terça-feira, 21 de novembro de 2023

 O que você vê? Ap 4 

Quando você liga a televisão, ou acessa as redes sociais, o que você vê? Injustiças, mortes, pessoas defendendo o aborto, homens lutando cegamente pelo poder político, violência, sexo explícito, etc. E, no tempo do apostolo João, o que ele via? A ostentação do império romano, imoralidade sexual, as pessoas se dobravam diante da imagem de Cesar, a bandeira romana com o símbolo da águia sendo colocada em toda instituição pública, cristãos sendo perseguidos e jogados nas arenas, etc.

1)    Suba aqui

Então, quando olhei, vi uma porta aberta no céu, e a mesma voz que eu tinha ouvido antes falou comigo como um toque de trombeta. A voz disse: suba para cá, e eu lhe mostrarei o que acontecerá depois destas coisas” (Ap 4.1). João está nos mostrando uma realidade diferente, ou, uma versão diferente da nossa realidade. É como se estivesse vendo a realidade a partir do outro lado. Estamos sendo virados pelo avesso. O mundo invisível que existe lado a lado com o mundo visível torna-se manifesto na visão de João.

É como as crônicas de Nárnia, quando Lúcia entra no guarda-roupa e descobre um mundo totalmente diferente. “Olhando para trás, lá no fundo, por entre os troncos sombrios das arvores, viu ainda a porta aberta do guarda-roupa e também distinguiu a sala vazia de onde havia saído” (O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, pág. 7). 


No Antigo Testamento, conta a história que o rei da Síria uma vez enviou um exercito para capturar o profeta Elizeu, porque Elizeu estava sempre revelando seus movimentos ao rei de Israel. “Ele mandou cavalos e carruagens e uma força poderosa para lá”, diz o relato. “Eles chegaram de noite e cercaram a cidade” (2 Rs 6.14). Quando o servo de Elizeu viu o exercito cercando a cidade, ele entrou em pânico “Ah, meu Senhor! O que faremos?” (2 Rs 6.15 NVI).

Não tenho medo...aqueles que estão conosco são mais do que aqueles que estão com eles”, ou, “Não se preocupe estamos em maior número que eles. Eliseu orou: Ó Eterno, abre os olhos dele, para que veja” (A mensagem). Então o Senhor abriu os olhos de Geazi para que ele pudesse ver “Ele ficou maravilhado: toda encosta da montanha estava ocupada por cavalos e carros de fogo em torno da casa de Elizeu” (2 Rs 6.16-17). 

No livro de apocalipse, João está abrindo nossos olhos para o mundo invisível “...nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais...” (Ef 2.6). No entanto, nós ainda vemos o exercito Sírio à nossa volta. Mas para nós é concedida uma visão de “carruagens de fogo”. Nós ainda vemos a história a partir da perspectiva da terra. Mas agora podemos vê-la da perspectiva do céu.

Diante de nós uma porta está aberta no céu (Ap 4.1). Podemos atravessar e ver a realidade sob uma nova luz. Mas essa perspectiva muda tudo. Não podemos continuar vivendo da mesma maneira depois de passarmos pela porta aberta do céu. Jacó, no vale de jaboque, lutou com um anjo a noite inteira e pela manhã, não se chamava mais Jacó, sim, Israel, como príncipe lutou com Deus.

Nosso mundo não é uma ficção, mas também não é uma realidade total das coisas. É uma realidade cheia de ficções “o deus desta era cegou o entendimento dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho...” (2 Co 4.4).  Nada é o que parece. É um mundo no qual estamos cegos para a verdade. VOCE PRECISA DECIDIR SE VAI PASSAR PELA PORTA COM JOÃO, CLARO, SE ESTIVER DISPOSTO A TER SEU MUNDO VIRADO DE CABEÇA PARA BAIXO... 

2)     Andar de cima

O que João vê é um trono no céu: “Havia diante de mim um trono no céu com alguém sentando nele” (v.2). Tudo gira em torno desse trono. A palavra “trono” aparece dezenove vezes nos capítulos 4 e 5 (10 vezes no capitulo 4, 9 vezes no capitulo 5). Portanto, no centro do mundo, não está a nossa vida, mas Deus está no centro do mundo. 

Sem o trono, sem Deus no centro de nossas vidas, PASSAMOS A MANIPULAR E SER MANIPULADOS. PESSOAS QUE NÃO tem Deus no Trono SÃO LEVADAS PELA INQUIETAÇÃO EPIDÊMICA DO MUNDO, SEM DIREÇÃO FIRME OU OBJETIVO QUE AS SUSTENTE. O Japão um país rico, prospero e muita tecnologia, tem 30 mil suicídios por ano, os japoneses não tem trono e sem esperança.

João vê que “aquele que estava assentado no trono brilhava como pedras preciosas, como jaspe e sardônico. Um arco-íris, com brilho semelhante ao de esmeralda, circundava seu trono” (Ap 4.3). No trono tem luzes: pedras preciosas, jaspe (vermelho/amarelo), sardônico (vermelho transparente) e um arco-íris com um brilho semelhante ao da esmeralda. A luz banha todos os que estão ao redor do trono e o arco íris é um símbolo da graça de Deus, da aliança de Deus, do amor de Deus por nós.

João vê que ao redor do trono “...estavam vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro...” (Ap 4.4). Os vinte e quatro anciãos são uma representação da totalidade do povo de Deus (12 patriarcas e 12 apóstolos). É uma visão não do que é, mas do que há de ser, uma igreja plena, na gloria, adorando e louvando a Deus. As coroas falam de posição, de honra, autoridade e prestigio dos remidos no céu. 


João vê que “no centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás” (Ap 4.6). São querubins que cuidam da santidade de Deus. Todos têm aspectos da vida na terra: rosto de leão, rosto de boi, rosto de homem e rosto de águia. O leão representa a realeza e o pode, por ser um animal temível; o boi, representa a força; o homem, representa a sabedoria, a imagem de Deus e, a águia, representa, rapidez, visão. 

“Cada um tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir” (Ap 4.8). Eles não proclamam o poder dos reinos terrenos. Eles proclamam o poder do Rei do céu. Deus é Santo, três vezes santo, separado. Deus é Todo-Poderoso, onipotente, o criador de tudo que há. Deus é o que era (eterno), é o que é (o grande Eu Sou, acima do tempo) e o que há de vir (virá, descerá, para arrebatar a sua igreja e julgar os homens da terra).

João vê que toda vez que os seres louvam a majestade de Deus “os vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo o sempre. Eles lançam suas coroas diante do trono” (Ap 4.10). Enquanto muitos estão se curvando diante dos Césares romanos, a igreja se curva diante de Deus, do todo-poderoso, que era, que é e que há de vir.

Em Daniel capitulo 3, todos se dobraram diante da imagem feita por Nabucodonosor, no entanto, Sadraque, Mesaque e Adebe-Nego, não quiseram, não se curvaram diante da imagem e afirmaram: “Não prestaremos culto aos seus deuses e nem adoraremos a imagem de ouro que tu mandaste erguer” (Dn 3.18).

CONCLUSÃO: DOXOLOGIA

O PRIMEIRO CÂNTICO adora a essência de Deus. Composto por três linhas, apresenta a perfeição da trindade. Todo ser se inclui em Deus. No centro, tudo é puro e poderoso, pessoal e majestoso, eterno e temporal. Os seres viventes formam um quarteto e cantam:

Santo, Santo, Santo

É Senhor Deus Todo-Poderoso

Ele é, Ele era, Ele virá.

O SEGUNDO CÂNTICO conecta nossa resposta de adoração à bondade criadora de Deus. QUEM ELE É E O QUE ELE FAZ SE RELACIONAM A COMO SOMOS FEITOS E QUEM SOMOS. OS vinte e quatro anciãos que experimentaram o prazer em Israel e na igreja de serem criados, abençoados e guiados por Deus fazem o coro:

Digno! Ò Senhor, sim!

Nosso Deus, recebe a glória!

A honra, o poder!

Tu criaste tudo.

Tudo o que existe é criado

 


 

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