domingo, 29 de março de 2020


Quarentena e nós


Quarentena é número exato ou aproximado de quarenta (40) dias; período de 40 dias. Na medicina é o isolamento de certas pessoas, lugares e animais que podem acarretar perigo de infecção, o período de quarentena é relativo e depende do tempo necessário para proteção contra a propagação de uma doença determinada.

 “Quarentena” é uma palavra bíblica básica, centrada na esperança. Quarenta dias é um período de provação da realidade da vida de alguém – verificação de sua autenticidade. Surgindo uma questão:

“É esta uma vida real, ou uma imitação barata passada para mim por uma cultura traiçoeira? O que estou fazendo e dizendo é propriamente meu ou apenas algo emprestado de pessoas que sabem menos do que eu e por que sou? Está Deus moldando habilidosamente e guiando sabiamente minha vida, ou deixei minha ignorância e meus pecados infantis me reduzirem ao mínimo denominador comum? É assim que quero passar o resto da minha vida? ” 



Os quarenta dias na Arca de Noé foram uma purgação “E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente”, purificando séculos de poluição moral, lavando a sujeira de gerações de gratificação impulsiva.

Os quarenta anos de Moisés no deserto de Midiã foi uma maneira de aprender que só existe um que é portentoso “O Senhor apareceu a Moisés numa chama de fogo do meio duma sarça”, não era Faraó, mas o grande Eu Sou.

Os quarenta anos no deserto foram um treinamento para viver as promessas de Deus, viver pela fé na perigosa Terra Prometida, durante o dia havia uma coluna de nuvem guiando e a noite uma coluna de fogo; por quarenta anos Deus mandou maná do céu ao seu povo.

Os quarenta dias de fuga de Elias o levaram das ilusões perigosas que vinham da corte de Jezabel para o lugar de revelação. Andou Elias pelo deserto com receio de ser morto, mas lá na caverna Deus manifestou ao profeta, não no vento, nem no terremoto, muito menos no do fogo, mas na brisa suave do vento, ele ouviu a voz de Deus. 



Os quarenta dias que Golias atormentou os israelitas, “ todos os homens em Israel, vendo aquele homem, fugiram diante dele, e temiam grandemente”. Todos os dias, o exercito de Saul foi fustigado pelo temor, até que apareceu Davi, no quadragésimo dia, para mostrar que o gigante o era quem estivesse nas mãos de Deus.

Os quarenta dias que Jonas anunciou em Ninive: “Ainda quarenta dias, e Ninive será destruída”, era um sinal de misericórdia da parte de Deus a um povo que não tinha conhecimento do verdadeiro Deus, e o povo se arrependeu.

Os quarenta dias das tentações de Jesus foram um teste de motivação e intenção, um esclarecimento das maneiras como Deus operava salvação em comparação com as maneiras como a idolatria religiosa nos seduz para longe de Deus e da fé.

Os quarenta dias das aparições da ressureição de Jesus provaram a nova realidade que agora caracterizaria a vida no Reino de Deus.

Se os quarenta dias são bem-intencionados, a vida começa de maneira nova. Se os quarenta dias são ignorados, a vida é destruída: a arca naufraga e todos se afogam; os israelitas voltam para o Egito para passar o resto da vida fazendo tijolos sem palha; Jesus aceita a oferta do diabo, e o mundo cai sob o governo do anticristo, feliz por se livrar da cruz; Jesus desaparece na ascensão, e o mundo volta ao normal.

Então o quer dizer da nossa quarentena? Vamos ficar ensimesmados em confrontos políticos de esquerda ou direita, querendo achar um bode expiatório? Vamos jogar fora esses dias com atividades inócuas, que não acrescente, que não engrandece a vida humana? Vamos nos empanturrar de comida, como se estivéssemos alimentando nossos temores, ansiedades?  Vamos ficar como pessoas rabugentas reclamando de tudo e todos. Não, Não e Não!

Então, meus amados, vamos aproveitar esses dias de quarentena para o que é mais precioso ao ser humano, que é a comunhão nos dois sentidos, vertical e horizontal. Na primeira, é comunhão com Deus, se aproximar com oração e leitura da sua Santa Palavra e bons livros espirituais. Na segunda, a horizontal, que estar mais próximo da família, conversando, assistindo bons filmes, fazendo cultos domésticos e nos comunicando com os parentes de perto e de longe. 



sexta-feira, 27 de março de 2020


Quem reina? Salmo 93



Introdução:

Eis uma pergunta pertinente para os nossos dias. Diante de tantas calamidades parece que o mundo é autogovernado! Temos guerras, rumores de guerras, em janeiro a chuva devastou os estados de Minas Gerais e Espírito Santo; terremotos, tsunamis, etc. Agora, o corona vírus, uma pandemia que tem assustado o mundo todo...causado medo, tensão, histeria, mortes...

1)    O Senhor reina
Temos sete salmos que falam sobre a soberania de Deus: Salmos 47, 93, 95-99. O Salmo 93 se destaca no grupo dos sete. Majestoso em sua simplicidade destituída de arte, imponente na brevidade despretensiosa, memorável nos ritmos fortes, ele cativa e convence.

Uma das características da poesia hebraica é a “rima” de significados e não de sons, o emparelhamento de sentidos semelhantes, ou contrastantes em linhas sucessivas:

“O Senhor reina
Vestiu-se de majestade;
De majestade vestiu-se, o Senhor
E armou-se de poder!

O mundo está firme
E não se abalará
O teu trono está firme desde a antiguidade
Tu existe desde a eternidade” 



O trono dele é a terra, esse lugar em que pisamos todos os dias. Além do mais, o governo dEle não tolera oposição: “Não se abalará”.

2)    Diluvio de calamidades

“As águas se levantaram, Senhor,
As águas levantaram a voz;
As águas levantaram seu bramido” 



De nada adianta a terra estabelecida se as águas correm desenfreadas pela superfície firme. De nada vale o trono de Deus seguro se águas violentas e implacáveis levam tudo que está solto, deixando a terra limpa, mas nua. Não me traz consolo saber que o solo sob meus pés é sólido se não consigo ficar em pés por causa das ondas que se abatem sobre mim. Quando a tempestade chega, a terra continua sólida como sempre foi, mas o resto se abala.

As tempestades sempre chegam às manchetes...as forças de destruição, as energias de dor e devastação...a agua devasta a terra, arranca arvores enormes pela raiz. A terra tão sólida, fica cheia de sulcos, tem seu contorno alterado, sofre com a erosão...

3)    O Senhor é poderoso

“Mais poderoso do que o estrondo das águas impetuosas
Mais poderoso do que as ondas do mar
É o Senhor nas alturas”, v.4 



As águas levantam a voz três vezes. O poder de Deus se mostra soberano também três vezes. Três palavras soberanas confrontaram e derrotaram os três testes que o diabo fez para Jesus (Mt 4.1-11). Três afirmações de amor contrabalançaram as três negações de Pedro (Jo 21.15-19). A tríplice confirmação de que “minha graça é suficiente” (2 Co 12.8-9) se coloca diante dos três protestos de Paulo contra seu “espinho”. Lucas narra três vezes a conversão de Paulo, indo contra as três vezes que falou sobre as atividades terroristas dele na igreja primitiva.

Se Deus não for soberano eu vivo, de fato, no meio do caos. O acaso e a sorte permeiam o universo. Por outro lado, se ele governa, há uma ordem fundamental. Nenhum acidente é mero acaso. Nenhum caos é definitivo. Quaisquer que sejam as vontades, poderes e influencias sobre mim e à minha volta, há algo que é primeiro e último, inicial e final: o Senhor é mais poderoso.

O caos dos dias de Noé é equivalente ao batismo de Jesus nas águas do Rio Jordão; o caos no começo do Genesis “a terra era sem forma e vazia” é equivalente a descida do Espírito Santo em Atos dos Apóstolos. Por que mais poderoso do que as ondas no mar é o Senhor nas alturas.

4)    Força não é atributo de Deus
Como esse governo, mais poderoso do que as ondas do mar, se torna realidade?

“Os teus mandamentos permanecem firmes e fiéis
A santidade, Senhor, é o ornamento perpetuo da tua casa”

Teus mandamentos firmes e fieis. Deus governa neste mundo por palavras e não músculos, por decretos e não exércitos, fala de criação e não de coerção: Esses mandamentos, que podem ser tão ignorados e distorcidos, são repetidos era após era por profetas, sacerdotes, reis, sábios, apóstolos e discípulos.

Há urgência em fazer frente à violência mundial que desafia Deus nos próprios termos dela – acaba com ela, enfrentá-la com poder puro e simples: “Senhor, quero que façamos cair fogo do céu para destruí-los? (Lc 9.54). Mas, a palavra dEle governa: os decretos dele permanecem firmes. Só eles, nada mais.

Conclusão: a santidade é o ornamento da sua casa

A palavra ornamento no original é “tornar adorável, adornar de forma vistosa”. O livro bíblico que mais utiliza o termo é Cantares de Salomão, no contexto de diálogo de apaixonados  (Ct 1.10, 1.5; 2.14, 4.3 e 6.4). Somente quando as duas vontades são desenvolvidas e expressas por completo, em relacionamento responsivo, nós celebramos a beleza. 


Deus imutável em seu ser e sua profunda santidade, não deixa de lado as vestes de amor Santo quando exerce seu domínio sobre a lama da história humana. Os meios do governo de Deus são consistentes com seus fins: santidade, a beleza gradual, paciente e penetrante de seu domínio em nosso mundo secularizado, violado e profanado.

“Senhor...perpétuo”. “A medida que os dias se estendem pela história”. Não se trata de um governo eterno no céu, alheio a história humana, é o governo de Deus, surgindo no calendário. A ORAÇÃO, PORTANTO, É A NOSSA PARTICIPAÇÃO PACIENTE NO GOVERNO DE Deus. O senhor reina.


terça-feira, 24 de março de 2020


O Rei Josafá e o Coronavírus



Não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti”.

Enquanto estou sentado em meu apartamento na China infestada pelo Coronavírus, não consigo pensar em uma oração melhor do que aquela, proferida por um rei da Judéia desesperado, mas confiante, chamado Josafá (2Cr 20.12).

Os olhos de um mundo ansioso estão nessa crise de saúde global. Empresas e escolas, na China, estão atrasando suas atividades. As fronteiras estão se fechando. E nos últimos dias, muitas companhias aéreas suspenderam todas as viagens dentro e fora deste grande país. Como um Americano que é pastor na China, minha decisão de ficar parece-me uma clara situação de “queimar as naus”!

Nossa oração? “Não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti Senhor”.

Aquela antiga perspectiva de Josafá é mais apropriada para fevereiro de 2020 do que poderíamos pensar. Em seu contexto, uma delegação perigosa de Edom estava se aproximando de Judá. Mas sua fé era abrangente. Ele não estava confiando no Senhor apenas diante de uma potencial derrota militar, mas para qualquer desastre que pudesse vir!

        Se algum mal nos sobrevier, espada por castigo, peste ou fome, nós nos apresentaremos diante desta casa e diante de ti, pois o teu nome está nesta casa; e clamaremos a ti na nossa angústia, e tu nos ouvirás e livrarás.” (2 Cr 20.9, ênfase minha)

Josafá tinha uma disposição à confiança, independentemente do perigo. Mesmo diante de peste ou praga, ele clamava a Deus.

E, dada a atual ameaça de pandemia, precisamos aprender a fazer o mesmo. Aqui estão cinco aspectos, da confiança de Josafá em Deus, que podem nos ajudar hoje.

1. Confie em Deus com seus medos
“Josafá teve medo e se pôs a buscar ao Senhor” (2Cr 20.3). Ele não era sobre-humano; ele era normal. O passo inicial de quem confia na ajuda de Deus – naqueles dias ou nos nossos – deve ser admitir fraqueza. Pode ser um bom remédio agora chegar diante do Senhor e dizer honestamente a ele como você está. Eu estou assustado. Estou frustrado. Estou com fome. Estou solitário. Estou ferido. Estou exausto.

O objetivo de expormos nossa dor não é apontar o dedo acusando Deus; mas o de sermos sinceros, confiando nele, mesmo em nossas preocupações mais profundas. Josafá escolhe confiar no Senhor, ao que também somos chamados. A confiança é sempre uma escolha. E é isso que teremos que fazer repetidamente.

2. Incentive os outros a confiar em Deus
Depois que Josafá busca a Deus, ele proclama um jejum nacional: “…e apregoou jejum em todo o Judá. Judá se congregou para pedir socorro ao SENHOR; também de todas as cidades de Judá veio gente para buscar ao SENHOR.” (2Cr 20.3,4). O rei sabe de onde vem a verdadeira ajuda e leva outros a irem até lá em busca de esperança.

Quando todos, ao nosso redor, estão enlouquecendo e nossos vizinhos temem que o céu esteja desabando, devemos lembrar uns aos outros que servimos a um Deus amoroso, misericordioso e soberano, que não pode ser atingido pela pestilência ou pelo vírus (Sl 91).

Ao levarmos nossas ansiedades ao Senhor em oração, podemos experimentar uma paz que ultrapassa o entendimento (Fp 4.6-7). E, quando experimentamos tal paz, a esperança contra cultural – e muitas vezes contraintuitiva – que temos em Cristo, é revelada (1Pe 3.15). Afinal, nossa fé é pessoal, mas não privada.

3. Clame a Deus
Josafá oferece um modelo de oração nos versículos 5-12. Ele apela ao caráter de Deus, suas promessas e suas ações no passado. A oração então culmina: “Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti”.

Talvez você se sinta assim à luz do Coronavírus. Talvez você se sinta impotente contra um vírus ao qual possa ser exposto, mesmo quando não houver sintomas visíveis. Talvez sua ansiedade aumente porque os especialistas ainda não têm certeza quanto a todas as maneiras pelas quais esse vírus pode ser transmitido. Você pode se sentir desencorajado ao ver o número de infecções e mortes aumentar. Nesse caso, junte-se a Josafá ao declarar que você está desamparado, mas sua esperança está fixa no Deus Todo-Poderoso.

Quantas de nossas orações devem terminar com uma frase como essa? Essa é a postura do cristão. Apele ao caráter de Deus, confesse sua incapacidade e coloque seus olhos no Senhor.

4. Lembre-se da salvação de Deus
Na narrativa de 2 Crônicas, Deus responde enviando um profeta para lembrar a Judá que a batalha não lhes pertence; isso pertence a Deus (20.15). Eles nem precisam lutar; eles podem simplesmente sentar e assistir a salvação do Senhor em favor deles (20.17)!

Esta história é um pequeno exemplo, de uma batalha espiritual maior, para todos em todas as épocas. Temos um problema letal sobre o qual não podemos fazer nada por conta própria (embora tentemos!). Temos que confiar em outro, porque essa batalha não é para nós lutarmos. Ao confiarmos naquele que pode lutar em nosso nome, somos convidados a sentar e assistir a salvação do Senhor.

O Coronavírus pode se estabilizar na próxima semana. Ou pode piorar. Minha família pode ser poupada dessa epidemia ou podemos nos tornar uma estatística. Ainda olhamos para a salvação de Deus. Não porque ele necessariamente prove seu amor por mim protegendo-me de doenças, mas porque ele já demonstrou seu amor enviando Cristo para morrer por nós enquanto ainda éramos pecadores, para que quem nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (Rm 5.8; Jo 3.16).

Oro para que esse vírus seja erradicado e para que minha família permaneça saudável, mas Deus é bom, independentemente do que as próximas semanas trouxerem. Uso uma máscara ao ar livre e lavo as mãos com frequência, mas minha esperança não está firmada nesses esforços. Desejo uma vida longa para mim e minha família, mas também sei que o objetivo da vida não é escapar da morte física. Essa é uma tarefa tola. O objetivo é estar preparado para quando a morte física inevitavelmente vier, glorificando e desfrutando de Deus até aquele dia.

5. Adoração
Josafá confiou e guiou outros a confiarem em Deus. Mas observe o final: adoração. Em 2 Crônicas 20.21, antes mesmo da vitória, o rei leva o povo a louvar: “Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados.” (2Cr 20.22).

Como essa cena final faz parte da confiança em Deus? Porque se Deus é bom, e se sabemos que podemos confiar nele, podemos adorá-lo mesmo em meio ao sofrimento. Podemos louvá-lo, mesmo sob a ameaça de perigo. Nós o glorificamos mesmo quando os vírus se espalham.

Deus não disse a Josafá para fazer isso. Ele não foi instruído por Deus a convocar um culto. Adorar não é uma estratégia para fazer Deus agir; é uma resposta porque sabemos que ele agiu e continuará a agir. É dessa maneira que devemos procurar o Senhor.
Os judeus saem no dia seguinte e a ameaça se foi. Não estou dizendo que Deus milagrosamente resolverá todos os seus problemas se você começar a adorar. Mas estou dizendo que seu maior problema – o problema da descrença – será resolvido se você começar a adorar.

Diante do Coronavírus, que os cristãos da China e do mundo tenham uma confiança inabalável no Senhor, mesmo quando não sabemos o que vem a seguir.

Por: Jason Seville. © The Gospel Coalition. Website: thegospelcoalition.org. Traduzido com permissão. Fonte: King Jehoshaphat and the Coronavirus.




quinta-feira, 19 de março de 2020


Um campo em Anatote. Jr 32.7



Introdução:  

Como podemos definir esse momento? CAOS! Nunca nossa geração enfrentou uma situação tão desesperadora como essa. O presidente americano expressou que é tão excruciante quanto a segunda guerra mundial. Um vírus letal que tem matado milhares de pessoas em quase todos os continentes.... Isso nos leva aos dias de Jeremias, que enfrentou uma situação tão desesperadora como a nossa.

Ela nasceu em Anatote, uma região de Israel, atualmente chamada de Anata. Um pequeno lugar ao norte de Jerusalém repleto de campos de trigo, oliveiras e figueiras, também de cisternas encravadas nas  pedreiras. Nesse território, nasceu profeta Jeremias que  exerceu ministério  entre entre 626 a 586 a.C, quando a nação estava um caos,  o culto a Baal havia sido estabelecido e até a abominável pratica do sacrifício humano (II Reis 21: 1-9)


1)    o que fazer diante da crise?
Quase todas as ideias e crenças do profeta Jeremias transformaram-se em ações, e suas ações acertaram tão bem o alvo que a história de sua época foi, em grande parte, a extensão de sua própria história pessoal.  Esse senso prático de Jeremias foi edificado na crença de que Deus é a mais importante realidade com a qual ele e as pessoas que com ele conviviam tinham de lidar (Mc 12.28-30).

Jeremias acreditava que cada pessoa foi criada para ter um relacionamento pessoal com Deus e sem o reconhecimento e o devido cuidado deste relacionamento, viveríamos vidas falsas (Jr 3.21,22; 32.33). A natureza, incluindo a humana, não suportará qualquer contradição absoluta. Ela deve ser convertida, não violada.

No ano 598 a.C os exércitos babilônicos tomaram a cidade de assalto e enviaram os principais líderes para o exílio. Onze anos se passaram nos quais o povo que foi deixado conseguiu desfrutar certa liberdade pessoal, permanecendo, porém, politicamente sujeitos à Babilônia. Este foi um dos períodos mais sombrio de toda a sua história. Parecia que o juízo final seria naqueles dias. Em questão de semanas, talvez alguns dias, a cidade de Jerusalém seria pilhada e todos seriam enviados ao exílio. NÃO HAVIA QUALQUER ESPERANÇA!

Durante esse período – sombrio, desesperador – Jeremias foi mantido na prisão (Jr 32.2) sob a falsa acusação de ter colaborado com o inimigo, Babilônia. O profeta era uma figura muito impopular e assim, no que dependesse do povo, a prisão não seria um lugar inadequado para ele.  NESTA PRISÃO, Jeremias fez o que à época pareceu ser pura loucura: ele comprou um campo por 17 ciclos de prata que, aparentemente, nada valia. 

Por que era uma loucura? Os exércitos inimigos estavam acampados naquela área e perto de enviar todo o povo para o exílio.  O profeta estava aprisionado sem perspectivas de ser libertado. Neste momento, Jeremias comprou um campo no qual nunca plantaria uma oliveira, jamais podaria uma videira ou edificaria uma casa – uma área que provavelmente sequer veria. 

2) Esperança, a despeito de tudo...

Comprou o campo porque acreditava que as tribulações e dificuldades que todos atravessavam naquele momento da história estavam sendo utilizadas por Deus e que, no devido tempo, se mostrariam ser a salvação daquela terra (Rm 5.3-5). 

“Os mais belos hinos e poesias, foram escritos em tribulação, e do céu, as lindas melodias, Se ouviram, na escuridão”. Hino 126

“Ter esperança quando o horizonte mostra-se promissor é trivial e fácil. Somente quando a situação parece desesperadora e não pode ser revertida  é que a verdadeira esperança começa a se fortalecer. Como todas as virtudes cristãs isso é tão irracional quanto indispensável”. 


Jeremias havia pregado o julgamento de Deus por anos a fio. Agora que o julgamento era iminente, ele passa a direcionar o objetivo daquela tribulação, qual seja, o de preparar as vidas para receber a promessa da salvação.  Ele profetizava: “Há mais aqui do que babilônios no portão: Deus está no meio deles”.  O julgamento é aqui, porém não se desesperem. É o julgamento de Deus. Enfrentem-no. Aceitem o sofrimento, vivenciem a ação purificadora. DEUS NÃO ESTÁ CONTRA VOCES, MAS ATUA A SEU FAVOR. O SENHOR NÃO OS ESTÁ REJEITANDO, MAS ATUA EM SUAS VIDAS (Jr 30.7, 30.15,17).

O julgamento não é a palavra final e nunca será. Ele é necessário devido aos séculos de corações endurecidos, e seu trabalho é abrir nossos corações para a realidade que existe além de nós, para romper a carapaça da autossuficiência, de modo que possamos experimentar a abundante graça do Deus misericordioso, que perdoa a restaura (Jr 31.2-4,17, 20).

3)  Jeremias compra um campo
Certo dia, enquanto tudo isto acontecia, o primo de Jeremias, Hananeel, foi até o pátio da guarda onde o profeta estava encarcerado e ofereceu-lhe como opção de compra um pedaço de terra em Anatote, a cidade natal de Jeremias, localizada a cerca de cinco quilômetros de Jerusalém. Será que Hanannel estava falando sério? Estaria ele caçoando do profeta? Os exércitos babilônicos estavam acampados por toda aquela área (Jr 31.16,17). Imediatamente, Hanannel se aproximou e disse: “Compra agora o meu campo que está em Anatote, na terra de Benjamim, porque teu é o direito de posse e de resgaste; compra-o” (Jr 32.8).

Jeremias aceitou a oferta e comprou o campo. Ele pesou dezessete siclos de prata, chamou as testemunhas necessárias, assinou e selou a escritura. Então, ele instruiu a seu amigo, Baruque, que guardasse os documentos em um vaso de barro (Jr 32.14-15).

O profeta não tinha em mente construir uma casa para abrigá-lo durante a sua aposentadoria, mas vislumbrava a continuidade das promessas de Deus. Mesmo assim, ele não pode evitar o sentimento de estar agindo como um tolo (Jr 32.17,24,25). Enquanto ele ora, vem a confirmação (Jr 32.27,42,43).


 Conclusão: o amanhã

  Promessa: O lugar onde Jeremias recebeu o ministério e a visão da amendoeira com o simbolismo de que Deus vela por Sua Palavra para cumprir,  Ele vigia seus filhos e os guarda atentamente.

Esperança: A experiência de ter a mensagem rejeitada, de ver os compatriotas em pecado e vitimados pelo cativeiro estava entristecendo e enfraquecendo Jeremias. Deus intervém para não deixá-lo perecer e mostrar que muitos iriam se arrepender.

 “Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar. Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim. Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança: Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam-se cada manhã; grande é a sua fidelidade! “ Lamentação de Jeremias 3: 20-23

Presente: A dor do hoje não pode ser maior que a benção que chega com o amanhã.

Futuro: Sempre será resultado do que se plantou ontem. É preciso “plantar no tempo” para semear nele. O tempo é invisível, mas se faz real pelo que se vive, assim cada vida é um campo no tempo, onde a Palavra de Deus funciona como Anatote que não nos deixa perecer ou perder o ânimo. 

Crédito: Corra com os cavalos. Eugene Peterson. Editora Ultimato. 



terça-feira, 17 de março de 2020


Últimos dias – Mt 24:4-13


Introdução: Dores de parto
A palavra “dores” no versículo 8 é do grego udin, que fala do trabalho e da dor de parto.  A princípio, são relativamente moderadas e não frequentes, porém à medida que a hora se aproxima, elas vêm em ondas implacáveis, mais rápidas e severas.

Paulo, corrobora: “pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está gravida; e de modo nenhum escaparão (1 Ts 5.3). Esses males  - guerras e rumores de guerras, falsos cristos, pestes, desastres naturais e perseguição -, como o passar do tempo vai piorando de modo progressivo, exatamente como as dores de parto.

1)    Falso Messias
“(...) Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou Cristo; e enganarão a muitos” (v.4). Jesus utiliza uma palavra de manter os olhos abertos, permanecendo vigilante. Devemos estar sempre alertas contra enganadores religiosos.

Diante de tamanha calamidade, multidões estarão desesperadas para escapar das aflições de um mundo que desintegra rapidamente. Falsos messias, prometendo várias formas de livramento a pessoas ansiosas.

Em Apocalipse temos o modelo de falso messias com uma incrível habilidade para operar sinais e maravilhas sobrenaturais (Ap. 13.11-18): poder de fazer descer fogo do céu (v.13) e a habilidade de animar objetos sem vida (v.15), enganando a maior parte do mundo.

2)    Guerras e rumores de guerra
“E ouvireis de guerras e de rumores de guerra” (v.6). O tempo verbal sugere uma ação contínua literalmente, “ouvireis”. Em outras palavras, haverá uma conversa constante a respeito dessas coisas, algumas delas verdadeiras (“guerras”), e outras que serão meros boatos (“rumores de guerra”).  O século XX foi dominado pelas conversas a respeitos de guerras – duas grandes guerras -, guerras mundiais, guerras frias, “ações militares”, guerras civis, terrorismo e revoluções. E o Nosso Senhor voltará em meio a uma enorme batalha denominada do Armagedom (Ap 19.19-21). 



3)    Fomes, pestes e terremotos, em vários lugares
O versículo paralelo, em Lucas 2.11, acrescenta alguns detalhes adicionais: “E haverá, em vários lugares, grandes terremotos, e fomes, e pestilências; haverá também coisas espantosas e grandes sinais do céu”. Os sinais do céu que Lucas menciona podem incluir asteroides, fragmentos de um cometa

Pestilências e fomes são frequentemente consequências imediatas do mundo pecaminoso, imperfeito em que vivemos. O aumento global de doenças, fome e desastres naturais atormentará a humanidade. Parecerá como se o próprio mundo estivesse começando a se desintegrar. 


No século XIV tivemos uma pestilencia que dizimou metade da população européia, a peste negra. Ninguém, nenhum profissional da saúde descobriu a causa dessa doença e somente no século XIX, que atentaram que a doença era causada por pulgas que se escondiam nos ratos. Hoje, temos o coronavirus, que é uma pandemia, uma doença advinda de algum animal, não sabemos qual. Iniciou na China, na cidade de Wuhan, matando pessoas com pneumonia. Dizem que a infecção teria iniciado no mercado de frutos do mar, que também comercializava cachorro, sapos, morcegos, escorpiões, etc. Somente no dia 09 de janeiro descobriu que essa pneumonia era causada pelo coronavirus. 

No apocalipse de João, quando Cristo abre o quarto selo de propriedade da terra, a morte e o inferno são soltos: “... e foi-lhes dado (morte e inferno) poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra” (Ap 6.8).

4)    Perseguição dos justos
“Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome”. O verbo entregar era usado frequentemente para falar de prisão e encarceramento. Portanto, muitos serão mortos por causa da sua fé.



Uma passagem paralela em Marcos sugere que as perseguições dos fiéis incluirão governos terrenos: “Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados e sereis apresentados antes governadores e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho”.

O apostolo João descreve o que viu quando o quinto selo foi aberto: ele viu as almas dos santos martirizados debaixo do altar celestial, clamando a Deus por justiça: “E clamaram com grande voz, dizendo: até quando, ó verdadeiro e santo dominador, não julga e vinga o nosso sangue dos que habitam sobre a terra” (Ap. 6.10). Eles lhe suplicam pedindo que o Todo Poderoso pare com o derramamento de sangue que poupe o seu povo de mais matança e que aja contra os malfeitores. Mas  o que lhes é dito: “(...0 foi—lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus  irmãos que haviam de  ser mortos como eles foram” (v.11).

Conclusão: Apostasia

“Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros aborrecerão...o amor de muitos se esfriarão. Mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24.10-13)

Por que apostatarão?

O preço será alto demais (vs. 9-10).
“Então vocês serão presos, perseguidos e mortos. Por minha causa, serão odiados em todo o mundo. Muitos se afastarão de mim, e trairão e odiarão uns aos outros.

O engano será muito convincente (vs. 11)
 Falsos profetas surgirão em grande número e enganarão muitos.

O engodo do pecado será muito atrativo
O pecado aumentará e o amor de muitos esfriará,



terça-feira, 10 de março de 2020


O que fazer com a culpa? Sl 51


Introdução:
Há um século, cerca de uma dúzia de cidadãos mais ilustres de Londres receberam uma carta singular. O envelope era comum, mas não trazia o endereço do remetente. A história conta que todos empalideceram assim que abriram o envelope e leram o conteúdo anônimo. A curta nota dizia: “FOMOS DESCOBERTOS! FUJA IMEDIATAMENTE! ”. Todos sabiam exatamente o que queria dizer a mensagem. Alguns rapidamente arranjaram um meio de tirar férias e viajar para longe de Londres. Todos, porém, estavam a salvo, pois as cartas eram apenas brincadeiras.

Num dia ensolarado de setembro, em 1972, um homem bem vestido e com um olhar severo parou numa esquina movimentada no centro de Chicago. O homem ficou ali em pé, rígido, observando cada pessoa que passava. De repente, quando uma pessoa se aproximava, ele a olhava friamente e apontava o dedo em sua direção: “CULPADO! ”, o homem dizia com um olhar reprovador. As pessoas apontadas paravam, assustadas, para ver quem era seu acusador. Baixavam os olhos, olhavam novamente para ele, olhavam para todos os lados e depois seguiam seu caminho apressadamente. Um dos homens que ouviu a acusação, afastou e murmurou baixinho, confuso: “Como ele sabe?”

1)    Culpado
Vemos o clamor de Jó (9.2): “Como pode o homem ser justo para com Deus? ” Um psicólogo da Califórnia, depois de um estudo feito com pessoas em instituições para doentes mentais, relatou que aqueles que não estão devido a distúrbios fisiológicos do cérebro, estão lá por causa da culpa. A causa é a culpa. 



Sigmund freud elaborou a teoria de que a neurose é produto das dificuldades de socialização na infância. Ele não acreditava num padrão absoluto de conduta; por isso, não acreditava em algo como culpa concreta e existencial. Alguns tipos de culpa:

a)     Somos seres caídos. É uma culpa suprema. No tribunal de Deus todas as pessoas são consideradas condenadas (Rm 3.23). Em Romanos 1:18-32 descrevem seres humanos que subvertem a justiça divina, trocando-a por sua própria versão distorcida, todos tem uma consciência natural de que aquela vida é inadequada. Esse sentimento de não sermos o que fomos feitos para ser é o desconforto que acompanha nossa condição.

b)    Culpa legalista. Relacionada a medir o valor pessoal de forma legalista, ou seja, pelos nossos próprios esforços. Essa culpa é o legado de sermos criados num lar cheio de autoritarismo, ou numa família onde o legalismo e não a verdadeira fé, serve para medir o nível de aceitação.

c)     Culpa/autopunição. Ao invés de admitir com maturidade que uma atitude é pecaminosa, estúpida, demonstra rebelião contra Deus e tem consequências negativas, algumas pessoas refugiam-se nas atitudes ou ações autodestrutivas. Exemplos: um marido infiel volta-se para o álcool depois de ser abandonado pela esposa. Uma criança que sofre abusos cresce e torna-se dependente de drogas. Um empresário que fracassa num investimento comete suicídio. A PESSOA TORNA-SE SEU PROPRIO JUIZ, JURADO, VERDUGO, IRADA POR TODA ESSA INJUSTIÇA.

d)    Culpa objetiva. É uma culpa boa, saudável que ajuda o cristão a crescer e faz com que o ímpio entenda que necessita de um salvador. Paulo descreve esse sentimento: “Desventurado homem que sou” (Rm 7.24), ou “Quem me livrará do corpo desta morte” (v.24). A resposta é: “Graças a Deus por Jesus Cristo... Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, por que a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte (Rm 7.25,8.2).

2)    Os frutos da culpa

Ansiedade
A culpa cria um senso de medo ansioso. Um sentimento de angustia paira sobre a cabeça de muitas pessoas, que ficam olhando para trás e para frente a todo instante quando andam nas ruas e vivem suas vidas. O livro de Jó nos oferece uma ilustração viva da ansiedade: “Os perversos se contorcem de dor a vida toda; aos cruéis estão reservados tempos de sofrimento. Em seus ouvidos ressoam sons de terror, e mesmo em dias tranquilos temem o ataque do destruidor. Não se atrevem a sair no escuro, por medo de serem mortos pela espada. Ficam perambulando e dizendo: ‘Onde posso encontrar pão?’; sabem que o dia de sua destruição se aproxima. Vivem angustiados e aflitos, cheios de terror, como um rei que se prepara para a batalha, pois agitam os punhos contra Deus e desafiam arrogantemente o Todo-poderoso. Jó 15:20-25

Depressão
É a doença do século. É uma fuga da realidade, ou uma fuga da culpa. O número de depressivos tem aumentado exponencialmente. Nos salmos de Davi notamos alguns sintomas da depressão, provinda da culpa: “Tuas flechas se cravam fundo em mim, e o peso de tua mão me esmaga. Por causa da tua ira, todo o meu corpo adoece... minha culpa me sufoca é um fardo pesado e insuportável” (Sl  32).  “Dia e noite, tua mão pesava sobre mim; minha força evaporou como água no calor do verão” (Sl 32.4). “Sou como a coruja no deserto, como a pequena coruja num lugar desolado. Não consigo dormir, sou como o pássaro solitário no telhado” (Sl 102.6-7). 



Consciência inflamada
Sentimentos: Sinto-me impuro; sinto-me sujo; sinto-me indigno; sinto-me como um rato sujo; sinto-me muito vil; sinto-me um verme

Imagine o estado emocional do discípulo Pedro depois de ter negado e desonrado covardemente o Senhor. Que tipos de nuances de autoimagem o Senhor ressurreto viu, quando olhou para dentro do coração de Pedro na praia e diretamente perguntou: “Simão, você realmente me ama” (Jo 21.15). Pedro foi forçado a jurar novamente seu amor e declarar a quem pertencia, uma vez para cada uma das vezes que negou.

Enfermidades físicas
Em quase 80% das enfermidades há o elemento psicossomático. O que é isso? Significa que um distúrbio na mente causou um distúrbio no corpo. A pressão emocional tem sido estudada em sua relação com vários distúrbios, desde úlcera, até câncer. Alguns exemplos: “Por causa de tua ira, todo o meu corpo adoece; minha saúde está arruinada, por causa de meu pecado... estou encurvado e atormentado; entristecido, ando o dia todo de um lado para o outro. Meu corpo arde em febre, minha saúde está arruinada”.  Quanto a ceia: “Pois, se comem do pão ou bebem do cálice sem honrar o corpo de Cristo, comem e bebem julgamento contra si mesmos. Por isso muitos de vocês estão fracos e doentes e alguns até morreram” (1 Co 11. 29-30). 


Conclusão:o caminho do perdão
A justificação pela fé é o mais importante pilar da religião cristã. É o eixo central, em torno do qual tudo gira. “Se afirmamos que não temos pecados, enganamos a nós mesmos e não vivemos na verdade. Mas, se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.8-9).

Em Romanos 8.33,34, Paulo faz as mais importantes perguntas que alguém está oprimido pela culpa poderia ouvir:
Pergunta: quem fará qualquer acusação contra os escolhidos de Deus?
Resposta: Deus
Pergunta: quem os condenará?
Resposta: Ninguém, para o cristão. O juiz, que é Jesus Cristo, intercede por nós
Pergunta: Paulo, este Deus é o mesmo que Justifica?
Resposta: Exatamente o mesmo.
Pergunta: este juiz é o mesmo que morreu e ressuscitou? É o mesmo juiz que está sentado à direita de Deus e que intercede por nós?
Resposta: Sim, é Ele.