terça-feira, 25 de outubro de 2016

Disciplina do Jejum  - Mateus 6.16-18


Introdução: Com que frequência e com que extensão temos pensado a respeito disso? Que lugar o jejum ocupa em toda a nossa perspectiva da vida cristã e da disciplina nela envolvida? Sugiro que a verdade provável é que apenas mui raramente temos meditado sobre isso. Porventura já jejuamos alguma vez? Porventura já nos ocorreu pensar demoradamente sobre a questão do jejum? O fato é que toda essa questão parece haver sido inteiramente excluída de nossas vidas, e até mesmo de nosso pensamento cristão, não é verdade? Martin Lloyd-Jones.

1)    O que não é o jejum.

Resultado das excessivas práticas religiosas (Lc 18.10-14). É uma prática religiosa destituída de espiritualidade (Mt 6.1: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso Pai celeste”). Um exemplo são as vigílias, isto é, abstenção de dormir a fim de atender à oração. Paulo, nos adverte: “...com efeito, tem aparencia de piedade, como culto de si mesmo, e falsa humildade, e rigor ascético; todavia, não tem valor algum contra a sensualidade” (Cl 2.23). 


Algumas pessoas jejuam, porque esperam resultados diretos e imediatos do jejum. Ou seja, se alguém quiser auferir certos benefícios, então que jejue; se alguém jejuar, receberá benefícios imediatos.

2)    O jejum da Bíblia.
Nas Escrituras o JEJUM refere-se à abstenção de alimento para finalidades espirituais. É diferente da Greve de fome, cujo propósito é adquirir poder político ou atrair atenção para uma boa causa. É diferente, também, da dieta de saúde, cujo propósito é físico e não espiritual.

Na Bíblia, portanto, os meios normais de jejuar envolviam abstinência de qualquer alimento, sólido ou líquido, excetuando-se a água. No jejum de quarenta dias de Jesus, diz o evangelista que ele “NADA COMEU” e ao fim de desses quarenta dias “TEVE FOME”, e Satanás o tentou a comer, indicando que a abstenção era de alimento e não de água (Lc 4.2).


Às vezes se descreve o que poderia ser considerado JEJUM PARCIAL. O profeta Daniel, durante três semanas, não comeu “manjar desejável, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me untei com óleo algum” (Dn 10.3). Temos, também o JEJUM ABSOLUTO, ou abstenção tanto de alimentos como de água. Que parece ser uma medida desesperada para atender a uma emergência extrema. Após saber que a execução aguardava a ela e ao seu povo, Ester instruiu a Mordecai: “Vai, ajunta a todos os judeus....e jejuai por mim, e não comais nem bebais por tres dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos” (Et 4.16). Paulo fez um jejum absoluto de tres dias após seu encontro com o Cristo vivo (Atos 9.9).

O único jejum público anual exigido pela lei mosaica era realizado no dia da expiação (Lv 23.27). Era o dia do calendário judaico em que o povo tinha o dever de estar triste e aflito como expiação por seus pecados. Os jejuns eram convocados, também, em tempos de emergência  nacional: “Tocai a trombeta em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma assembleia solene” (Jl 2.15). Quando o reino de Judá foi invadido, o rei Josafá convocou a nação para jejuar (2 Cr 20.1-4).


Em 1756 o rei da Inglaterra convocou um dia de solene oração por causa de uma ameaça de invasão por parte dos franceses. João Wesley registrou este fato em seu Diário, no dia 06 de fevereiro: “O dia de jejum foi um dia glorioso, tal como Londres raramente tem visto desde a Restauração. Cada igreja da cidade estava mais do que lotada, e uma solene gravidade estampava-se em cada rosto. Certamente Deus ouve a oração, e haverá um alongamento de nossa tranquilidade”.

3)    Jesus e o Jejum.
“Quando jejuardes, não vos mostreis contristados  como os hipócritas: porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam”(Mt 6 v.16). Os hipócritas quando jejuavam não lavavam o rosto, nem ungiam suas cabeças; alguns, colocavam cinzas sobre as cabeças. Queriam chamar atenção ao fato que estavam jejuando, por isso mantiveram a aparência de miseráveis, infelizes.


As pessoas diziam: “Ele é uma pessoa de uma espiritualidade fora do comum. Olhe para ele, olhe o que ele está sacrificando e sofrendo por causa de sua devoção a Deus”. Jesus, no entanto, ensina: “Voce não deve soar a trombeta proclamando as coisas que você irá fazer. Você não deve pôr-se de pé nas esquinas das ruas ou em lugares proeminentes na sinagoga quando você for orar. E, da mesma maneira, você não deve chamar atenção ao fato que está jejuando.

“Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto; com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e, sim, ao teu Pai em secreto” (VS.Mt 6. 17-18). Ou seja, a única coisa que importa é que a nossa relação com Deus esteja correta, e que o nosso objetivo seja agradar ao Senhor. “E teu Pai que vêm em secreto, te recompensará”: “QUE OS HOMENS NÃO TE OUÇAM, NÃO TE AMEM E NEM TE LOUVEM”.

Conclusão: por que Jejuar?

Objetivo do Jejum
O jejum deve sempre centrar-se em Deus. Deve ser de iniciativa divina e ordenado por Deus. Como a profetisa Ana, precisamos cultuar em jejuns (Lc 2.37). Como no caso daquele grupo apostólico de Antioquia, “servindo ao Senhor” e “jejuando” devem ser ditos  de um só fôlego (Atos 13.2). C.H. Spurgeon escreveu: “Nossas temporadas de oração e jejum no Tabernáculo tem sido, na verdade, dias de elevação; nunca a porta do céu esteve mais aberta; nunca nossos corações estiveram mais próximos da Glória central”.

Deus interrogou o povo do tempo de Zacarias: “Quando jejuaste... acaso foi para mim que jejuaste, como efeito para mim?” (Zc 7.5).  João Wesley declarou: “Primeiro, seja ele (O JEJUM) feito para o Senhor com nosso olhar fixado unicamente nele. Que nossa intenção aí seja esta, e esta somente, de glorificar a nosso Pai que está no céu”.




domingo, 23 de outubro de 2016

Choque de poderes. Atos 19:8-20.


Introdução:

O Apostolo Paulo pregou na cidade de Efésios por três anos. Essa cidade era um grande centro comercial da Ásia; era conhecida como “tesouraria da Asia” ou “Feira da vaidade da Ásia Menor”.  

Era famosa pelos encantamentos e magias chamados: "A cartas de Éfeso". Garantia-se que outorgavam segurança à viagem, que davam filhos aos que não os tinham, concediam êxito no amor ou em qualquer negócio. De todo o mundo acudia gente a comprar esses pergaminhos mágicos que logo usavam como amuletos ou talismãs.

A grande glória de Éfeso era o Templo de Ártemis  Ártemis e Diana são uma mesma pessoa. O primeiro é o nome grego, o segundo o latino. Era uma das Sete Maravilhas do Mundo. A imagem de Ártemis não era bela. Tratava-se de uma figura negra, escondida, com muitos seios que representavam a fertilidade; era tão velha que ninguém sabia qual foi sua origem nem de que material parecia. Dizia-se que tinha caído do céu. A maior glória de Éfeso era que custodiava o templo pagão mais famoso do mundo.


1)    Choque de poder.

“Paulo pregava com OUSADIA E PODER...” (V.8). “Deus fazia milagres maravilhosos por meio das mãos de Paulo, de tal maneira que até lenços e aventais que Paulo usava eram levados e colocados sobre os doentes. Estes eram curados de todas as suas enfermidades, assim como espíritos malignos eram expelidos deles”.


E, havia alguns exorcistas judeus que sofreram consequências desastrosas ao tentar aproveitar o poder que acreditavam estar contido no Nome de Jesus (Atos 19.13-14). O poder do nome de Jesus  não é meramente mecânico, nem pode ser empregado levianamente.

DUAS COISAS A CONSIDERAR, DOIS PODERES: Primeiro,  por dentro de todas as coisas que acontecem na terra existem poderes espirituais. Uma coisa é a energia da agua, do fogo, do sol, da terra, do ar que respiramos, são energias impessoais. Outra coisa, são os seres espirituais, que afetam a vida das pessoas. Segundo, nesse universo de seres espirituais há um nome que é respeitado, acatado, reverenciado e é O NOME DE JESUS.

Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? (V.15).

E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.Colossenses 2:15

Os seres espirituais cobram favores prestados, cobram caríssimos. Eles exigem gratidão e devoção.  Por exemplo, quem sãos os espíritos que atuam por meio do médico espiritual? Demonios. Portanto, não existe neutralidade nesse mundo. Ou somos de Deus, ou estamos vulneráveis aos espíritos.

“ESCONJURO-VOS POR JESUS, A QUEM PAULO PREGA!”. O endemoninhado respondeu: “JESUS, EU CONHEÇO, PAULO, SEI QUEM É; NO ENTANTO, VÓS, QUEM SOIS?”. Ou seja, não reconhecemos a autoridade de vocês. Os espíritos não apenas reconhecem que é Jesus mas também quem pertence a Jesus e que tem legitimidade para usar o nome de Jesus.

O ÚNICO ESPÍRITO QUE NÃO COBRA FAVORES É O ESPÍRITO DE DEUS, a quem devemos adorar, invocar, engrandecer, bendizer com todo o nosso ser. AVACALHAÇÃO é quando pessoas indevidamente usam o nome de Jesus, em vão. Aqueles homens foram envergonhados e o Nome de Jesus foi glorificado na cidade de Efésios.

2)    Efeitos do choque espiritual.

O Nome de Jesus foi glorificado, as pessoas entregaram publicamente os seus instrumentos, os seus livros, os seus artefatos de ocultismo de práticas religiosas e exotéricas e queimaram em praça pública e o valor de tudo que foi queimado chegou a 50 mil dracmas, ou, 50 mil moedas de prata (Atos 19.17-19).


O que é isso? UMA DECLARAÇÃO DE POSIÇÃO NO MUNDO ESPIRITUAL. Aquilo que eu usei para servir outros espíritos eu QUEIMO E JOGO FORA, é importante que façamos isso. Ou seja, estou rompendo com todos os espíritos que me relacionei, a partir de agora, o meu Senhor é Jesus Cristo, SOMENTE ELE.

A PARTIR DE AGORA, não nos preocupamos com os poderes espirituais. Nós não dormimos com medo da escuridão, mas dormimos em paz “pela paz que excede todo o entendimento”. “EU ME DEITEI E DORMI, ACORDEI, PORQUE O SENHOR ME SUSTENTOU” (Sl 3.5). Não tememos o “terror noturno, nem da seta que voe de dia, nem da peste que se propaga nas trevas, nem da mortandade que assola o meio dia” (Sl 91.5-6).

CONCLUSÃO: É PRECISO UMA TOMADA DE POSIÇÃO, VOCE TEM QUE DIZER: EU SOU DE JESUS. EU SEI QUE HÁ FORÇAS, PODERES E ENERGIAS. MAS EU SEI TAMBÉM, QUE HÁ SERES ESPIRITUAIS, SEI MAIS, SEI QUE ENTRE TODOS OS SERES ESPIRITUAIS, SOMENTE JESUS DEVE SER ADORADO: JESUS DE NAZARÉ.


terça-feira, 18 de outubro de 2016

Jesus e João Batista –João 3.27-30


Introdução:
No livro a “A cabana do Pai Tomás”, o velho escravo fora arrancado de sua velha casa, e colocado num vapor, sendo levado para um lugar desconhecido. Foi um momento difícil. “A fé do Pai Tomás vacilou. Isso parece indicar que, para ele, deixar para trás Tia Cloé e os filhos, bem como os velhos conhecidos era o mesmo que estar deixando Deus ali”.

Em um dado momento ele adormece e tem um sonho. “Sonhou que estava em sua casa, e que a pequena Eva lia para ele um trecho da Bíblia, como sempre fazia. Ele até escutava a voz dela: Quando passares pelas águas eu serei contigo... Porque eu o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu salvador”.Pouco depois, o pobre escravo estava-se contorcendo debaixo das cruéis chicotadas de seu novo dono. Mas, as chicotadas atingiram apenas o homem EXTERIOR, e não O CORAÇÃO, como acontecera anteriormente (2 Co 4.16: “Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia”). 


1)  João Batista, um homem vocacionado.
João crescera no deserto da Judéia, junto aos Essênios. João se sensibilizou com a voz de Deus em meio ao vento do deserto; que conseguia ver a sua face entre o sol e sentia sua presença nas areias agitadas.

Foi João Batista que apontou Jesus como o cordeiro de Deus, que tiraria o pecado do mundo (Joao 1.36). Mas, veja qual foi a reação dele diante da perda da popularidade pra Jesus (v.37). Alguém comunica a João que o povo, e mesmo alguns de seus discípulos, estão passando a seguir a Jesus, a ouvir de seus ensinamentos e a ser batizados pelos discípulos dele. Mas João, o batista, respondeu:


Respondeu João: O homem não pode receber cousa alguma se do céu não lhe for dada. Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: Eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor. O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo está presente e ouve, muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim. Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3.27-30).

PESSOAS VOCACIONADAS ENTENDEM O PRINCIPIO DA MORDOMIA. Aqueles que foram interpelá-lo fizeram suas perguntas com base na suposição de que aquele povo PERTENCIA  a João, que ele tinha conquistado para si com seu carisma pessoal. E, se assim o fosse, estava perdendo algo: seu estrelato como profeta.

 João, não pensava assim. Ele pensava como um mordomo cristão. A função do mordomo é simplesmente cuidar de algo que pertence a outrem, até o proprietário volte para reaver sua propriedade. Portanto, João sabia, que as multidões que o deixavam para seguir a Cristo nunca tinham sido propriedade dele. Deus as colocara sob seus cuidados durante algum tempo, mas agora as estava recolhendo de volta. E para o profeta estava tudo bem (1 Pe 5.2).  

O que as multidões eram para ele, serão para nós nossa carreira, nossos bens, nossos dons naturais e espirituais, nossa saúde. Será que possuímos essas coisas ou apenas as gerimos em nome daquele que as confiou a nós? Quando um que é vocacionado perde, nada muda. Seu mundo interior continua o mesmo; talvez melhor.


PESSOAS VOCACIONADAS SABEM EXATAMENTE QUEM SÃO. Voces estão lembrados” , disse ele para aqueles homens, “que eu lhes falei que NÃO SOU O CRISTO?”. E saber que não era Cristo, era uma forma de saber quem ele era. Ele não tinha ilusões quanto à sua identidade pessoal. Isso já estava bem claro em seu mundo interior.

Mas para muitos, são incapazes de fazer distinção entre a função que exercem e sua própria pessoa. Para eles, o que fazem se confunde com o que são. É por isso que as pessoas que já detiveram grande parcela de poder tem muita dificuldade em abandoná-lo, e muitas vezes lutam até à morte para retê-lo. Ou, muitas mães passam por sérias crises de depressão quando o ultimo filho cresce e sai de casa.

Outro homem que não fosse vocacionado como João, teria cedido à tentação, e responderia: “Bom, eu não tinha pensado nas coisas exatamente nos termos em que as estão colocando, mas talvez estejam certos. Existe mesmo algo de messiânico em mim. Por que não aceitamos essa tese de que eu sou o Cristo, para ver o que acontece?”. Se por um acaso houve um momento em que a voz das multidões falou alto, a voz de Deus, que soava em seu interior, falou ainda mais alto.

PESSOAS VOCACIONADAS POSSUEM UM FIRME SENSO DE OBJETIVO. Quando perguntado a respeito da crescente popularidade daquele Homem de Nazaré, ele comparou sua missão com a de um padrinho de casamento: “O que TEM  a noiva é o noivo; o amigo do noivo (isto é, João) que está presente e o ouve, muito se regozija por causa da voz do noivo (Jo 3.29). A função do amigo é estar ao lado do noivo, cuidando para que atenção esteja voltada para ele.  Ou seja, Se Jesus Cristo era o noivo então a única preocupação de João Batista era ser o amigo dele, e nada mais.


PESSOAS VOCACIONADAS SABEM O QUE É UM COMPROMISSO FIRME. “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30), disse ele aos que procuraram para saber de sua reação. Um homem mundano nunca teria dito o que ele disse, pois esse tipo de pessoa é compelido a buscar mais e mais atenção dos outros, mais e mais poder, mais e mais bens materiais. Para João, uma vez tendo concluído a tarefa para a qual fora designado – apresentar Cristo como o Cordeiro de Deus – sentia-se realizado, pronto para se retirar do cenário público.


Que diferença enorme entre a vida do Rei Saul e a de João Batista! O primeiro tentou defender sua gaiola dourada, e saiu derrotado; o outro se contentou com um lugar no deserto e a oportunidade de servir a Deus, e saiu vitorioso.

Conclusão: COMO JOÃO SE TORNOU O QUE ERA?

Primeiro, a influencia de seus pais, que lhe formaram o caráter desde os primeiros dias. A Bíblia ensina que Zacarias e Isabel eram pessoas profundamente espirituais, com extraordinária sensibilidade em relação ao chamado de João, que lhes fora relevado por meio de diversas visões de anjos. Então, desde os primeiros anos do filho, eles começaram a incutir essa missão em sua alma. Os pais de João devem ter morrido quando ele ainda era jovem. O fato é que, quando as Escrituras voltam a focalizá-lo, ele está sozinho, morando no deserto, afastado da sociedade para a qual, mais tarde, iria ser uma voz profética (Lc 3.1-3).

César estava em Roma, cuidando das coisas importantes que diziam respeito aos césares. Anás e Caifás se achavam em Jerusalém, procurando manter em ordem a religião organizada. Mas veio a Palavra de Deus a João, um homem insignificante, que se encontrava num lugar sem importância, um deserto.

Por que João? Por que Deus o chamou e ele atendeu. O chamado exigia total submissão aos desígnios de Deus, aos seus métodos de trabalho e ao seu conceito de sucesso.


E por que num deserto? O deserto tem uma conotação de dor, isolamento e sofrimento. E quem é que gosta de tais coisas? O deserto é um lugar difícil de viver, seja ele físico ou espiritual. Pois, no deserto, aprendemos a conhecer a aridez. No deserto aprendemos a confiar só em Deus. 

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Jesus e Nicodemus. Jo 3.1-10.






Introdução: “Não te admires eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido de Deus”.

A história de Agostinho: “O ídolo que o separava de Cristo era o sexo. Ele deu lugar às suas paixões por 16 anos. Saiu de sua casa aos 16 anos, mas a sua mãe, Mônica, nunca deixou de orar por ele. Agostinho chegou quase aos 32 anos e, como ele mesmo disse: “Comecei a procurar um meio de obter força que eu precisava para ter prazer em ti (Ó Senhor), mas não pude achá-lo, enquanto não aceitei o mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo”. O vento do Espírito soprou no final de agosto, no ano 386 d.C. Agostinho era atormentado por sua própria escravidão bestial à luxúria, quando outros eram livres e santos em Cristo. Ele mesmo escreve:



“Havia um pequeno jardim junto à casa em que nos hospedamos... Levado pela agitação em meu peito, busquei refúgio naquele jardim, onde ninguém pudesse interromper aquela luta violenta na qual eu era meu próprio adversário... Eu estava bastante agitado com aquela loucura que depois me traria sanidade. Estava sofrendo uma morte que me traria vida... Estava frenético, subjulgado por uma ira violenta contra mim mesmo, por não aceitar tua vontade e entrar na tua aliança... Eu arrancava os cabelos e me esmurrava; fechava as mãos e abraçava os joelhos. Lancei-me ao chão, embaixo de uma figueira, e dei lugar às lagrimas que fluíam de meus olhos... Subitamente, ouvi a voz cantarolante de uma criança numa casa ali perto. Se era a voz de um menino ou de uma menina, não sei dizer, mas ela repetia o refrão: “Pegue-o e leia-o, pegue-o e leia-o”. Peguei (o livro das epístolas de Paulo) e abri-o; e, em silêncio, li a primeira passagem em que meus olhos caíram: “Não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.13-14). Eu não desejei ler mais do que esse trecho, nem precisava. Por um instante, quando cheguei ao final da frase, foi como se a luz da confiança inundasse meu coração, e toda a escuridão da dúvida foi dispersa”. AGOSTINHO NASCEU DE NOVO. Ele nunca retornou aos velhos costumes. O vento soprou em um jardim. Soprou na voz de uma criança. Soprou por meio de uma palavra das Escrituras. E as trevas do coração de Agostinho foram dissipadas.


A história de Lewis: Desde 1925Lewis era um associado do Magdalen College, em Oxford, onde servia como professor de língua e literatura Inglesa. Lewis talvez seja mais bem conhecido hoje como o autor de As Crônicas de Nárnia. O ventro soprou para Lewis numa noite de setembro, em 1931, discutindo cristianismo com J. R.R Tolkien (autor de O Senhor dos Anéis). Eis como ele conta a história do passeio de ônibus até ao zoológico, o passeio em que ele foi salvo:



“Sei muito bem quando tomei o passo final, mas não sei exatamente como aconteceu. Numa manhã ensolarada, fui ao zoológico. Quando saímos, eu não acreditava que Jesus Cristo é o Filho de Deus; e, quando chegamos ao zoológico, eu já acreditava. Entretanto, eu não havia, exatamente, passado a viagem fazendo reflexões, nem tive grandes emoções. “Emocionante” talvez seja a ultima palavra que podemos aplicar a alguns dos acontecimentos mais importantes. O que aconteceu é comparável ao caso de um homem que, permanecendo imóvel na cama, após dormir por longo tempo, conscientiza-se de que agora está acordado”. 

 Quando Jesus disse a Nicodemos: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”, falava a todos nós. Nós precisamos nascer de novo, do contrário, não veremos o reino de Deus. Isso significa que não seremos salvos, não seremos parte da família de Deus, não iremos para o céu. Em vez disso, iremos para o inferno, se não nascermos de novo. Jesus afirmou: “Sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo 3.36).

1)       Por que o novo nascimento é inquietante?



Primeiro: o ensino sobre o novo nascimento nos confronta com nossa miserável condição espiritual, moral e legal sem a graça regeneradora de Deus. Antes de o novo nascimento acontecer conosco, estamos espiritualmente mortos, somos moralmente egoístas e rebeldes, somos legalmente culpados diante da lei de Deus e estamos sob a sua ira (Efesios 2.1-5). 

Segundo, o ensino sobre o novo nascimento refere a algo que é feito para nós, e não a algo que nós mesmos fazemos. João 1.13 enfatiza isso quando se refere aos filhos de Deus como aqueles que “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, MAS DE DEUS”. É Deus quem realiza o novo nascimento, e não nós. Pedro salientou essa mesma verdade: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou” (1 Pe 1.3).

2)    O que é o novo nascimento? 

  
Primeiro, o que acontece no novo nascimento não é a obtenção de uma nova religião, e sim de uma nova vida. Nicodemos era um fariseu e um dos principais dos judeus. Os fariseus eram os mais rigorosamente religiosos de todos os grupos de judeus. E Jesus disse a esse fariseu: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. Ou,“Importa-vos nascer de novo” (v.7). Então, um dos argumentos principais de João é este: toda a religião de Nicodemos, todo o seu admirável estudo, toda a sua disciplina e firmeza em cumprir a lei não substituíam a necessidade do novo nascimento.

O que Nicodemos precisava, o que você e eu precisamos não de religião, e sim de vida. O Objetivo de Jesus em referir-se ao novo nascimento é que o nascimento traz uma nova vida ao mundo. Não havia vida espiritual em Nicodemos, ele estava morto espiritualmente! Precisava de vida, e não de mais atividades religiosas ou mais zelo religioso, mas VIDA! Na parábola de Lucas 15, lemos que o pai disse: “Este meu filho estava morto e reviveu” (Lc 15.24).


Segundo, o que acontece verdadeiramente no novo nascimento é que experimentamos o sobrenatural. Nicodemos disse: Rabi, sabemos que és mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele” (v.2). Em outras palavras, Nicodemos viu no ministério de Jesus a mão de Deus. Mas, o que importa não é a mera afirmação do caráter sobrenatural de Jesus, e sim experimentar em si mesmo o sobrenatural. O novo nascimento é sobrenatural, e não natural. “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito”.  A carne é o que somos por natureza. O Espírito é a Pessoa sobrenatural que ocasiona o novo nascimento.

Jesus disse: “O vento sobra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito” (v.8). O Espírito de Deus sopra onde quer. Não O controlamos. Ele é livre e soberano; é a causa imediata do novo nascimento. 
  



Conclusão:  Jesus é a vida que recebemos no Novo Nascimento. Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). E mais, “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.35). Em  João 20.21, o apostolo disse: “Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”. Portanto, não há vida espiritual – não há vida eterna – sem uma ligação com Jesus e uma crença nEle.


No Novo Nascimento, o Espírito Santo nos une a Cristo numa união de vida. Cristo é a vida. Ele é a videira em que a vida floresce. Nós somos os ramos (Jo 15.1-7).

sábado, 8 de outubro de 2016

Elias e a depressão – 1 Rs 19


Introdução:

A HISTÓRIA do profeta Elias é um espelho verdadeiro do coração humano.  Um coração sem máscara, verdadeiro.  Ele é conhecido no Antigo Testamento como “Elias, o tisbita”. Profetizou na época em que Acabe governava o reino Norte. Era peludo e usava roupas de cinto de couro e vivia no deserto.

Profetizou que durante três anos e meio não cairia chuva sobre Israel. No monte Carmelo, foi usado poderosamente por Deus, para fazer cair fogo do céu e consumir todo o altar; enquanto os profetas de Baal se cortaram diante da não resposta do deus deles. E, todos os profetas de Baal foram mortos pela espada de Elias.

Diante de tudo, o profeta Elias, foi ameaçado veemente pela Rainha Jezabel. E agora? Poderia ter confiado em Deus, como confiara outras vezes. No entanto, como ele é semelhante a nós, fugiu de Jezabel.

1)    Sintomas da depressa em Elias.

Solidão: v.3: “...ali deixou o moço em Berseba. É bastante comum o deprimido procurar a solidão. Esconde-se dos amigos, dos irmãos da igreja e até mesmo, dos familiares. 


Suicídio: “Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais”.

Perda de apetite: “Levante-te e come”, disse-lhe o anjo. A perda do apetite faz parte do procedimento autodestrutivo do deprimido.

Sono ou  insônia: Ou a pessoa não consegue dormir ou dorme sem parar “Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho” (v.7), como no caso de Elias.


Autocomiseração: “Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (v.4). V.10: “...e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida”. A autocomiseração é uma emoção inútil. Ela vai mentir para você. Vai exagerar. Vai cultivar a “mentalidade de vítima” em sua cabeça.


Conclusão:
 Elias vai até o Horebe, a montanha de Deus. E lá, sente um forte vento mas Deus não estava no vento; um terremoto, Deus não estava no terremoto; um fogo passa pela caverna mas Deus não estava no fogo.


Em seguida veio “um cicio tranquilo e suave”; era Deus. Deus diz ao profeta: “Que fazer aqui?” (9,13). Ou, “o que você está fazendo com sua vida?”. Não te coloquei nessa caverna, você que entrou nesse estado depressivo. SAIA DA CAVERNA.


Vai e profeta a Hazael, será o próximo rei da Síria.

Vai e profeta a Jeú, seria rei de Israel...

E unge, Eliseu, profeta em sua lugar.

É ISSO, PRECISAMOS SAIR DO NOSSO CASULO E ARREGAÇAR AS MANGAS E FAZER A VONTADE DO NOSSO PAI.





terça-feira, 4 de outubro de 2016

Jesus e Natanael – João 1.43-51


Introdução: O encontro de Jesus com Natanael ACONTECE logo após o chamado Prólogo, no começo do livro de João. Jesus é chamado de logos, nos primeiros versículos do capítulo 1. Os gregos acreditavam que o universo obedecia a uma ordem racional e moral, e essa “ordem da natureza” denominavam Logos. João, deliberadamente, toma emprestado o termo filosófico grego Logos e diz o seguinte sobre Jesus:

No principio era o Verbo (logos), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no principio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito existiria. A vida estava nele e era a luz dos homens ( ...) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, pleno de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai (Jo 1.1-4-14)”.


João, portanto, afirma haver um propósito, em nossa vida, algo para o que fomos feitos. Proclama que o mundo não é simplesmente o produto de forças cegas, aleatórias. Em vez disso, a Bíblia insiste ainda em que o sentido da vida não é um principio, mas uma pessoa, um ser humano individual que caminhou sobre a terra.

1)    Natanael - significado do nome: "Deus dá". 

Nos  tres evangelhos  Natanael não é mencionado nem  Mateus, Marcos ou Lucas. João foi o único que se deu o trabalho de registrar algo sobre Natanael. Talvez porque a vida daquele homem aparentemente não significasse muita coisa, mas João é assim. Ele nos dá detalhes que os outros evangelistas não apresentam. Por exemplo, tudo que sabemos a cerca de Filipe, André, Nicodemos e Tomé, o sabemos através do evangelho de João.

Felipe, discípulo de Jesus, procura Natanael e diz:

_ Quero que você conheça um novo rabino. Ele tem respostas para os grandes questionamentos da nossa época e vem de Nazaré.

Natanael debocha: _ Nazaré!?


Em Jerusalém, todos menosprezavam os galileus (Mt 4.14-15). Galiléia era uma região desprezada pelos outros judeus que viviam no sul porque tinha uma população mista, em sua maioria gentílica, com poucos judeus, por isso o termo Galiléia dos gentios. O termo "dos gentios" em grego é "Ethnos"; dá idéia de povos não judeus, pagãos, desconhecedores de Deus. Ali Jesus cumpriu a profecia de Isaías 9:1-2 onde diz:

Contudo, não haverá mais escuridão para os que estavam aflitos. No passado ele humilhou a terra de Zebulom e de Naftali, mas no futuro honrará a Galiléia dos gentios, o caminho do mar, junto ao Jordão. O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz. No original em hebraico que foi escrito o Antigo Testamento, a palavra "escuridão" é "muaph", dá idéia de penumbra, tristeza, melancolia negra. Essa penumbra é o descaso ou ignorância sobre Deus; mas ali brilhou a Luz de Cristo.

Esse tipo de atitude é característico da raça humana. Algumas regiões costumam menosprezar outras regiões dizendo que ficam “no lado ruim da cidade”. Embora Natanael não fosse de Jerusalém, mas de Caná da Galiléia (Jo 21.2), SENTIA-SE no direito de menosprezar um lugar como Nazaré, localizada em uma região da Galiléia considerada ainda mais atrasada e com uma população de 600 pessoas.

Natanael não podia acreditar que alguém de um lugar como Nazaré tivesse as respostas para os grandes questionamentos do nosso tempo. “ESTÁ ME DIZENDO QUE ELE TEM AS RESPOSTAS E É DE NAZARÉ? HUM, ACHO IMPOSSÍVEL”.

Hoje em dia, muitos veem o cristianismo como Natanael via Nazaré. O cristianismo era de Nazaré na época e continua sendo hoje. As pessoas adorava desdenhar do cristianismo  e suas afirmações acerca de quem é Cristo, do que ele tem feito e do que pode fazer em seu favor.  Gente que se diz importante diz: “Ah, o cristianismo. Sei bem como é. Fui criado dentro dele, percebi muito cedo  que não era para mim e já tenho minha opinião formada”. Portanto, Jesus continua sendo de Nazaré.

Felipe diz: Vem e vê! O que diferencia o cristianismo das demais religiões e formas de pensamento é: todas as outras religiões dizem que, se quiser encontrar Deus, se quiser se aperfeiçoar, se quiser ter uma consciência mais elevada, se quiser conectar-se com o divino, não importa como ele seja definido, você tem DE FAZER ALGUMA COISA. Tem de reunir suas forças, seguir as regras, libertar a mente para então enchê-la e tem de ficar acima da média.  ENQUANTO O CRISTIANISMO diz: “Não, Jesus veio FAZER em seu lugar o que você não podia fazer por si próprio”.


Note que Natanael ainda assim acompanhou Filipe  ao encontro com Jesus. Por quê? Como muitos jovens judeus da sua geração, ele lutava como fato de que os judeus se encontravam sob o jugo de Roma e não tinham ideia do que Deus estava fazendo. Deveriam sair à procura de um messias? Qual seria seu futuro? Não devia andar muito feliz com o próprio entendimento das coisas nem, possivelmente, com sua condição espiritual. Por isso pensou: “Talvez eu devesse procurar em Nazaré, por incrível que pareça”.

2)    Jesus conversa com Natanael.

Jesus refere-se a ele como um israelita “em que não há fingimento” (v.47). Jesus não está dizendo que Natanael é um israelita, “verdadeiro” (alêthôs) ou não, mas que Natanael é um certo tipo de israelita, um israelita em quem não há falsidade, nenhum engano (dolos).

O elogio de Jesus ganha profundidade à luz da explicita referencia à história de Jacó nos versículos seguintes: “Seu irmão (Isaque informa Esaú) chegou astutamente – com engano, dolos – e recebeu a benção que pertencia a você”. Ao que Esaú responde: “Não é com razão que seu nome é Jacó? Já é a segunda vez que ele me engana” (Gn 27.35-36). Mas Jacó veio a ser chamado Israel, após ter uma visão de Deus que transformou seu caráter (Gn 28.10; 32.24-30). NATANAEL, portanto, era israelita sem falsidade, um “Israel” e não um “Jacó”.

Natanael se surpreende com a percepção de Jesus e pergunta: “Como me conheces tão bem?”. Ao que Jesus replica, como quem não quer nada: “... eu teu vi, quando estavas debaixo da figueira” (v.48). Afinal, o que Natanael fazia debaixo da figueira? Ninguém sabe. Só importa que ele não conseguia acreditar que Jesus soubesse desse fato. Era algo muito pessoal, por isso tão importante, tão impressionante que Jesus soubesse disso e ainda o apoiasse. Portanto, Natanael responde: “Tú és o rei de Israel! Tú és o Messias!”.

Conclusão:


 Jesus disse a Natanael? Voce crê por causa disso? Vou lhe dizer a verdade, você verá anjos de Deus subindo e descendo sobre o filho do homem”.  Jesus está se referindo a experiencia de Jacó no Antigo Testamento quando este adormece e vê uma escada entre a terra e o céu, com anjos subindo e descendo por ela (Gn 28.12). Os anjos são um sinal da presença majestosa de Deus.  Jesus, estava dizendo, que através dele, o ser humano tem acesso a Deus, o véu do templo foi rasgado de alto a baixo. E podemos chamar Deus de “Aba Pai”.