terça-feira, 24 de setembro de 2019


A topografia do céu – Ap. 22



Introdução: O apostolo João escreveu esse livro quando estava exilado na ilha de Patmos. No seu tempo Domiciano perseguia ferozmente a igreja e seus apostolos. João, o ultimo apostolo vivo, foi exilado nessa ilha. E, no dia do Senhor, Jesus apareceu para ele e lhe revelou sua essência e lhe descortinou o futuro. Então, esse livro é isso: uma visão do Jesus glorificado, e de tudo que diz respeito ao seu povo e a sua segunda vinda.

1)    A cidade é bela
“E tinha um grande e alto muro com doze portas...e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel”.

O céu tem 12 portões. Em cada um está escrito o nome de uma das 12 tribos de Israel. O pai dos 12, Jacó, depois Israel, tinha poucas qualidades a recomendá-lo e sua semente não melhorou em seus filhos. Contudo, nessas vidas e através delas, Deus persistentemente trouxe a salvação a miseráveis que não mereciam ser salvos e revelou, assim, sua glória.  

Em Genesis 49:5-6, vemos a sentença de Jacó sobre Simeão e Levi. “suas espadas são instrumentos de violência...porque no seu furor mataram homens...maldito seu o seu furor...e os dividirei em Jacó”. Enquanto que Moisés em Deuteromio 33. 8, abençoa: “teu é  tumim e teu Urim para o teu amado...pois guardaram a sua palavra e observaram a tua aliança...”(8-11)

E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Ap 21.14).

Os apóstolos formavam um grupo desigual de pessoas comuns, esperançosas e tímidas, generosas e individualistas, corajosas e inconstantes. Somente sabemos de três – Pedro, Tiago e João -.   De quatro, sabemos um ou dois fatos – André, Filipe e Tomé -. Nada sabemos dos outros cinco: Tiago, filho de Alfeu, Bartolomeu, Tadeu, Simão, o zelote, e Matias, que assumiu o lugar de Judas Iscariotes. Todos fizeram parte do fundamento da cidade.

“Simeão e Ruben são material para a construção do céu, como Bartolomeu e Tadeu. Sendo assim, não há nada tão maligno em minha falta de fé e nada tão obscuro em minha vida que não seja transformado em pedra para o fundamento ou para os portões de entrada do céu”.

Quando o apostolo João viu os nomes das 12 tribos escritos nos portões de pérolas e dos 12 apóstolos nas pedras, soube, e nos faz saber que tudo na história é remediável. “O PASSADO DEVE SER TOMADO E REVELADO COMO ELE FOI. ELE SE TORNA IMPORTANTE PARA O FUTURO E, NO MOMENTO DE VISÃO E DECISÃO, SE INTEGRA NELE”. (2 Co 5.17).

2)    A cidade tem simetria
“E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro. A cidade era um cubo perfeito...a cidade tinha dois mil e duzentos quilômetros de comprimento; a largura, e a altura era também iguais ao comprimento” (BKJ Ap. 21.15,16).

As características visuais são a simetria, a luz e a fertilidade. A simetria aponta para a santidade completa. As proporções são perfeitas “largura, altura comprimento iguais”. Ela é cheia de luz e produz vida. A SIMETRIA APONTA PARA A SANTIDADE COMPLETA. O apostolo apresenta o céu geometricamente como um cubo – o santo dos santos planejado para o templo de Salomão (1 Rs 6.20). Então, equilíbrio, harmonia e proporção prevalecem.

É famoso o dito espirituoso de Galileu Galilei, sobre a intenção do Espírito Santo. Ele afirmou que o Espírito não pretende mostrar como vai ao céu; quer mostrar como se vai ao céu. Aqui, o “como” é a santidade”.

“O céu é repleto de luz...o seu brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina” (Ap. 21.11). “Então já não haverá noite, e não precisarão de lamparina, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles...”(Ap 22.5).
A cidade se firma sobre 12 pedras preciosas: jaspe, safira, calcedônia, esmeralda, sardônio, sárdio, crisólito, berilo, topázio, crisópraso, jacinto, ametista. A luz e a união das cores e as pedras as expõem uma a uma, ênfase e louvor. 

Muitas vezes, atravessamos o “vale da sombra da morte” e não vemos nenhuma “luz no fundo do túnel”. Em outras ocasiões, o pecado escurece nossos olhos, e não discernimos as cores. O QUE FAZER? Perseverança é requerida. “A maior dificuldade não é como prosseguir, mas como elevar nossa existência. O clamor pela vida após a morte é irrealista, se não há anseio pela vida eterna antes da nossa descida à cova. Eternidade não é futuro perpetuo; é a perpetua presença da luz de Deus em nós”.

3)    A cidade tem fertilidade
“Então o anjo me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da praça da cidade, e de um e de outro lado do rio, está a arvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês. E as folhas da arvore são para a cura dos povos”.

De cada lado do rio estava a arvore da vida, que frutifica doze vezes por ano. Aqui se apresenta riqueza de agua “rio da agua da vida” e alimento “doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês”, nossas duas necessidades básicas. No capítulo 6, vimos o cavalo preto, que anunciava preços exorbitantes para o pão, enquanto itens de luxo, o azeite e vinho sobravam. O mundo é assim, injusto, mas “...nunca mais haverá qualquer maldição” (22.3).

Conclusão: diante de tudo, o que nos resta?
Jesus virá como aquele que julga retamente (Ap. 22.12). Ele vem julgar. Ele tem galardão. Ele vem retribuir a cada um segundo as suas obras.
Jesus é o juiz que tem credencial para julgar retamente (Ap. 22.13). Ele está no começo e no fim. Ele conhece tudo. Ele é o Pai da eternidade, a origem e a consumação de todas as coisas. Os homens ímpios vão se desesperar (Ap. 6.16-17).

O critério para a salvação não são as obras, mas a obra de Cristo na cruz (Ap. 22.14). Os habitantes da Nova Jerusalém, entrarão na cidade pelas portas, não por causa das suas obras, mas por causa do sangue do cordeiro (Ap. 12:11).

Todos aqueles que não foram lavados pelo sangue do Cordeiro ficarão de fora da cidade santa (Ap. 22.15). os pecados relacionados são de impiedade (relacionamento com Deus – feitiçaria e idolatria) e perversão (relacionamento com homens), ver Ap. 21.8,27. Só há dois grupos na humanidade: os que fazem injustiça e são imundos e os que praticam justiça e são santos. HAVERÁ UMA hora que será tarde demais para o arrependimento.

O Espírito e noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.

terça-feira, 17 de setembro de 2019


    Novos céus e Nova terra – Apocalipse 21

  Introdução:


      Em apocalipse 20, vimos o julgamento final de Satanás e o juízo final da humanidade. Vimos sobre o Trono branco e aquele que estava assentado sobre ele. Nada podia permanecer em sua presença: “...a terra e o céu fugiram da sua presença...” Todos os mortos, grandes e pequenos, estavam ali diante do trono. E, termina: “e todos os que que não tinham o nome escrito no livro da vida foram lançados no lago de fogo”. (vs. 11-15).

1)    Quem não entrará no céu
Vão ficar de fora os que são indiferentes ao evangelho (v.8). os covardes falam dos indecisos, daqueles que temem o perigo e fogem das consequências de confessar o nome de Jesus.
Vão ficar de fora os incrédulos que buscam outro caminho para a salvação e rejeitam a oferta gratuita do evangelho.
Vão ficar de fora os que são moralmente corrompidos. Os que perderam a vergonha, o pudor e se entregaram abertamente ao pecado e aos vícios do mundo.
Vão ficar de fora os assassinos que desrespeitam a sacralidade da vida e atentam contra o próximo para tirar a vida. O aborto.
Vão ficar de fora os impuros que cometem todo tipo de luxuria, de pecado sexual e perversão moral
Vão ficar de fora os feiticeiros que vivem na prática da feitiçaria, ocultismo e espiritualismo. São aqueles que invocam os mortos, os demônios, etc. são aqueles que creem que são dirigidos por astros. E os que são viciados em drogas (farmakeia)
Vão ficar de fora os mentirosos que falam e não cumprem. Falam uma coisa e fazem outra. São aqueles em que não se pode confiar.

2)    Céu
A última visão de João é o céu. Não apresenta o fim, como seria de esperar, e sim um novo começo: “Então vi novos céus e nova terra...” (v.2). A criação de Genesis, arruinada pelo pecado, é restaurada na criação de apocalipse. Winston Churchill disse que a decadência moral da Inglaterra era devido ao fato que os pregadores tinham deixado de pregar sobre o céu e o inferno.

PORQUE PRECISAMOS SABER MAIS SOBRE O CÉU? A) Jesus alerta para ajuntarmos tesouros no céu (Mt 6.20); b) Paulo diz que devemos pensar no céu (Cl 3.1); c) a oração do Pai Nosso: “Seja feita a tua vontade na terra como no céu” (Mt 6.10); d) o céu nos estimula à santidade (2 Pe 3.14); e) o céu nos livra do peso da morte “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fl 1.21).

3)      A Nova Jerusalém
“...vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (v.2). 



       No apocalipse, o nome Jerusalém ocorre somente aqui e em Apocalipse 3.12. É uma alusão não à capital de Israel, mas à cidade espiritual de Deus. A cidade eterna não é somente o lar da noiva, ela é a noiva. A cidade não são os edifícios, mas pessoas. A cidade é santa e celestial. Ela desce do céu. Sua origem está no céu. Ela foi escolhida por Deus. Diz Russel Shedd que tanto a noiva (Ap. 21.9) como a “cidade santa” (21.2) são figuras para representar a igreja.

       A Nova Jerusalém é bonita por fora – ela reflete a glória de Deus (Ap. 21.11).  Quando João tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pode fazer foi falar em termos de pedras preciosas, como quando tentou descrever a presença de Deus no trono (Ap. 4.3). “E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como cristal resplandecente.

       A nova Jerusalém tem 12 portas (v.12).
     São as 12 tribos de Israel.  São três portas ao leste, três portas ao oeste, três portas ao sul e três portas ao norte.  Espantoso foi Deus ter decidido usar vidas humanas tão obstinadas e destituídas de atrativos para formar a base da grande obra de salvação que completou em Jesus. O pai dos 12, Jacó, depois Israel, tinha poucas qualidades a recomendá-lo, e sua semente não melhorou em seus filhos. Encontramos histórias de brutalidade, fraude, violência, abuso sexual e covardia. Contudo, nessas vidas e através delas, Deus persistentemente trouxe salvação a miseráveis que não mereciam ser salvos e revelou, assim, sua glória. 

“Doze portas” fala da oportunidade de entrar nesse glorioso e maravilhoso companheirismo com Deus. Venham de onde vierem, as pessoas podem entrar. Os habitantes dessa cidade são aqueles que procedem de toda tribo, povo, língua e nação”.

           A Nova Jerusalém não é aberta a tudo.   “Tinha uma muralha grande a alta” (v.12). “...o muro tinha sessenta e cinco metros de espessura...” (v.17).
A cidade tem uma grande e alta muralha. A muralha fala de proteção, de segurança. Embora haja portas (21.13) e portas abertas (21.25). O muro demarca a santidade de Deus (Ap. 21.10), separando o puro do impuro (21.27). Deus é o muro de fogo que protege Sua igreja (Zc 2:5). Aqueles que se mantém no seu pecado não podem entrar na Jerusalém celeste, mas somente aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida (AP. 21.27).

      A Nova Jerusalém está construída sobre o fundamento da verdade (Ap. 21:14). A igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos (Ef 2.20). A pedra sobre a qual está edificada não é Pedro nem nenhum papa. Jesus Cristo é o único fundamento da igreja (1 Co 3:11).

·        Os fundamentos adornados de pedras preciosas (AP. 21:18-21): Jaspe: uma pedra translúcida de tonalidade esverdeada, capaz de refletir a luzSafira: azul celeste com mancha dourada; calcedôniacobre azulado; esmeraldaa mais verde de todas as pedras; O sardônio: tinha o aspecto do ônix branco como jaspe com vermelho e marrom; sárdiouma cor vermelha escura; crisólitouma pedra preciosa da cor do ouro; o beriloazul marinho ou verde-mar; topázioera uma pedra transparente de cor verde-dourada; O crisóprasoverde-clara; jacintoazul celeste; ametista: azul mais forte. 

     
      Não apenas existe luz, mas ela se refrata em 12 cores. Pedras preciosas são preciosas devido sua capacidade de exibir o espectro da luz. A luz chega até nós em uma fusão de cores.

         A Nova Jerusalém tem espaço para todos os remidos (Ap. 21:15-17). A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais. A cidade tem doze mil estádios, ou seja, 2.200 km de comprimento, de largura e altura. É uma cidade que vai de São Paulo a Aracaju. Esses números simbolizam a simetria, a perfeição, a vastidão e a totalidade ideais da Nova Jerusalém.

“Não existe bairros ricos e pobres nessa cidade, toda a cidade é igual. Não há casebres nessa cidade. Existem, sim, mansões, feitas não por mãos. Deus é o arquiteto e fundador dessa cidade. A muralha da cidade mede 144 côvados, ou seja, 70 metros de altura. A medida da cidade é um símbolo da sua majestade, magnificência, grandeza e suficiência”.

 Conclusão: o que não haverá no céu
No céu não haverá dor (v.4), dor física, moral, emocional, espiritual não vão entrar no céu. Não haverá mais sofrimento, não haverá enfermidade, defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, decepção. Não haverá mais lágrimas, não haverá mais choro, porque Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima. Não haverá luto nem morte, no céu não há vestes mortuárias, velórios, enterro, cemitério; no céu não há despedida. 


         João afirma que na cidade não haverá noite (AP. 21.24). Não haverá escuridão “as nações andarão na sua luz”. Suas portas jamais se fecharão, pois ali não haverá noite. No céu não haverá o impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso.



terça-feira, 10 de setembro de 2019


O julgamento de Satanás e o Juízo final – apocalipse 20


Introdução:  quem é a antiga serpente?

No Antigo Testamento ele é chamado de Satanás – adversário. No hebraico significa “odiar, opor-se”.  No Novo Testamento ele é chamado de diabo, grego é diabállo; é formado por dois termos “dia” (através de) e “bollo” (jogar). Significa “jogar por cima ou através de, dividir, semear contendas, acusar, fazer acusações, caluniar” (Ap. 12.10).

Os anjos foram criados em estado de perfeição, mas perderam seu estado de santidade após a queda, tornando-se anjos maus (Mt 25:41; Ap 9:11). Não há dúvida de que Satanás tenha sido o chefe da apostasia.  Isaias 14:12-15"Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitava as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao altíssimo. E contudo levado será ao inferno, ao mais profundo do abismo". 



Ez 28:12-15: "Filho do homem, levanta uma lamentação ao rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo,  esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti". 

1)    O Dragão foi acorrentado
“Vi um anjo descendo do céu. Ele tinha a chave do abismo e uma corrente imensa. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente... acorrentou-o por mil anos...”.

“...mil anos”. É o tempo em que vai da primeira vinda de Cristo até o tempo da grande tribulação, da apostasia, do aparecimento do homem da iniquidade – anticristo. É o período que Cristo está reinando até colocar todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15.23-25). “Porque é necessário que ele reine até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés”(v.25).

“O anjo tinha uma chave ...e uma grande corrente. Ele segurou o dragão...e o prendeu por mil anos...lançou no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele...” (vs. 1 e 2) Um espírito não pode ser amarrado com corrente. Expressões como: prendeu, fechou e selou são termos que denotam a limitação do seu poder. Jesus nos ensina como isso se deu: “De fato, ninguém pode entrar na casa do homem forte (diabo) e levar dali os seus bens (escravos), sem que antes o amarre. Só então poderá roubar a casa dele” (Mc 3.27). Nem no próprio abismo, nem no céu ele tem poder para agir livremente (Jó 1.12, 2.6). No entanto, “NÃO PODEMOS SUBESTIMAR E NEM SOBREESTIMAR O PODER DE SATANÁS”. 



“...para que não mais enganasse as nações ...”. O educador Denisard Hippolyte Léon numa sessão espírita em 1857, quando um espírito por nome de Alan Kardec, lhe disse que o conhecia de uma vida anterior. Então, tomou o pseudônimo Alan Kardec para si e publicou todas as obras espíritas com esse nome. Infelizmente, desconhecendo que por trás das vozes não eram espíritos de mortos que viveram e não vivem mais nessa dimensão, mas sim, demônios, anjos caídos. 

Conforme vimos em Marcos 3.27, o valente foi amarrado. Em Lucas 10.17-18: “Então os setentas voltaram, cheios de alegria, dizendo: Senhor, em seu nome os próprios demônios se submetem a nós! Jesus lhes disse: Eu vi Satanás caindo do céu como um relâmpago. Eis que eu dei a vocês autoridade para pisarem cobras e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, lhes causará dano” (vs. 17-19). Vejam o que é mais importante: “No entanto, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, e sim porque o nome de cada um de vocês está registrado no céu” (v.20).

Em João 12.31-32, lemos: “Chegou o momento deste mundo ser julgado, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim”. No livro de Colossenses é mais enfático: “E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expos ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz”. Na NVI “...fez deles um espetáculo público...”. Como acontecia no mundo da antiga Roma, quando os vencedores traziam os vencidos amarrados e humilhados e a multidão ovacionava a vitória. (Ap. 12.9)

Portanto, a prisão ou restrição do poder de Satanás tem a ver com a obra de Cristo na cruz e com a evangelização das nações. Satanás está limitado em seu poder no sentido de que não pode destruir a igreja (Mt 16.18). Nem pode impedir que as pessoas de outras nações recebam o evangelho de Jesus Cristo (Mt 28.18-20).

2)    Tronos e salvos
“Vi alguns tronos ... vi também as almas dos que haviam sido decapitados por causa do testemunho que deram por Jesus e pela palavra de Deus...”

A visão do trono, é a nossa centralidade em Deus. Isaias precisava saber que não era Uzias que assentava no trono, mas Deus (Is 6); Ezequiel tinha necessidade de ver um trono (Ez 1). Jeremias tinha necessidade de ver um trono. E nós? Principalmente quando estiver pensando em fazer coisas do seu próprio jeito. Em Romanos 14.10, ele é chamado do “trono do julgamento de Deus”; em 2 Corintios 5.10 é chamado de “trono do julgamento de Cristo”.

Esse trono (v.11) é diferente do trono de apocalipse 4. No capítulo 4, fala sobre aquele que está assentando no trono, aqui, não tem aparência do todo. No capítulo 4, há o arco íris, aqui, não há. No capítulo 4, temos tronos menores, aqui, não há. No capítulo 4, temos anjos e um coro angelical, aqui não há canto de alegria. NÃO HAVERÁ NADA PARA OUVIR EXCETO O SILENCIO DO MARTELO BATER, JULGADO. No capítulo 4, não há sete tochas representando o Espírito Santo, aqui, não tem misericórdia.

 Essas almas são as mesmas descritas na abertura do quinto selo (Ap. 6.9). Pelo texto, as almas reinam durante todo o tempo entre a morte e a ressurreição que se dará na segunda vinda de Cristo. OS SALVOS VÃO JULGAR AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL (veja Mt 19.28), o mundo (1 Co 6.2), e os anjos (1 Co 6.3). Jesus prometeu aos seus vencedores que se assentariam com ele no trono (Ap. 3.2).

“Eles viveram e reinaram com Cristo mil anos! O restante dos mortos não viveu até que os mil anos se completassem. Essa é a primeira ressurreição... (v.5). A primeira ressurreição é uma ressurreição espiritual. AQUELES QUE NASCEM SOMENTE UMA VEZ, PELO NASCIMENTO FISICO, MORREM DUAS VEZES, UMA FISICA E OUTRA ETERNAMENTE. OS QUE NASCEM DUAS VEZES, MORREM SOMENTE UMA VEZ, PELA MORTE FISICA. A REGENERAÇÃO É UMA ESPÉCIE DE RESSUREIÇÃO ESPIRITUAL. “Estávamos mortos em nossas transgressões, mas Deus nos ressuscitou em Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus’ (Ef. 2.5-6).

3)    Ultimato
“...Satanás será solto...enganar as nações...gogue e magogue...um exercito imenso com milhões de soldados. Ele vai marchar pela terra e cercar o acampamento do povo Santo de Deus...(vs. 7-10).

Aqui é a batalha do Megido (Ap 6.14-21; 19:19-21), é a batalha final. Gogue  e Magogue são nações como Rússia, Irã, Líbia, Turquia e China; estão na Ásia e no leste euroupeu. Os exércitos inimigos são numerosos (v.8): todo mundo iniquo irá perseguir a igreja. A perseguição será mundial. É o ultimo ataque do dragão contra a igreja. O apostolo Paulo diz que Cristo matará o homem da iniquidade com o sopro da sua boca na manifestação da segundo vinda. O apostolo João diz que o anticristo e o falso profeta são lançados no lago de fogo. O lago de fogo é um lugar de sofrimento tanto para o corpo como para a alma. 



Conclusão: Juizo final
“Depois vi um trono branco e aquele que estava nele assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, não se encontrou lugar para eles”. A palavra fugiu vem do grego e significa “fugir para longe ou procurar segurança voando”. ESTE TRONO TEM UM TERRÍVEL OCUPANTE. Não há nome, nem imagem, nem forma: mas simplesmente uma terrível, misteriosa e composta presença a qual pode ser nada menos do que a única, indescritível, Eterna Divindade.

Imagine que nós estamos sendo levados, jovens, idosos, à sala do trono de Deus. Estamos sendo levados e não conseguimos deter nossos passos, caminhamos sem conseguir parar. Enquanto isso, você vê os céus e a terra correndo em outra direção, gritando: “Fuja, fuja da ira de Deus. Fuja do que está assentado no trono. Quem pode contemplar a sua presença? Os rios secam diante dEle e as montanhas derretem”.  Enquanto caminha nessa grande sala, você vê tudo nesse mundo que não é eterno, passando por você na direção oposta, em direção à destruição (1 Jo 2.17). A expressão “o mundo passa”, pode ser traduzida por “está sendo empurrado para fora”.

“Eu vi os (nek-ros)”. Isso é horrorizante. Eu vi os mortos. Ele os chama por um nome, os mortos. “Os grandes e o pequeno, os grandes pecadores e os pequenos pecadores, governantes, escravos, nobres, os instruídos e os ignorantes, os refinados e os vulgares, os civilizados e os bárbaros, imperadores e mendigos, todos da mesma forma, estão lá” (Sl 62.9). Importante, nós fomos avisados sobre esse dia (Am 4.12; Lc 12.4-5).

“Oh Homem, Oh mulher, sejam quem for você, sua biografia está escrita, uma inerrante mão gravou cada item com cada coisa secreta. Não há um pensamento ruim, um agir mau, uma cena de erro em toda a sua história, uma trapaça, uma conversa suja, um sentimento mau que já procurou entreter seu coração, mas está lá descrito em mão destemida, pelo seu verdadeiro nome, e anotado na sua descrição, para serem trazidos para fora para os assentamentos finais. Se não estiver limpo, apagado pela fé no sangue de Jesus antes de sua vida presente terminar, como o seu caso irá se manter quando os livros forem abertos”.  



terça-feira, 3 de setembro de 2019


Hallelujah, a salvação chegou!


Introdução
A música Hallelujah foi composta por Leonardo Cohen, lançado em 1984. Vejamos as estrofes e o que podemos aprender. A primeira estrofe fala de Davi, rei de Israel, que com 17 anos de idade conseguiu vencer o gigante Golias. A quarta, a quinta são notas na escala musical. “O menor cai e o maior sobe”. O menor não é Davi, mas Golias.

“Então, eu soube que existe uma melodia secreta
Que David tocou, e isso agradou o senhor
Mas você não se importa muito com música, se importa?
E ela soa assim, a quarta, a quinta
A menor cai e a maior sobe
O rei atônito compondo Hallelujah

A segunda fala do pecado de Davi com Bate Seba. E, também do pecado de Sansão, quando Dalila cortou o seu cabelo. Aqui, o Hallelujah está fraco, desvanecendo por causa do pecado, de Davi e Sansão.

“Sua fé era grande mas você precisava de prova
Você a viu banhando-se no terraço
Sua beleza e a luz da lua conquistando você
Ela te amarrou em uma cadeira de cozinha
Ela quebrou seu trono, e cortou seu cabelo
E dos seus lábios ela esboçou a hallelujah

E,  a ultima estrofre (omiti a terceira) e é uma confissão na qual o autor revela as suas falhas, a falta de sensibilidade que não o deixa sentir, a necessidade de tocar. Deixa claro que seu objetivo não era enganar ninguém. No final, indiferente aos resultados, demonstra sua fé pois, independentemente do que aconteça, ele se prostra diante da música de Deus.

“Eu fiz meu melhor, mas não foi o suficiente
Eu não pude sentir, então tentei tocar
Eu havia dito a verdade, eu não vim aqui para te enganar
E mesmo que tudo tenha dado errado
Eu vou me prostrar diante da música do Senhor
Sem nada na minha língua além de Hallelujah

1)    Aleluia!
A primeira vez que o termo Hallelujah aparece em apocalipse é no primeiro versículo deste capítulo. Portanto, o primeiro aleluia (v.1) celebra a verdade e a justiça do julgamento da grande prostituta.
Aleluia!
A salvação, a glória, o Poder
Todos pertencem a nosso Deus.]
Os julgamentos são precisos e justos.
Ele julgou a grande prostituta!
A terra, arruinada pela traição sexual dela,
E o sangue dos servos de Deus que ela derramou
Tudo ele restaurou a retidão! (vs. 1-3).  



O segundo aleluia (v.3) demonstra, sem palavras, gratidão, enquanto a fumaça sobe e se dispersa no ar.
“Aleluia!
A fumaça sobe
Sem parar, sem parar (v.3)”
Obs: a condenação desse sistema – a grande prostituta – é eterna. A Biblia fala sobre penalidades eternas. Um tormento sem fim. “E a fumaça do seu tormento sobre para todo o sempre; e não tem repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome” (Ap. 14.11).

O terceiro aleluia, é entoado pelos 24 anciãos e os quatro seres viventes, que reside em volta do trono, o coral esplendido, invisível mas presente em nossas reuniões sofríveis a cada culto ao Senhor.

“Amém! Sim! Aleluia!
Do trono veio um brado, uma ordem:
Louvem ao nosso Deus, todos vocês seus servos
Todos que o temem, pequenos e grandes!”

O quarto aleluia é uma resposta congregacional retumbante ‘uma grande multidão, e como que a voz de muitas aguas” ao chamado à adoração que partiu do trono, convocando todos a louvarem a Deus. Com o anuncio do banquete de celebração que leva Cristo e seu povo a uma eternidade de amor compartilhado – o banquete das bodas do Cordeiro.
“Aleluia!
O Senhor reina,
O Nosso Deus o todo-poderoso
Alegremo-nos, celebremos,
Ofereçamos a ele a glória
Pois chegaram as bodas do Cordeiro
Sua noiva já se vestiu
O vestido que ele lhe deu,
Vestido de linho, brilhante e imaculado” (vs. 6-8).

Obs: no livro de Salmos – 146 à 149 – os aleluias são expressões de dor e lamento do povo de Deus em meio ao sofrimento e a injustiça que não chegam ao fim. No Salmo 150, tudo se funde, são 13 salvas de louvor (“louvem”), ressoando 2 aleluias por Israel e pela igreja. Aqui, em apocalipse, os quatro aleluias são expressões do julgamento final de Deus. Vejam a Bem aventurança: “abençoados são os convidados para o banquete de casamento do cordeiro” (v.9). SOMENTE JESUS É DIGNO DE ADORAÇÃO: “Adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Ap. 19.10).

2)    Rei dos reis
“...vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e peleja com justiça...seus olhos são como chamas de fogo”.  Nada fica oculto. Ele tudo vê (Hb 4.13). Seus olhos são como chamas de fogo. Nada ficará oculto de seu profundo julgamento, nada!  Ele julgará nossas palavras, nossas obras e os nossos segredos do coração. Pode ser que escape do juízo dos homens, mas não escapará do juízo de Deus. 



“Na sua cabeça há muito diademas”. Quando Jesus esteve na terra, em forma humana, sentiu todas as deficiências e limitações humanas. Agora, ele está montado no cavalo branco; tem na sua cabeça muitas coroas (diademas), símbolos da sua suprema vitória (Mt 28.18).

“Ele tem um nome escrito que é conhecido apenas por ele mesmo”. Isso revela que nós jamais vamos esgotar completamente o seu conhecimento. “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos” (Rm 11.33). “Eis que isto são apenas as bordas dos seus caminhos! Dele temos ouvido apenas um leve sussurro! Mas o trovão do seu poder, quem o entenderá?” (Jó 26.14).

“Está vestido com um manto encharcado de sangue; ele é conhecido como Palavra de Deus” (v.13). Seu manto está encharcado de sangue, não o sangue da cruz, mas o sangue dos seus inimigos. Ele vem para o julgamento. Ele vem para colocar os seus inimigos debaixo dos seus pés. Ele vem para julgar as nações (Mt 25.31-46). Todos terão que se curvar diante dele, todos (Fl 2.9-11).

“Ele é conhecido como Palavra de Deus”. “No princípio era verbo, o verbo estava com Deus e o verbo era Deus” (João 1.1). “EM ARCKEN HO LÓGOS, KAI HO LOGOS EM PÓS TON THEÓN, KAI THEOS EM HO LOGOS” Ele, a Palavra, estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas através dele, e, sem ele, nada do que existe teria sido feito” (Jo 1.2-3). 



“Ele está acompanhado com um exército do céu, montados em cavalos brancos e vestidos de linho branco brilhante...” O rei virá em glória, ao som retumbante da trombeta de Deus (1 Ts 4.16, 1 Co 15.52 e Mt 24.30,31). Um exercito de anjos descerá com Cristo. Os salvos que estiverem na glória virão com ele entre nuvens, como vencedores montados em cavalos brancos, todos estarão trajando vestiduras brancas (Is. 1.18). 

Conclusão: duas cenas
A primeira, um anjo em pé ao sol, gritando a todas as aves que voam pelo céu: “Venham para a grande ceia de Deus! Festejem com a carne de reis e capitães e campeões, cavalos e cavaleiros. Fartem-se deles – livres, escravos, pequenos e grandes” (vs. 17-18). Os santos são convidados para as bodas do cordeiro, as aves são convidadas a se banquetearem com carnes dos reis. Há uma diferença: os santos é o banquete da ceia nupcial do cordeiro, ao qual todos os santos são convidados (vs. 7-9); o banquete dos vencidos, ao qual todas as aves de rapina são convocadas.

A segunda cena, “Vi a besta... os reis da terra e seus exércitos, prontos para guerrear contra o Cavaleiro e seu exercito”. Aqui, é a batalha do Armagedom (Ap 16.14). Essa batalha Jesus a vence não com armas, mas com a Palavra, a espada afiada que sai da sua boca. A besta e o falso profeta são lançados no lago de fogo ardente.