas coisas a respeito dele. A primeira é que era um EUNUCO. Eunuco é um homem privado da sua sexualidade, castrado por castigo, ou castrado de nascença. Um eunuco não pode ter filhos.  A lei mosaica era clara em Deuteronômio 23:1 lemos – “Ninguém que se tenha tornado eunuco, por acidente ou por mutilação, entrará na assembleia do Senhor”. Um homem castrado, ou Eunuco, era excluído da congregação, não poderia exercer nenhum tipo de atividade sacerdotal, nem tão pouco entrar no templo e como tal, também estava destituído da sociedade como um todo, sua vida estaria fadada à escravidão. 

A palavra diz que este homem era um etíope, oficial importante, encarregado de todos os tesouros de candace. Ele era o ministro da fazenda da Etiópia. Lá está o sujeito, numa carruagem no meio do deserto, lendo as escrituras. E lendo justamente o capítulo 53 de Isaias, a passagem que fala do sacrifício do Messias e da salvação mediante o sacrifício. E DEUS DIZ ao seu servo Filipe: “Aproxima-te desse carro, e acompanha-o”.

Filipe tomou iniciativa.
“Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaias, e perguntou: Compreendes o que vens lendo” (Atos 8.30). 


Filipe indagou: “Voce compreende o que está lendo?”. Queria realmente saber se aquele desconhecido que viajava na carruagem estava entendendo as palavras que lia. Uma cantora evangélica chegava nas pessoas e perguntava: “Posso cantar uma música para você?”. Esta é uma forma inteligente de iniciar uma conversa.

Filipe tinha tato.
E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, Assim não abriu a sua boca.
Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; E quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra. E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Atos 8:30-34

Felipe ouviu o homem confessar sua ignorância e não disse nada. Depois, polidamente, esperou que o outro o convidasse para subir a carruagem, e então subiu. Em seguida, em vez de começar a despejar nele um sermão preparado, PARTIU DO PONTO ONDE ELE ESTAVA. E em momento algum procurou diminui-lo, ou mostrar-se importante. Nem tentou impressioná-lo. Aquele homem era gentio. Não tinha a menor idéia sobre quem Isaias, o profeta judeu, estava falando. E Filipe se mostrou calmo e respondeu com tato.

Filipe tinha objetividade.
E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus. Atos 8:34,35

Filipe não apelou para explicações confusas, nem jargões, nem ameaças agressiva do tipo: “Aceita agora, senão você vai para o inferno”. Mas falou de Jesus – da sua Pessoa e da sua obra, do seu amor pelos pecadores, da sua vida exemplar, do seu sacrifício, da sua ressurreição e do perdão dos pecados.
Quando estivermos testemunhando da nossa fé, limitemo-nos a falar de Jesus. Não falemos de igreja, nem denominação, nem religião, nem de questões doutrinárias. FALEMOS OBJETIVAMENTE DE JESUS, O SALVADOR.

Conclusão: a salvação do enuco.            
O enuco quis ser batizado, com muita sabedoria, Filipe colocou as coisas em seus devidos lugares. Com um firme discernimento, ele explicou que, para uma pessoa ser batizada, ELA PRECISA CRER EM CRISTO, primeiro. O homem creu e depois foi batizado. 





A carta que Vingren deixou e ninguém leu… até agora!  


Prezados irmãos assembleianos,

A paz do Senhor!

Sinto enorme alegria em me comunicar com vocês tantos anos depois de nossa chegada ao Brasil. Sempre gostei da palavra escrita, não à toa investimos, eu e minha esposa, tempo e dinheiro na criação de periódicos. Chegaria a qualquer pessoa, em qualquer lugar. E poderiam ler e reler e repassar a outros… E olha que meu português ainda estava se acomodando.

A igreja que fundamos, eu e o Berg, cresceu. É palpável, todo mundo quer agora ser assembleiano. Nos primeiros anos era somente bordoada. Da Igreja Católica, das igrejas tradicionais. Quase nenhum político nos acolheu. Nunca os procuramos, a não ser em demandas institucionais. Ouço dizer que agora estão por toda parte. E até assentam em nossos púlpitos. É um comportamento reprovável. Alegrias e tristezas, parece não ser possível ter tudo ao mesmo tempo…

Recebo algumas outras notícias tristes. Dizem, por exemplo, que o cântico congregacional foi substituído pelos orgãos. Era natural que os irmãos se ajuntassem… o que não é normal é tomarem o tempo da Igreja. Alguns me informam que um ou outro irmão canta sozinho ao microfone, enquanto os outros esperam calados, olhando pros lados. Quem entende? É grupo ou cantor? E o repertório? Dizem que a temática não é muito boa.

Outros me dizem que há uma departamentalização exagerada. Só falta o cara-crachá para entrar nas reuniões. Esses grupos são ótimos para a divisão do trabalho, mas com o tempo se criam nichos, onde ninguém mete a mão. Crescem e querem se apoderar do tempo e das energias dos demais. Acabam sobrepondo as atividades e se desentendendo. Sei não…

Fico abismado ao ler que não alcançaram plenamente o Sertão. Cem anos depois!? Andei muito pelo interior do País a cavalo ou a pé e sempre o Senhor abriu portas por todos os lados. O que há? Parece estar faltando oração e engajamento. Dinheiro, dizem, está sobrando. Compraram TVs e rádios, os carros são os melhores, tem até gente com avião! Por favor, amados, não esqueçam do Sertão! Sei que lá não tem muita riqueza, mas que valor daria para comprar uma alma?

Minha cabeça sueca está particularmente preocupada com os rumos que a igreja tem tomado, parecendo cada dia mais com as instituições europeias. Muita discussão, muita reunião e pouca coisa prática. Acabei de receber um telefonema informando os rumos da última AGO, em Fortaleza… Eu nunca quis uma Convenção Geral, sabia que ia dar nisso. Poder, poder, poder. Quando cansam do cardápio, bravata. Que coisa triste. Pessoas estão se perdendo, o Brasil está mergulhado na idolatria e nos vícios e os pastores discutindo quem fica com um naco maior de poder? Não foi isso que ensinei. É a receita certa para a derrocada.

Quando quiseram o controle do trabalho em Natal, em 1930, eu não me opus. Entreguei templos, membros, haveres e fui para minha amada Suécia. Deixei tudo para trás e não fiquei influindo nesta ou naquela decisão ou exigindo reparações. Penso que a Igreja não pertence a ninguém. Essa ânsia está cegando a denominação.

De Norte a Sul leio relatos de verdadeiras oligarquias, nas quais manda um grupo pequeno e restrito. Esse grupo catalisa as decisões e desbanca pessoas competentes e espirituais. Mas esse é dos problemas menores que me contam…

Me falam de desvios jogados debaixo do tapete, brigas por templos, pavoneamento, gastos excessivos à custa de ofertas e desperdício de energia mental e tempo. A Assembleia de Deus é grande mas não é indispensável. Cuidemos de voltar aos marcos antigos enquanto é tempo.

Envio-lhes uma foto da família. Por favor, não joguem fora nosso trabalho!

Gunnar Vingren



sábado, 8 de abril de 2017

“A CABANA DESCONSTRÓI A SANTIDADE E tRANSCENDÊNCIA DE DEUS”



Passadas as festas de fim de ano eu li uma boa (e devastadora) resenha do livro A Cabana de William P. (Paul) Young na mais recente edição impressa de Books and Culture: A Christian Review (Livros e Cultura: Uma Resenha Cristã) (Jan/Fev 2010). Foi um lembrete de que eu era uma das últimas pessoas no planeta que não tinha lido o livro. Então eu li. Então por que escrever um post sobre isso? Esse livro vendeu mais de 7.2 milhões de cópias em pouco mais de 2 anos, desde junho de 2009. Com números assim, o livro certamente exerce alguma influência sobre a imaginação religiosa popular. Então ele merece uma resposta. Isto não é uma resenha, mas apenas algumas impressões.
No coração do livro há um nobre esforço de ajudar pessoas modernas a entender por que Deus permite o sofrimento, usando a voz narrativa. O argumento que Young faz em várias partes do livro é este: Primeiro, o mal deste mundo e o sofrimento são resultado de nosso abuso do livre arbítrio. Segundo, Deus não preveniu o mal para cumprir algum bem maior e glorioso que os humanos não conseguem entender agora. Terceiro, quando ficamos rancorosos com Deus por causa de uma tragédia específica nós nos colocamos no assento de ‘Juiz do mundo e Deus’, e nós não somos qualificados para tal trabalho. Quarto, nós devemos ter uma ‘perspectiva eterna’ e ver todo o povo de Deus em alegria em sua presença para sempre. (O pai na história tem uma visão de sua filha falecida vivendo em alegria na presença de Cristo, e isso cura seu pesar). Isso tudo é na verdade teologia simples, ortodoxa e pastoral (apesar de ser um pouco pesada demais na ‘defesa do livre arbítrio’). Ela é tão acessível aos leitores por causa de sua voz narrativa. Eu li muitos relatos de semicrentes e não-crentes afirmando que este livro deu a eles uma resposta para suas maiores objeções à fé em Deus.
Contudo, espalhado por todo o livro, a história de Young mina diversas doutrinas cristãs tradicionais. Muitos se envolveram em debates sobre as crenças teológicas de Young, e eu tenho minhas próprias fortes preocupações. Mas eis aqui meu problema principal com o livro: Qualquer um que for fortemente influenciado pelo mundo de A Cabana estará totalmente despreparado para o Deus mais multidimensional e complexo que se conhece na verdade quando se lê a Bíblia. Nos profetas, o leitor irá encontrar um Deus que está constantemente condenando e prometendo julgamento sobre seus inimigos, enquanto que as Pessoas do Deus-Triúno de A Cabana repetidamente nega que o pecado é qualquer ofensa contra elas. O leitor do Salmo 119 é cheio de deleite nos estatutos, decretos e leis de Deus, enquanto que o Deus de A Cabana insiste que ele não nos dá nenhuma regra ou sequer tem qualquer expectativa quanto aos seres humanos. Tudo o que ele quer é relacionamento. O leitor das vidas de Abraão, Jacó, Moisés e Isaías irá aprender que a santidade de Deus torna sua imediata presença perigosa e fatal a nós. Alguém pode dizer o contrário (como Young parece fazer na página 192) dizendo que por causa de Jesus, Deus é agora apenas um Deus de amor, tornando obsoleta toda a conversa de santidade, ira e lei. Mas quando João, um dos amigos mais próximos de Jesus, muito após a crucifixão vê o Cristo ressurreto em pessoa na ilha de Patmos, João ‘caiu a seus pés como se estivesse morto’ (Apocalipse 1:17). A Cabana efetivamente desconstrói a santidade e transcendência de Deus. Simplesmente não está lá. Em seu lugar está um amor incondicional, ponto. O Deus de A Cabana não tem nada do equilíbrio e da complexidade do Deus bíblico. Meio Deus não é Deus nenhum.
Há outro texto moderno que procurou transmitir o caráter de Deus através de uma história. Ele também tentou ‘encarnar’ a doutrina Bíblica de Deus de uma maneira imaginativa que transmitiu o coração da mensagem bíblica. Aquela história continha uma figura de Cristo chamada Aslam. Contudo, diferentemente do autor de A Cabana, C.S. Lewis tinha sempre o ciudado de manter a tensão bíblica entre o amor divino e sua esmagadora santidade e esplendor. Na introdução de seu livro O Problema do Sofrimento, Lewis citou o exemplo do texto infantil O Vento nos Salgueiros onde dois personagens, Rato e Toupeira, se aproximam da divindade.
“Está com medo?” murmurou o Rato, com seus olhos brilhando com amor indizível. “Com medo? Dele? Ah, nunca, nunca. E ainda assim… ainda assim… Ah, Toupeira, eu estou com medo.” 


Lewis procurou levar isso em muitos lugares através dos contos de Nárnia. Uma das mais memoráveis é a descrição de Aslam.
“Seguro?… Quem falou em segurança? É claro que não é seguro. Mas ele é bom. Ele é o Rei, isto lhe digo!”
Assim é melhor.
Tim Keller