sábado, 4 de novembro de 2023

 O pecado escondido Sl 51 

Introdução

Quando me converti imaginava que a vida cristã era perfeita. Imaginava que pregadores não enfrentavam tentações ou lutas internas.

Havia um conceito de que era possível adquirir nessa vida a santidade absoluta, ou seja, podia ser totalmente santo!

Até que me deparei com a história de Davi. A história é constituída de momentos heroicos, corajosos, compaixão, perdão, amizade. Mas, também existem momentos de adultério, assassinatos, família disfuncional, etc. A vida de Davi tem ambiguidade, vemos tanto a espiritualidade quanto a carnalidade e, pecado.

1)     Davi e seus feitos

A história de Davi inicia no vale de Elá, enfrentando sozinho o gigante Golias, um gigante de mais de dois metros de altura. Com uma funda ele consegue derrubar o gigante e depois cortar sua cabeça. Davi tornou-se um herói nacional. 

Depois, Davi tornou-se um guerreiro do exercito de Saul. Quando voltava das batalhas, as mulheres cantavam: “Saul matou milhares e Davi, dezenas de milhares”.

Davi fora perseguido por Saul por muitos anos, Saul queria matar Davi. Em “Em-Gedi” Davi tivera uma oportunidade de matar o rei Saul, mas ele temeu em tocar no ungido do Senhor. Ali, o caráter de Davi foi provado e aprovado. O reino viria em sua mão, não pela violência, mas pela vontade de Deus.

Davi tornou-se rei de Israel, conquistou a cidade de Jerusalém, venceu os seus inimigos, e se tornou-se um rei temido em todo Oriente Médio.

2)     Pecado

Contudo, somos seres humanos, somos carne, somos pecadores e necessitamos desesperadamente da graça de Deus.

Davi, no tempo que o rei ia para guerra, preferiu ficar em Jerusalém. Então, num dia ocioso, em cima da eira do seu palácio viu uma mulher nua tomando banho. Imediatamente, perdeu o controle de si e mandou a chamar. E adulterou com ela... 

Durante algum tempo esse pecado ficou alojado no coração de Davi e olhando para os salmos escritos por ele, percebe a destruição, o dano, a consequência do seu pecado.

O Salmo 6 ele diz: “Senhor, não me castigue na tua ira nem me discipline no teu furor. Misericórdia, Senhor, pois, vou desfalecendo! Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem: todo o meu ser estremece...estou exausto de tanto gemer, de tanto chorar inundo de noite a minha cama; de lagrimas encharco o meu leito e os meus olhos se consomem de tristeza...”

O salmo 32 ensina que o trisavô de todos os pecados é a negação do pecado, a recusa em reconhecer o próprio pecado. O caminho é abraçar entusiasmadamente o perdão de Deus. E fazemos isso por meio da confissão, sem desculpas, sem negações, sem justificativas, simplesmente.... confessando.

“Eu tentei, por algum tempo, esconder de mim mesmo o meu pecado. O resultado foi que fiquei fraco, gemendo de dor e aflição o dia inteiro. De dia e de noite sentia a mão de Deus pesando sobre mim, fazendo com as minhas forças o que a seca faz com um pequeno riacho. O sofrimento continuou até que admiti minha culpa e confesse a ti o meu pecado”.

Dois tipos de culpa: culpa verdadeira e culpa falsa. A falsa culpa é produzida pelos juízos e sugestões humanas. A culpa verdadeira surge quando a pessoa deliberada e conscientemente desobedece a Deus, que é o caso de Davi.

Ele admite: “...Reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: confessarei as minhas transgressões ao Senhor, e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (v.5).

NO Salmo 38 o pecado nos torna infelizes. Apesar de ser tão inevitável, tão presente, ele não é conforme a nossa índole como seres criados à imagem de Deus. O pecado introduz uma substancia estranha em nossa alma.

    “Todo o meu corpo está doente, não há saúde nos meus ossos, minhas feridas cheiram mal e supuram, estou encurvado e muitíssimo abatido, estou ardendo em febre, sinto-me muito fraco e totalmente esmagado, meu coração geme de angustia, meu coração palpita, as forças me faltam, até a luz dos meus olhos se foi”(vs. 4-10).

·        Além disso, há freqüentes referencias a outras pessoas que estão envolvidas em meu pecado. Amigos, companheiros, vizinhos, os que desejam matar-me, os que querem me prejudicar, os que planejam traição, meus inimigos, os que me odeiam, os que retribuem em bem com o mal, meus caluniadores: dez referencias a outras pessoas cujo pecado me afeta (vs. 11,12,16 e 19).

Conclusão – Salmo 51

O salmo 51 nos aponta cinco coisas que nos ajudam a identificar o verdadeiro arrependimento.

Quando o arrependimento é verdadeiro, haverá confissão aberta. “Pequei contra ti e contra ti apenas, e fiz o que era mal”.

Quando há verdadeiro arrependimento, há o desejo de deixar completamente o pecado. “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espirito estável” (v.10).

Quando há verdadeiro arrependimento espírito se mostra quebrantado e humilde (v.17). “os sacrifícios que agradam a Deus são um espirito quebrantado; um coração quebrantando e contrito...”

Arrependimento verdadeiro é pedir perdão e a restauração de Deus. “Lava-me de toda minha culpa e purifica-me do meu pecado”

Saudade de Deus. “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espirito. Devolve a alegria da tua salvação...”(v.11). 



 

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