sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Davi, a Arca  e Uzá. 2 Sm 6:1-15.  



“E, tendo tirado a este (Saul), levantou-lhes o rei Davi, do qual também, dando testemunho, disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” At 13:22. O que significa ser um homem segundo o coração de Deus? Ele é um homem cujo coração bate em sincronia com o de Deus. Quando Deus olha para direita, ele também olha. Quando Deus diz: Interesso por isso, Davi diz: Eu também me interesso”. 

1)    A arca da Aliança. 



·        A arca era uma caixa retangular, de um pouco mais de um metro de comprimento e cerca de 70 centimetros de largura e de altura. Era construída de madeira e forrada de ouro. Sua tampa de ouro puro era chamada de propiciatório, dois querubins, estavam sobre ela.  Tres itens havia dentro da arca: as tabuas de pedra que Moises dera ao povo no Sinai; uma porção do Maná dos anos de peregrinação e a vara de Arão que florescera.

2)    A condução da Arca.
·        Estava a 30 anos na casa do velho sacerdote Abinadabe, em Quiriate Jearim. Seus dois filhos, os sacerdotes Uzá e Aiô, foram designados para supervisionar a entrega da Arca em Jerusalém.

·        A Arca foi colocada em cima de um carro de boi e Aiô ia na frente conduzindo os bois e Uzá ao lado. Quando o carro tropeçou Uzá estendeu as mãos para segurá-la, nesse momento Deus matou o Sacerdote Uzá.  Mas, por que Uzá morreu? E, Ananias e Safira? 


·        Uma idéia: é fatal querer controlar Deus. Uzá era uma pessoa que tem Deus dentro de uma caixa e que assume oficialmente a responsabilidade de mante-lo a salvo da lama e da poeira do mundo. Mas existiam ORIENTAÇÕES NA LEI DE COMO DEVERIA TRANSPORTAR A ARCA. Ignorou a orientação divina em favor da tecnologia dos filiteus (1 Sm 6:7).
  
·        “Cuidado com Deus”. Ao longo dos anos, o básico em que começaram,  os elementos de reverencia e temor, o Espirito de amor e fé desgastam-se e murcham”. “Sepulcros caiados (...) cheios de ossos e de todo tipo de imundície” (Mt 23:27). A morte de Uzá: processo lento e gradual.

3)    A Dança de Davi.
·        E Davi? Por que dançou? Davi sabia algo a respeito de Deus para quem Uzá era cego e surdo.  Davi – homem segundo o coração de Deus -.

·        “Quando Uzá morreu, Davi ficou magoado. Davi não gostou do que havia acontecido mas tratava Deus como Deus” Depois de três meses Davi conseguiu reunir sua banda marcial novamente e estava de volta com harpas, liras, tamboris, castanholas, cimbalos...Mas desta vez os sacerdotes usaram as argolas e cada seis passos sacrificava animais para o Senhor... Davi dançou. Davi estava adorando, respondendo, ao Deus vivo, estava aberto a vida de Deus, que fluía em torno e através dele.


CONCLUSÃO: O DESDEM DE MICAL: para Mical Davi deveria agir diferentemente: ter os deuses servindo-o, cercar-se de pompa e circunstancia; organizar uma religião que o fizesse parecer importante e como um rei. “a gloria de Deus é um ser humano completamente vivo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

O Espírito Santo em Atos dos Apóstolos (At 1.8).



 “Se olharmos para a história da igreja, veremos que sempre que houve derramamento do Espírito Santo, o resultado foi um grande movimento de missões mundiais”. (Edison Queiroz).

“Só existem missões de acordo com Deus e com a Bíblia, se o Espírito Santo estiver no comando. O Espírito é indispensável à obra missionária”.

“Assim como um corpo sem respiração é um cadáver, a igreja sem o Espírito Santo é morta. Pois é o Espírito que produz o novo nascimento, o caráter cristão (o fruto do Espírito) e a unidade do corpo. É o Espírito quem concede os dons para o serviço e o poder para a realização do trabalho”.

Introdução:
·        A promessa de poder ou capacitação: o Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, seria enviada pessoalmente, para capacitar os crentes (Lc 24.49).

·        O resultado de uma vida cheia do Espírito Santo é o testemunho. A ênfase de Jesus é “minhas testemunhas” ou testemunhas escolhidas por ele escolhidas.

1)    O Espírito Santo em Atos dos Apóstolos.
·        Atos afirma que o Espírito Santo é Deus (Atos 5.3-4). O pecado de Ananias e Safira foi uma ofensa a Deus. O Espírito Santo é Deus, a terceira pessoa da Trindade.  Por divindade do Espírito Santo se entende que Ele é um com Deus, fazendo parte da Divindade, Coigual, Coeterno e consubstancial com o pai e com o Filho (Mt 28.19; Jo 14.16). Em Jo 14.16 a palavra “Advogado” vem do latim advocatus, que é o equivalente exato do adjetivo verbal passivo grego parakletos (1 Jo 2.1), formado pelas palavras gregas PARA (ao lado de) e KLETOS (chamado). Quando Jesus se refere ao outro (em gregos allos – outro da mesma espécie e tipo), quer dizer que o outro advogado é igual a ele em tudo, mas viverá dentro dos crentes para orientá-los e defende-los para sempre. O Espírito Santo é onisciente (1 Co 2.10,11), onipresente (Sl 139.7-8) e onipotente (Gn 1.1-2; Sl 104.30).

·        Podemos constatar sua divindade nos títulos e nomes que lhe são atribuídos: o Espírito de Deus (Gn 1.2); o Espírito do Senhor (Lc 4.18 e Atos 5.9); o Espírito do nosso Deus ( 1 Co 6.11); o Espírito do Deus vivente (2 Co 3.3); o Espírito de Cristo (Rm 8.9); o Espírito de seu Filho (Gl 4.6); o Espírito eterno (Hb 9.14); Espírito da vida (Rm 8.2); Espírito da verdade (Jo 14.17); e o Consolador (Jo 14.16).

·        Foi por essa razão que Jesus proibiu os seus discípulos de iniciarem o cumprimento da “Grande Comissão” sem que antes o Espírito Santo viesse (Atos 1.4). Observe que Jesus DETERMINOU-LHES. O problema não era sair de Jerusalém, mas sair em que do alto sejais revestidos de poder (Lc 24.49).

2)    O ESPIRITO SANTO É UMA PESSOA.

·        “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja sempre convosco (Jo 14.16)”. A expressão “outro consolador” indica que o Espírito Santo é alguém como Jesus, uma personalidade distinta do Pai e do Filho. Em Atos, o Espírito aparece como o Deus pessoal, que atribui ao Espírito Santo traços de personalidade: inteligência (1 Co 2.10,11; Rm 8.27), vontade (1 Co 12.11 e Atos 13.1-3) e emoções ou sentimentos (Ef 4.30 e Rm 15.30), ele age como uma pessoa (Ap 2.7), intercede (Rm 8.27), testemunha (Jo 15.26), ensina (Jo 16.12-14), chama e envia pessoas (Atos 20.28), convence (Jo 16.8), guia e orienta (At 16.6-7).

3)    O ESPIRITO SANTO É QUEM PRODUZ A CONVERSÃO DOS INCRÉDULOS.
·        A Igreja prega, mas é o Espírito que converte ou regenera (Jo 3.3-7). É o Espírito que vivifica (Jo 6.63; Ef 2.1). Jesus já havia declarado: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). O verbo “convencer” (elegesi) significa “Trazer à luz”, “expor”, “mostrar”, “persuadir”, “convicção interior” (Jo 3.20; Jo 8.46). O Espírito é o responsável pelo convencimento interno das pessoas quanto ao verdadeiro sentido do pecado, da justiça e do juízo. A obra de convencimento é tríplice: do pecado, pois somos pecadores por natureza (Rm 3.23); da justiça salvadora que nos é oferecida em Cristo Jesus (Rm 5.1); e do juízo que será o julgamento daqueles que rejeitam a salvação em Jesus (Jo 3.18-19).

4)    O ESPÍRITO SANTO PRODUZ O CARÁTER CRISTÃO (Atos 6.3,5).
·        Ser cheio do Espírito Santo significa caráter espiritual. É o andar no Espírito segundo Paulo (Gl 5.16). Quando andamos cheios do Espírito, o fruto do Espírito é produzido em nós (Gl 5.22,23).

5)    O ESPIRITO SANTO DIRIGE O TRABALHO MISSIONÁRIO EM TODAS AS SUAS NECESSIDADES.
·        Respondeu-lhe Pedro: arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo (Atos 2.38). Após o Pentecostes, o Espírito Santo que produz a conversão  e batiza o crente com o Espírito Santo (Atos 10.44-46).

·        O Espírito Santo orienta a vida dos missionários. Ele deu uma ordem a Filipe (Atos 8.29,39). Após encerrar a missão, o Espírito o levou de volta para o seu lugar de origem.

·        O Espírito Santo nos dá a visão missionária de Deus. Ele comunicou sua vontade a Pedro (Atos 10.19-20). Pedro relata o acontecido aos irmãos de Jerusalém (Atos 11.12).

·        O Espírito Santo separava ou indicava as pessoas que Ele queria usar em novos projetos missionários (Atos 13.2 e 4).

·        O Espírito Santo fortalecia a igreja para que os irmãos continuassem pregando a Palavra, em meio a oposição (Atos 4.31). Observe: três detalhes: Todos ficaram cheios do Espírito e não alguns; Todos ficaram cheios em resposta à oração que fizeram; Todos ficaram cheios para anunciar com coragem a Palavra (Atos 9.17).

Conclusão: toda igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja missionária. Toda igreja que não cumpre a sua obrigação missionária é vazia do Espírito.






domingo, 22 de fevereiro de 2015

A resistência de Jó frente a dor e ao sofrimento. Jó 2.1-10.


Introdução. Duas perguntas:

·        Será que Jó serve a Deus “SEM MOTIVO”, desinteressada e gratuitamente, só porque Deus é Deus?

·        Ou será que Jó é piedoso porque Deus LHE CONCEDE RIQUEZAS, poder e honra?

·        O que seria de Jó, se Deus o lançasse na pobreza, doença e morte?
Jó é apresentado como um homem extremamente correto, inculpável, integro, irrepreensível, justo e precavido, “temente a Deus”. 

1)    É resistente, apesar das desventuras.

·        Jó tinha saúde, tinha família, riquezas e muita gente a seu serviço. Era o homem mais rico do Oriente.

·        Jó tinha 11 500 cabeças de gado, ou seja, 7000 ovelhas, 3000 camelos, 1000 bois, 500 jumentas.

·        No entanto, Jó perdeu tudo... Todo o gado, todos os empregados, todos os dez filhos...

2)    É resistente, apesar da doença.

·        Possivelmente a doença de Jó era lepra, pois o texto de Jó 2.7,8 diz que foi ferido “...com feridas terríveis, que iam da sola dos pés até o alto da cabeça. Então Jó lançou mão de um caco de cerâmica e com ele coçava-se, raspando suas feridas, sentado sobre as cinzas”.

·        Eram úlceras purulentas e dolorosas que cobriam o corpo inteiro (Jó 7.5), tinha pesadelos (7.14), feridas (30:28-30), aparência repulsiva (2.12), magreza excessiva (17.7); febre (30.30) e dores de dia e noite (30.17).

3)    É resistente, apesar da esposa.

·        A esposa de Jó foi incapaz de suportar a desgraça da perda de tudo e o quadro doentio do marido, Jó 19.17: “o meu hálito é intolerável para minha esposa; sou repugnante para os filhos de minha mãe”.

·        A esposa de Jó foi incapaz de manter o relacionamento anterior com Deus, Jó 2:9-10: “Deixa de ser teimoso em sua lealdade homem! Isso não vai resolver nada, amaldiçoa logo a Deus e morre!”.

·         Ela aliou-se a Satanás, tornou-se porta voz dele, fez-se advogada do diabo, Jó 2.5: “Ora, estende a tua mão agora mesmo e toca-lhe nos ossos e na carne, e ele prontamente te amaldiçoará e blasfemará na tua face”.

4)    É resistente, apesar do diabo.

·        O nome de Satanás é mencionado no livro de Jó quartoze vezes. Apenas em Apocalipse Satanás é tão devastador como em Jó (Jó 1.8; 2.3).

·        O termo hebraico “satan”, significa “acusador”, “adversário” (Nm 22.22,32, Ap 12.10). Em Jó, a palavra “satan” recebe o artigo definido “o adversário”. O “acusador” é arrogante, porquanto tem a petulância de “acusar” o homem a quem Deus elogia (perdoa), questionando sua lealdade e afirmando que o amor e a devoção de Jó são interesseiros, dependendo das bênçãos que Deus dá àquele homem.

·        Satanás é chamado de tentador, enganador, acusador, maligno, Pai da mentira, ou “aquele que se interpõe entre o céu e a terra”.

5)    É resistente, apesar das acusações de seus amigos.

·        Talvez Jó tenha sofrido mais com os discursos de seus amigos do que com a bancarrota financeira, a morte dos filhos e a própria doença (Jó 13.5; 19.2-3).
·        Os discursos de Eliú ocupam seis capítulos seguidos e ele sozinho cita o nome de Deus 398 vezes. Segundo o discurso de Eliú, Jó estava colhendo o que  plantara.

·        Os amigos de Jó atentaram contra a sua tranqüilidade, contra a sua consciência e roubaram a sua paz com Deus (Jó 42.7-9).

Conclusão:
·        No entanto, Jó resistiu tudo e a todos. No meio da aflição ele exclama: “eu sei que o meu redentor vive, e que no fim se levantará para me defender e vindicar ainda que eu esteja no pó do meu túmulo” Jó 19:25.

·        No finalzinho Jó entende o porque do seu sofrimento, ele diz: “De fato, meu ouvido já tinham ouvido a teu respeito; contudo, agora os meus olhos te contemplaram! Por essa razão menosprezo a mim mesmo e me arrependo sinceramente no pó e na cinza” (Jó 42:5-6).



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O batismo com Espírito Santo (Atos 2:1-13).



Introdução: Os movimentos religiosos da atualidade.

IGREJAS PROTESTANTES: São os "crentes" das denominações evangélicas históricas mais antigas (Presbiterianas, Batistas, Congregacional, etc) surgidas na Reforma Protestante ou no tempo dela. São as denominações que deram origem às Missões Modernas e que trouxeram o evangelho ao Brasil. Não creem na experiência pentecostal (batismo no Espírito Santo após a conversão, com manifestações visíveis e audíveis de sinais e dons). São estruturados, possuem uma longa história e representam o início de toda igreja cristã evangélica no mundo.

OS PENTECOSTAIS. São as denominações evangélicas surgidas após o início do fenômeno Pentecostal (Assembleia de Deus, Deus é Amor, Quadrangular, Brasil para Cristo, etc), iniciado nos Estados Unidos, em 1906, na famosa Rua Azuza, onde pela primeira vez na história moderna da igreja foram manifestados os "dons de línguas" como provas de batismo com o Espírito Santo. Esse fenômeno atraiu a atenção de crentes, que, ao presenciarem e admitirem a experiência, originaram novas denominações. Iniciou no Brasil em 1911, com o início da Assembléia de Deus, em Belém do Pará. Hoje são muitas as denominações pentecostais.

NEOPENTECOSTAIS. Surgida do pentecostalismo (Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça e Mundial do Poder de Deus), que, unindo-se à filosofia do "poder da mente", passou a explorar a prosperidade como sinal de bênção divina e, em decorrência da fé, a cura de todas as enfermidades. Eles creem em rituais especiais para realizar coisas especiais: Quebra de maldições, determinar pela fé, desafios para prosperidade financeira, oração em montanhas de Israel, amuletos para trazer sorte, etc.

CARISMÁTICOS. São os chamados "católicos carismáticos". Até então um grupo separado dos evangélicos. Contudo, com o império do neopentecostalismo, os carismáticos estão se misturando a eles, com a experiência similar de glossolalia, com canções copiadas dos evangélicos, com uma liturgia praticamente idêntica, mantendo, contudo, o credo católico. Creem em santos, em Santa Maria, na Eucaristia, no Purgatório, fazem orações, pregam parecido com os evangélicos
e falam em línguas estranhas.

1)    A descida do Espírito Santo.
O significado do Pentecoste (Atos 2.1): “Ao cumprir-se o dia de Pentecoste...”. A palavra pentecoste (pentekostos, no grego) significa quinquagésimo dia. Ou seja, o Pentecoste era a festa que acontecia cinqüenta dias após o sábado da semana da Páscoa (Lv 23.15-16). É também chamado de Festa das Semanas (Dt 16.10), Festa da Colheita (Ex 23.16) e Festa das Primícias (Nm 28.26). Essa festividade marcava o fim da colheita do trigo (Ex 23.16), e eram oferecidas a Deus as primícias do sustento básico dos israelistas.
Assim como a Páscoa recordava a Israel que Deus era seu Redentor, de igual maneira a Festa das Semanas lembrava-lhe que o Senhor era também seu Sustentador, o Doador de toda boa dádiva.

A espera do Pentecostes (Atos 2.1): “Estavam todos reunidos no mesmo lugar...”. o horário era antes das nove da manhã (a hora do culto matutino). Os discípulos  estavam  no cenáculo em unânime e perseverante oração, quando, de repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Todos estavam no mesmo lugar, com o mesmo propósito, buscando o mesmo revestimento do Espírito.

O derramamento do Espírito (Atos 2:2-4). O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. O versículo 1 informa-nos que todos estavam reunidos no mesmo lugar. O termo todos aparece mais uma vez no versículo 4, são os 120 discípulos de Jesus.

2)    O Espírito Santo.
O derramamento do Espírito veio como um som (Atos 2.2). Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. A palavra grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25 para descrever o estrondo do mar. Um som que chamou a atenção das pessoas que estavam festejando o Pentecostes.

O derramamento do Espírito veio como um vento (Atos 2.2). O vento é o símbolo do Espírito Santo (Jo 3.8). O Espírito Santo veio em forma de vento para mostrar sua soberania, liberdade. Assim como o vento é livre, o Espírito sopra onde quer, da forma que quer, em quem quer.

O derramamento do Espírito veio em línguas como de fogo (Atos 2.3). O fogo também é símbolo do Espírito Santo. Deus se manifestou a Moisés na sarça em que o fogo não se consumia (Ex. 3.2). Quando Salomão consagrou o Templo ao Senhor, desceu fogo do céu (2 Cro 7.1). No Carmelo, Elias orou, e o fogo desceu (1 Rs 18.38,39). Jesus batiza com fogo, e o Espírito desceu em línguas como de fogo.

Hoje, muitas vezes, a igreja está fria. Parece mais uma geladeira a conservar intacto seu religiosismo do que uma fogueira a inflamar corações. Muitos crentes parecem mais uma barra de gelo do que uma labareda de fogo.
 Certa vez alguém perguntou a Moody: “Como podemos experimentar um reavivamento na igreja?”. O grande avivalista respondeu: “Acende uma fogueira no púlpito; quando gravetos secos pegam fogo, até lenha verde começa a arder”.

A experiência pentecostal de Moody: “Moody não duvidava de que recebera o batismo com o Espírito Santo. Quando ele era moço esforçava-se muito e tinha um desejo tremendo de conseguir alguma coisa, porém faltava-lhe poder. Estava trabalhando na força da carne. Nesse tempo havia duas humildes senhoras metodistas que costumavam assistir  às reuniões por ele dirigidas na Associação Cristã de Moços. Elas, no final do culto, muitas vezes se despediam de Moody dizendo: “Estamos orando a seu favor”. Afinal ele ficou um tanto sentido com isto e uma noite perguntou-lhes: “porque estão orando por mim? Porque não oram em favor dos perdidos?”  Responderam: “estamos pedindo que Deus lhe conceda poder”. Ele não compreendeu esta declaração, mas começou a meditar e depois procurou as senhoras, pedindo esclarecimento sobre a questão. Elas lhe falaram, então, a respeito do batismo com o Espírito Santo. Em seguida, Moddy pediu licença para orar juntamente com elas. Uma das mulheres me contou que ele orou intensíssimo fervor naquela ocasião. Orou não somente com elas, mas também orou sozinho. Pouco tempo depois, quando Moddy estava na cidade de Nova Iorque, a caminho da Inglaterra, andando um dia pela rua, no meio do tumulto e da confusão da grande cidade, recebeu a resposta à sua oração: o poder de Deus desceu sobre ele. Moody foi às pressas para a casa de um amigo e pediu permissão para retirar-se para um quarto onde pudesse estar a sós por algum tempo. Ali passou umas horas em comunhão com Deus, enquanto o Espírito derramou sobre ele um imenso gozo, que transbordava. Saiu daquele lugar definitivamente cheio do Espírito Santo”.

A EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL DE GUNNAR VINGREN
Gunnar Vingren, pioneiro da obra pentecostal no Brasil, foi para Chicago em 1904, a fim de estudar quatro anos de teologia no seminário sueco. Em maio de 1909, foi diplomado e, no mês seguinte, assumiu o pastorado da 1ª Igreja Batista em Menominee, Michigam. No verão desse mesmo ano, Deus o encheu de uma grande sede de receber o batismo com o Espírito Santo e com fogo. Em novembro de 1909, Vingren dirigiu-se até Chicago a fim de participar de uma conferência realizada pela Igreja Batista Sueca. Foi com o firme propósito de buscar o batismo com o Espírito Santo. Depois de cinco dias buscando o Senhor, Jesus o batizou com o Espírito Santo e com fogo, falando em novas línguas conforme está escrito em Atos 2. Assim se expressou Vingren em seu diário: ‘É impossível descrever a alegria que encheu meu coração. Eternamente o louvarei, pois Ele me batizou com o seu Espírito Santo e com fogo’. Depois que recebeu o batismo com o Espírito Santo na conferência em Chicago, retornou para a Igreja da qual era pastor em Menominee, Michigan. Vingren começou a ensinar a verdade pentecostal de que Jesus batiza com o Espírito Santo e com fogo. Alguns creram, outros duvidaram, mas alguns não desejaram aceitar a mensagem. O grupo que recusou a pregação, obrigou o jovem pastor a deixar a congregação. Deixando-a, Gunnar dirigiu-se a igreja em South Bend, Indiana. Nessa Igreja, todos receberam a verdade e creram nela. Na primeira semana Jesus batizou dez pessoas com o Espírito Santo e com fogo, e naquele verão, vinte. Assim, afirma Vingren: ‘Deus transformou a igreja batista de South Bend em uma igreja pentecostal’.

A EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL DE DANIEL BERG
Daniel Berg, outro pioneiro da obra pentecostal no Brasil, nasceu no dia 19 de abril de 1884, na cidade de Vargon, na Suécia. Em 1889, converteu-se na Igreja Batista sueca e foi batizado nas águas. Em 25 de março de 1902, Berg desembarcouem Boston a procura de novas oportunidades de emprego. Quando estava em Boston, soube que um de seus amigos de infancia, L. Pethrus, recebera o batismo com o Espírito Santo e com fogo. A convite de sua mãe, Berg viajou até a Suécia para encontrar-se com Pethrus. Depois do encontro, ao regressar aos Estados Unidos, em 1909, Daniel Berg orou insistentemente a Deus pedindo o batismo com o Espírito Santo. Antes de chegar ao seu destino, Deus ouviu a oração batizando-o com o Espírito Santo. Nesse mesmo ano, encontrou-se com Gunnar Vingren. Os dois conversaram muito tempo a respeito da convicção que tinham no batismo com o Espírito Santo, nas Sagradas Escrituras e na chamada missionária. Os dois missionários não tinham qualquer dúvida de que Deus os havia unido para um propósito específico. Foi assim, que após quatorze dias de viagem, no dia 19 de novembro de 1910, Daniel Berg e Gunnar Vingren aportaram em Belém, Pará. Em 1911, a irmã Celina de Albuquerque recebe o batismo com o Espírito Santo, seguida da irmã Nazaré que ao ser batizada, cantou um hino espiritual. No dia 18 de junho de 1911, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus é fundada.



O derramamento do Espírito Santo traz uma experiência pessoal de enchimento do Espírito Santo (Atos 2.4). Os discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso evidente (Jo 13.10; Jo 15.3; Jo 17.12). Uma coisa é ter o Espírito Santo, outra é o Espírito ter alguém. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio dele. Uma coisa é ter o Espírito presente, outra é tê-lo como presidente.
Certa feita, David Hume, ateu, foi visto correndo pelas ruas de Londres. Alguém o abordou: “Para onde você vai, com tanta pressa? O filósofo respondeu: “Vou ver George Whitefield pregar”. O questionador lhe perguntou: “Mas você não acredita no que ele prega, acredita?”.  Hume respondeu: “Eu não acredito, mas ele acredita”.

3)    A multidão do Pentecostes (VS. 5-11).
Lucas enfatiza a natureza internacional da multidão que se reuniu. Todos eram judeus, homens piedosos e todos estavam habitando em Jerusalém (v.5). Mas eles não tinham nascido naquela cidade: vinham da dispersão, de todas as nações debaixo do céu. PRIMEIRO, Lucas menciona os Partos, Medos e Elamitas e os naturais da Mesopotâmia (v.9), ou seja, os povos a oeste do Mar Cáspio; SEGUNDO, nos versículos 9b e 10 a, Lucas se refere a cinco áreas que chamamos de Asia Menor ou Turquia: Capadócia (leste), Ponto (norte) e Asia (oeste), Frigia e Panfilia (sul); TERCEIRO, norte da Africa (10 b): do Egito e as regiões da Líbia nas imediações de Cirene; QUARTO (VS. 10-11) é composto por Romanos que aqui residem, e o QUINTO, que mais se parece um acréscimo, são cretenses e arábicos (v. 11 b).



ü O milagre das línguas (Atos 2:4-7). Não foram sons incoerentes, mas uma habilidade sobrenatural para falar em língua reconhecíveis. Assim a expressão outras línguas poderia ser traduzido por “línguas diferentes da sua língua materna”.

ü A perplexidade da multidão (Atos 2.6-7). A multidão foi atraída pelo extraordinário fenômeno do Pentecostes. Algo sobrenatural estava acontecendo, e eles não tinham explicações razoáveis para aquele fato.

CONCLUSÃO: reações da multidão.
ü PRECONCEITO (Atos 2.7). Os galileus eram recebidos em Jerusalém com grande preconceito. Eram pessoas de segunda categoria.

ü CETICISMO (Atos 2.12). Estes ficaram atônitos e perplexos, ansiosos por uma explicação razoável para aquele extraordinário acontecimento.


ü ZOMBARIA (Atos 2.13). Um grupo dentre a multidão rotulou o fenômeno das línguas como resultado da embriaguez. 

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Em Algum lugar do passado. Lucas 24:13-35.


Introdução.
            Eu estava revirando o meu arquivo em busca de um documento quando deparei com um envelope cheio de fotografia...

            Eram fotos bem antigas de membros da família e de pessoas que um dia conviveram comigo.

            Enquanto examinava algumas fotos, um vai-e-vem de sentimentos dominou o meu coração.

            Voce já observou que há UM MISTO  de sentimentos quando folheamos um álbum de fotografia? VOCE REVIVE MOMENTOS BONS E TAMBÉM MOMENTOS RUINS!

            Uma fotografia tem o poder mágico de nos transportar para o passado, sem tirar os nossos pés do chão!

            Há fotos que muitas vezes nos recusamos contemplar...OUTRAS provocam saudades de alguém que já se foi ...

            E quando isto acontece – presente sofre, fica abalado. Dependendo do que você recordou, o seu dia pode se transformar num paraíso ou num deserto.

1)    Dos doze encontros que a Bíblia relata que Cristo teve com seus discípulos após sua ressurreição este tinha um significado especial!

ü Ele se TORNA ESPECIAL pelo fato destes dois discípulos também estarem CAMINHANDO...

ü NÃO APENAS FISICAMENTE, Eles iam em direção da aldeia de Emaús mas estavam presos a cidade de Jerusalém...

ü As lembranças de um passado recente escurecia a mente desses dois caminhantes...

ü Eles tinham os pés em Emaús, mas a mente ainda vivia os momentos dramáticos da morte do Senhor.

2)    Quando o passado nos arrasta e nos prende, perdemos a capacidade de enxergar o que está ocorrendo em nosso presente.

ü Lucas 24:15: “Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles...”.

ü AGORA VEJA O QUE ACONTECEU...

ü Lucas 24.16: “os seus olhos estavam EMBOTADOS (grego) – sem energia, insensíveis, sem capacidade para perceber...

ü OUÇAM: Não apenas o passado como passado que provoca esta inércia, esta indiferença...

ü Mas , sim, um passado angustiante, marcado pela derrota... pela desesperança... pelo desapontamento.

ü É esse passado tem o poder de neutralizar a nossa fé no presente e tirar toda perspectiva do futuro.

ü Quando você relembra um fracasso, a sua força parece diminuir!

ü Quando a sua mente traz a tona um momento amargo, triste, você se desfigura!

ü Os discípulos ainda estavam vivendo as dores da morte do Senhor. Para eles ainda era sexta-feira. Nada do que aconteceu depois tinha valor para eles!

ü Muitos ainda tem suas lembranças amarradas ...em algum lugar do passado.

3)    Jesus se aproxima e abre um diálogo.

ü Lucas 24:17: “Que palavras são essas que caminhando, trocais entre vós? Eles pararam entristecidos”.

ü OBSERVE, que Jesus se aproxima e percebe o estado de espírito dos dois.

ü Eles pararam entristecidos, ou seja, ROSTO SOMBRIO!

ü OUÇA:  a coisa mais difícil para qualquer um de nós, é, caminhar sem esperança!

ü Eles estavam avançando...caminhando... mas não sabiam o que fazer de suas vidas!

ü Toda expectativa e esperança de ver dias melhores morreu com Jesus!

4)    Estamos vivendo dias difíceis!

ü Não está sendo fácil caminhar, avançar, olhar para cima...

ü O céu de muitos está nublado, escuro, carregado de nuvens!

ü E seguir em frente – tendo ainda um passado de fracassos, de derrotas incomodando o coração – é muito difícil!

ü Não vou deixar que as lembranças de um momento amargo continue azedando o meu presente.

5)    Aprendi uma grande lição ao ler os versículos 18 e 19.
ü Veja o que diz o texto: “és o único, porventura, que tendo estado em Jerusalém, ignorais as ocorrências destes últimos dias? Ele lhes perguntou: Quais?”.
ü Aqueles dois discípulos não podiam entender a desinformação daquele homem que surgira de repente!

ü É como se alguém ignorasse hoje o que está acontecendo na economia do país! No entanto, sabemos a situação real do Brasil...

ü Agora observem o que eles disseram: “és o único, porventura, que tendo estado em Jerusalém, ignorais as ocorrências...?”

ü Nós sabemos que esquecer um erro, um fracasso, uma doença, uma traição ... é quase impossível! Deixa seqüelas, marcas, cicatrizes na alma...

ü No entanto, Jesus andava com aqueles discípulos totalmente livres das amarguras da sexta-feira. Ele esteve em Jerusalém mas não estava preso a Jerusalém!

6)    Quando ele pergunta: Quais?
ü Jesus estava afirmando que o passado não pode mais pesar sobre nossas vidas!

ü O seu sacrifício crucifixou os nossos pecados. Deu-nos esperança, fé...

ü Aquele sentimento não pode dominar os nossos corações. Os nossos estão nele! Não estamos sozinhos.

ü O que está em jogo é a palavra de Deus. É por causa desta palavra você não poderá ser derrotado.

ü Lucas 24.31: “Então se lhes abriram os olhos, e o reconheceram mas ele desapareceu da presença deles”.

ü Voce sabe por que Jesus desapareceu? Sua missão estava cumprida. Foram renovados para continuar a caminhada.
Conclusão:
ü É isto que Deus espera de cada um de nós.

ü Não é hora de ficarmos parados... com medo... com angustia de coração... com incertezas.


ü O que está em jogo é a Palavra de Deus e por causa desta Palavra que a sua vida tem que mudar.