terça-feira, 29 de abril de 2014

A mulher que ungiu Jesus (Lucas 7:36-50)



Este relato aparece nos quatro evangelhos de Jesus. Em Marcos 14:3-9; Mateus 26.1-5; Lucas 7:36-50 e também em João 12.1-8. Somente neste texto de João que traz a identidade da mulher (Joao 12.3), que é Maria, irmã de Lazaro.

O  texto nos mostra três personagens: Simão, fariseu, Jesus e Maria, a pecadora. Simão era fariseu, uma seita que vivia para cumprir os 613 mandamentos. Jesus, filho de Deus e Maria, uma pecadora alcançada pela graça de Deus.

1)    Simão e a falta de Hospitalidade. 



·        Receber hóspede é um negócio público. Uma mesa longa e baixa com grandes pratos de madeira, são colocados ao longo do centro da sala, e divãs de ambos os lados, nos quais os convidados, reclinam-se apoiando no cotovelo esquerdo, com os pés afastados da mesa.  Ao chegar todos tiram as sandálias ou chinelos, e os deixam à porta, os servos ficam de pé por detrás dos divãs e colocando uma  bacia rasa e larga no chão, derramam água sobre os pés dos hospedes. Omitir essa cortesia seria dar a entender que o visitante era de posição social muito inferior.

·        Os pés são sempre colocados por detrás da pessoa que está reclinada, por causa da natureza ofensiva  e impura dos pés na sociedade oriental. No  Antigo Testamento o mais supremo triunfo para o vencedor e insulto para o vencido era “fazer do inimigo escabelo dos pés” (Salmos 110.1). A Edom, que é odiado violentamente, se diz: “sobre Edom atirarei a minha sandália” (Salmo 60.8). Moisés é obrigado a tirar as suas sandálias impuras diante da sarça ardente, por causa da santidade do solo (Ex 3.5). No Novo Testamento, João Batista usa a ilustração de desatar o cardaço dos sapatos para expressar a sua total indignidade na presença de Jesus (Lucas 3.16).


·        Além de omitir água para os pés de Jesus, Simão não havia dado nenhum beijo em Jesus. Hoje em dia, receber um hospede sem beijá-lo em ambas as faces quando ele entra, é sinal marcante de desprezo.

·        No entanto, UMA MULHER PECADORA DA CIDADE. Ela era de Betânia e a comunidade conhecia sua vida pregressa.

2)    Uma mulher age! 


·        Ela traz o perfume – depois unge os seus pés com ele. Ela fica aos seus pés – depois beija os seus pés. Ela molha os seus pés com lágrimas – depois os enxuga com os seus cabelos.

·        Maria trazia um vaso de alabastro de ungüento. O frasco valia mais de trezentos denários.  Um denário era uma moeda de prata de quatro gramas, e equivalia ao salário de um dia de um operário. A um homem comum teria custado quase um ano de trabalho para comprar esse frasco de ungüento. 

O QUE ELA FAZ?

·        Beija os seus pés! Não tem toalha. Ela, desata os cabelos, e com ele, enxuga os seus pés. DESATAR O CABELO era uma afronta no mundo masculino! Espera que a mulher faça apenas na presença do seu marido. O Talmude ensina que um marido pode pedir o divórcio pelo fato de a mulher desatar o cabelo na presença de outro homem.

·        Os beijos no pé não são apenas compensação pelo que Simão havia recusando a Jesus, mas também um gesto publico de grande humildade e devoção.

·        Maria com lágrimas lava os seus pés e, em um gesto surpreendentemente intimo, desata os cabelos para enxurgá-los.

·        Um perfume caro comumente era usado para torná-la atraente (talvez para os seus clientes) é derramado sobre a cabeça de Jesus. 


    O ungüento era uma espécie de pasta que se aplicava na pele, se derretia com o calor do corpo e se transformava em um perfume agradável. Ele era preparado "por perfumistas, ou por um sacerdote, ou por indivíduos particulares, usando uma grande variedade de substâncias aromáticas" (Novo Dicionário da Bíblia).

Sabemos que reis eram ungidos com ungüento perfumado com mirra. O ungüento era guardado em vasos de alabastro e, assim como o vinho, quanto mais velho melhor e mais caro.

1- Samuel ungiu Saul ...
"Então tomou Samuel um vaso de azeite e lho derramou sobre a cabeça..." (1 Samuel 10:1).

2- Elias ungiu a Jeú ,,,
"E toma o vaso de azeite, e derrama-o sobre sua cabeça, e dize: Ungi-te rei sobre Israel" (2 Reis 9:3).

3- Joiada ungiu a Joás ...
"Então Joiada fez sair o filho do rei e lhe pôs a coroa, e lhe deu o testemunho; e o fizeram rei, e o ungiram" (2 Reis 11:12).



“Lamartine, viajante Frances, em 1821 passou pelo Oriente médio com uma grande comitiva, e por toda parte foi saudado como príncipe europeu. Ele registra que na aldeia de Eden, nas montanhas do Líbano, ele foi ungido na cabeça com perfume, logo ao chegar.”
·        Enquanto que Simão desprezou Jesus, o ato da mulher lhe atribuiu a honra de um Rei.

·        TODA AÇÃO DRAMÁTICA É LEVADA A EFEITO SEM PALAVRAS, E DE FATO, a linguagem é inútil na presença de expressões tão caras e ternas de devoção e gratidão.

CONCLUSÃO (Lucas 7:39...).
·        Simão refere a Jesus como “este”. A palavra “tocar” na linguagem bíblica é usada de vez em quando para designar as relações sexuais (Gn 20.6; Pv 6.29). Simão está afirmando que em sua opinião tudo é muito inconveniente, e Jesus (se fosse profeta) saberia quem era ela e se recusaria tais afeições duma mulher daquelas.

·        Jesus conta uma parábola a Simão (Lucas 7.40-43): “Vês esta Mulher”. Jesus dirige  palavra a Simão olhando a mulher.

·        “ENTREI EM TUA CASA e não me deste água para os meus pés”. Mas essa mulher lavara os seus pés pessoalmente, não com água mas com lágrimas, e os enxugou com a sua coroa de glória como mulher: o seu cabelo.

·        “NÃO ME DESTE ÓSCULOS”, NO ENTANTO, a mulher cobrira os seus pés de beijo.

·        “NÃO ME UNGISTE A CABEÇA”. Não me reconhecendo como Senhor e Mestre, todavia essa mulher pegou aquilo que lhe era mais precioso, mais caro e me ungiu a cabeça.


sábado, 26 de abril de 2014

Cuidado com a idolatria!



Em nosso coração há um trono que só pode ser ocupado por Deus. A idolatria em seu sentido espiritual significa que Deus deixou de ocupar o lugar central na vida do homem, para ficar em segundo plano. Idolatria é uma obra da carne (Gálatas 5.19) por isso é tão comum em tantas culturas, mas é abominável para Deus porque através da idolatria o homem rejeita o Deus Criador em troca da criatura. O ser humano acredita mais facilmente em coisas visíveis do que em um Deus invisível (I Timóteo 1.17).

No Antigo Testamento um dos maiores esforços dos profetas é para acabar com a idolatria em Israel. Na época de Amós, os israelitas são julgados porque “inclinam-se diante de qualquer altar” (Amós 2.8).

Como é possível a um povo de propriedade exclusiva do Senhor, treinado durante mais de mil anos a não adorar outros deuses além do Senhor, calcado nos Dez mandamentos e várias vezes severamente punido por ter praticado a idolatria – como é possível a esse povo inclinar-se mais uma vez a “qualquer altar”? Esse negócio de “qualquer altar” é vício das nações pagãs, e não de Israel.

Os apóstolos deixam bem claro que a idolatria era coisa do passado na vida dos crentes. Antes da conversão, os coríntios eram idólatras mas, depois, já não o são (1 Corintios 6.9-11). Todo mundo sabia que os tessalonicenses, depois de terem aceitado o evangelho, deixaram os ídolos “a fim de servir ao Deus vivo e verdadeiro” (1 Ts 1.9). Pedro lembra aos eleitos de Deus espalhados pela Ásia Menor que no passado eles viviam na “idolatria repugnante” (1 Pedro 4.3). Paulo exorta “Fujam da idolatria” (1 Coríntios 10.14) e João exorta no mesmo sentido “Guardem dos ídolos” (1 João 5.21).

A palavra ídolo significa coisa inútil, detestável. Ídolo é qualquer objeto abominável aos olhos de Deus, muitas pessoas tem estes objetos e dizem ter só por ter entretanto o fato de ter em posse um destes ou simplesmente acreditar nestes objetos torna a pessoa participante da adoração aos ídolos pois ela estará aceitando o que aquilo representa. A pior consequência da idolatria é a pessoa se tornar inútil como o ídolo, ser cego, surdo e mudo espiritualmente.

Não se deve pensar que a palavra ídolo se refere somente às imagens que nem sequer falam, embora o artífice tenha moldado a boca mas não fala, e nem sequer andam (Salmo 115). Ídolo são também pessoas, coisas, estruturas e projetos que produzem escravidão e morte e se apresentam como absolutos, pretendendo substituir o projeto de vida e liberdade que Deus realizou em Jesus Cristo. 

terça-feira, 22 de abril de 2014

A segunda vinda de Cristo (Marcos 13:1-37).



Introdução: A segunda vinda de Cristo é o assunto mais enfatizado em toda a Bíblia. Há cerca de trezentas referências sobre a primeira vinda de Cristo na Escritura e oito vezes mais sobre a segunda vinda, ou seja, há mais de 2.400 referências sobre a segunda vinda em toda a Bíblia.

1)   A questão do templo (Marcos 13:1-2).
·        Os discípulos ficaram admirados com a magnificência do templo. Aquele majestoso templo de mármore branco, bordejado de ouro, o terceiro templo de Jerusalém era um dos mais belos monumentos arquitetônicos do mundo. O grande e belo templo era o centro da vida nacional de Israel, o símbolo da relação da nação com Deus.

·        A predição de Jesus de que não ficaria pedra sobre pedra cumpriu-se no ano 70 d.C., literalmente. O templo foi arrasado pelos romanos quarenta anos depois no terrível cerco de Jerusalém. Devemos aprender dessa solene profecia de Jesus que a verdadeira glória da igreja não consiste em seus prédios de adoração pública, mas na fé e piedade de seus membros.

2)   A destruição do templo e a segunda vinda de Cristo (Mc 13:3-4).

·        A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO: O cumprimento da profecia de Jesus se deu  quando os judeus se rebelaram contra os romanos. Jerusalém foi invadida e dominada por Tito, filho do imperador Vespasiano (69-79 d.C.). O templo foi destruído. Alguns historiadores crêem que mais de um milhão de judeus, que tinham ocupado a cidade como refugiados, pereceram. Flavio Josefo, no seu livro História da Guerra Judaica, diz que enquanto o santuário ardia em chamas [...] não se demonstrava nenhuma piedade ou respeito para com a idade das pessoas. Muito ao contrário. Crianças e anciãos, leigos e sacerdotes, todos eram massacrados.

·        A SEGUNDA VINDA DE CRISTO. Alguns sinais:
2.1)     o sinal que mostra a graça de Deus (13.10). Jesus disse: “Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações”. Observe alguns pontos importantes aqui: O evangelho deve ser pregado a todas as nações. Desde o início, os gentios foram incluídos no plano de Deus. Cristo morreu para salvar os que procedem de todas as nações. A Igreja precisa fazer discípulos de todas as nações. O campo de ação da Igreja é o mundo. Jesus morreu para comprar aqueles que procedem de toda tribo, raça, povo, língua e nação (Ap 5.9).

2.2)     sinais que indicam oposição a Deus. Destacamos dois sinais que indicam oposição a Deus:

2.2.1)       A perseguição religiosa (13.9,11,12,13,19,20). A perseguição religiosa (13.9) tem estado presente em toda a História: os judaizantes, os romanos, a intolerância romana, os governos totalitários, o nazismo, o comunismo, o islamismo, as religiões extremistas. No século 20, tivemos o maior número de mártires da História. A real causa da perseguição é afirmada em Marcos 13.13: “Sereis odiados de todos por causa do meu nome”. Quando nos identificarmos com Jesus Cristo, o mundo passará a nos odiar como odiou a Cristo (Jo 15.20).

2.2.2)       O engano religioso (13.5,6,21-23). É significativo que o primeiro sinal que Cristo apontou para a sua segunda vinda tenha sido o surgimento de falsos messias, falsos profetas, falsos cristãos, falsos ministros, falsos irmãos, pregando e promovendo um falso evangelho nos últimos dias. Cristo declarou que um falso cristianismo vai marcar os últimos dias.

Vivemos hoje a explosão da falsa religião. O islamismo domina mais de um bilhão de pessoas. O catolicismo romano também tem um bilhão de seguidores. O espiritismo Kardecista e os cultos afro-brasileiros proliferam. As grandes religiões orientais: budismo, hinduísmo e xintoísmo mantêm milhões de pessoas num berço de cegueira espiritual”.

·        O misticismo está tomando conta das igrejas hoje. A verdade é torcida. A igreja está se transformando numa empresa, o púlpito num balcão, o templo numa praça de barganha, o evangelho num produto de consumo, e os crentes em consumidores.

3)   sinais que indicam o juízo divino. Três são os sinais que indicam o juízo de Deus:
3.3.1)  As guerras (13.7,8). Ao longo da História tem havido treze anos de guerra para cada ano de paz. Desde 1945, após a Segunda Guerra Mundial, o número de guerras tem aumentado vertiginosamente. Nos últimos cem anos já morreram mais de 200 milhões de pessoas nas guerras.

·        Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), 10 milhões de pessoas foram trucidadas. Ninguém poderia imaginar que no mesmo palco dessa barbárie, vinte anos depois, explodisse outra guerra mundial. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ceifou 60 milhões de pessoas. Foram gastos mais de um trilhão de dólares.

3.3.2)  Os terremotos (13.8,24,25). Os terremotos sempre existiram, mas alguns deles devem ser vistos como evidência da ira de Deus (Ap 6.12; 8.5; 11.13; 16.18). De acordo com a pesquisa geológica dos Estados Unidos:
a)     De 1890 a 1930 – houve apenas 8 terremotos medindo 6.0 na escala Rischter.
b)     De 1930 a 1960 – Houve 18.
c)     De 1960 a 1979 – Houve 64 terremotos catastróficos.
d)     De 1980 a 1996 – Houve mais de 200 terremotos dramáticos.

·        O mundo está sendo sacudido por terremotos em vários lugares. Os tufões e maremotos têm sepultado cidades inteiras: Desde o ano 79 d.C., no século 1, quando a cidade de Pompéia, na Itália foi sepultada pelas cinzas do Vesúvio, o mundo está sendo sacudido por terremotos, maremotos, tufões, furacões e tempestades. Em 1755, 60 mil pessoas morreram por um terrível terremoto em Lisboa. Em 1906, um terremoto avassalador destruiu a cidade de São Francisco na Califórnia. Em 1920, a província de Kansu na China foi arrasada por um terremoto. Em 1923, Tóquio foi devastada por um terremoto. Em 1960, o Chile foi abalado por um terremoto que deixou milhares de vítimas. Em 1970, o Peru foi arrasado por um imenso terremoto.

·        Apocalipse 6.12-17 fala que as colunas do universo são todas abaladas. O universo entra em colapso. Tudo o que é sólido é balançado. Não há refúgio nem esconderijo para o homem em nenhum lugar do universo. O homem desesperado busca fugir de Deus, esconder-se em cavernas e procurar a própria morte, mas nada nem ninguém podem oferecer refúgio para o homem. Ele terá de enfrentar a ira de Deus.

3.3.3)  As fomes (13.8). Gastamos hoje mais de um trilhão de dólares com armas de destruição. Esse dinheiro daria para resolver o problema da miséria no mundo. A fome hoje mata mais do que a guerra. O presidente americano Eisenhower, em 1953, disse: “O mundo não está gastando apenas o dinheiro nas armas. Ele está despendendo o suor de seus trabalhadores, a inteligência dos seus cientistas e a esperança das suas crianças. Nós gastamos num único avião de guerra 500 mil sacos de trigo e num único míssil o equivalente a casas novas para 800 pessoas”.

4 ) A presença do Anticristo (Mc 13:14-23).
4.1 ) O anticristo é identificado (13.14). ). O sacrílego desolador de que fala Daniel (Dn 9.27; 11.31; 12.11) aplicou-se primeiro a Antíoco Epifânio no século 2 a.C., precisamente no ano 168 a.C. Ele sacrificou um porco a Zeus no altar do templo de Jerusalém. Esse fato provocou a guerra dos Macabeus. Nos ultimos dias se dará quando o anticristo cometerá o último sacrilégio, exigindo adoração de si mesmo como se fosse Deus (2Ts 2.4; Ap 13.14,15).

·        O anticristo não é um partido, não é uma instituição nem mesmo uma religião. É um homem sem lei, uma espécie de encarnação de Satanás, que vai agir na força e no poder de Satanás. Ele será levantado em tempo de apostasia. Vai governar com mão de ferro. Vai perseguir cruelmente a Igreja. Vai blasfemar contra Deus. Contudo, no auge do seu poder, Cristo virá em glória e o matará com o sopro da sua boca. Ele será quebrado sem esforço humano. Nessa batalha final, o Armagedom, a única arma usada, será a espada afiada que sairá da boca do Senhor Jesus.

4.2)os cuidados preventivos contra a perseguição (13.15-18). Quando os romanos invadiram Jerusalém, no ano 70 d.C., todos os que estavam dentro da cidade pereceram. A única maneira de pouparem a vida era fugir ou não entrar na cidade (13.14-16). Com isso, Jesus nos ensina que a prudência para poupar nossa vida é uma atitude recomendável.

4.3)a grande tribulação (13.19). Os filhos de Deus experimentam tribulações durante a sua vida na Terra (Jo 16.33; Rm 8.18; 2Co 4.17; 2Tm 3.12), mas em Marcos 13.19,20, Jesus está falando acerca de uma tribulação que caracteriza “aqueles dias”, ou seja, um período definido de profunda angústia, de curta duração, que ocorrerá imediatamente antes do retorno do Senhor.

4.4)o perigo da sedução (13.21-23). O tempo da grande tribulação será também um tempo de grande sedução religiosa. O diabo enviará os seus agentes: falsos profetas e falsos cristos, com vestes sagradas, operando sinais e prodígios para enganar se possível os eleitos. Tanto Jesus quanto os apóstolos Paulo e João advertiram sobre os falsos profetas (Mt 7.15-20; At20.28-31; 1Jo 4.1-6).

5)   Como se dará a segunda vinda de Cristo.

5.1 ) será precedida por grandes convulsões cósmicas (13.24,25). A segunda vinda de Cristo será precedida por grandes convulsões naturais. Tudo aquilo que é firme e sólido no universo estará abalado. As colunas do universo estarão bambas e o universo inteiro estará cambaleando (2 Pe 3.10). Isso atinge e causa pânico em pessoas que tinham nos elementos da criação o seu deus (Lc 21.25s.; Ap 6.12-17).

5.2 ) será visível (13.26). A segunda vinda de Jesus será pessoal, visível e pública. Todo o olho o verá (Ap 1.7). Depois que o telhado do mundo tiver sido abalado e retirado, as pessoas olharão fixamente como que para um buraco negro. “Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens” (13.26).

5.3) será gloriosa (13.26). Não haverá um arrebatamento secreto e só depois uma vinda visível. Sua vinda é única, poderosa e gloriosa. Jesus aparecerá no céu. Ele estará montado em um cavalo branco. Ele virá acompanhado de um séqüito celestial. Virá do céu ao soar da trombeta de Deus. Aquele será um dia de trevas e não de luz para eles. Será o dia do juízo, onde sofrerão penalidade de eterna destruição. As tribos da terra, conscientes de sua condição de perdidas, se golpearão nos peitos atemorizadas pela exibição da majestade de Cristo em toda a sua glória. O terror dos iníquos descreve-se graficamente em Apocalipse 6.15-17.

5.4 ) será vitoriosa (13.27).  Os anjos recolherão os escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. Os eleitos de Deus serão chamados. A Bíblia diz que quando Cristo vier, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, com corpos incorruptíveis, poderosos, gloriosos, semelhantes ao corpo da glória de Cristo. Então, os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor nos ares e assim estaremos para sempre com o Senhor.

Conclusão: Como devemos esperar a vinda de Cristo?
será precedida por avisos claros (13.28-31). Quando essas coisas começarem a acontecer devemos saber que está próxima a nossa redenção. A figueira já começou a brotar, os sinais já estão gritando aos nossos ouvidos (v.28).
será imprevisível (13.32). Ninguém pode decifrar esse dia. Ele pertence exclusivamente à soberania de Deus. Quando os discípulos perguntaram a Jesus sobre esse assunto, Ele respondeu: “A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade” (At 1.6,7).
será inesperada (13.33-36). Jesus contou a parábola do homem que saiu de casa e deu ordens e obrigações aos seus servos e ordem ao porteiro para vigiar. Ele diz que o porteiro deve vigiar porque não sabe se seu senhor vem na primeira, segunda, terceira ou quarta vigília da noite. Achar o porteiro dormindo na volta seria um sinal de negligência e despreparo do porteiro.

Quando Jesus voltar, os homens vão estar desatentos como a geração diluviana (Mt 24.38,39). Vão estar entregues aos seus próprios interesses sem se aperceberem da hora. Comer, beber, casar e dar-se em casamento não são coisas más. Fazem parte da rotina da vida. Contudo, viver a vida sem se aperceber que Jesus está prestes a voltar é viver como a geração diluviana. Quando o dilúvio chegou, pegou a todos de surpresa”.


será necessária vigilância (13.37). A palavra de ordem de Jesus é: Vigiai! A vigília aqui não tem o sentido de ficar esperando meio adormecido na sala de espera, pois no versículo 34 Jesus a deixou como “obrigação”, “trabalho”, caracterizando-a como função muito ativa e cheia de responsabilidade.

terça-feira, 15 de abril de 2014

A figueira que secou. Mc 11: 12-19.


Questionamos com Deus: Por quê Jesus fez isso com a pobrezinha da figueira, se está dito que nem tempo de figos era? Que abuso! Que capricho! Por que Ele tratou assim a pobre dessa árvore? Que implicância vegetal foi essa? Afinal, está explicitado o fato de que não era a estação dos figos.

·                   Primeiro, Quando foi que esse episódio aconteceu? Pelo contexto do Evangelho, foi no final de março; próximo de abril. 

·                   Segundo, quando era tempo e estação de figos no Oriente Médio? E a resposta é a seguinte: em junho eles começavam a aparecer; e em agosto, eles ficavam doces e saborosos. 
 ·                   Terceiro, qual a principal característica da figueira? E a resposta é simples. Estranhamente, ela inverte um processo que é quase comum em todas as árvores frutíferas, que primeiro colocam para fora as suas folhas, e depois trazem à luz os seus frutos. A figueira traz primeiro à luz os seus frutos, depois é que ela mostra a folhagem. De modo que no mês de março, o que havia no caminho entre Betânia, o Monte das Oliveiras onde isto aconteceu, e a cidade de Jerusalém para onde eles estavam indo, era uma quantidade enorme de oliveiras e de figueiras. Só que todas as figueiras estavam nuas, peladas, próprias, adequadas à estação. E no meio daquela multidão de figueiras adequadas à estação, portanto, nuas de frutos e de folhas, havia uma que se “projetava”, que fazia um showcase vegetal, e que mostrava uma quantidade enorme de folhagens, verde, verde, verde.
 ·                   Quarto, E Jesus estava com fome. Ele disse: eu vou comer dessa figueira que está cheia de frutos fora da estação! 
E ele vai lá; procura em baixo da figueira toda, e entra; folhagem em abundância; mas nem um fruto sequer. O interessante, é que Ele amaldiçoa essa figueira, dizendo: Nunca mais ninguém coma fruto de ti! 

1)                Quais as lições?
·                   Primeiro, uma propaganda enganosa. A figueira sem frutos é um símbolo da nação de Israel e do culto judaico. Tinham pompa, mas não vida; tinham rituais, mas não comunhão com Deus; tinham inúmeros sacerdotes, mas não homens de Deus.

·                   Segundo, A figueira sem frutos aparenta superar as demais figueiras. A figueira sem frutos destacava-se dentre as demais. Assim são aqueles que parecem verdadeiros cristãos, mas só têm aparência.

·                   Terceiro, A figueira sem frutos parecia desafiar as estações do ano. A figueira produz folhas em março ou abril e, então, começa a produzir frutos em junho, com outra safra em agosto e, possivelmente, a terceira colheita no mês de dezembro. A presença de folhas implicava na presença de frutos. Ela fazia propaganda do que não tinha. Assim também algumas pessoas parecem muito adiantadas em comparação com as pessoas ao seu redor, mas é só fachada, só aparência.

·                   Quarto, A figueira sem frutos atraiu a atenção de Jesus. Ele viu de longe essa árvore. As demais ainda não tinham folhas. Essa árvore era a única que estava em posição de destaque. Essa figueira representa aqueles que sem nenhuma modéstia tocam trombetas e anunciam frutos que não possuem.

 2)                O que Jesus faz?
·                   Primeiro, Jesus tem o direito de procurar frutos em nossa vida. Ele perscruta profundamente a nossa vida para ver se tem fruto, alguma fé genuína, algum amor verdadeiro, algum fervor na oração. Se ele não encontrar frutos não ficará satisfeito. O Pai é glorificado quando produzimos muito fruto (Jo 15.8).

 ·                   Segundo, Jesus não se contenta com folhas, Ele quer frutos. Jesus teve fome. Ele procurava frutos e não folhas. Ele não se satisfaz com folhas. Ele não se satisfaz com aparência. Ele quer vida.

  ·                   Terceiro, Jesus não se deixa enganar. Quando Ele se aproxima de uma alma, Ele o faz com discernimento profundo. Dele não se zomba. A Ele não podemos enganar.

 ·                    Quarto, Ele não julga segundo a aparência. Se eu professo a fé sem a possuir não é isso uma mentira? Se eu professo arrependimento sem tê-lo não é isso uma mentira? Se eu participo da Ceia, mas estou em pecado e não amo aos meus irmãos, não é isso uma mentira? Charles Spurgeon diz que a profissão de fé sem a graça divina é a pompa funerária de uma alma morta.

·                   Quinto, uma condenação dolorosa. Jesus decretou uma dupla condenação à figueira sem fruto.  Ela secou desde a raiz. João Batista já havia alertado para o machado que estava posto na raiz das árvores (Mt 3.10). A falência dessa árvore foi total, completa e irremediável.

·                   Ela nunca mais produziu fruto. Jesus sentenciou a figueira a ficar como estava. Esse é o maior juízo de Deus ao homem, ficar como está. Jesus condenou a árvore infrutífera. Spurgeon diz que Jesus não apenas a amaldiçoou, ela já era uma maldição. Ela não servia para o revigoramento de ninguém. A sentença foi: fica como está; estéril, sem fruto. Continue sem graça. Jesus dirá no dia final: “Apartai-vos” para aqueles que viveram a vida toda apartada.

Conclusão: Mateus 7:21 e 22. Autoexame.

·        “Naquele dia”: juízo final (Lc 10.12). V.22: “em teu nome...(três vezes). Ele dirá: “Nunca vos conheci”.


·        “os que praticais a iniqüidade” (ausência de princípios, normas, regras). O salvo tem fruto. 

domingo, 13 de abril de 2014

JESUS RESSUSCITOU


“Vieram sozinhas: algumas mulheres que o recordaram,
Prostradas com as especiarias, para ungir seu cadáver.
Pelas ruas escuras, choraram a caminho para honrá-lo,
Aquele cuja morte dissipara todas as suas esperanças.
Por que procuram a vida nestes túmulos de pedra?
Ele não está aqui. Ressuscitou, como havia dito.
Lembrem o que ele lhes disse quando estava na Galiléia:
“O Filho do Homem tem de morrer e dos mortos ressurgir”.


Os dois voltavam pra casa, um retrato de perda e dor (os discípulos de Emaus, Lc 24)
Explicando a um estranho o porquê de sua tristeza.
Como antes de sua cruz Jesus parecera ser Rei;
Agora as esperanças jaziam no túmulo dele.
“Como são tardios para ver? Isso não tinha de ser?
Não crêem nas palavras que os profetas disseram?
Primeiro, Cristo tinha de sofrer; depois, entrar na glória”.
Depois, eles lhes desvendou os olhos no partir do pão.


Ele ouviu as palavras de Jesus, mas sem a fé fácil
Que troca a verdade por anseios sentimentais.
Se não visse as marcas dos pregos nas mãos dele
E tocasse seu lado, ele não creria numa mentira.
Jesus chegou até eles, embora as portas fechadas:
“Lance fora qualquer dúvida e toque em meu lado.
Sinta as feridas que os pregos fizeram nas mãos
E entenda que eu sou a ressurreição e a vida”.


Longos anos têm-se passado, e ainda tememos a morte;
Ele nos rouba pessoas queridas e nos deixa abatidos.
Zomba de nossos sonhos e nos chama com sua frieza,
O terror final, quando o curso da vida chega ao fim.
Mas se isto: meu Senhor trilhou esta vereda antes,
O seu corpo, de imortalidade foi revestido.
O aguilhão do sepulcro foi arrancado: o poder do pecado, destruído.
A morte foi tragada na poderosa vitória do Senhor”.