terça-feira, 31 de outubro de 2023

 Apocalipse – A trindade no Apocalipse Ap 1.1-8 

Introdução

Para muitos o livro de apocalipse é um texto confuso, cheio de nuances incompreensíveis. Contudo, o livro de apocalipse é como uma pintura impressionista. Semelhante a pintura “O grito” de Edvar Munch, muito de perto o entendimento da pintura é complexo. Tudo que vê são pinceladas de várias cores de tinta e muito e cenas sobrepostas. Contudo, fique um pouco longe da pintura, e o quadro vai se tornando mensurável, interpretativo. 

E o que emerge da pintura não é apenas uma cena, mas o estado de espirito que ela evoca. É assim que devemos abordar o livro de apocalipse. Se nos aproximarmos demasiadamente dele, observando apenas para os detalhes, tudo parece um pouco desconcertante, difícil de entender. Mas de um passo para trás, olhe para o panorama geral e o livro de apocalipse vai se tornando mais claro...límpido.

Também, o livro de apocalipse baseia-se em um estilo de literatura chamado “apocalíptico”, utilizado em textos escritos entre 400 a.c e 200 d.C. A característica fundamental do texto apocalíptico é a intenção de oferecer uma perspectiva divina sobre a história. João está nos mostrando o mundo – o mundo real em que vivemos -, no entanto olhando para ele da perspectiva do céu.

1)     Saudação

Os tempos eram difíceis, o mundo era governado pelo imperador Domiciano que perseguia vorazmente a igreja primitiva. Quem mandava e desmandava era o Império Romano.  Parecia que a igreja seria consumida pelo império romano! João está na ilha de Patmos, perseguido, preso, sozinho. Será que a igreja teria futuro? E lá na ilha, na prisão, é lhe dado as revelações de tudo que irá acontecer.

Ele inicia com uma saudação “graça e paz” vindo das três pessoas da trindade. “Daquele que é, que era e que há de vir” (v.4) – que é Deus Pai. Depois “dos sete Espíritos” (v.4), Deus Espirito Santo. E por fim, “De Jesus Cristo” (v.5), Deus Filho. O Pai, o Filho e o Espirito Santo – a santíssima Trindade – são a fonte de conforto para os cristãos primitivos.

Deus o todo Poderoso, nossa primeira fonte de consolo.  “Daquele que é, que era e que há de vir” (v.4). “Eu sou o Alfa e o Omega, diz o Senhor Deus, o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-Poderoso” (v.8). Portanto, a primeira benção para os cristãos perseguidos, é que eles têm um Pai Eterno que é Todo-Poderoso. 

Arqueólogos encontraram uma inscrição em Éfeso, uma das igrejas para a qual João escreveu, que diz: “Roma o teu poder nunca vai acabar”. Para os discípulos, o poder romano era uma ameaça presente bastante sério. Parecia que o poder romano duraria para sempre. Contudo, o poder romano foi destronado pelos bárbaros em 476 d.C.

João enfatiza que a eternidade somente pertence a Deus, não a Roma! Deus é aquele “que é, que era e que há de vir” (vs 4, 8). O apostolo não começa no passado com alguém “que era”, mas no presente eterno como alguém “que é”. Trata-se de um eco da revelação de Deus a Moisés na sarça em chamas, quando ele diz: “Eu sou o eu sou” ou “Eu serei o que serei” (Ex 3.14,15). Deus já existia antes de Roma e Deus continuará existindo depois de Roma.

Deus é Todo-Poderoso. A inscrição em Éfeso afirmava “Roma o teu poder nunca vai acabar”. Não diz “a tua gloria”, ou “a tua cultura”. Fala sobre “o teu poder”. Roma pensava que era um império Todo-Poderoso. Mas em apocalipse 1.8, o Senhor diz: “Eu sou...o Todo-Poderoso”.

Segundo “que há de vir”. Seria de esperar que ele dissesse que ele é “o que é, o que era e o que será”. Isso seria o presente, o passado e o futuro do verbo “ser”. Mas Deus muda o verbo quando fala do futuro. Ele é. Ele era. E ele está por vir. Deus vai intervir na história. Ele voltará, cumprirá a sua promessa.

“Onde está essa sua vinda que ele prometeu?” (2 Pe 3.3-4). Ou, “não vemos nenhum sinal de julgamento divino, por isso deve se tratar de um mito”. No entanto, Pedro diz que as pessoas “se esquecem deliberadamente” que Deus interveio para destruir o mundo no tempo de Noé (Vs. 5,6). Há aqui um precedente, Deus interveio para julgar o mundo, ele intervirá novamente para fazer o julgamento do mundo.

Olhe, ele está vindo com as nuvens” e “todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram”, e todos os povos da terra “se lamentarão por causa dele”. Assim será! Amém (Ap 1.7). 

Espirito Santo, nossa segunda fonte de consolo. A graça e a paz vêm do Espirito que está sempre presente “Graça e paz para vocês...da parte dos sete espíritos diante do seu trono” (v.4). Precisamos nos conectar ao mundo do apostolo João. Ele usa constantemente símbolos, números e imagens para transmitir sua mensagem. E um dos símbolos favoritos é o numero sete. Os sete estão entrelaçados ao longo do livro. O numero sete é um símbolo de completude ou perfeição. 

Assim, os sete espíritos ou o Espírito Sétuplo é a maneira de João dizer que o Espirito é completo ou perfeito. O Espirito de Deus está sempre presente e observa tudo. Ele está em toda parte e tudo é patente aos seus olhos. O Espirito nos conecta ao Pai (Ap 1.4) e ao Filho (Ap 5.6). O próprio Pai e também Jesus estão presente conosco por meio do Espirito. Pelo Espirito somos filhos de Deus e nos relacionamos como “Aba Pai”.

“Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.  O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus...  Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.14-16,26). 


Jesus Cristo é a nossa terceira fonte de consolo. O versículo 5 fala de “Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o governante dos reis da terra”. Ao longo do livro de apocalipse, João usa repetidamente a palavra “testemunho” ou “testemunha” e é uma das maneiras favoritas de João falar sobre os cristãos. O que é ser cristão? São aqueles que servem como testemunhas de Jesus, mesmo que isso significa a morte deles.

“Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida Apocalipse” (Ap 12:11).

Todavia, aqui no versículo 5, somos apresentados a Jesus, a ultima “testemunha fiel”. Ele é nosso modelo e padrão. Devemos ser fieis como ele foi; devemos ser testemunhas como ele foi uma testemunha. Em Atos 11, pela primeira vez os discípulos foram chamados de “cristãos”. 

O testemunho de Jesus o levou ao sofrimento, ao Gólgota e, a morte e morte de cruz. No entanto, a morte não era o fim. Pois ele ressuscitou e se tornou “o primogênito dentre os mortos” (Ap 1.5). Ele ressuscitou, ele venceu a morte e recebeu um corpo perfeito. Para onde ele for seu povo o segue. Segui-lo poderá nos conduzir ao sofrimento, no entanto também nos conduzirá muito além, para a gloria”

“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando” (1 Pedro 4:12-13).

Conclusão

Nos dias dos apóstolos o império romano estabeleceu o culto ao imperador. Augusto foi deificado pelo senado romano e chamado de “filho de Deus”. Os imperadores começaram a ser conhecidos como “o salvador do mundo”, “o senhor”, “o benfeitor”. Caligula, o pior imperador romano, se autodeificou e proclamou a “boa nova”.

No entanto, no versículo 5, ele é chamado de “soberano dos reis da terra”. Para o cidadão romano, o governante era Domiciano, para os cristãos, para as testemunhas, o governante era Jesus Cristo. O Apostolo Paulo em sua carta a igreja de Filipenses afirma a superioridade de Jesus em relação aos governantes desse mundo.

 “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fl 2:9-11). 


 


domingo, 29 de outubro de 2023

 Reforma protestante – Romanos 1.17 

Introdução

Estamos numa época de cancelamento nas redes sociais. Se você discorda do posicionamento do “politicamente correto”, ou seja, do pensamento progressista, defendido pela mídia e pelo governo federal, logo é cancelado, enterrado vivo. Um exemplo, esses dias o supremo tribunal federal estava votando em favor do aborto, se voce não concordasse era taxado e cancelado.

E o Martinho Lutero em seu tempo, século XVI, fora cancelado, taxado, negativado, contas suspensas, etc. O próprio Papa Leão X, chamou Lutero de “porco selvagem”, ou “javali selvagem”. O documento papal que cancelou Lutero era “Ex surge domine”, um homem escanteado pela igreja, seus livros foram queimados e fora excomungado pela igreja católica. Muitas pessoas até afirmava que ele tinha problemas mentais...

1)     Quem foi Lutero

Ele nasceu em Eisleben na Alemanha no dia 10 de novembro de 1483. Seu pai se chamava Hans Luther e sua mãe Margarete. Tivera uma educação religiosa muito severa. Consequentemente, adquiriu fobias religiosas, tinha muito medo da ira de Deus. Alguém lhe perguntou: “Voce ama a Deus?”, ele respondeu: “eu tenho medo de Deus, medo que o seu juízo caia sobre mim”. Constantemente Lutero estava no confessionário confessando seus “pecados” aos padres e, em seguida, tinha que orar um monte de Pai nosso e Ave Maria.  Um vazio permanecia em sua alma... 

Hans Lutero queria que seu filho fizesse direito, advocacia. Tornou-se um dos melhores alunos, no final do terceiro ano, tornou-se bacharel em Filosofia. Mas, durante uma tarde, voltando à cavalo para sua casa, debaixo de uma chuva intensa e com muitos raios, um raio quase lhe atingiu, então no gesto de desespero para não morrer, fez uma promessa: “Ajude-me Santa Ana e me tornarei um monge”.

Quando Lutero foi celebrar sua primeira missa, toda sua família estava presente. Na igreja católica durante a missa acreditam que acontece um milagre sobrenatural, ou seja, o pão se transforma no corpo de Cristo e o vinho no sangue de Cristo. No momento em que Lutero levantou o cálice para consagrar, sumiu-lhe as palavras, ficou muito nervoso, nenhuma palavra saia dos seus lábios. Seu pai, escondendo o rosto com vergonha, achando que o filho havia esquecido as palavras. 

MAS O QUE VERDADEIRAMENTE PASSOU PELA CABEÇA DE LUTERO, FOI O SEGUINTE PENSAMENTO: COMO EU, UM HOMEM PECADOR, CHEIO DE FALHAS, PECADOS, TERIA CONDIÇÃO DE SEGURAR O CALICE QUE COMPUNHA O SANGUE DE CRISTO!

Lutero não concordava com muitos ensinamentos da igreja católica. Não aceitava a venda da salvação e das bênçãos, a igreja está cobrando para ter a salvação e receber as bênçãos de Deus. Não aceitava a venda de relíquias dos santos, para ele aquilo era um comercio que não tinha validade espiritual alguma. Não aceitava o papa como vigário de Cristo, como representante de Cristo na terra. 


Quando estava no seminário deparou-se com a Bíblia sagrada. Lutero como dedicado que era, começou a meditar nas sagradas escrituras e, se deparou com Romanos 1.17: “O justo vivera por sua fé”. Ali ele descobriu que Deus nos justificou em Cristo em Jesus, a morte de Cristo, era suficiente para perdoar os nossos pecados.

NO livro "O peregrino" quando o personagem chamado cristão, começa sua trajetória, ele tem um fardo em suas costas – que é o seu pecado. Ele sabe que tem um fardo nas costas; as pessoas da vila não reconheciam esse fardo, mas ele sabia. Então, cristão, começa sua trajetória. A primeiro obstáculo que se depara é uma montanha chamada lei; ele tenta escalar mas não consegue; a lei revela nossa incapacidade de livrar-nos dos nossos pecados. Até, que o cristão, vê a cruz, e a fivela que carregava o fardo caiu das suas costas e cai num cemitério e, então, ele fica livre. Cristo cumpriu a lei e levou nossos pecados (fardos).

Por causa das indulgências, Lutero afixou em 31 de outubro de 1517 às 95 teses. Contrapondo os ensinos das indulgências do Papa Leão X. Foi desse ato de afixar as 95 teses da Igreja de Wittenberg, que nasceu a Reforma, isto é, que to­mou forma o grande movimento de almas que em todo o mundo ansiavam voltar para a fonte pura, a Palavra de Deus.

  Conclusão: dieta de Worms

Lutero é convocado na dieta de Worms, em 1521. Ele é forçado a se retratar e abrir mão dos seus ensinamentos e dos seus livros. Mas ele responde: “Se não me refutardes pelo testemunho das Escrituras ou por argumentos - desde que não creio somente nos papas e nos concílios, por ser evidente que já muitas vezes se engana­ram e se contradisseram uns aos outros - a minha cons­ciência tem de ficar submissa à Palavra de Deus. Não pos­so retratar-me, nem me retratarei de qualquer coisa, pois não é justo nem seguro agir contra a consciência. Deus me ajude! Amém." 



 

 

terça-feira, 10 de outubro de 2023

 Sinais do fim dos tempos Mc 13.28-33 

 Introdução

 Vivemos tempos sombrios, tempos nebulosos, tempo que caminha para o fim, há cerca de 2400 referencias sobre a segunda vinda de Cristo. Estamos enfrentando guerras intensas – a guerra na Ucrânia se estende para quase dois anos -. O conflito entre Israel e o Hamas no Oriente Médio. Terremotos na Turquia, no Afeganistão, violências urbanas. Maremotos, Tsunamis, corrupção na política, uma apostasia desenfreada da igreja e o pecado tem se avolumado diante dos nossos olhos.

 1)   Nos dias de Jesus

Jesus saindo do templo e, enquanto caminhava, seus discípulos aproximaram-se dele para lhe mostrar as construções do templo. Vocês estão vendo tudo isto... eu lhes garanto que não ficará pedra sobre pedra...” (Mt 24.12).

 O grande templo de Herodes era majestoso. Suas pedras eram de granito cor esverdeada, e à distância pareciam a superfície calma do Oceano. A parede frontal do templo era recoberta de chapas de ouro e os imensos portais eram quase tão altos como o próprio edifício. Jesus se afastou do templo pensativamente: os ensinos foram negligenciados, sua mensagem rejeitada e sua pessoa zombada e ridicularizada. 

 Aqui, Jesus teve uma visão, não de um belo templo, mas apenas de um montão de escombros. Ele viu o futuro distante, quarenta anos mais tarde, ouviu gritos e os clamores agonizados do povo, os soldados romanos de capacetes, a violência e o derramamento de sangue. Quando Jesus falou, reinava ainda paz, e quem teria imaginado que tal destruição sobreviria ao templo! 

      Flavio Josefo, no seu livro História da Guerra Judaica, diz “que enquanto o santuário ardia em chamas [...] não se demonstrava nenhuma piedade ou respeito para com a idade das pessoas. Muito ao contrário. Crianças e anciãos, leigos e sacerdotes, todos eram massacrados”. 

2)    Sinais da vinda de Jesus

Falsos Cristos. “Muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo e enganarão a muitos” (Mt 24.4). Haverá surgimento de falsos messias, falsos profetas, falsos apóstolos, falsos pastores, falsos cristãos, pregando e promovendo um falso evangelho nos últimos dias da igreja. Jesus afirmou que um falso cristianismo iria marcar os últimos dias ... 

Guerras e rumores de guerra. Guerras nas vizinhanças onde podemos ouvir e ver, ao nosso redor, quantos jovens tem morrido no mundo das drogas! E guerras à distância, cujos rumores podem ser assistidos. Ao longo da história tem havido treze anos de guerra para cada ano de paz. Desde 1945, após a segunda guerra mundial, o numero de guerra tem aumentado intensamente. Nos últimos cem anos mais de 200 milhões de pessoas morreram nas guerras.

Somente na primeira guerra mundial mais de 10 milhões de pessoas morreram. Na segunda guerra mundial foram 70 milhões de pessoas. Somente a ideologia comunista matou mais de cem milhões de pessoas. 

Fome. Houve uma fome predita pelo profeta Àgabo “...pôs-se em pé numa das reuniões e predisse, pelo Espirito, que uma grande fome viria sobre todo o mundo romano...” (Atos 11.28). Essa fome é mencionada pelos historiadores Suetônio, Tácito e Eusébio e ocorreu nos dias do Imperador Claudio Cesar e foi tão severa em Jerusalém que muitos morreram de inanição, por falta absoluta de alimentos.

O mundo gasta mais de um trilhão de dólares com armas de destruição, esse dinheiro daria para resolver a fome do mundo. Um único avião de guerra daria para comprar 500 mil sacos de trigo e num único míssil faria casas para 800 pessoas. A fome no apocalipse é um cavalo preto que representa pobreza, opressão e exploração. Esse cavalo fala do empobrecimento da população. 

Terremotos. Tantos terremotos tem atingido o mundo! Hoje um terremoto atingiu a Argentina; há duas dias outro terremoto atingiu o Afeganistão matando 2500 pessoas; no Marrocos o terremoto matou mais de duas mil pessoas e terremoto na Turquia. Um fato em comum: quase todos esses terremotos ocorreram nesses dias.

No ano 79 d.C, a cidade de Pompéia foi sacudida pelas cinzas do Vesúvio, acabando com a cidade e a população. O mundo está sendo sacudido por terremotos, maremotos, tufões, Tsunamis, furacões e tempestades. Em 1755, em Portugal, um terremoto, atingiu Lisboa matando mais de 60.000 pessoas. E o Tsunami de 2004, matou quase trezentas mil pessoas! 


Perseguição religiosa. “Tenham cuidado! Vocês serão entregues aos tribunais para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por todas as nações do mundo...”(Mc 13.9-10). A perseguição religiosa vai aumentar, crescer, intensificar em muitos lugares do mundo. Hoje no Brasil, presenciamos essa perseguição através do próprio governo federal, das mídias, nas escolas, etc. No século XX, tivemos o maior número de mártires da história. E a causa real da perseguição é afirmada: “Sereis odiados de todos por causa do meu nome” (Mc 13.13). 

“Mas todas essas coisas são o principio de dores”. Uma mulher grávida está próxima para ter um filho. Ela sente dores de parto. As contrações vão aumentando, intensificando até que finalmente tenha o parto definitivo. Como que sei que o parto, ou seja, a vinda de Cristo está próxima? Estes sinais se tornarão mais frequentes, mais intensos...isto é, o fim está próximo. Assim, como uma mãe se prepara para o dia do parto, a igreja se prepara para a vinda de Cristo.

3)     Ultimas contrações

Apostasia. “Muitos se afastarão de mim, e trairão e odiarão uns aos outros. Falsos profetas surgirão em grande numero e enganarão muitos. O pecado aumentará e o amor de muitos esfriará, mas quem se mantiver firme até o fim será salvo” (Mt 24.10-13). O que é apostasia? É não ficar firme em Cristo e seu evangelho até o final “Demas, havendo amado mais o mundo secular, me abandonou...” (2 Tm 4.10).

Como ocorre a apostasia? Primeiro, o coração se torna endurecido diante dos mandamentos de Deus; recusa-se a acatá-los, porque com toda franqueza, o pecado parece mais atraente. Segundo, vem a murmuração, insatisfação, reclamação, rebeldia e justificação, etc. Terceiro, depois bem uma rebeldia obstinada e desobediência causada pela descrença. 


Anticristo. "Chegará o dia em que vocês verão a ‘terrível profanação’ no lugar onde não deveria estar. Então, quem estiver na Judeia, fuja para os montes”.   (Mc 13:14) A palavra anticristo significa um Cristo substituto ou um Cristo rival. O prefixo grego “anti” pode significar duas coisas: “contrario a” e “no lugar de”. Satanás não apenas se opõe a Cristo, mas também deseja ser adorado e obedecido no lugar de Cristo.  

Vimos o que aconteceu nesse sábado em Jerusalém quando o grupo terrorista Hamas invadiu algumas cidades ao sul de Jerusalém e mataram muitas pessoas de forma indiscriminada. Mataram anciãos, mataram jovens que estavam numa festa, mataram  e prenderam crianças, jovens, mulheres foram mortas. O que a gente viu foi pessoas correndo desesperadamente, corpos espalhados pelas ruas da cidade, etc.

E o que acontecerá nos dias do anticristo? “Quem estiver na parte de cima da casa, não desça nem entre para pegar coisa alguma. Quem estiver no campo, não volte para pegar o manto. Que terríveis serão aqueles dias para as gravidas e para as mães que estiverem amamentando! Orem para que a fuga de você não aconteça no inverno, pois haverá mais angustia naqueles dias que em qualquer outra ocasião desde que Deus criou o mundo, e nunca mais haverá tão grande... se o Senhor não tivesse limitado esse tempo, ninguém sobreviveria...”(Mc 13.15-20).

Conclusão: como se dará a vinda de Jesus

Calamidades. “Naquele tempo, depois da angustia daqueles dias, o sol escurecerá, a luz não dará luz, as estrelas cairão do céu, e os poderes dos céus serão abalados” (Mc 13.24-25). Tudo que é firme e sólido no universo estará abalado. As colunas do universo estarão bambas e o universo inteiro estará cambaleando ...isso vai causar um pânico geral na civilização humana. 

“Então os reis da terra, os governantes, os generais, os ricos, os poderosos, os escravos e os livres, todos se esconderam em cavernas e entre as rochas das montanhas. E gritavam às montanhas e às rochas: Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está sentado no trono e da ira do cordeiro”  (Ap 6.15-16).

Sua vinda será visível. “Então todos verão o Filho do homem vindo nas nuvens com grande poder e gloria. Ele enviará seus anjos para reunir seus escolhidos de todas as partes do mundo, das extremidades da terra as extremidades do céu” (Mc 13.26-27). sua vinda será pessoal, publica e visível. Todo olho o verá (Ap 1.7).

Será gloriosa e vitoriosa. Sua vinda é única, poderosa e gloriosa. Jesus aparecerá no céu. Ele estará montado em um cavalo branco. Ele virá acompanhado de um séqüito celestial. Virá do céu ao soar da trombeta de Deus. Os anjos recolherão os escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. Os eleitos de Deus serão chamados. A Bíblia diz que quando Cristo vier, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, com corpos incorruptíveis, poderosos, gloriosos, semelhantes ao corpo da glória de Cristo. Então, os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor nos ares e assim estaremos para sempre com o Senhor. 


sábado, 7 de outubro de 2023

 Jesus e a figueira amaldiçoada Mc 11.12-14 

Introdução

Este texto é um milagre e uma parábola. Milagre porque Jesus fez uma figueira secar; parábola porque traz lições, explicações, princípios para a vida do crente.

Parábola ou milagre?

Olhando para esse texto muitos afirmam que Jesus foi exagerado com a figueira em amaldiçoa-la. Mas, também esse texto, suscita algumas perguntas:

Primeira, quando foi que esse episodio aconteceu? Todo o contexto está falando da proximidade da pascoa judaica, então, aconteceu no final de março e começo de abril.

Segunda, quando era o tempo e a estação de figos em Jerusalém? Em junho começavam a aparecer, em agosto, eles ficavam doces e saborosos. 

Terceira, qual é a principal característica da figueira? Diferente das arvores que conhecemos, a figueira trás primeiro os seus frutos, depois é que mostra a folhagem.

Então, no caminho entre Betânia à Jerusalém, havia uma quantidade enorme de oliveiras e figueiras. Só que todas as figueiras estavam desfolhadas, adequadas à estação. Mas, no meio daquela multidão de figueiras desfolhadas, havia uma que se projetava e que mostrava uma quantidade exuberante de folhagens...

Então, o texto nos diz: “No dia seguinte, quando estavam saindo de Betânia, Jesus teve fome...”(v.12). Jesus, em seus últimos dias do ministério, acordou cedo, indo em direção à Jerusalém, viu aquela figueira toda folhada, exuberante e procurou figos nela, porém, somente achou folhagens... 


1)     Uma figueira sem fruto

Tais anomalias ocorrem nas florestas e nas vinhas e, infelizmente, acontece no mundo moral e espiritual. Certos homens e mulheres, infelizmente, apresentam muitas folhagens do lado de fora, religiosidade, contudo, sem fruto algum.

Jesus nos contou a estória de duas casas. Uma fora construída sobre a rocha e a outra, construída sobre a areia. Quando veio a chuva e o vento forte, enquanto a casa edificada na rocha aguentou firme, a casa edificada na areia, se deixou levar pela força do vento. O principio do sermão é ouvir e praticar a palavra de Deus.

Quem somente tem folhagem, religiosidade, não está preocupado com o fundamento, com a base, com a oração, com o estudo da palavra de Deus, a averiguação e a assimilação dos preceitos bíblicos, o praticar da palavra, mas somente preocupado em manter uma aparência religiosa, uma vida de crente.... mas interiormente é diferente....totalmente diferente.

Canta mas não vive o que canta. Está na igreja mas andando errado. vivendo na aparência, vivendo na imoralidade sexual. Sem testemunho dentro de casa, sem testemunho na família.

Precisamos ter frutos antes de folhas, precisamos de atos antes de declarações, fé antes de batismo, união com Cristo antes de união com a igreja.

Quando Jesus vai pelo caminho de Betânia à Jerusalém vê de longe a figueira, dentre muitas desfolhadas, vê uma folhada, cheia de folhas, logo, pensou: “tem figos”. E todo mundo que fazia aquele caminho era obrigatório passar por ela...ela era visível, presente, na vida dos habitantes daquela região.

2)     Inspeção

No entanto “chegando perto dela, nada encontrou, a não ser folhas...” somente folhas, cutucou de todos os lados, mas nada de figo. Cadê os frutos?

Cristo nos conhece “quando me sento e quando me levanto...discernes minha caminhada... estás a par de todos os meus intentos...” (Sl 139.2-3). Ele sabe tudo sobre nós, quando estamos em casa, quando estamos na escola, quando estamos mexendo em nosso celular e o que estamos vendo ou mesmo curtindo.

Ele Se aproxima de cada um de vocês que são membros da Sua Igreja, e especialmente de cada um de vocês que são líderes do Seu povo, e procura ver em vocês as coisas em que a Sua alma se deleita. Ele quer ver em nós o amor a Ele mesmo, o amor ao nosso próximo, a fé forte na revelação, a luta sincera a favor da fé que uma vez foi entregue aos santos, os rogos importunos na oração, e o viver cuidadoso em todas as áreas da nossa existência.

Conclusão: Nada encontrou, a não ser folhas.

Nada senão folhas significa nada senão mentiras. Seria essa uma expressão severa? Se eu professo a fé, sem a possuir, não se trata de uma mentira? Se eu professo o arrependimento, sem ter-me arrependido, não se trata de uma mentira? Se eu me reúno com o povo do Deus vivo, sem ter o temor a Deus no meu coração, não se trata de uma mentira? Se eu venho à mesa da comunhão, e participo do pão e do vinho, porém nunca discirno o corpo do Senhor, não se trata de uma mentira?

Nosso Senhor descobriu que não havia fruto, e isso foi uma coisa terrível; mas, em seguida, Ele condenou a árvore. Acaso não era certo que Ele a condenasse? Ele a amaldiçoou? Ela já era uma maldição.

Depois que o Salvador a condenou, Ele pronunciou a sentença contra ela; e qual foi a sentença? Foi simplesmente: "Fica como estava". Era nada mais do que uma confirmação do seu estado. Essa árvore não deu fruto, e nunca mais dará fruto.

Sobreveio, então, uma mudança na árvore. Começou a secar imediatamente. Não sei se os discípulos viram um estremecer passar por ela imediatamente; mas na manhã seguinte, quando passaram por aquele caminho, Marcos diz que a árvore estava seca desde as raízes. 


 

terça-feira, 3 de outubro de 2023

 Quando Deus propõe um enigma – Ez 17.1-10 

Introdução

“E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, propõe um enigma, e profere uma parábola para com a casa de Israel” (Ez 17.1.2). “Enigma” traduz o hebraico hidah, um ditado enigmático de difícil entendimento, um mistério. “Coisa difícil de definir, de conhecer a fundo, de compreender” (Dicionário da Língua Portuguesa). De tal modo, que é necessária uma interpretação para entender, compreender, discernir o enigma que se apresenta em parábolas ou alegorias. 


Sansão também propôs um enigma para os filisteus: “Do que come saiu comida, e do forte saiu doçura” (Jz 14.14). No final por causa da pressão da mulher revelou o enigma: “Que coisa é mais doce do que o mel? E o que é mais forte do que o leão?”( Jz 14.18).

A maioria dos enigmas ou parábolas ensinam lições morais, princípios para a vida. Jesus em seu ministério terreno usou várias vezes parabolas para fazer entender a dinâmica do reino de Deus. “O reino de Deus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu jardim: cresceu, tornou-se um arbusto, e os pássaros do céu foram fazer ninhos nos seus ramos” (Lc 13.18-21).

1)     Enigma das águias

“Assim diz o Senhor Deus...” “Adonai-Yahweh”, o Soberano Eterno. Apresenta um enigma cheio de ameaças que o seu poder realizará. Deus é Adonai, soberano, Senhor e Yahweh “eu sou o que sou”, o Deus que está acima de tudo e todos. Apresenta um enigma cheio de ameaças que o seu poder realizará. Esse titulo “Adonai-Yahweh” se refere para falar do poder que o soberano usa para restaurar em um tempo futuro. 

“Eis que uma poderosa águia, com grandes asas e plumagem, comprida, cheia de penas de várias cores, voou em direção ao Líbano e chegando lá pousou na copa do mais exuberante dos cedros” (Ez 17.3 BKJ). “...era uma vez uma águia gigantesca, de asas enormes, bem abertas, toda coberta de lindas penas...” (NTLH). Está águia com suas asas enormes, cheia de plumas de cores variegadas é uma grande ave de rapina implacável. Ela ataca com descidas rápidas, contra as quais não há defesa. ELA REPRESENTA O GRANDIOSO REI DA BABILONIA, NABUCODONOSOR. Em Daniel 2 temos o sonho de Nabucodonosor como cabeça de ouro, um dos maiores impérios da antiguidade. 

Arrancou o broto mais alto e o levou para uma terra de muitos negócios, onde plantou numa cidade de comerciantes” (Ez 17.4). A águia está cheio de penas, porque incorporou muitos países ao seu império; tem muitas cores, porque era rica e poderosa, arrogante e gloriosa, a ave topo do mundo.

Como uma grande e faminta ave, devora muitas presas e leva os seus bens para o seu ninho (Babilônia). A águia raivosa agarra o ramo e arranca, levando-o embora. O ramo representa Joaquim, rei de Judá (filho do rei Josias). Está em vista a primeira deportação do povo de Judá para a Babilônia. O ramo é alto por que representa um rei, o homem no topo da hierarquia de uma nação. “...transportou Joaquim à Babilonia; como também a mãe do rei...” (2 Rs 24.15). 

E o que a grande águia fez em seguida? “Em seguida apanhou um pouco de sementes da sua terra e as depositou em solo fértil e as plantou como se planta salgueiros próximo a muitas águas” (Ez 17.5). Nabucodonosor levou para Babilônia o rei de Judá, Joaquim, e deixou uma semente nativa na terra, o rei Zedequias (seu tio, irmão do rei Josias) que tomou o lugar do seu irmão Joaquim. A semente foi plantada em um lugar fértil, onde poderia florescer, e também haveria abundância de água para garantir uma vida razoável. “E o rei da Babilônia estabeleceu a Matanias, seu tio, rei em seu lugar; e lhe mudou o nome para Zedequias” (2 Rs 24.17). 

A planta cresceu e se tornou uma parreira baixa, mas esparramada. Os galhos se viraram para o lado da águia, e as raízes cresceram bem fundas. A parreira tinha galhos e estava coberta de folhas” (Ez 17.6). A videira cresceu e mostrou potencial. Espalhou-se, cobrindo o chão, mas não se estendeu para o céu. Tornou-se uma videira de pouca altura. A planta cresceu e produziu muitas folhas saudáveis; floresceu a respeito dos limites impostos pela grande águia, Babilônia. “Tinha Zedequias vinte e um anos de idade quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém...” (2 Rs 24.18).

Mas “havia uma outra grande águia, com asas muito fortes e rica plumagem” (Ez 17.7 BKJ). Está segunda águia toda magnifica, com grandes asas e plumagem decorativa é uma representação do faraó Hofra, soberano do Egito. E o que o texto fala sobre o posicionamento da videira:  “A parreira virou as suas raízes e os seus galhos na direção da águia, esperando que ela lhe desse mais água do que havia no pomar onde estava plantada” (Ez 17.7).  Agora, Zedequias lançou toda sua esperança no rei do Egito. 


E os versículos 9 e 10 fala sobre o fim da videira: “Agora, eu, o SENHOR Deus, pergunto: “Será que essa parreira vai crescer? Será que a primeira águia não vai arrancá-la pelas raízes, apanhar as uvas e quebrar os ramos, deixando-os secar?  (NTLH).  Essas perguntas retóricas dizem que a videira não vai florescer, mas murchará e se tornará poeira “Será que não vai secar quando o vento leste a castigar?” (NTLH) O vento oriental ressecaria a planta, totalmente. Isto equivale à retirada das raízes do chão.

2)     Advertência pelo enigma

O que podemos falar de Zedequias, rei de Judá? O profeta Jeremias esteve perto dele por vários momentos. Era inseguro. Não conseguia liderar, sempre se deixava levar pelos bajuladores. Era cheio de ambiguidades em suas convicções, ora queria ouvir o profeta Jeremias ora se afastava das palavras do profeta. O homem era como uma massa de modelar. Ele se deixava influenciar por qualquer um que falasse mais alto com ele. 

Ambiguidade é indecisão, hesitação, é não ser quente nem frio mas morno, é alguém que vive coxeando entre dois pensamentos, imprecisão, hipocrisia. Em 1 Reis 18, vemos o profeta Elias confrontando o povo de Israel que estava se curvando diante de Baal. O povo vivia em indecisão, em ambiguidade, ora adorava a Deus ora adorava a baal. “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o. Porém, o povo nada lhe respondeu” (1 Rs 18.21).

Por exemplo, quando o profeta Jeremias falou que por causa da parceira com o Egito “o que ficar nesta cidade morrerá à espada, de fome e de pestilência; mas o que sair aos caldeus viverá...”. Os lideres procuraram o rei para fazer mal ao profeta e o rei permitiu que fosse jogado numa cisterna, cheia de lama (Jr 38.6). Até que o eunuco etíope Ebede-Meleque, pediu ao rei para tirar o profeta do poço, senão morreria. Assim, trinta homens, retiraram Jeremias com cordas do poço. 

Mais, depois disso, o rei Zedequias pediu para falar com o profeta Jeremias, querendo uma palavra de Deus pra sua vida. E Jeremias lhe adverte. Advertir é admoestar, arguir, acautelar, inteirar, notificar, orientar, prevenir, intimar. Portanto o profeta lhe diz:  “Se voluntariamente saíres aos príncipes do rei de Babilônia, então viverá a tua alma, e esta cidade não se queimará a fogo, e viveras tu e a tua casa” (Jr 38.17). 

No entanto, se não obedecer a voz do Senhor: “Mas, se não saíres aos príncipes do rei de Babilônia, então será entregue esta cidade na mão dos caldeus, que queimá-la-ão, e tu não escapará da mão deles” Jr 38.17). E o profeta Ezequiel acrescenta: “Estenderei uma rede de caçador e o pegarei nela. Eu o levarei à Babilônia e o castigarei ali, pois foi infiel a mim. Os seus melhores soldados serão mortos em batalha, e os que ficarem vivos serão espalhados em todas as direções” (Ez 17.20-21).

 Se obedecer, nada de mal iria acontecer com o rei e sua família e com Jerusalém, Deus pouparia todos os moradores de Jerusalém. Mas, se não obedecesse a voz do Senhor o mal viria sobre sua casa, sobre Jerusalém e sobre a população de Jerusalém. Nada restaria. Deus advertiu, Deus avisou, através do profeta.

Conclusão

No dia 18 de julho de 586 a.C., o rei Zedequias abriu uma brecha no muro da cidade de Jerusalém, não somente o rei “e todos os homens de guerra, fugiram, saindo de noite da cidade, pelo caminho do jardim do rei, pela porta entre os dois muros; e seguiram pelo caminho da campina” (Jr 39.4). Contudo, foram alcançados pelos exércitos babilônicos. E rei Zedequias foi levado diante de Nabucodonosor em Ribla, ali fora sentenciado.

Qual foi a sentença do rei? Matou em Ribla diante dos seus olhos os seus filhos e todos os nobres que fugiram com ele, foram mortos. “E cegou os olhos de Zedequias, e o atou com duas cadeias de bronze, para leva-lo a Babilonia” (Ez 17.7). E o que mais fizeram? “...incendiaram a casa do rei e as casas do povo, e derrubaram os muros de Jerusalém. E o restante do povo, que ficou na cidade, e os desertores .... levou cativo para a Babilonia” (Jr 39.8-9).