terça-feira, 28 de maio de 2019


Abadom e a cavalaria do inferno – Ap 9.1-12


Introdução
Vimos em apocalipse 8 as quatro trombetas. As trombetas, diferente dos selos, enfatizam o sofrimento pelo qual o mundo vai passar, ou passa, sendo que somente uma terça parte de tudo é atingido.

Vimos, na primeira trombeta, “granizo e fogo misturado com sangue”, retratando a sétima praga do Egito. Na segunda trombeta, João vê uma imensa bola de fogo (um meteoro?) que é lançada no mar, causando um terço de calamidades no mar, nas criaturas do mar e nas embarcações humanas. Já na terceira trombeta, há uma imensa estrela chamada absinto (amargo), amargando a terça parte dos rios do mundo, causando morte de muita gente. E, pra finalizar, na quarta trombeta, o sol e a lua e as estrelas do céu, perderam um terço do seu brilho.

Enquanto, o apostolo João contempla esses acontecimentos, viu uma águia plainando sobre o céu e gritando em alta voz: Ai! Ai! Ai! Dos que habitam sobre a terra, por causa dos toques das trombetas que estão prestes a ser entoadas pelos três anjos.

1)    Preambulo
Vivemos dias difíceis. “...Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1).  As pessoas não têm paz. Elas buscam refugio na religião, no dinheiro, na bebida, no dinheiro, no sexo, nas drogas, na fama. Mas o vazio é cada vez maior. A degradação dos valores morais aumenta. Para um mundo que rejeita a Deus, a maldição é receber o que deseja, os próprios demônios. A quinta trombeta são gafanhotos diabólicos que atacam o corpo da pessoa, mas não as matam. “Há certos períodos da HISTÓRIA em que parece que o inferno é liberado, a restrição divina é retirada e o diabo e suas forças agem livremente entre homens e mulheres do mundo” (Rm 1.18-24). 



2)    Quem é o abadom?
“...eu vi uma estrela que do céu caiu na terra...” “...O seu nome é abado, e em grego Apoliom” (vs. 1,11). 


Ele é uma estrela caída do céu. Lúcifer era chamado de estrela da manhã: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitas as nações”  (Is 14.12). Jesus diz: Eu vi a satanás como um raio que caía do céu” (Lc 10.18). Ele é um ser caído, decadente, derrotado. (Cl 3.15).

Ele tem caráter pervertido, ele é destruidor (9.11). No Antigo Testamento Abadom já era personificado como príncipe da perdição. Os demônios que saem do poço do abismo são liderados por esse maligno. Ele é assassino, ladrão e mentiroso. Ele veio para roubar, matar e destruir (Joao 10.10). Esse rei é chamado de Abadom, no hebraico, e de Apoliom, no grego, por ser um destruidor.

Ele tem sua autoridade limitada (9.1,4,5). O diabo é um ser poderoso, mas Deus é Todo-Poderoso. O diabo não tem autoridade pra agir a não ser que Deus o permita. A autoridade do diabo é limitada em três aspectos:  Primeiro, ele precisa receber ordens para abrir o poço do abismo (9.1). O diabo não tem a chave do poço do abismo. Essa chave lhe é dada. É Jesus que tem as chaves da morte e do inferno (1:18).
Ele solta um bando de demônios que estavam presos. Existem dois tipos de demônios: os presos aguardando julgamento em algemas eternas  (Jd 6; 2 Pe 2:4) e aqueles que estão em atividade. Parte daqueles que estão presos são liberados aqui. Segundo, sua autoridade é limitada quanto à ação (9.4,5). Eles não podem matar os homens, mas apenas atormentá-los (9:5) e eles não podem atormentar os homens selados por Deus. Terceiro, sua autoridade é limitada quanto ao tempo (9:5). Cinco meses é a duração da vida do gafanhoto, da larva à plenitude da sua ação. Ele está limitado em sua ação e em seu tempo.

3) Quem são os demônios?
“...e vieram gafanhotos sobre a terra, e foi-lhes dado poder...”

“Os gafanhotos são insetos insaciáveis. Ele comem e defecam ao mesmo tempo. Quando passam por uma região devastam tudo. Em 1866 uma praga de gafanhotos invadiu a Argélia e tão grande foi a devastação que 200.000 pessoas morreram de fome nas semanas seguintes por falta de alimento”.   Os gafanhotos tem um tamanho incomum, e também voam com um barulho de asas que faz com que sejam confundidos com pássaros, e escureçam o sol, lançando na ansiedade, com medo de que destruam todas as suas terras. Os gafanhotos que João descreve, PORÉM, não são insetos, mas demônios. O cavalo, o homem, o leão e o escorpião estão reunidos neles.


São espíritos de obscuridade (9:2-3). “...e subiu a fumaça do poço do abismo...como uma fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceu o sol e o ar”. Os gafanhotos aparecem voando em bando, podem chegar a escurecer a luz do sol. Eles cobrem a terra com uma nuvem de trevas. O diabo é da escuridão. Ele não suporta a luz. Onde há escuridão, existem demônios atuando. O diabo cega o entendimento dos incrédulos (2 Co 4.3). 
São espíritos de destruição (9:11). Eles são liderados por Abadom e Apoliom. Os demônios são implacáveis, impiedosos, destruidores. “Os gafanhotos não têm rei, agem em bando” (Pv 30:27). Esses espíritos malignos, porém, agem sob o comando de Satanás e se infiltram nos lares, nas escolas, nas instituições, na televisão, no cinema, no teatro, nas ruas, na vida dos homens e como uma cavalaria de guerra em disparada provocam grande tormento.

São espíritos que tem poder e domínio (9:7). “Eram semelhantes ao de cavalos aparelhados para a guerra”Esses demônios atuam nos filhos da desobediência (Ef 2:2). Eles mantêm no cativeiro seus escravos (Mt 12:29). Os ímpios estão sob o dominio de Satanás (Atos 26:18) e estão no reino das trevas (Cl 1:13). O diabo é o deus deste século (2 Co 4:4), é o príncipe da potestade do ar (Ef 2:2) e o espírito que atua nos filhos da desobediência (Ef 2:3).

      São espíritos que tem inteligência (9:7). “...seus rostos como rostos de homens...”Esses espíritos malignos podem discernir os que tem selo de Deus daqueles que não o tem. No reino espiritual anjos e demônios sabem quem é voce. Encantamento não vale contra a tenda do povo de Deus (Nm 23.23). O diabo não lhe toca. Precisamos ficar atentos contra as ciladas do diabo. Eles são detetives invisíveis (Ef 6.11). 

Em quinto lugar, são espíritos de sensualidade (9:8).”E tinham cabelos como cabelos de mulheres...” Devemos fugir daquela imagem medieval que pinta o diabo como um ser horrendo. Ele se dissimula. Ele aparece como um anjo de luz. Ele usa uma máscara atraente. A Orgia, a pornografia, o homossexualismo, e toda sorte de depravação moral estão enchendo a nossa cultura como uma fumaceira que sobe do abismo. O sexo no namoro, a infidelidade conjugal e as aberrações sexuais estão se tornando coisas normais para essa sociedade decadente. 



São espíritos de violência (9:8 b). Dentes de leão falam de poder aniquilamento (Jl 1:6). Dentes como leão retratam o poder destrutivo e devastador desses demônios. Eles não brincam, não descansam, não tiram férias. Eles são atormentadores. Agem com grande violência.

      São espíritos inatingíveis (9:9). Esses espíritos são seres invisíveis, inatingíveis que não podem ser atacados por armas convencionais (Jl 2:7-9). Eles não podem ser detidos em prisões humanas. Eles não podem ser destruídos por bombas. Precisamos enfrentar essas hordas com armas espirituais.

4) Missão principal desses gafanhotos que saem do abismo 

Esses gafanhotos tornam a vida dos homens um pesadelo. Eles despojam o homem de toda a perspectiva de felicidade. Eles tornam a vida um palco de dor e um picadeiro de angustias infernais. Eles ferroam os homens como escorpiões cheios de veneno (9:5,10). 


 Outra missão desses demônios é causar dano aos homens (9:4,10). Quantas perdas, quantas lágrimas, quanta vergonha, quanta dor, quanta angustia  nos lares arrebentados, quantas vidas iludidas, quantas pessoas com a esperança morta. O diabo é um falsário. Ele promete prazer, mas só da desgosto. Promete vida, mas provoca a morte. As pessoas buscam a morte em lugar de Deus.

CONCLUSÃO:
 Quem é nascido de Deus, o maligno não lhe toca (1 João 5:18). Aquele que está em nós é maior do que aquele que está no mundo ( 1 João 4:4). Nenhuma arma forjada contra nós prosperará (Is 54:17). Porque Deus é por nós, ninguém pode ser contra nós e nos destruir (Rm 8:31). Agora estamos nas mãos de Jesus (Joao 10:28) e (Pv 3:33).

 "Se Deus é por nós, quem será contra nós"
"E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão"
"A maldição do Senhor habita na casa do impio, mas a habitação dos justos abençoará"


Bibliografia
Hernandes Dias Lopes, Comentário no livro de Apocalipse
A Bíblia King James
O Trovão Inverso, Eugene Peterson
William Blaclay – Comentário no Apocalipse.

terça-feira, 21 de maio de 2019


O sétimo selo – Ap. 8.6-13

Introdução:
Vimos que os selos (Ap 6) mostram o que vai acontecer na história até o retorno de Cristo, dando particular atenção ao que a igreja terá de sofrer. As trombetas, no entanto, descrevem o que vai acontecer na história até o retorno e Cristo, dando ênfase ao sofrimento pelo qual o mundo irá passar, como expressão da advertência de Deus.

Vimos, no capítulo 8.1-5, na abertura do sétimo selo “houve ABSOLUTO silencio nos céus por aproximadamente meia hora” (v.1). Um anjo se aproximou junto ao altar, portando um incensário de ouro; misturando o incensário com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. Consequência, vieram como respostas de orações “trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto”.

Observação: Nos sacrifícios feitos no tabernáculo pela manhã e à tarde, o cordeiro só podia ser colocado no altar e as trombetas só podiam tocar, depois que o sacerdote oferecia incenso no altar de ouro que ficava dentro do templo.

1)    A importância da trombeta – shofar (Nm 10.1)
De acordo com Números 10, as trombetas tinham três usos importantes: eram usadas para reunir o povo (Nm 10.1-8); eram usadas para anunciar uma guerra (Nm 10.9) e eram usadas para anunciar um tempo especial (Nm 10.10). A trombeta soou no Monte Sinai quando a lei foi dada (Ex 19.16-19) e também soou quando um rei foi ungido e colocado no templo (1 Rs 1.34-39). A segunda vinda de Cristo será anunciada pelo toque da trombeta de Deus (1 Ts 4.13-18). 



As quatro primeiras trombetas de apocalipse se distribuem sobre a terra, mar, rios e astros. Deus derruba o edifício cósmico, que ele próprio levantara. A terra está sendo demolida de fora para dentro, o telhado descoberto de cima para baixo e o chão abalado de baixo para cima.

As trombetas são semelhantes às pragas enviadas ao Egito. São dez: 1) aguas transformam em sangue; 2) rãs; 3) piolhos; 4) moscas; 5) pestilência; 6) úlceras; 7) granizo; 8) gafanhotos; 9) escuridão e 10) morte dos primogênitos.  As pragas no Egito foram a manifestação do juízo de Deus em resposta ao clamor do povo de Israel oprimido no cativeiro. A primeira trombeta relaciona-se à sétima praga – chuva de granizo caiu sobre os campos, homens, animais e plantas -. A segunda trombeta relaciona-se à primeira praga – O Nilo e todo ajuntamento de aguas tornaram-se em sangue. A terceira trombeta às aguas amargas; e a quarta trombeta relaciona-se à nona praga – a escuridão cobriu a terra do Egito por três dias. 



2)    As trombetas começam a tocar

a)     Primeira trombeta: terra
“Assim que a primeira trombeta soou, GRANIZO E FOGO MISTURADO COM SANGUE foram jogados na terra. A TERÇA parte da terra secou, um TERÇO das arvores e tudo que é verde queimou por completo”.

Esta trombeta é semelhante à sétima praga no Egito com uma chuva de pedra com fogo “grandes trovões e profusa quantidade de granizo, e raios caíram, incendiando a terra dos egípcios” (Ex 9.23).

Em vários países do Mediterrâneo circulam histórias de chuva com sangue. Uma delas aconteceu no sul da Itália em 1901. Os ventos do Saara recolhem uma areia muito fina, de cor vermelha, que abundam em certas partes desse deserto. Esta é levada pelo vento e descarregada sobre a terra novamente junto com a chuva, o qual adquire, uma tonalidade avermelhada parecida como a do sangue. 


A imagem é: cidades ardendo em chamas, pessoas se esvaindo em sangue, juízo, terremotos. A impressão é apavorante! Calamidades tais como terremotos (de Portugal em 1755), vulcões (Vesúvio, em Pompéia), Tsunamis fazem da mão pesada do Todo Poderoso e do seu método de castigar o pecado e de anunciar ao mundo que ele não pode perseguir o seu povo impunemente.

b)    A segunda trombeta: mar
“O segundo anjo tocou a trombeta. Algo como uma imensa montanha de fogo foi lançada no mar. Um terço do mar virou sangue, um terço das criaturas do mar morreu e um terço dos navios afundou”.

A segunda trombeta é semelhante a primeira praga no Egito quando as aguas do Nilo transformaram-se em sangue e os peixes morreram (Ex 7.14).  Aqui fala das espantosas calamidades marítimas, bem como todos os desastres que acontecem no mar. Esse juízo é mais severo que o primeiro. Pois aqui não só há dano na natureza, mas também danos materiais e, por inferência, de pessoas que viajam nessas embarcações. A pesca e a navegação são submetidas a uma tragédia; tanto o comercio como vidas estão sofrendo. São desastres ecológicos e econômicos de proporções gigantescas.

Em 17 de setembro de 1970 o cientista Jacques Costeau, depois de viajar mais de 2500 km em seu navio Calipso, afirmou: “40% dos seres vivos no mar desapareceram nos últimos 50 anos”, “mais de 1.000 espécies já foram extintas”. 

c)     A terceira trombeta: rios
O terceiro anjo tocou a trombeta. Uma imensa estrela, que parecia uma tocha, caiu do céu, secando um terço dos rios e um terço das fontes. O nome da estrela era absinto. Um TERÇO da agua se tornou amarga e muita gente morreu porque a agua estava envenenada”.

O absinto (intragável) é o nome genérico de um tipo de plantas que se conhecem, também como Artemísia; sua característica é a amargura. No auge do império Romano, uma tradição antes da corrida de bigas,  que era beber uma dose de absinto antes das corridas para lembrar aos competidores que a vitória tinha o seu lado amargo. 

O juízo agora é que a agua doce é transformada em agua amargosa, o contrário do que aconteceu em Mara (Ex 15.25). Estima-se que a maior dificuldade do século XXI não será de energia nem de petróleo, mas de agua potável. Em menos de 20 anos, a falta de agua poderá fazer com que Índia e Estados Unidos percam a totalidade de suas colheitas pela falta de agua potável, doce. 500 MILHÕES DE PESSOAS VIVEM SEM AGUA POTÁVEL. 


Pragas tem visitado o mundo, doenças tem provindo de rios e fontes poluídas. Olha o caso de Mariana e Brumadinho, aqueles dejetos minerais infestando os rios de agua potável! A ganancia do homem tem levado a natureza gemer, gritar, sacudir, um claro sinal do juízo divino sobre a humanidade (Rm 8.22).

“OS HOMENS REJEITAM A AGUA DA VIDA; ZOMBARAM DO SANGUE DE CRISTO; DERRAMARAM O SANGUE DOS SANTOS. E AGORA, O SEU SUPRIMENTO DE AGUA SE TRANSFORMOU EM SANGUE VENENOSO”.

d)    A quarta trombeta
“O quarto anjo tocou a trombeta. Um terço do sol, um terço da lua e um terço das estrelas foram atingidos. Perderam o terço do seu brilho: de dia e de noite, havia um terço de menos de luz”

Calamidades têm vindo à humanidade como resultado das coisas que ocorrem nos céus, meteoros caindo sobre a terra, eclipses, tempestades de areia, furacões, tornados e outras calamidades terríveis vindas do céu têm visitado a terra. Essas tragédias são trombetas de Deus alertando os homens a se arrependerem.

Conclusão:
João vê e ouve uma águia predizendo as calamidades mais terríveis que sobrevirão aos homens como resultado das últimas três trombetas. Em outras palavras ele estava dizendo: “Se vocês pensam que as coisas que já aconteceram são terríveis, simplesmente esperem, pois coisas piores virão”.

 Em grande voz a águia dizia: “Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar”. A tríplice repetição é ênfase superlativa. As últimas três trombetas são denominadas “Ais”, e isso demonstra que serão pragas extremamente severas 



terça-feira, 14 de maio de 2019


Ordens de Cristo a sua igreja 1 Pedro 4.7-11


Introdução:
A vida nos oferece momentos bons e ruins. Os momentos bons estamos vivendo a vida como ela se apresenta. Já, nos momentos ruins passamos por circunstancias adversas, as vezes além da nossa capacidade de suportar.  Jesus sentou com seus discípulos, se banqueteou, conversou com pessoas. Mas, também passou pelo Getsemani, pelo calvário e pela agonia da cruz.

 “Durante a Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill incentivou e apoiou o povo da Grã-Bretanha durante momentos sombrios sem fim. Ele fez várias declarações e discursos memoráveis, no entanto, um deles soa especialmente adequado aqui. Ele falou ao Parlamento logo após Londres ser transformada em estilhaços por um bombardeio, pois ele sentia que o povo estava desanimado. Parecia, porém, que Churchill nunca desanimava. Ele deve ter tido momentos de desanimo, todavia, seus discursos não revelam isto. Pois bem, ele disse àquelas pessoas no Parlamento, que provavelmente estavam tremendo por dentro: “Este não é o fim. Este não é nem o começo do fim. Contudo é, talvez, o fim do começo”.

·        Textos: Mt 24:6; Rm 13:12. “Guerra e rumores de guerra...mas já está próximo o fim de todas as coisas”: “Deve ser uma das principais preocupações dos crentes fixarem suas mentes totalmente na sua segunda vinda”. (Ap. 22:12 “Eis que venho em breve”; Tiago 5:8; Hb. 10:37; 1 João 2:18).

1)    Quatro mandamentos a obedecer.

1.1)        USEM O BOM SENSO E FIQUEM CALMOS EM ESPÍRITO DE ORAÇÃO”
    Ser sóbrio”: no grego é “sophroneo”, “ter mente sã”, expressão usada para indicar a “saúde mental apropriada”. Também indica as idéias de ser alguém “razoável”, “sensível” e “sério”.

 Sóbrio não significa o oposto de intoxicado. Significa o oposto de viver com um tipo de extremismo frenético e enlouquecedor. Por exemplo, não tente definir datas para a vinda de Cristo. Além disso, não fique cheio de ansiedade. Não largue seu emprego para colocar um roupão branco e sentar-se em algum telhado esperando Cristo voltar.

             Na verdade, não há nada como a oração para aguçar nossa consciência, manter-nos alertados, conceder-nos mais discernimento, lembrar-nos quem está no controle. Quando vemos alguém deprimido, ansioso ou à beira do extremismo, estou olhando para uma pessoa que não emprega tempo suficiente em oração, pois a oração acalma o espírito. Deus está no controle e fique calmo (Sl 46.10). 

      Jesus, no Getsêmani, disse aos seus discípulos “Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar” (Mt 26.36). No entanto, quando o Senhor retornou a eles, encontrou Pedro adormecido, dormindo profundamente. Então, ele disse aos discípulos: “Então, nem uma hora pudeste vigiar comigo?” (Mt 26.40). 



1.2)        “SEJAM FERVOROSOS NO AMOR UM PARA COM OS OUTROS”.
·        Ardente vem da palavra grega ektene, que significa literalmente “esticado”. Ela é usada para descrever atletas se esticando com o objetivo de alcançar a fita que marca a linha de chegada, ou pulando alto o suficiente para não tocar no obstáculo. Aqui o apostolo Pedro aplica esta palavra em relação ao amor. Nos diz para termos ardência em nosso amor uns pelos outros.

·        Se existe uma época que devemos esticar até o limite nosso amor para com os outros, é a do fim dos tempos. É AGORA. E O QUE REVELA ESSE AMOR? O PERDÃO.         Quando Pedro mostra que a caridade cobrirá a multidão de pecados (1 Pe 4:8), ele está fazendo alusão ao principio em Provérbios 10:12: “o ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões”.  


·        Os ímpios estão nos observando quando brigamos com nossos irmãos e irmãs! Eles adoram quando não conseguimos dar-nos bem com os outros. Isso rende assunto.  Mahatma Gandhi, um líder nacionalista indiano, disse certa vez: “eu gosto do seu Cristo, porém, não gosto dos seus cristãos...eles são muito diferentes do seu Cristo”.

·        “Somos mais parecidos com feras quando matamos; com homens quando julgamos e com Deus quando perdoamos”.

·        Algumas pessoas são tão fáceis de amar que caímos naturalmente em seus braços. Outras, porém, são tão difíceis que é preciso empregar mais tempo para conseguir isso, pois há algo na natureza delas que é abrasivo e irritante. Algumas são como polos do imã: elas repelem. No entanto, até essas pessoas precisam do nosso amor, talvez até mais do que as outras. Quão importante é que nos “estiquemos ardentemente” para amarmos uns aos outros!


1.3)        “SEJAM HOSPITALEIROS UNS PARA COM OS OUTROS”
·        Sublinhe as palavras UNS PARA OS OUTROS (VV. 8e 10). Voce é hospitaleiro? Ou tem reclamado, murmurado! É verdade que a hospitalidade exige esforço e planejamento, e que interrompe a sua privacidade. “o verdadeiro amor é um anfitrião esplêndido”.

·        Há o amor cuja medida é a de um guarda-chuva. Há o amor cuja inclusão equivale à de uma grande tenda. E há o amor cuja compreensão é do tamanho imensurável do céu. O objetivo do Novo Testamento é transformar o guarda-chuva em uma tenda, e a tenda em uma cobertura gloriosa do céu que tudo envolve”. 



1.4)        “EXERCITAM OS DONS”

·        Vários trechos do Novo Testamento falam sobre os dons espirituais (Efesios 4:11-12; 1 Corintios 12:28-30 e Romanos 12:6-8). Faça uma lista com esses dons e pergunte-se: onde eu me encaixo melhor nesta lista? 


·        V.11: Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá.  Quando falamos, não devemos proferir nossas próprias opiniões e filosofias sobre a vida, mas devemos falar segundo as palavras de Deus. E, quando servimos, não devemos fazer isto com as nossas próprias forças, mas segundo o poder que Deus dá.

·        Muitos de nós tem o dom do ensino; muitas pessoas com dons também servem nos bastidores; outros tem o dom de mostrar misericórdia, de ministrar àqueles que são deixados de lado ou que estão sofrendo; ainda há aqueles que tem o dom do evangelismo.

·        Os dons tem uma coisa em comum: ele ganham vida quando servimos outras pessoas. Pense da seguinte forma: quando empregamos nossos dons, os outros são beneficiados, encorajados e tem a esperança renovada. Curiosamente, nós também.

CONCLUSÃO
Por que ficarmos calmos e orar? Por que sermos ardentes em amor? Por que demonstrar hospitalidade? Por que servimos uns aos outros? V.11: “para que em tudo Deus seja glorificado  por Jesus Cristo, a quem pertence à glória e o poder para todo sempre. Amém! 



terça-feira, 7 de maio de 2019


Silêncio no céu por quase meia hora – Ap 8.1-6


Vimos, no final do capítulo 6, uma pergunta: “quem poderá suportar”? E, no capítulo 7, temos a resposta: 144.000, que foram selados pelo Espírito Santo, que corresponde todos os cristãos, de todos os lugares fiéis a Jesus Cristo. E, Vimos, uma imensa multidão, “de todas as nações e tribos, todas as raças e línguas”; vestida de branco com palmas na mão que vieram de grande tribulação e lavaram suas vestes e as alvejaram no sangue de Cristo.

No capítulo 8, na abertura do sétimo selo, sete trombetas. Os selos, do capítulo 6, falam do sofrimento da igreja pelo mundo (Ap. 6.9), enquanto as trombetas do sofrimento do mundo incrédulo (sem Deus) em virtude das orações da igreja. Ou seja, o selo dá atenção à igreja de Jesus; as trombetas, dá ênfase ao sofrimento pela qual o mundo irá passar, como expressão da advertência de Deus.

1)    Exilio
Na abertura do livro de apocalipse, o apostolo João descreve duas condições de seu momento presente: “Na ilha de Patmos” e “no dia do Senhor achei-me no Espírito”. Exilado na ilha. Isolado. Afastado de socorro e consolo dos irmãos da fé; João sentia falta das leituras da Bíblia nos cultos e dos cânticos entoados pela igreja. Sentia falta da celebração da ceia do Senhor. Enfim, exilado... 



O exilado é removido do lugar onde deseja estar e afastado das pessoas com quem espera conviver. No Israel antigo, o banimento era o pior castigo possível. Separação da família e do país, da comunidade de culto e da fé – o decreto mais cruel. “Juntos aos rios da Babilônia, ali nos sentamos e choramos, quando lembramos de Sião” (Sl 137.1).

O exilio desumaniza. Sentencia. A comer apenas o pão até a morte. “Na ilha de Patmos”, Roma mostrou a João quem mandava. Cada hora passada no rochedo sem vegetação provava que Roma controlava o destino do apostolo, tinha a palavra final na vida dele, estabelecia os limites dos quais ele recebia permissão para existir. JOÃO ESTAVA SOZINHO,  INDEFESO E ABANDONADO.

 2)    Silêncio no céu...
“E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora” (v.1).
Algo que nos desconcerta é sentir o céu em silêncio. Se oramos e não obtivemos resposta, se não sentimos paz, então nos sobrevêm uma ansiedade que nos consome. Homens que experimentaram o silêncio de Deus:

Moisés: “Eu só não posso levar a todo este povo, porque muito pesado é para mim. Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes ver a minha miséria” (Nm 11.14-15).

Elias, diante de Jezabel: “Foi ao deserto, caminho de um dia, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta, toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Rs 19.4).

Jeremias:  “Persuadiste-me, ó Senhor, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu, e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim...Então disse eu: Não me lembrarei dele, e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer, e não posso mais” (Jr 20. 7, 9).

 Jó: Depois disto abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia.
E Jó, falando, disse: Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem! Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz. (Jó 3:1-4



Davi: “Inclina, ó Deus, os teus ouvidos à minha oração, e não te escondas da minha súplica. Atende-me, e ouve-me; lamento na minha queixa, e faço ruído. O meu coração está dolorido dentro de mim, e terrores de morte caíram sobre mim... Assim eu disse: Oh! Quem me dera asas como de pomba! Então voaria, e estaria em descanso. Eis que fugiria para longe, e pernoitaria no deserto...Apressar-me-ia a escapar da fúria do vento e da tempestade” (Sl 55.1-8)


3)    Movimentos no céu...

“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono” (Ap 8.3). 



Silencio no céu por cerca de meia hora: Deus está ouvindo. Tudo o que falamos, cada gemido, murmúrio, tentativa de oração: ele ouve tudo, tudo o céu se aquieta. As orações devem ser ouvidas: os aleluias espontâneas, os améns solenes, os “Por que me desamparastes? ” desesperados, os “afasta de mim este cálice” agonizantes, os “Pai nosso que estás nos céus” confiantes, os “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra, e o poder, porque criaste todas as coisas e por tua vontade elas existem e foram criadas” cheios de alegria. No silencio de Deus, ouvem-se agora, de forma pessoal, cuidadosa, e precisa, todos os salmos, ditos e cânticos por todos os séculos em vozes altas, suaves, iradas ou serenas. DEUS SILENCIA ANCÃOS E ANJOS.

“Me achei no Espírito no dia do Senhor”. Primeiro dia da semana, dia da ressurreição, dia de começar um novo ciclo de oração. Oração é, na vida de fé, o ato em que entramos diante de Deus em postura consciente e deliberada de falar e ouvir. Só quando chegamos ao local de exilio, nos dispomos a passar pela quietude disciplinada. O verdadeiro conhecimento de Deus jamais é conhecimento sobre ele é sempre relacionamento com ele.

E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas. O silencio no céu não é sinal de inatividade e, sim, de cuidados e preparação Sete anjos, todos com trombetas na mão. As trombetas são símbolos de anúncios e libertações. ORAMOS E NÃO OUVIMOS RESPOSTAS (SL 61.1-2; 88.1-3). AS VEZES, DESESPERAMOS! MAS, OS ANJOS ESTÃO DE PÉ, EM PRONTIDÃO, CADA MUSCULO RETESADO, AGUARDANDO UMA ORDEM DE DEUS PARA COMEÇAR A TOCAR.

“...E PÔS-SE JUNTO AO ALTAR, E TENDO UM INCENSÁRIO DE OURO, E FOI-LHES DADO MUITO INCENSO, PARA PÔS COM AS ORAÇÕES DE TODOS OS SANTOS...”

Deus estabeleceu o material para a confecção do incenso (Ex 30.34-37). O primeiro material é o estoraque: uma resina extraída de uma árvore sem cisão, sem corte. O que é isso? Que a oração, louvor precisa fluir com espontaneidade, livremente. O segundo é ônica: esse produto era tirado de um molusco marinho, das profundezas do oceano. O que significa? Que as orações e louvores precisam vir das profundezas da nossa alma. Jesus deu duas características do culto verdadeiro: tem que ser em espírito e em verdade. O terceiro produto é o gálbano: era uma árvore do deserto e tinha que recolher as folhas e triturar, massar e esmagar.  O que significa? Que a oração tem que brotar de um coração quebrantado. O quarto elemento é o sal: sal fala de pureza, nossa própria vida. 

“Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde” (Sl 142.2).


Conclusão:  E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos” (v.5).

As orações não ficam armazenadas no altar; são misturadas com o fogo do Espírito de Deus e mandados de volta à terra. Os clamores, as orações, as intercessões, as lagrimas... retornam a terra em resposta. Dizem que a noite é sempre mais escura antes do amanhecer...Tal escuridão, no entanto, não é o atestado de óbito da nossa esperança, mas a certidão de NASCIMENTO DA NOSSA VITÓRIA. 



Oração de Josué, os muros cairam...
Oração de Josafá: “Não sei o que fazer mas os meus olhos estão postos em ti”. Deus lhe deu vitória.
Oração de Ezequias: Deu lhe deu mais quinze anos de vida.
Oração de Moisés: o mar se abriu
Oração de Paulo e Silas: as cadeias se romperam