Últimos dias – Mt 24:4-13
Introdução: Dores de parto
A palavra “dores” no versículo 8 é do grego udin, que fala do
trabalho e da dor de parto. A princípio,
são relativamente moderadas e não frequentes, porém à medida que a hora se
aproxima, elas vêm em ondas implacáveis, mais rápidas e severas.
Paulo, corrobora: “pois que, quando disserem: Há paz e
segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto
àquela que está gravida; e de modo nenhum escaparão (1 Ts 5.3). Esses
males - guerras e rumores de guerras,
falsos cristos, pestes, desastres naturais e perseguição -, como o passar do
tempo vai piorando de modo progressivo, exatamente como as dores de parto.
1)
Falso
Messias
“(...) Acautelai-vos,
que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou
Cristo; e enganarão a muitos” (v.4). Jesus utiliza uma palavra de manter os
olhos abertos, permanecendo vigilante. Devemos estar sempre alertas contra
enganadores religiosos.
Diante de tamanha calamidade, multidões estarão desesperadas
para escapar das aflições de um mundo que desintegra rapidamente. Falsos
messias, prometendo várias formas de livramento a pessoas ansiosas.
Em Apocalipse temos o modelo de falso messias com uma incrível
habilidade para operar sinais e maravilhas sobrenaturais (Ap. 13.11-18): poder
de fazer descer fogo do céu (v.13) e a habilidade de animar objetos sem vida
(v.15), enganando a maior parte do mundo.
2)
Guerras
e rumores de guerra
“E ouvireis de guerras e de rumores de guerra” (v.6). O tempo
verbal sugere uma ação contínua literalmente, “ouvireis”. Em outras palavras,
haverá uma conversa constante a respeito dessas coisas, algumas delas
verdadeiras (“guerras”), e outras que serão meros boatos (“rumores de guerra”).
O século XX foi dominado pelas conversas
a respeitos de guerras – duas grandes guerras -, guerras mundiais, guerras
frias, “ações militares”, guerras civis, terrorismo e revoluções. E o Nosso
Senhor voltará em meio a uma enorme batalha denominada do Armagedom (Ap
19.19-21).
3)
Fomes,
pestes e terremotos, em vários lugares
O versículo paralelo, em Lucas 2.11, acrescenta alguns
detalhes adicionais: “E haverá, em vários lugares, grandes terremotos, e fomes,
e pestilências; haverá também coisas espantosas e grandes sinais do céu”. Os
sinais do céu que Lucas menciona podem incluir asteroides, fragmentos de um
cometa
Pestilências e fomes são frequentemente consequências imediatas
do mundo pecaminoso, imperfeito em que vivemos. O aumento global de doenças,
fome e desastres naturais atormentará a humanidade. Parecerá como se o próprio mundo
estivesse começando a se desintegrar.
No século XIV tivemos uma pestilencia que dizimou metade da população européia, a peste negra. Ninguém, nenhum profissional da saúde descobriu a causa dessa doença e somente no século XIX, que atentaram que a doença era causada por pulgas que se escondiam nos ratos. Hoje, temos o coronavirus, que é uma pandemia, uma doença advinda de algum animal, não sabemos qual. Iniciou na China, na cidade de Wuhan, matando pessoas com pneumonia. Dizem que a infecção teria iniciado no mercado de frutos do mar, que também comercializava cachorro, sapos, morcegos, escorpiões, etc. Somente no dia 09 de janeiro descobriu que essa pneumonia era causada pelo coronavirus.
No apocalipse de João, quando Cristo abre o quarto selo de
propriedade da terra, a morte e o inferno são soltos: “... e foi-lhes dado
(morte e inferno) poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com
fome, e com peste, e com as feras da terra” (Ap 6.8).
4)
Perseguição
dos justos
“Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e
matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome”. O
verbo entregar era usado frequentemente para falar de prisão e encarceramento.
Portanto, muitos serão mortos por causa da sua fé.
Uma passagem paralela em Marcos sugere que as perseguições
dos fiéis incluirão governos terrenos: “Mas olhai por vós mesmos, porque vos
entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados e sereis apresentados
antes governadores e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho”.
O apostolo João descreve o que viu quando o quinto selo foi
aberto: ele viu as almas dos santos martirizados debaixo do altar celestial,
clamando a Deus por justiça: “E clamaram com grande voz, dizendo: até quando, ó
verdadeiro e santo dominador, não julga e vinga o nosso sangue dos que habitam
sobre a terra” (Ap. 6.10). Eles lhe suplicam pedindo que o Todo Poderoso pare
com o derramamento de sangue que poupe o seu povo de mais matança e que aja
contra os malfeitores. Mas o que lhes é
dito: “(...0 foi—lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que
também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram” (v.11).
Conclusão: Apostasia
“Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns
aos outros, e uns aos outros aborrecerão...o amor de muitos se esfriarão. Mas aquele
que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24.10-13)
Por que apostatarão?
O preço será alto
demais (vs. 9-10).
“Então vocês serão presos,
perseguidos e mortos. Por minha causa, serão odiados em todo o mundo. Muitos
se afastarão de mim, e trairão e odiarão uns aos outros.
O engano será muito convincente (vs.
11)
Falsos profetas surgirão em grande número e enganarão muitos.
O engodo do pecado será muito atrativo
O pecado aumentará e o amor de
muitos esfriará,
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