segunda-feira, 29 de agosto de 2011

discipulo radical - Jonh Stot.


Tivemos uma perda significativa neste ano: Jonh Stot. Conheci a literatura do Pastor Anglicano Jonh Stot em Pindamonhangaba, o livro era: a Cruz de Cristo. Foi minha primeira leitura de uma verdadeira "feijoada" teologica; até então, infelizmente, só tinha provado pequenos quitutes, sem profundidade teologica. Depois, li "o cristianismo básico", livro maravilhoso, aliás, o primeiro livro de Stot; depois, "Ouça o Espírito Ouça o Mundo"; depois, suas epístolas comentadas: 1 Timoteo, 2 Timoteo (um comentário maravilhoso), Atos dos Apostolos (li todinho), Comentario aos Romanos,etc. E, o seu ultimo livro: "o discipulo radical". Tenho explanado nos estudos de terça-feira esse livro com o rebanho que Deus, graciosamente colocou aos meus cuidados. Quero, portanto, compartilhar alguns esboços desses estudos:

O discípulo radical: inconformismo. Lucas 9:23-26.

 A igreja tem uma dupla responsabilidade em relação ao mundo ao seu redor. Por um lado, devemos viver, servir e testemunhar no mundo, Por outro lado, devemos evitar nos contaminar por ele. “Sejam santos”, Deus diz repetidamente ao seu povo, “porque eu sou santo” (Lv 11:45; 1 Pe 1 1 5-16).
 Esse tema fundamental se repete nas quatro principais seções da Biblia: a lei, os profetas, o ensino de Jesus e o ensino dos apóstolos. Primeiro na lei (Lv 18:3-4) e nos profetas (Ez 11:12); nos evangelhos (Mt 6:8) e nas epistolas (Rm 12:2). Aqui está o chamado de Deus para um discipulado radical, para um inconformismo radical à cultura circundante.
1) Tendencias contemporâneas.
1.1) Pluralismo. O pluralismo afirma que todo “ismo” tem seu valor e merece nosso respeito. Devemos afirmar a imparidade de Jesus e sua perfeição. Afirmar sua singularidade em sua encarnação; singular em sua encarnação; singular em sua expiação; singular em sua ressurreição. Jesus não é o grande – ele é o Único. Não existe ninguém como ele. Ele não tem rival nem sucessor.
1.2) Materialismo. Materialismo não é simplesmente uma aceitação da realidade do mundo material. Materialismo é uma preocupação com coisas materiais, que podem abafar a nossa vida espiritual. O apostolo nos impele a viver uma vida de simplicidade (Fl 4:11) e acrescenta que “grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento” (1 Tm 6:6; Jó 1:21). Em outras palavras, a vida na terra é uma breve peregrinação entre dois momentos de nudez.
1.3) Relativismo ético. Todos os padrões que nos cercam estão se desfazendo. As pessoas se confundem diante da existência de quaisquer absolutos. O relativismo permeou a cultura e tem se infiltrado na igreja. Atualmente, a relação sexual fora do casamento é largamente praticada, dispensando o compromisso essencial com um casamento autentico. Além disso, relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo são vistos como alternativas legitimas ao casamento heterossexual (Mt 19:4-6; Lc 6:45; Jo 14:21).
1.4) Narcisismo. Narciso, na mitologia grega, foi um jovem que viu seu reflexo em um lago, apaixonou-se por sua própria imagem, caiu dentro d´agua e se afogou. Assim, “narcisismo” é um amor excessivo, uma admiração desmedida por si mesmo. Esse movimento nos ensina a olhar para dentro de nós mesmos e nos explorar, pois a solução para os problemas está em nosso interior.
CONCLUSÃO: não devemos ser caniços agitados pelo vento, dobrando-nos diante das rajadas da opinião publica; mas tão inabaláveis quanto pedras em uma correnteza. Não devemos ser como peixes que flutuam na corrente do rio; devemos nadar contra ela, contra a tendência cultural. Não devemos ser como camaleões, que mudam de cor de acordo com o ambiente; devemos nos opor de forma visível ao ambiente em que estamos.