O pecado escondido Sl 51
Introdução
Quando me converti imaginava que a vida cristã era perfeita. Imaginava
que pregadores não enfrentavam tentações ou lutas internas.
Havia um conceito de que era possível adquirir nessa vida a
santidade absoluta, ou seja, podia ser totalmente santo!
Até que me deparei com a história de Davi. A história é constituída
de momentos heroicos, corajosos, compaixão, perdão, amizade. Mas, também
existem momentos de adultério, assassinatos, família disfuncional, etc. A vida
de Davi tem ambiguidade, vemos tanto a espiritualidade quanto a carnalidade e,
pecado.
1)
Davi
e seus feitos
A história de Davi inicia no vale de Elá, enfrentando sozinho o gigante Golias, um gigante de mais de dois metros de altura. Com uma funda ele consegue derrubar o gigante e depois cortar sua cabeça. Davi tornou-se um herói nacional.
Depois, Davi tornou-se um guerreiro do exercito de Saul.
Quando voltava das batalhas, as mulheres cantavam: “Saul matou milhares e Davi,
dezenas de milhares”.
Davi fora perseguido por Saul por muitos anos, Saul queria
matar Davi. Em “Em-Gedi” Davi tivera uma oportunidade de matar o rei Saul, mas
ele temeu em tocar no ungido do Senhor. Ali, o caráter de Davi foi provado e
aprovado. O reino viria em sua mão, não pela violência, mas pela vontade de
Deus.
Davi tornou-se rei de Israel, conquistou a cidade de Jerusalém,
venceu os seus inimigos, e se tornou-se um rei temido em todo Oriente Médio.
2)
Pecado
Contudo, somos seres humanos, somos carne, somos pecadores e
necessitamos desesperadamente da graça de Deus.
Davi, no tempo que o rei ia para guerra, preferiu ficar em Jerusalém. Então, num dia ocioso, em cima da eira do seu palácio viu uma mulher nua tomando banho. Imediatamente, perdeu o controle de si e mandou a chamar. E adulterou com ela...
Durante algum tempo esse pecado ficou alojado no coração de
Davi e olhando para os salmos escritos por ele, percebe a destruição, o dano, a
consequência do seu pecado.
O Salmo 6 ele diz: “Senhor, não me castigue na tua ira nem me
discipline no teu furor. Misericórdia, Senhor, pois, vou desfalecendo! Cura-me,
Senhor, pois os meus ossos tremem: todo o meu ser estremece...estou exausto de
tanto gemer, de tanto chorar inundo de noite a minha cama; de lagrimas encharco
o meu leito e os meus olhos se consomem de tristeza...”
O salmo 32 ensina que o trisavô de todos os pecados é a
negação do pecado, a recusa em reconhecer o próprio pecado. O caminho é abraçar
entusiasmadamente o perdão de Deus. E fazemos isso por meio da confissão, sem
desculpas, sem negações, sem justificativas, simplesmente.... confessando.
“Eu tentei, por algum
tempo, esconder de mim mesmo o meu pecado. O resultado foi que fiquei fraco,
gemendo de dor e aflição o dia inteiro. De dia e de noite sentia a mão de Deus
pesando sobre mim, fazendo com as minhas forças o que a seca faz com um pequeno
riacho. O sofrimento continuou até que admiti minha culpa e confesse a ti
o meu pecado”.
Dois tipos de culpa: culpa verdadeira e culpa falsa. A falsa
culpa é produzida pelos juízos e sugestões humanas. A culpa verdadeira surge
quando a pessoa deliberada e conscientemente desobedece a Deus, que é o caso de
Davi.
Ele admite: “...Reconheci diante de ti o meu pecado e não
encobri as minhas culpas. Eu disse: confessarei as minhas transgressões ao
Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (v.5).
NO Salmo 38 o pecado nos torna infelizes. Apesar de ser tão
inevitável, tão presente, ele não é conforme a nossa índole como seres criados
à imagem de Deus. O pecado introduz uma substancia estranha em nossa alma.
· Além disso,
há freqüentes referencias a outras pessoas que estão envolvidas em meu pecado. Amigos,
companheiros, vizinhos, os que desejam matar-me, os que querem me prejudicar,
os que planejam traição, meus inimigos, os que me odeiam, os que retribuem em
bem com o mal, meus caluniadores: dez referencias a outras pessoas cujo pecado
me afeta (vs. 11,12,16 e 19).
Conclusão – Salmo 51
O salmo 51 nos aponta cinco coisas que nos ajudam a
identificar o verdadeiro arrependimento.
Quando o
arrependimento é verdadeiro, haverá confissão aberta. “Pequei contra ti e
contra ti apenas, e fiz o que era mal”.
Quando há verdadeiro arrependimento, há o desejo de
deixar completamente o pecado. “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova
dentro de mim um espirito estável” (v.10).
Quando há verdadeiro arrependimento espírito se mostra
quebrantado e humilde (v.17). “os sacrifícios que agradam a Deus são um
espirito quebrantado; um coração quebrantando e contrito...”
Arrependimento verdadeiro é pedir perdão e a restauração de
Deus. “Lava-me de toda minha culpa e purifica-me do meu pecado”
Saudade de Deus. “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espirito. Devolve a alegria da tua salvação...”(v.11).
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