terça-feira, 28 de novembro de 2023

 Não chores  Ap 5 

Introdução

O capitulo quatro é como o cenário de um palco, mostra tudo o que você vê depois da “porta aberta no céu” (Ap 4.1). Uma realidade que transcende o nosso mundo, o mundo invisível de Deus é descortinado diante dos nossos olhos. 

O que você vê? Vejo um “trono no céu” (Ap 4.2), Deus está assentado nele. O que mais você vê? Toda a iluminação do palco “brilhava como pedras preciosas, jaspe e sardônico. Um arco-íris, com o brilho semelhante ao de esmeralda, circundava o trono” (Ap 4.3).

O que você vê? “...vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro...” (Ap 4.4).

O que você vê? “No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás” (Ap 4.6). E o que mais vê? “Cada um tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, o que era, que é e que há de vir” (Ap 4.8).

E o que mais você vê? Adoração, louvor, gloria, presença de Deus. Enquanto os quatro seres vivos viventes engrandecem a essência de Deus: “O que era, o que é, e o que há de vir”. Os vinte e quatro anciãos se dobram diante daquele que está assentado no trono e lançam suas coroas diante dele, dizendo: “Digno! Ó Senhor, sim! Nosso Deus, recebe a glória! A honra, o poder! Tu criaste tudo. Tudo o que existe é criado”

 2) Drama

Vimos o palco, agora o drama da salvação, o desenrolar da salvação humana. “Então vi na mão direita daquele que está assentado no trono um livro em forma de rolo, escrito em ambos os lados e selado com sete selos”. (Ap 5.1). Um livro selado com sete selos. Este linho continha o plano redentor de Deus e a história futura da criação de Deus. O livro detalha o juízo de Deus que inaugura o começo e o fim de todas as coisas e a eternidade. “Sete selos”: indicam a completude, focalizando a plenitude do plano divino...

“Vi um anjo poderoso, proclamando em alta voz: “Quem é digno de romper os selos e abrir o livro? Mas não havia ninguém nem na terra nem debaixo da terra, que pudesse abrir o livro, ou sequer olhar para ele” (Ap 5.3).

“Não havia ninguém, nem no céu...” nem anjos, nem serafins, nem querubins, nem Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Paulo, Maria...Ninguém fora achado no céu. “...ninguém fora achado digno na terra” nem políticos, nem empresários milionários ou bilionários, nem doutores, cientistas, papa da igreja católica. Porque todos são como o rei Belsazar: “Menê, Menê, Tequel, Uparsin, foram pesados na balança e achados em falta. “...nem debaixo da terra” ninguém no inferno, nem o diabo, nem os demônios, nem os espíritos atormentadores. 

Não há ideologias, nem partido político, nem sistema econômico que possa realizar os sonhos e as esperanças do coração humano. Sozinha a humanidade não vai a lugar nenhum. Sozinho seu destino é o caos. Há uma impossibilidade radical de que o homem seja o senhor do seu próprio destino.

“Eu chorava muito...” (Ap 5.4). A linguagem envolve uma profunda tristeza, um lamento por algo que não tem solução. “Quem irá abrir o livro e desatar os sete selos?” Essa linguagem envolve uma profunda tristeza, um lamento por algo que aparentemente não tem solução. Surge algumas perguntas: e quanto ao amanhã? E quanto a esperança? Não somos prisioneiros da esperança? (Zc 9.12)   

Será que tudo caminha para um caos? Para o esfacelamento da humanidade? E a soberania de Deus? E a vinda de Jesus? O apostolo Pedro sabendo dessas indagações, escreveu sobre o escárnio do ímpio: “O que aconteceu com a promessa da sua vinda? Ora, desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o principio da criação” (2 Pe 2.4).

“Então um dos anciãos me disse: Não chores! Eis que o leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (Ap 5.5). Ele é o “leão de Judá”. O leão é o rei, o leão é o nobre, é o que manda na floresta, o seu mugido assusta qualquer um. O poder monárquico estava vinculado a tribo de Judá. Ele é a “raiz de Davi”, vem da descendência do rei Davi, filho de Jessé. 

“Depois vi um cordeiro, que parecia ter estado morto, em pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos”. Um cordeiro?!? Por que não os animais maiores? Em vez de um general vitorioso, temos alguém que foi morto. Em vez de poder, gloria e sabedoria do império, temos a fraqueza, a vergonha e a loucura da cruz “...Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes” (1 co 1.27).

No capitulo quatro de apocalipse há uma tensão implícita. Temos o arco-íris esmeralda lembrando da misericórdia de Deus, de sua graça de nos acolher. Vimos também o cântico das criaturas no versículo 8: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, Aquele que era, que é e que há de vir”. Portanto, ele é três vezes santo, separado. Essa separação se resolve por meio do sacrifício do cordeiro de Deus em nosso favor (Ap 5.9-10).

“Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda terra” (Ap 5.6). “Sete chifres”, ou seja, ele tem toda força, ele é onipotente, Todo-Poderoso. “Sete olhos”, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda terra. Os sete olhos representam uma visão completa. Jesus detém o panorama total. Ele não perde nada. Ele entende todas as coisas. Seus olhos são “como chama de fogo”.

Ele veio e pegou o livro da mão direita de que estava assentado no trono”. Quando ele pega o livro e desata os sete selos fala da sua soberania, da sua grandeza, da sua majestade,  que Ele está assentado à direita de Deus. “É me dado todo poder no céu e na terra” (Mt 28.18). “...que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir” (Ap 3.7). “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o principio e o fim” (Ap 22.13). “Eu sou o que vive; estive morto, mas eis que estou vivo por toda a eternidade! E possuo as chaves da morte e do inferno” (Ap 1.18). 

 Conclusão: louvor ao rei dos reis

O primeiro cântico se dirige a Cristo, o cordeiro de Deus. É cantado pelos quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos. “Cada um tinha uma harpa e uma taça... que são as orações dos santos”.

Digno! Recebe o livro, Abre os selos.

Imolado, pagando em sangue, tu compraste para Deus pessoas

De cada família e língua e cultura e raça.

Depois as fizeste sacerdotes do reino para nosso Deus.

Sacerdotes-reis, governarão a terra.

 O Segundo cântico é cantado por uma multidão incontável e anjos – dez mil vezes dez mil vezes era o número deles, exaltando o cordeiro de Deus.

O cordeiro Imolado é digno!

Recebe o poder, a riqueza, a sabedoria,

A força, a honra, o poder, a benção!

 O terceiro cântico é um ajuntamento de todas as criaturas, no céu e na terra e os anjos. Louvando a Deus e ao cordeiro.

Para aquele que está assentado no trono!

Para o cordeiro!

A benção, a honra, a glória, a força!

Pelos séculos após séculos após séculos.


 

domingo, 26 de novembro de 2023

 A autoridade de Jesus 

Introdução

Estes dias assisti um filme de um jovem que foi para uma pacata cidadezinha e lá descobriu que tinha poderes miraculosos. Poder para curar câncer, poder para todos os tipos de doença, até mesmo, curar a gagueira. E, foi ovacionado por toda aquela comunidade.

No entanto, quando Jesus evidenciou nos evangelhos o poder para curar doenças, vários tipos de doenças: febre, paralisia, surdes, epilepsia, expulsar demônios, cegueira, ressuscitar dos mortos; multiplicar os pães e os peixes, andar por cima das águas, e, fazer o milagre da pesca maravilhosa, etc.

Contudo, todo esse poder, toda essa autoridade de Jesus criou um confronto com o sistema do mundo. Uma pergunta: De que lado você está? Dos homens corruptos, religiosos e que não aceita Deus em suas vidas? Ou, do lado de Jesus Cristo, que é a luz que ilumina todo ser humano, que manda a escuridão embora e traz a sua luz. No final do capitulo 7, lemos: “...as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei” (Mt 7.28).

1)     Autoridade sobre doença

Um leproso, aproximou-se, adorou-o de joelhos e disse: Senhor, se quiseres, podes purificar-me” (Mt 8.2). quem tinha lepra era obrigado a viver separado, isolado do toque humano, isolado da família e das alegrias do contato humano íntimo. 

O ato de Jesus tocar o leproso, era muito perigoso. Pois quem tocasse uma pessoa leprosa era contaminado com a doença. E mais, considerada cerimonialmente impura, além do perigo de pegar a doença. Ele diz para Jesus: “Senhor, se quiseres pode purificar-me”(v.2).

 “Quero, sim, fique limpo. E no mesmo instante, ele ficou limpo da sua lepra” (Mt 8.3). Jesus toca no leproso e não fica contaminado, mas sim, toca no leproso e fica purifica o leproso de toda sua doença.

2)     Um centurião

“...um centurião aproximou-se dele, implorando: “Senhor, o meu servo está na minha casa, de cama, paralitico, sofrendo horrivelmente” (Mt 8.6). O centurião sentia sua indignidade diante de Jesus e, com humildade, aproximou-se do mestre em nome do servo que padecia. Nessa atitude ele se une ao leproso em uma posição descrita pela bem-aventurança: “Bem-aventurados os pobres de espirito, pois deles é o reino do céu”. (Mt 5.3). 

Jesus lhe disse:  — Eu vou lá curá-lo”. (Mt 8.7). Mas, o centurião respondeu:   Senhor, não sou digno de recebê-lo em minha casa. Mas apenas mande com uma palavra, e o meu servo será curado.  Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: "Vá", e ele vai; e a outro: "Venha", e ele vem; e ao meu servo: "Faça isto", e ele o faz” (Mt 8.8,9).

O centurião comandava cem soldados romanos. No entanto, ele era sujeito à autoridade. Na mais alta escala de poder, ele está a serviço de Roma, do imperador. Quando dava uma ordem, era uma ordem de Roma; quando obedecia a uma ordem, era de Roma. Ele diz a Jesus: “...mande com uma palavra e o meu servo será curado”. Pois a sua palavra emana do próprio Deus.

O centurião viu na autoridade de Jesus a solução para a sua angustia e se aproximou dele com os olhos da fé... “Vá! E seja feito conforme você crê.   E, naquela mesma hora, o servo do centurião foi curado” (Mt 8.13).

 Jesus “admirou-se” da fé do centurião. E então diz: “Digo a vocês a verdade: não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé” (Mt 8.10). Aqui, não é um judeu, não é um crente, mas um gentio, um italiano. Esse foi o único milagre que Jesus realiza por uma palavra e a distância.

 Digo a vocês que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos Céus.  Mas os filhos do Reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes”. (Mt 8.11-12). Muitos gentios virão do Oriente e do Ocidente e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó. Contudo, muitos que conhecem o reino, serão lançados para fora, nas trevas...choro e ranger de dentes.

Conclusão:

“Entrando Jesus na casa de Pedro viu a sogra deste de cama, com febre. Tomando-a pela mão, a febre a deixou, e ela se levantou e começou a servi-lo” (Mt 8.14-15). A sogra de Pedro estava de cama, deitada, há dias. Uma febre altíssima, possivelmente a doença de malária. Mas, Jesus tocou nela, e ela foi curada, restaurada e se levantou e foi fazer os deveres de casa.

Não somente nela: endemoninhados, “e ele expulsou os espíritos com uma palavra e curou todos os doentes” (v.17). 


  

terça-feira, 21 de novembro de 2023

 O que você vê? Ap 4 

Quando você liga a televisão, ou acessa as redes sociais, o que você vê? Injustiças, mortes, pessoas defendendo o aborto, homens lutando cegamente pelo poder político, violência, sexo explícito, etc. E, no tempo do apostolo João, o que ele via? A ostentação do império romano, imoralidade sexual, as pessoas se dobravam diante da imagem de Cesar, a bandeira romana com o símbolo da águia sendo colocada em toda instituição pública, cristãos sendo perseguidos e jogados nas arenas, etc.

1)    Suba aqui

Então, quando olhei, vi uma porta aberta no céu, e a mesma voz que eu tinha ouvido antes falou comigo como um toque de trombeta. A voz disse: suba para cá, e eu lhe mostrarei o que acontecerá depois destas coisas” (Ap 4.1). João está nos mostrando uma realidade diferente, ou, uma versão diferente da nossa realidade. É como se estivesse vendo a realidade a partir do outro lado. Estamos sendo virados pelo avesso. O mundo invisível que existe lado a lado com o mundo visível torna-se manifesto na visão de João.

É como as crônicas de Nárnia, quando Lúcia entra no guarda-roupa e descobre um mundo totalmente diferente. “Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das arvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído” (O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, pág. 7). 


No Antigo Testamento, conta a história que o rei da Síria uma vez enviou um exercito para capturar o profeta Elizeu, porque Elizeu estava sempre revelando seus movimentos ao rei de Israel. “Ele mandou cavalos e carruagens e uma força poderosa para lá”, diz o relato. “Eles chegaram de noite e cercaram a cidade” (2 Rs 6.14). Quando o servo de Elizeu viu o exercito cercando a cidade, ele entrou em pânico “Ah, meu Senhor! O que faremos?” (2 Rs 6.15 NVI).

Não tenho medo...aqueles que estão conosco são mais do que aqueles que estão com eles”, ou, “Não se preocupe estamos em maior número que eles. Eliseu orou: Ó Eterno, abre os olhos dele, para que veja” (A mensagem). Então o Senhor abriu os olhos de Geazi para que ele pudesse ver “Ele ficou maravilhado: toda encosta da montanha estava ocupada por cavalos e carros de fogo em torno da casa de Elizeu” (2 Rs 6.16-17). 

No livro de apocalipse, João está abrindo nossos olhos para o mundo invisível “...nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais...” (Ef 2.6). No entanto, nós ainda vemos o exercito Sírio à nossa volta. Mas para nós é concedida uma visão de “carruagens de fogo”. Nós ainda vemos a história a partir da perspectiva da terra. Mas agora podemos vê-la da perspectiva do céu.

Diante de nós uma porta está aberta no céu (Ap 4.1). Podemos atravessar e ver a realidade sob uma nova luz. Mas essa perspectiva muda tudo. Não podemos continuar vivendo da mesma maneira depois de passarmos pela porta aberta do céu. Jacó, no vale de jaboque, lutou com um anjo a noite inteira e pela manhã, não se chamava mais Jacó, sim, Israel, como príncipe lutou com Deus.

Nosso mundo não é uma ficção, mas também não é uma realidade total das coisas. É uma realidade cheia de ficções “o deus desta era cegou o entendimento dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho...” (2 Co 4.4).  Nada é o que parece. É um mundo no qual estamos cegos para a verdade. VOCE PRECISA DECIDIR SE VAI PASSAR PELA PORTA COM JOÃO, CLARO, SE ESTIVER DISPOSTO A TER SEU MUNDO VIRADO DE CABEÇA PARA BAIXO... 

2)     Andar de cima

O que João vê é um trono no céu: “Havia diante de mim um trono no céu com alguém sentando nele” (v.2). Tudo gira em torno desse trono. A palavra “trono” aparece dezenove vezes nos capítulos 4 e 5 (10 vezes no capitulo 4, 9 vezes no capitulo 5). Portanto, no centro do mundo, não está a nossa vida, mas Deus está no centro do mundo. 

Sem o trono, sem Deus no centro de nossas vidas, PASSAMOS A MANIPULAR E SER MANIPULADOS. PESSOAS QUE NÃO tem Deus no Trono SÃO LEVADAS PELA INQUIETAÇÃO EPIDÊMICA DO MUNDO, SEM DIREÇÃO FIRME OU OBJETIVO QUE AS SUSTENTE. O Japão um país rico, prospero e muita tecnologia, tem 30 mil suicídios por ano, os japoneses não tem trono e sem esperança.

João vê que “aquele que estava assentado no trono brilhava como pedras preciosas, como jaspe e sardônico. Um arco-íris, com brilho semelhante ao de esmeralda, circundava seu trono” (Ap 4.3). No trono tem luzes: pedras preciosas, jaspe (vermelho/amarelo), sardônico (vermelho transparente) e um arco-íris com um brilho semelhante ao da esmeralda. A luz banha todos os que estão ao redor do trono e o arco íris é um símbolo da graça de Deus, da aliança de Deus, do amor de Deus por nós.

João vê que ao redor do trono “...estavam vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro...” (Ap 4.4). Os vinte e quatro anciãos são uma representação da totalidade do povo de Deus (12 patriarcas e 12 apóstolos). É uma visão não do que é, mas do que há de ser, uma igreja plena, na gloria, adorando e louvando a Deus. As coroas falam de posição, de honra, autoridade e prestigio dos remidos no céu. 


João vê que “no centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás” (Ap 4.6). São querubins que cuidam da santidade de Deus. Todos têm aspectos da vida na terra: rosto de leão, rosto de boi, rosto de homem e rosto de águia. O leão representa a realeza e o pode, por ser um animal temível; o boi, representa a força; o homem, representa a sabedoria, a imagem de Deus e, a águia, representa, rapidez, visão. 

“Cada um tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir” (Ap 4.8). Eles não proclamam o poder dos reinos terrenos. Eles proclamam o poder do Rei do céu. Deus é Santo, três vezes santo, separado. Deus é Todo-Poderoso, onipotente, o criador de tudo que há. Deus é o que era (eterno), é o que é (o grande Eu Sou, acima do tempo) e o que há de vir (virá, descerá, para arrebatar a sua igreja e julgar os homens da terra).

João vê que toda vez que os seres louvam a majestade de Deus “os vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo o sempre. Eles lançam suas coroas diante do trono” (Ap 4.10). Enquanto muitos estão se curvando diante dos Césares romanos, a igreja se curva diante de Deus, do todo-poderoso, que era, que é e que há de vir.

Em Daniel capitulo 3, todos se dobraram diante da imagem feita por Nabucodonosor, no entanto, Sadraque, Mesaque e Adebe-Nego, não quiseram, não se curvaram diante da imagem e afirmaram: “Não prestaremos culto aos seus deuses e nem adoraremos a imagem de ouro que tu mandaste erguer” (Dn 3.18).

CONCLUSÃO: DOXOLOGIA

O PRIMEIRO CÂNTICO adora a essência de Deus. Composto por três linhas, apresenta a perfeição da trindade. Todo ser se inclui em Deus. No centro, tudo é puro e poderoso, pessoal e majestoso, eterno e temporal. Os seres viventes formam um quarteto e cantam:

Santo, Santo, Santo

É Senhor Deus Todo-Poderoso

Ele é, Ele era, Ele virá.

O SEGUNDO CÂNTICO conecta nossa resposta de adoração à bondade criadora de Deus. QUEM ELE É E O QUE ELE FAZ SE RELACIONAM A COMO SOMOS FEITOS E QUEM SOMOS. OS vinte e quatro anciãos que experimentaram o prazer em Israel e na igreja de serem criados, abençoados e guiados por Deus fazem o coro:

Digno! Ò Senhor, sim!

Nosso Deus, recebe a glória!

A honra, o poder!

Tu criaste tudo.

Tudo o que existe é criado

 


 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

 Eu te conheço Ap 1.9-10,11 

Introdução: o que é igreja?

O que é igreja? É uma comunidade de crentes em uma região geográfica, uma cidade especifica, onde seus membros estão inseridos na mesma localidade, fazem compras no mercado, falam a mesma língua, etc. Temos, por exemplo: a igreja de Éfeso, de Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.  

O mais importante é que igreja se define na sua relação pessoal com Jesus Cristo. Deus cria a igreja. O Espirito Santo sopra sobre a população perdida e caótica “sem forma e vazia” e estabelece um povo, uma igreja. Um povo que se reúne, numa ekklesia (assembleia), para louvar a Deus.   

Uma frase se repete, sem variação, nas sete mensagens: “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espirito diz às igrejas”. O Espirito fala, e a igreja ouve. Ouvir, muito mais do que função acústica, é ato espiritual. Infelizmente, tem muitos “ouvidos surdos” que não aceita o que está sendo falado pelo Espirito Santo. Uma pergunta: qual é a qualidade do meu ouvir? 

Cada mensagem começa com o Senhor dizendo: “Conheço...” (oida): eu discirno. É um conhecimento preciso do que significa viver como um povo de Deus naquele lugar. As igrejas recebem elogios: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira e Filadélfia. Também são disciplinadas: “Tenho contra você...”. Éfeso “abandonou o primeiro amor”, Pérgamo: tolerando a turma de Balaão e os nicolaítas

1)     Igrejas

Tiatira. É a cidade de Lídia, a primeira convertida em Filipos, era “uma negociante de tecido de purpura”, originária “da cidade de Tiatira” (At 16.14). A igreja de Tiatira tinha muitas razões para ser elogiada: “Conheço as tuas obras, o teu amor, o teu ministério, a tua perseverança...estais servindo muito mais agora do que no princípio” (Ap 2.19). Bem diferente da igreja de Efésios: “...tenho contra ti que deixaste o primeiro amor” (Ap 2.4). Diferenças: “estás fazendo mais agora do que no início...” (NVT). E nós, estamos mais para a igreja de Efésios ou Tiatira? 

Paulo podia regozijar-se, quando escreveu sua segunda carta aos tessalonicenses: “A fé que vocês têm cresce cada vez mais, e em muito aumenta o amor que vocês têm uns pelos outros” (2 Ts 1.3).

Porém, tem a disciplina: “...contra você tenho isto: você tolera Jezabel...” (Ap 2.20). “Jezabel” é provavelmente o nome dado por Cristo para uma mulher influente na igreja. No Antigo Testamento, Jezabel foi a rainha estrangeira que introduziu em Israel o culto a Baal e perseguiu os profetas de Deus (1 Rs 16.31). Israel não adorou baal no lugar do Senhor. Ele tanto adoravam baal quanto ao Senhor. Cristo usa o nome Jezabel para mostrar que a mesma lealdade dividida estava presente em Tiatira. As pessoas adoravam Jesus aos domingos, mas nos dias seguintes estavam cedendo aos desejos pecaminosos da carne. 

As pessoas chegam para cultuar ao Senhor, para orar, para adorar, para ouvir a palavra de Deus e, ao mesmo tempo, estão divididas por desejos de lascívia, de pecado “...ela induz os meus servos à imoralidade sexual...” (Ap 2.20). No entanto, o Cristo ressurreto “tem olhos de chama de fogo e pés como bronze reluzente” (Ap 2.18). Os versículos 22.23 do capitulo 2 fala sobre o julgamento de Deus sobre essa prática pecaminosa. 

E tem as promessas. Jesus diz à igreja: “Apeguem-se com firmeza” ao evangelho (v.25). Jezabel oferece os “chamados segredos profundos de Satanás”. Pessoas que oferecem ensinamentos “inovadores” podiam parecer impressionantes, mas os cristãos devem permanecer fieis ao Senhor.

Jesus diz à igreja: “Apeguem-se à perspectiva celestial” (v. 26-29). Em Salmo 2.7, Deus proclama o Messias como o seu Filho e lhe dá toda autoridade (v.27). Agora Jesus nos dá autoridade para anunciar o seu nome: “Foi me dada toda autoridade no céu e na terra...vão e façam discípulos de todas as nações...eu estarei sempre com vocês...” (Mt 28.18-20). E, por fim, nos dará “a estrela da manhã”, que é ele mesmo e o seu reino (Ap 2.28). 

Sardes. Jesus não faz nenhum elogio a igreja de Sardes, como fez com as igrejas de Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira. Outra coisa, Jesus não fala de perseguições do lado de fora, como ocorriam com as outras igrejas (baalamitas, nicolaitas, Jezabem). Era uma igreja que aparentemente mostrava-se dinâmica, animada, viva. Com cultos animados, levantar de mãos, grupos de louvor, tudo maravilhosamente bem... 

Mas na realidade estava morta! “Voce tem reputação de ser dinâmico, mas a verdade é que está morto, sem vida como uma pedra” (A mensagem). Como que é uma igreja morta? A) há um pregador morto, sem vida, sem espiritualidade, sem unção. B) não há evangelismo. Não evangeliza, não discipula, não convida ninguém para igreja, não se alegra com a salvação de almas. C) possui uma esperança morta. Tudo o que fazem é reviver o passado. Vivem dos bons velhos dias “a igreja do passado era uma benção, mas a do presente...”.

 “O DIABO NÃO PRECISOU PERSEGUIR A IGREJA DE FORA PARA DENTRO, ELA JÁ ESTAVA DERROTADA PELOS SEUS PROPRIOS PECADOS. E Cristo diz: “Achei as tuas obras incompletas aos olhos de Deus...”

Cristo admoesta à igreja. “Esteja atento e se fortaleça” (Ap 3.2). Isto é, alimente sua vida espiritual por meio da Palavra de Deus. “Lembre-se e se arrependa” (v.3). A igreja deve lembrar-se do Espirito que havia recebido e da palavra que ouviu.

Se a igreja não se arrepender, então Jesus virá como um ladrão na noite. A cidade tinha sido invadida inesperadamente duas vezes: por Ciro, rei da Pérsia, em 529 a.C e por Antioco Epifânio, em 218 a.C. Essa admoestação era do conhecimento de todos, vigia, presta atenção. “Sede Vigilantes...senão virei como ladrão...” (Ap 3.3).  Isto é, a vinda do Senhor, ocorrerá repentinamente...

O Cristo ressurreto faz três promessas aos vencedores. “Eles andarão comigo” (Ap 3.4). Aqui fala de comunhão com Cristo, anda com Cristo nos céus. Eles estarão “vestidos de branco” (Ap 3.4,5, 7.14), uma imagem de pureza, de santidade. E, seus nomes nunca seriam removidos “do livro da vida” (Ap 3.5), uma imagem de segurança.

Conclusão: Filadélfia

A cidade de Filadélfia era pequena comparada com Efésios e com Esmirna. E não era uma cidade tão prospera quanto Laodiceia. Era Menor em prosperidade, indústria e prestígio. No ano 17 a.C, um terremoto devastou a cidade, causando muitas perdas de vida e bens. 

Contudo, Jesus diz: “Eis que coloquei diante de ti uma porta aberta que ninguém pode fechar. Se que tens pouca força, mas guardaste minha palavra e não negou o meu nome”(Ap 3.8).

Havia perseguição de falsos judeus “...aqueles que são sinagoga de satanás e que dizem judeus e não são...”(Ap 3.9). Não eram judeus, eram incrédulos, eram filhos de Satanás. Jesus promete: “...farei com que se dobrem aos seus pés e reconheçam que eu amei vocês” (Ap 3.9). E diz mais: “Eu também o guardarei da hora da provação que está para sobrevir a todo mundo”. Tinham eles guardado sua palavra? Então, ele os guardaria do mal. Ele não os pouparia do sofrimento, mas os sustentaria durante a provação.

Sua identidade: “Estas são as palavras daquele que É SANTO e VERDADEIRO, que tem a CHAVE DE DAVI. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir”. (v.7). Ele é santo, santo, santo. Ele é separado, cortado. Ele é verdadeiro, que abomina todo mal e engano, ele é o cumprimento de toda profecia.

Promessa: Venho em breve! Retenha o que você tem para que ninguém tome a sua coroa. Farei do vencedor uma coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais sairá. Escreverei sobre ele o nome do meu Deus, a Nova Jerusalém, que desce do céu da parte de Deus; e também escreverei sobre ele o meu novo nome”  


 

 

terça-feira, 7 de novembro de 2023

 Eu te conheço Ap. 1.1-5 

Introdução

No tempo da igreja primitiva estabeleceu o culto imperial, ou seja, Cesar era adorado como deus. As sete igrejas para as quais João escreveu estavam todas na Ásia Menor onde o culto imperial teve início. Havia templos em cada uma das sete igrejas. Os cidadãos prometiam fidelidade a Cesar e o chamavam de “filho” de um deus, além de louvar por trazer paz e prosperidade ao mundo.

As pessoas pressionavam os cristãos a se ajustarem aos seus padrões. Elas tentavam forçar os cristãos a reconhecer seus “benfeitores”, senão seriam denunciadas as autoridades locais. Os festivais do culto ao imperador atraiam grandes multidões para os mercados locais. A não participação dos cristãos nos festivais era um ato de traição.

1)     A identidade da igreja

O que é igreja? É uma comunidade de crentes em uma região geográfica, uma cidade especifica, onde seus membros estão inseridos na mesma localidade, fazem compras no mercado, falam a mesma língua, etc. Temos, por exemplo: a igreja de Éfeso, de Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia.  

O mais importante é que igreja se define na sua relação pessoal com Jesus Cristo. Deus cria a igreja. O Espirito Santo sopra sobre a população perdida e caótica “sem forma e vazia” e estabelece um povo, uma igreja. Um povo que se reúne, numa ekklesia (assembleia), para louvar a Deus.  

O Cristo vivo define cada uma das sete comunidades. Uma igreja só existe em relação a ele. Fora dele, ela teria localização, mas seria destituída de identidade. Para cada igreja Jesus apresenta uma faceta da sua divindade: para Éfeso: “anda no meio dos sete candelabros de ouro”, Esmirna: “o primeiro e o último, que morreu e ressuscitou”, para Pergamo: “aquele que tem a espada de dois gumes”, para Tiatira: “olhos como chama de fogo”, etc.

Uma frase se repete, sem variação, nas sete mensagens: “Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espirito diz às igrejas”. O Espirito fala, e a igreja ouve. Ouvir, muito mais do que função acústica, é ato espiritual. Infelizmente, tem muitos “ouvidos surdos” que não aceita o que está sendo falado pelo Espirito Santo. Uma pergunta: qual é a qualidade do meu ouvir? 

2)     Igrejas

Éfeso. Era a porta da entrada para a Ásia Menor. Grande parte do comercio da região passava por seu porto. Jesus se identifica como aquele “...que anda entre os sete candelabros de ouro” (Ap 2.11). “Ele conhece as suas obras” (Ap 2.2). Os efésios são elogiados porque trabalham muito (v.2), rejeitam o falso ensino (2,6) e perseveraram. Foram elogiador por isso. 

Contudo, a igreja de efésios é advertida (v,4,5) “...você abandonou o primeiro amor” (v.4). Podemos nos orgulhas de não deixar nossa teologia ser infectada por ideias mundanas, mas o tempo todo nossa vida pode ser contaminada por prioridades mundanas. Perdemos o primeiro amor, Jesus não é mais prioridade. O Cristo ressurreto adverte que ele fechará tais igrejas (v.5).

O que fazer? Primeiro, olhando para trás. “Considere o quanto voce caiu” (v.5). Eles deviam se lembrar do entusiasmo que tinham quando inicialmente se tornaram cristãos. Segundo, olhando para frente (v.7). Se os cristãos “saíram” do sistema do mundo, para onde podem ir? Para frente, para o céu, para Nova Jerusalém “darei de comer da arvore da vida”.

Esmirna. A cidade competiu com êxito para ser a cidade de um novo templo para a deificação do imperador Tibério. Como resultado, tornou-se um centro de culto imperial. A cidade de Esmirna fora destruída no sexto século a.C e depois reconstruída em 280 a.C, ela havia morrido e voltado à vida. Jesus se descreve a si mesmo como aquele “que morreu e ressuscitou” (ap. 2.8). 

Esmirna enfrentou uma perseguição assustadora. Os irmãos enfrentavam as pressões da pobreza (alguns cristãos perderam suas posses por causa da sua fé), da calunia (v.9) e da perseguição. Jesus diz: “Eu conheço as suas obras”. Os cristãos estavam sendo perseguido por Satanás “O diabo lançara alguns de vocês na prisão...dez dias” (v.10). A perseguição seria por um período definido e limitado. “Para prova-los”, Deus permitiu que o diabo provasse os cristãos, mas era por um tempo limitado.

Recompensa eterna. “Não tenha medo...seja fiel” (v.10). Ser vitorioso, para os cristãos de Esmirna, não significava escapar da perseguição, mas ser fiel em meio ao sofrimento. Eles seriam vitoriosos mesmo em face da morte.

No entanto, essa morte em fidelidade resulta em vida eterna. Policarpo, pastor de Esmirna, recusou queimar incenso ao imperador, morreu queimado confiante de que “não seria atingido pela segunda morte”. Ou seja, morte eterna, separação eterna de Deus.

Pérgamo. Jesus começa afirmando aos crentes de Pérgamo que sabe onde vivem. Ou seja, ele compreende as pressões (v.13) e as tentações (v.14,16) que eles enfrentam. “E onde você vive” é também “onde satanás mora” (v.13).  Era o templo construído ao imperador romano. Outrossim, Pérgamo era um centro religioso, cheio de templos pagãos (Altar a Zeus, deusa Atenas, deus Dionísio, deus esculápio). 

Jesus elogia a igreja por permanecer fiel ao seu nome em face da perseguição “...permaneceu leal ao meu nome” (v.13). A palavra traduzida por “mártir” tem o sentido de “testemunha”. Conforme falamos, cristão é ser testemunha de Jesus, mesmo diante da morte. Antipas, um crente de Pérgamo, foi morto por causa da sua fé em Cristo. Ele foi colocado dentro de um boi de bronze e esse foi levado ao fogo até ficar vermelho, morrendo o servo de Deus sufocado e queimado. 

Além da perseguição externa, a igreja enfrentava uma ameaça interna. “Ensinos de Balaão” (v.14). O profeta Balaão foi contratado por Balaque, rei dos moabitas, para amaldiçoar o povo de Deus (Nm 23.11,12). Mas, toda vez que levantava a voz para amaldiçoar, ele abençoava, era impossível amaldiçoar o povo de Deus. Então, o profeta sugere uma outra abordagem, que usassem as moabitas para seduzir os homens de Israel. Os homens caíram no pecado da imoralidade e idolatria, diante disso 24.000 israelitas foram mortos (Nm 25.9). 


Também “...há entre vocês alguns que seguem o ensino dos nicolaítas” (v.15). Os nicolaítas vem de Nicolau, um diácono da igreja primitiva (Atos 6) que se apostatou da fé cristã. Começou a ensinar que o crente pode viver como quiser. Ensinava que nenhuma lei moral de Jesus está vinculada aos cristãos.

O ataque direito aos cristãos fortaleceu à igreja, mas agora o perigo era ser corrompido por dentro. Arrependam-se, diz Jesus, “Se não, virei em breve até você e lutarei contra eles com a espada da minha boca” (v.16). A palavra de Deus aguilhoa a consciência e fere o orgulho dos pecadores. Ela rompe nossa máscara e atravessa nossas defesas. Ela desnuda nosso pecado e pobreza, e mata toda falsa doutrina com seus golpes certeiros. 

Conclusão: três promessas àqueles que vencem, permanecendo fiéis ao seu nome e à sua palavra (v.17).

O maná escondido. O maná foi o alimento que Deus deu ao seu povo no deserto. É o grande banquete do cordeiro de Deus “Felizes os convidados para o banquete do casamento do cordeiro” (Ap 19.9).

Uma pedra branca. Pedras eram usadas quando os júris votavam (branco para o inocente, preto para culpado), um símbolo da nossa absolvição, do perdão do pecado.

Um novo nome. Uma nova vida, um novo corpo, ressurreto, imortal, glorificado, incorruptível,  um novo céu e uma nova terra. 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 4 de novembro de 2023

 O pecado escondido Sl 51 

Introdução

Quando me converti imaginava que a vida cristã era perfeita. Imaginava que pregadores não enfrentavam tentações ou lutas internas.

Havia um conceito de que era possível adquirir nessa vida a santidade absoluta, ou seja, podia ser totalmente santo!

Até que me deparei com a história de Davi. A história é constituída de momentos heroicos, corajosos, compaixão, perdão, amizade. Mas, também existem momentos de adultério, assassinatos, família disfuncional, etc. A vida de Davi tem ambiguidade, vemos tanto a espiritualidade quanto a carnalidade e, pecado.

1)     Davi e seus feitos

A história de Davi inicia no vale de Elá, enfrentando sozinho o gigante Golias, um gigante de mais de dois metros de altura. Com uma funda ele consegue derrubar o gigante e depois cortar sua cabeça. Davi tornou-se um herói nacional. 

Depois, Davi tornou-se um guerreiro do exercito de Saul. Quando voltava das batalhas, as mulheres cantavam: “Saul matou milhares e Davi, dezenas de milhares”.

Davi fora perseguido por Saul por muitos anos, Saul queria matar Davi. Em “Em-Gedi” Davi tivera uma oportunidade de matar o rei Saul, mas ele temeu em tocar no ungido do Senhor. Ali, o caráter de Davi foi provado e aprovado. O reino viria em sua mão, não pela violência, mas pela vontade de Deus.

Davi tornou-se rei de Israel, conquistou a cidade de Jerusalém, venceu os seus inimigos, e se tornou-se um rei temido em todo Oriente Médio.

2)     Pecado

Contudo, somos seres humanos, somos carne, somos pecadores e necessitamos desesperadamente da graça de Deus.

Davi, no tempo que o rei ia para guerra, preferiu ficar em Jerusalém. Então, num dia ocioso, em cima da eira do seu palácio viu uma mulher nua tomando banho. Imediatamente, perdeu o controle de si e mandou a chamar. E adulterou com ela... 

Durante algum tempo esse pecado ficou alojado no coração de Davi e olhando para os salmos escritos por ele, percebe a destruição, o dano, a consequência do seu pecado.

O Salmo 6 ele diz: “Senhor, não me castigue na tua ira nem me discipline no teu furor. Misericórdia, Senhor, pois, vou desfalecendo! Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem: todo o meu ser estremece...estou exausto de tanto gemer, de tanto chorar inundo de noite a minha cama; de lagrimas encharco o meu leito e os meus olhos se consomem de tristeza...”

O salmo 32 ensina que o trisavô de todos os pecados é a negação do pecado, a recusa em reconhecer o próprio pecado. O caminho é abraçar entusiasmadamente o perdão de Deus. E fazemos isso por meio da confissão, sem desculpas, sem negações, sem justificativas, simplesmente.... confessando.

“Eu tentei, por algum tempo, esconder de mim mesmo o meu pecado. O resultado foi que fiquei fraco, gemendo de dor e aflição o dia inteiro. De dia e de noite sentia a mão de Deus pesando sobre mim, fazendo com as minhas forças o que a seca faz com um pequeno riacho. O sofrimento continuou até que admiti minha culpa e confesse a ti o meu pecado”.

Dois tipos de culpa: culpa verdadeira e culpa falsa. A falsa culpa é produzida pelos juízos e sugestões humanas. A culpa verdadeira surge quando a pessoa deliberada e conscientemente desobedece a Deus, que é o caso de Davi.

Ele admite: “...Reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (v.5).

NO Salmo 38 o pecado nos torna infelizes. Apesar de ser tão inevitável, tão presente, ele não é conforme a nossa índole como seres criados à imagem de Deus. O pecado introduz uma substancia estranha em nossa alma.

    “Todo o meu corpo está doente, não há saúde nos meus ossos, minhas feridas cheiram mal e supuram, estou encurvado e muitíssimo abatido, estou ardendo em febre, sinto-me muito fraco e totalmente esmagado, meu coração geme de angustia, meu coração palpita, as forças me faltam, até a luz dos meus olhos se foi”(vs. 4-10).

·        Além disso, há freqüentes referencias a outras pessoas que estão envolvidas em meu pecado. Amigos, companheiros, vizinhos, os que desejam matar-me, os que querem me prejudicar, os que planejam traição, meus inimigos, os que me odeiam, os que retribuem em bem com o mal, meus caluniadores: dez referencias a outras pessoas cujo pecado me afeta (vs. 11,12,16 e 19).

Conclusão – Salmo 51

O salmo 51 nos aponta cinco coisas que nos ajudam a identificar o verdadeiro arrependimento.

Quando o arrependimento é verdadeiro, haverá confissão aberta. “Pequei contra ti e contra ti apenas, e fiz o que era mal”.

Quando há verdadeiro arrependimento, há o desejo de deixar completamente o pecado. “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espirito estável” (v.10).

Quando há verdadeiro arrependimento espírito se mostra quebrantado e humilde (v.17). “os sacrifícios que agradam a Deus são um espirito quebrantado; um coração quebrantando e contrito...”

Arrependimento verdadeiro é pedir perdão e a restauração de Deus. “Lava-me de toda minha culpa e purifica-me do meu pecado”

Saudade de Deus. “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espirito. Devolve a alegria da tua salvação...”(v.11).