terça-feira, 26 de setembro de 2017

Ó GÁLATAS INSENSATOS! Gl 3.1-5  

  

Introdução: Insensato “aquele que não está em seu juízo, cujos atos são contrários ao bom senso, à justa medida, insano, doido, delirante”

Paulo chama os gálatas de insensatos por causa da tolice que de fato estavam cometendo ao trocar Cristo por Moisés. Eles estavam trocando a graça pela lei; a fé, pelas obras! É UMA GRANDE INSENSATEZ trocar o verdadeiro caminho da salvação, que aceita o pecador, o perdoa e o livra de suas culpas, por outro caminho em que você é obrigado a observar regras e normas e no qual a salvação por fim, dependerá de seu esforço e mérito. 

“Quem vos seduziu?”, pergunta o apóstolo espantado. O verbo traduzido no português por “seduzir” significa, no grego, literalmente “enfeitiçar alguém”. E isso era mais ou menos o que havia acontecido nas igrejas da Galácia. Paulo estava chamando os falsos mestres de feiticeiros. E como um feiticeiro trabalha? Eles iludem as pessoas com artes mágicas; faz que as coisas pareçam ser o que não são de fato. Eles fazem que as coisas se apresentem de uma maneira  que não são e, desse modo iludem as pessoas, seduzindo-as com suas habilidades. NÃO É A TOA QUE PAULO CHAMA AQUELES MISSIONÁRIOS JUDEUS DE FEITICEIROS! 



1)    Um retrato nítido de Cristo
Nos versículos 1-3, Paulo lembra aos cristãos da Gálacia  como foi que eles se entregaram a Cristo, provenientes do paganismo. Em essência, Jesus Cristo é retratado “como crucificado” (v.1). Havia uma mensagem a transmitir: “JESUS CRISTO (...) CRUCIFICADO” (1 Co 2.1-5). E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. E a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”.


Portanto, a essência da mensagem não é como viver, mas o que Jesus fez na cruz por nós. O evangelho é a proclamação do que foi feito em nosso favor mais do que uma orientação do que devemos fazer. Jesus foi “exposto”. O grego traduz “claramente retratado”, “detalhadamente”, “vividamente”. Aqui, Paulo “pintava um quadro” de Jesus, proporcionando aos ouvintes visão de um “retrato em movimento” do que Cristo fez (1 Ts 1.5) “Porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós”. UM CRISTÃO NÃO É ALGUÉM QUE SABE SOBRE JESUS, MAS ALGUÉM QUE O “VIU” NA CRUZ.

Os gálatas, portanto, tiveram fé no que ouviram (Gl 3.2). Paulo compara (vs. 2,3) “fé” com “obras da lei”, “começar pelo Espírito” com aperfeiçoamento pela carne. A palavra que Paulo usa para “aperfeiçoando pela carne” (v.3), é epi-teleo, “acabamento”. A palavra descreve o curso natural da nossa vida. Ele (os gálatas) estavam confiando em seus esforços para alcançar o aperfeiçoamento. No entanto, Paulo diz que ter fé no evangelho (“que ouviste”) significa abandonar por completo essa abordagem, ou seja, paramos de realizar as “obras da lei” (v.2) ou de nos aperfeiçoar “pela carne”.

O resultado de crer no evangelho do Cristo retratado em cores vividas foi que os gálatas “receberam o Espírito”. Por isso Jesus pode dizer que nos é dado o novo nascimento através do Espírito (Jo 3.5-6)  Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”.

2)    Carne - sarki
“Tendo começado pelo Espírito, estais agora vos aperfeiçoando pela carne?”. A palavra grega utilizada é SARKI traduzido como “carne” mesmo. “Voces estão tentando alcançar seu objetivo pela carne?”. Então, “estar na carne” significa deixar de se lembrar do evangelho, ou de nele crer. As pessoas que tentam ser santas por esforço próprio querem obter santidade e outras virtudes apenas pela força de vontade, por meio das decisões que tomam, pela quantidade de tempo que oram, etc. Criam dessa forma um sistema de aperfeiçoamento baseado em regras e obras; o qual acaba por aprisiona-las, porque elas passam a confiar na própria carne, em vez de depender completa e inteiramente da graça e da misericórdia de Deus, do Cristo que vive em nós (Gl 2.20).  


Outrossim, “Será que sofreste tanto por nada? Se é que isso foi por nada!” Os gálatas haviam sofrido perseguição ao crer no evangelho, o que era muito comum na época. Quando alguém cria em Jesus e se tornava cristão, imediatamente passava a ser perseguido. Agora, Paulo estava lhes perguntando onde estavam a firmeza, a determinação e a perseverança que tinham demonstrado no inicio da fé cristã? Será que tudo aquilo fora em vão?

3)    Milagres.
No versículo 5, Paulo é ainda mais incisivo. Recorre ao tempo presente e diz que, neste exato momento, as obras do Espírito, inclusive os milagres, são realizados pela fé e pelo abandono da observância das “obras da lei”. Cristo agiu (Atos 14.8-10) e continua agindo de modo impressionante; muitos sinais e prodígios estavam ocorrendo. É como se Paulo estivesse perguntando: “Quando alguém se converte no meio de vocês, ele recebeu o Espírito Santo, mas qual mensagem o levou a essa conversão? Que tipo de pregação produz convertidos, sinais e prodígios entre vocês? As curas estão acontecendo em nome de quem: de Moisés? As pessoas estão sendo curadas pelo poder da circuncisão? Ou tudo ocorre em nome de Jesus Cristo? Qual é o nome que converte, transforma e opera sinais e prodígios no meio de vocês?”

Conclusão: que vos seduziu?  

NÃO, NÃO. Paulo ensinou tudo errado! Vocês não são cristãos completos ainda. Para que sejam cristãos de fato e possam entrar no reino de Deus, é preciso ir além de somente crer em Jesus. Voces precisam ser circuncidar, deixar de comer carne de porco e sangue, tem que guardar o sábado, guardar os dez mandamentos, ou seja, parar de viver dessa maneira que vocês vivem. Voces tem que se tornar judeus, porque Jesus era judeu.

Os falsos mestres apresentavam sua mensagem falsa revestidos de uma capa de verdade, com uma aparência de autoridade, santidade e misticismo que fascinou as pessoas. Infelizmente, multidões vão atrás desses falsos mestres, que, no fim, querem apenas o dinheiro, a atenção e a devoção do povo. 

sábado, 23 de setembro de 2017

a Visão totalmente deturpada que a esquerda tem da FAMÍLIA tradicional. 


 Gays, trans, putas, putos, gente pró-aborto, gente pró-relacionamento aberto, mães solteiras, casais homossexuais que querem adotar e amar uma criança, o que a vida dessas pessoas tem a ver com a sua?
 Sei que, ao rebater a coluna de Tati Bernardi na Folha hoje, a primeira pergunta do meu leitor será: quem? Mas não importa. Mais importante é o que foi dito, pois ela não está isolada. Ao contrário: acho que representa muito bem a média “progressista”, a turminha “descolada” que diz defender as “minorias” e a tolerância, enquanto destila profundo ódio aos conservadores.
Tati Bernardi tem uma visão realmente tosca do que vem a ser uma típica família. Não sei se Freud explica, se é pura projeção, se ela foi vítima de alguma família tão disfuncional assim, como retrata a dos outros. Mas é triste ver o que a esquerda pensa sobre a direita. Mostra seu enorme grau de alienação, a distância que ficou da gente comum, ao se fechar nessa bolha “progressista”. Eis o grupo que ela pretende defender contra a intromissão desses “medíocres hipócritas”: 
Gays, trans, putas, putos, gente pró-aborto, gente pró-relacionamento aberto, mães solteiras, casais homossexuais que querem adotar e amar uma criança, o que a vida dessas pessoas tem a ver com a sua? Por que você ocupa seu tempo fiscalizando o que os outros, muitas vezes desconhecidos, fazem de seus orifícios, úteros, corações e ideais? Que obsessão é essa pelas andanças do ânus, do pênis e da vagina do vizinho? A sua vida sexual só pode andar muito sem graça ou, o mais provável: torrencialmente reprimida.
É tanta inversão que cansa só de começar a rebater. Em primeiro lugar, a mistura é bem infeliz, pois ao colocar aborto na lista, a moça esquece que trucidar um feto humano no ventre da mãe envolve uma outra pessoa, um ser humano em formação. O que a mulher faz com seu útero, portanto, quando há outra vida lá dentro é certamente do interesse da sociedade civilizada. O que isso tem a ver com um adulto que resolve fazer sexo consentido com outro adulto entre quatro paredes não fica claro. Mas a agenda “progressista” é assim mesmo: um pacote completo. E um pacote bem incoerente.
Além disso, não são os conservadores que ficam “fiscalizando” os outros, e sim os outros, em especial os movimentos políticos desses outros, que ficam tentando subverter todos os valores morais da sociedade. Quem faz novela para adolescentes enaltecendo transgênero como se fosse a coisa mais banal do mundo querer mutilar o próprio corpo pois “nasceu no corpo errado”? Quem faz mostra “cultural” com pedofilia e zoofilia para crianças? Quem quer suprimir até os termos pai e mãe de documentos oficiais para não “ofender” aqueles que têm “famílias” diferentes? Quem quer enfiar “kit gay” goela abaixo dos alunos nas escolas? E por aí vai.
Os conservadores – e qualquer pessoa razoável, diga-se – estão simplesmente reagindo a tudo isso, a essa pauta depravada, a essa militância chata, histérica, afetada, politicamente correta. Mas a “engraçadinha” continua:
Daí vem você com seu argumento furado: “pela família”. Você só quer proteger essa instituição espetacular e secular! Ó grande controlador do universo e dos desejos alheios! Que missão grandiosa que vossa senhoria (que não consegue nem pagar um puff à vista) acabou pegando pra si: nos salvar da extinção! Quem diria que tu, com esse dentinho podre, era Deus?
Você luta bravamente pelo sagrado! Ofende, ultraja, marginaliza, machuca… em nome da família! Formada, na sua cabeça limitada, por um pai autoritário, uma mãe submissa e filhos que aprenderam dentro de casa a fazer bullying (sempre pautados pelo bem e pela religião) contra qualquer colega que tenha orientações sexuais (ou políticas) diferenciadas.
Eis aí a visão patética que essa gente tem da família. O conservador “ofende”, “ultraja”, “marginaliza” e “machuca” as minorias (onde?), segundo Tati. Não são as feministas radicais que ofendem os religiosos quando enfiam crucifixos no ânus em praça pública, claro, ou quando esfregam as tetas na cara de padres. Isso é “protesto legítimo”, naturalmente. A ofensa vem de quem quer simplesmente resguardar as crianças da libertinagem imposta pela galera engajada, ou de quem luta pelo simples direito de dizer que prefere ter um filho heterossexual, o que hoje já é considerado absurdo e crime pela ótica maluca desse pessoal, para quem todos tinham que ser indiferentes quanto à questão ou até mesmo achar lindo e fofo um filhinho que aos 3 anos prefere boneca e depois, aos 10, balé. Que horror constatar que acharia melhor se ele gostasse mais de futebol!
A família tradicional, para Tati e demais “progressistas”, é formada por um pai autoritário, uma mãe submissa, um tio pedófilo (mas pensei que fosse a esquerda que tratasse a pedofilia de forma banal), filhos idiotas que fazem bullying com minorias, pois aprenderam com os pais religiosos, um primo “machistão vagabundo que só come, dorme e defeca porque a esposa trabalha feito condenada” etc. Repito: seria projeção freudiana? Que tipo de família Tati teve para ter essa impressão tão terrível da típica família tradicional? Mas ela conclui que só esses “reprimidos” condenam a agenda LGBTXYZ:
Por que você, entediado com sua vidinha medíocre, tão desesperado pra sair dando porrada e ensinando o que é certo, perdoa pedófilos, agressores, parasitas da energia alheia, mas não entende aquele menino batalhador, andando na Paulista, que na sua mente perturbada cometeu apenas um crime: não andar feito macho! O que é um macho? Você se considera um? Ficar pensando em enlaces homoafetivos antes de dormir faz de você um baita machão? Hmmmmm, dez entre dez bons psicanalistas (que acreditam mais na curra gay do que na cura gay) desconfiariam disso.
Dez entre cada dez psicanalistas que ela considera bons hoje em dia são esquerdinhas até o último fio de cabelo, que abraçaram o relativismo moral exacerbado como sua religião, uma seita pervertida que pretende perverter o mundo à sua própria imagem. Gente com famílias disfuncionais que quer destruir a família tradicional, em vez de entender que o problema talvez estivesse com a sua família doida. São esses que recebem pacientes no divã atualmente. Eleitores do PSOL. Defensores de Maduro. A turma que chama tudo que não é socialismo de fascismo, que basta ser do PSDB para ser “ultraconservador”, e que encara a direita como um bando de reprimidos hipócritas que quer sair por aí batendo em gays.
Depois Trump vence a eleição, ou quem sabe Bolsonaro no Brasil, e esse pessoal fica perplexo, horrorizado com o “povo”, aquele que diz representar e defender. Não seria o caso de ir efetivamente conhecer o povo antes de falar tanta besteira no jornal?
Por Rodrigo Constantino
Fonte: Gazeta do Povo

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Uzias – O segredo e o Perigo do Sucesso. 2 Cr 26


Introdução:  O orgulho é a galinha sob o qual todos os outros pecados são chocados. C. S. Lewis

O orgulho é o pior pecado que existe. Leva a um senso de autossuficiência; de pensarmos que somos insubstituíveis e invulneráveis. Ele tem levado muitos homens ao fracasso, da riqueza à pobreza e da honra a densonra.

1)    Uzias – um homem bem sucedido.

“Todo povo de Judá tomou Uzias, que era de dezesseis anos, e o constituiu rei em lugar de Amazias, seu pai” (v.1). Seu nome é “O Senhor é a minha força”. E reinou em Judá por 52 anos, de 790 à 739 a.C.

Uzias venceu importantes batalhas contra os filisteus, árabes e amonitas (vv.6-8). Ele conquistou a terra de Elate, o que permitiu a Judá ter acesso aos mar Vermelho, e intensificar o comercio externo.

Uzias construiu torres em Jerusalém (v.9). Reforçando a segurança e a proteção da cidade. Ele também prosperou na área da pecuária com um grande rebanho de gado (v.10). Ele também desenvolveu a agricultura (v.10).

Uzias montou um exercito poderoso com mais de trezentos mil homens (vv. 11-13). Ele montou uma poderosa indústria bélica que fabricava armas para o seu exército (vv. 14-15).

2)    O segredo de Uzias.
Primeiro, Uzias agiu corretamente perante Deus: “E fez o que era reto aos olhos do Senhor; conforme a tudo o que fizera Amazias seu pai”. 2 Crônicas 26:4

Segundo, Uzias buscou a direção de Deus para a sua vida e governo (v.5).  Porque deu-se a buscar a Deus nos dias de Zacarias 2 Crônicas 26:5

Resultados da busca:
1)    Deus o fez prosperar: nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar (v.5);

2)     Deus o ajudou a vencer os seus inimigos: Deus o ajudou a vencer os filisteus, e contra os arábios que habitavam em Gur-Baal, e contra os meunitas;

3)    Deus o fez extremamente forte: porque se tinha tornado em extremo forte (v.8);

4)    Deus o ajudou de forma maravilhosa: porque foi maravilhosamente ajudado, até que se tornou forte (v.15).

3)    Uzias e o orgulho. 


Ele foi abençoado: Mas, havendo-se fortificado, Uzias estava no auge do sucesso e muito abençoado por Deus. E abundancia de benção o levou a se esquecer de Deus (Dt 8.11-14).

Ele foi tomado pela soberba: exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína. A soberba brota, floresce e frutifica no coração. “A soberba prece a ruína, e a altivez do espírito, a queda” (Pv 16.18). O orgulho transformou anjos em demônios.

Ele pecou contra o Senhor: e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso. O sumo sacerdote Azaria liderou uma resistência ao Rei Uzias (v. 17,18). A expressão “a ti não compete” significa “isto não é para você ou não é da sua competência”. Ele persistiu e irou-se negando-se a recuar (v.19). Deus puniu Uzias colocando lepra na sua testa, enquanto ele ainda estava com o incensário na sua mão.

Razões para não pecar: Porque um pequeno pecado leva a mais pecados; 
Porque o meu pecado evoca a disciplina de Deus; 
Porque o meu tempo gasto no pecado é desperdiçado para sempre; 
Porque o meu pecado nunca agrada a Deus, pelo contrário, sempre O entristece; Porque o meu pecado coloca um fardo imenso sobre os meus líderes espirituais; Porque, no devido tempo, o meu pecado produz tristeza em meu coração;
Porque estou fazendo o que não devo fazer; 
Porque o meu pecado sempre me torna menor do que eu poderia ser; 
Porque os outros, incluindo a minha família, sofrem consequências por causa do meu pecado.

Conclusão:
O segredo de uma vida bem-sucedida é buscar ao Senhor.

Um bom começo de vida abençoada pelo Senhor não é garantia alguma de um final feliz.

Deus abomina o coração orgulhoso e resiste a todos os soberbos.


Bibliografia: Gente que Deus usa - Editora Z3


terça-feira, 19 de setembro de 2017

Justificação pela fé ou pelas obras da lei? Gl 2.15-20



Introdução: A palavra justificação aparece pela primeira vez em Gálatas. O verbo aparece três vezes no capítulo 16: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada”. E uma vez no versículo 17, enquanto que o substantivo “justificação” ou “justiça” aparece no versículo 21. 

O que é JUSTIFICAÇÃO? É a boa nova de que homens e mulheres pecadores podem ser aceitos por Deus, não por causa de suas obras, mas através de um simples ato de confiança em Jesus Cristo. Ou, quando alguém se arrepende de seus pecados, após reconhecer que é pecado, quando crê que Jesus Cristo morreu na cruz e derramou seu sangue precioso como pagamento pelos seus pecados; quando pela fé se apropria do sacrifício de Cristo, a obra consumada na cruz do Calvário lhe é imputada mediante a fé, ele tem os pecados perdoados e é aceito por Deus mediante Jesus Cristo.

“Esta é a verdade do evangelho. É também o artigo principal de toda a doutrina cristã, em que consiste o conhecimento de toda piedade”. Lutero se refere a justificação como o “principal”,  “o mais importante”, pois é a doutrina “que certamente transforma as pessoas em cristãos”. Ele acrescenta: “se o artigo da justificação for alguma vez perdido, então toda a verdadeira doutrina ficará perdida”. 



Justificação é exatamente o oposto de “condenação”. “Condenar” é declarar uma pessoa culpada; “justificar” é declará-la sem culpa; inocente ou justa. Sendo assim, a questão mais urgente que enfrentamos é a mesma que Bildade, o suíta, apresentou séculos atrás: “Como, pois, seria justo o homem perante Deus?” (Jó 25.4; Salmo 51.5). Ou, como Paulo o colocou: “Como pode um pecador condenado se justificado?”.

1)    A JUSTIFICAÇÃO PELAS OBRAS DA LEI.
Por “lei” entende-se a soma total dos mandamentos de Deus, e por “obras da lei” os atos praticados em obediência a ela. Ou seja, é preciso amar e servir ao Deus vivo, e não ter outros deuses. É preciso reverenciar o seu nome, não fazer imagens de escultura. É preciso guardar o seu dia, honrar os pais; é preciso evitar o adultério, o homicídio e o roubo. Nunca devemos dar falso testemunho, nem cobiças coisas do próximo. Além disso, é preciso levar a religião a sério; é preciso jejuar, orar e dar esmolas. E, se fizer tudo isso, sem falhar em nada, ter-se-á alcançado o sucesso e a aceitação de Deus sendo então justificado “pelas obras da lei”. 



“Todas as outras religiões dizem que, se quiser encontrar Deus, se quiser se aperfeiçoar, se quiser ter uma consciência mais elevada, se quiser conectar-se com o divino, não importa como ele seja definido, você tem DE FAZER ALGUMA COISA. Tem de reunir suas forças, seguir as regras, libertar a mente para então enchê-la e tem de ficar acima da média”.

Mas isso tudo é uma ilusão terrível. É a maior mentira do maior mentiroso do mundo, o diabo, o qual Jesus chamou de “pai da mentira” (Jo 8.44). Nunca alguém foi justificado pelas obras da lei, simplesmente porque ninguém jamais conseguiu obedecer a lei de maneira perfeita (Mt 5.21-22; 27-28).

2)    JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ.
Jesus Cristo veio ao mundo para viver e morrer (Mt 20.28). Na sua vida a sua obediência à lei foi perfeita (Mt 5.17). Na sua morte ele sofreu pela nossa desobediência. Na terra ele viveu a única vida de obediência imaculada para com a lei que já foi vivida. Na cruz ele morreu porque nós transgredimos a lei, uma vez que a penalidade para a desobediência à lei era a morte.

Assim, a “fé em Cristo” não é apenas uma convicção intelectual, MAS UM COMPROMISSO PESSOAL. “...NÓS TEMOS CRIDO EM CRISTO JESUS” (v.16). É um ato de entrega, não apenas de aceitação do fato de Jesus ter vivido e morrido, mas de correr a ele em busca de refúgio e de clamar a ele por misericórdia. Aqui, temos algumas princípios. 



Primeiro, a declaração é geral (v.16 a). Sabemos “que o homem não é justificado por obras da lei, e, sim, mediante a fé em Cristo Jesus”. Ou seja, qualquer homem, qualquer mulher, ou seja, não há distinção, todos tem acesso ao evangelho (Gl 3.28).

Segundo, é uma declaração pessoal (16 b) “...temos também crido em Cristo Jesus, para que fossemos justificados pela fé em Cristo...”. Ou seja, nossa certeza acerca do evangelho é mais do que intelectual; nós o testamos pessoalmente em nossa própria experiência; nós o provamos.

Terceiro, a declaração é universal (v. 16 c): “pois por obras da lei ninguém será justificado”. Refere-se a “toda a carne”, a humanidade sem exceção. Seja qual for a nossa educação religiosa, antecedentes educacionais, status social ou origem racial, o caminho da salvação é o mesmo. NINGUÉM PODE SER JUSTIFICADO POR OBRAS DA LEI; TODA A CARNE TEM DE SER JUSTIFICADA ATRAVÉS DA FÉ EM CRISTO.

3)    Os judaizantes criticam a justificação pela fé (vs. 17-20).
“A sua doutrina da justificação pela fé em Cristo somente, à parte das obras da lei, é uma doutrina altamente perigosa. Ao afirmar que ele pode ser aceito confiando em Cristo, sem qualquer necessidade de boas obras, você o está encorajando a transgredir a lei; que é a vil heresia do antinomianismo (Anti – Contra e nomos, lei; não há leis morais). A primeira resposta de Paulo aos seus críticos é uma negativa fortemente indignada (v.17), ou seja, “se depois da minha justificação continuo pecando, a falta é minha e não de Cristo. Eu sou o único culpado; ninguém pode culpar a Cristo”. 



E, continua, “nossa justificação acontece quando somos ligados a Cristo pela fé. E uma pessoa que foi unida a Cristo nunca mais será a mesma pessoa. Ela é transformada. Não é apenas a sua posição diante de Deus que é transfomada; a pessoa que é radical e permanentemente transformada. Falar de voltar para a sua vida antiga, e de pecar à vontade, é francamente impossível. Ela se tornou uma nova criatura e começou uma nova vida.

V.19-20:  Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.

Conclusão: quatro verdades cristãs que aprendemos da justificação pela fé. 



Primeira, a maior necessidade do homem é a justificação ou aceitação de Deus. A nossa eternidade passa pela justificação.

Segundo, a justificação não é pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo Jesus. “Eu devo dar ouvidos ao Evangelho, que me ensina não o que eu devo fazer (Pois este é o trabalho da Lei), mas o que Jesus Cristo, o Filho de Deus, fez por mim; que ele sofreu e morreu a fim de me livrar do pecado e da morte” Lutero.

Terceiro, não confiar em Cristo em Jesus Cristo por causa da confiança em si mesmo é um insulto à graça de Deus e à cruz de Cristo, pois é dizer que são desnecessárias.


Quarto, confiar em Cristo, sendo assim unido a ele, é começar uma vida totalmente nova. 

terça-feira, 12 de setembro de 2017

O erro de Pedro e o nosso. Gl 2.11-16.



Introdução: Uma situação da igreja do primeiro século

Os judaizantes-missionários confrontavam os cristãos da Galácia incisivamente:

_ Vocês são cristãos?
_ Somos – respondiam os cristãos gentios. _ Cremos em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
Os missionários judeus então diziam: _ Que coisa maravilhosa! Nós também somos! E vocês já foram circuncidados?
_ Não – informavam com estranheza os recém-convertidos.
_ Como não foram?! Quem pregou o evangelho para vocês? O apostolo Paulo? Já Imaginávamos! Vocês sabiam que Paulo não pertence aos Doze? Ele veio depois. Não faz parte do grupo original dos apóstolos de Cristo. Ele não ensinou que vocês deviam ser circuncidados?
_ Não. Ele disse que pela fé estamos salvos e não precisamos de mais nada. O que devemos fazer, depois de ter sido salvos, é obedecer a Deus, perseverar na verdade, pregar o evangelho a outras pessoas e fazer parte da igreja.



_ NÃO, NÃO. Paulo ensinou tudo errado! Vocês não são cristãos completos ainda. Para que sejam cristãos de fato e possam entrar no reino de Deus, é preciso ir além de somente crer em Jesus. Voces precisam ser circuncidar, deixar de comer carne de porco e sangue, ou seja, parar de viver dessa maneira que vocês vivem. Voces tem que se tornar judeus, porque Jesus era judeu. Refutando essas idéias temos:  (Hb 9.9-10), Colossenses 2.16: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber,ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados”. E Marcos 7:14,15.

1)    Paulo e Pedro. 


   Tanto Paulo como Pedro eram cristãos, homens de Deus; ambos eram apóstolos de Jesus Cristo; ambos eram respeitados nas igrejas por sua liderança; ambos haviam  sido poderosamente usados por Deus. Na verdade o livro de Atos está virtualmente dividido no meio pelos dois, a primeira parte contando a história de Pedro e a segunda parte, a história de Paulo.

1)    A conduta de Pedro (VS. 11-13).

 Quando Pedro chegou a Antioquia, ele comia com os cristãos gentios. Na verdade, o tempo imperfeito de verbo indica que este era o seu comportamento regular. “Pedro tinha o hábito de se sentar à mesa com os gentios”.  Então, um dia, chegou a Antioquia um grupo de Jerusalém. Eram todos crentes cristãos professos, mas eram de origem judaica, escrupulosos fariseus (At 15:5) e vinham “da parte de Tiago”, sem a sua autoridade (At 15:24). E diziam, que era impróprio sentar junto para cear. Eles se apresentaram como delegados apostólicos e ensinavam: “que era incorreto que os CRENTES JUDEUS CIRCUNCIDADOS praticassem da mesma mesa com os crentes gentios INCIRCUNCIOSOS, ainda que esses últimos cressem em Jesus e fossem batizados.

Por que ele o fez? Lembremos que havia pouco tempo (At 10:9-16), Pedro recebera uma revelação direta e especial de Deus exatamente sobre esse assunto. Ele estava no terraço de uma casa em Jope, uma tarde, quando entrou em êxtase e teve uma visão de um lençol que descia do céu segurado pelos quatro cantos, contendo uma variedade de criaturas impuras (aves, vermes e repteis). Então ele ouviu uma voz que dizendo: “Levanta-te, Pedro; mata e come”. Quando ele objetou, a voz continuou dizendo: “Ao que Deus purificou não consideres comum”. A visão se repetiu três vezes, com ênfase. Pedro concluiu que devia acompanhar  os  mensageiros gentios que foram enviados da parte do Centurião Cornélio e foi à casa deste, atitude que lhe era proibida, por ser um judeu. No sermão que pregou na casa de Cornélio, ele disse: “RECONHEÇO POR VERDADE QUE DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS”. 


Será que Pedro havia se esquecido dessa revelação? “Ele veio apartar-se, temendo os da circuncisão”. “ E também os demais judeus dissimularam com ele, ao ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles” (v.13). “Pedro estava mais desejoso de agradar do que edificar, e visava mais ao que gratificaria os judeus do que ao que seria conveniente a todo o corpo de Cristo”. (Calvino). V. 13: “dissimulação” é “hipocrisia” , que significa “fazer fita”. Eles fingiram. O mesmo Pedro que negou o seu Senhor com medo de uma criada, negou-o agora com medo do partido da circuncisão. 
  
2)    A conduta de Paulo (VS. 14-16). 
   O versículo 11 diz que Paulo “resistiu” ou “enfrentou” a Pedro “face a face”.   A razão da atitude drástica de Paulo foi que Pedro “se tornara repreensível”. Ou seja, Paulo diz que Pedro não estava “andando” com o evangelho. O prefixo ORTO quer dizer ser correto; assim vamos ao ortodontista para endireitar os dentes.  Isto é, “ele estava inteiramente errado”. Além disso, Paulo repreendeu Pedro “na presença de todos” (v. 14), franca e publicamente.

 Por que ele o fez? Por que Paulo se atreveu a contradizer um companheiro  seu, apostolo de Jesus Cristo, e  isto publicamente? Sempre por causa do seu temperamento? Seria ele um exibicionista? Será que considerava Pedro como um perigoso rival? Não! Paulo “viu” que Pedro e os outros não estavam procedendo “corretamente segundo a verdade do evangelho” (v.14). A verdade do evangelho parece estar sendo comparada a um caminho reto e estreito. Em vez de se manter nele, Pedro estava se desviando. 


 Qual é, então, essa verdade do evangelho? São as boas novas de que nós, os pecadores, culpados e sob o julgamento de Deus, podemos ser perdoados e aceitos pela sua plena graça, pelo seu favor livre e imerecido, com base na morte do seu Filho e não através de quaisquer obras ou méritos nossos.  Os VS. 15 e 16 dizem: Nós (isto é, Pedro e Paulo)...sabendo, contudo, que o homem (qualquer homem, judeu ou gentio) não é justificado por obras da lei, e , sim, mediante a fé em Cristo Jesus...”

 Conclusão: o erro de Pedro e o Nosso.

Temos a mesma dificuldade de Pedro quando sentamos juntos “dessas outras pessoas” na igreja, mas não comemos com elas; não somos amigos delas. Não temos contato social com elas, nem tampouco compartilhamos nossa vida, casa e outras coisas. Preferimos relacionamentos formal e as veremos apenas em reuniões oficiais da igreja. 

Tudo isso advém de não viver em conformidade com o evangelho. Sem o evangelho, nosso coração tem de manufaturar a autoestima, comparando nossos grupos com outros grupos.

sábado, 9 de setembro de 2017

 Voltaire – e seu último dia de vida.


 O escritor e filósofo francês Voltaire, era um deísta. Ele acreditava na existência de um ser supremo vindo do raciocínio e não da revelação. Opunha-se acerbamente às crenças cristãs, e dizia que os evangelhos eram uma invenção e que Jesus não existia. Voltaire troçou de Deus dizendo que Ele é um comediante que atua para uma audiência demasiado cheia de medo para rir. Para ele, religião era um fenômeno social. No que lhe dizia respeito, o Cristianismo era um fenómeno prestes a desaparecer: “Cem anos a partir de agora, não haverá uma Bíblia na Terra, além de alguma que um curioso por antiguidades possa procurar.”  Ele se orgulhava da sua total falta de fé. Sempre que podia, criticava os seguidores de Cristo. Referindo-se aos apóstolos, ele disse: “O cristianismo foi estabelecido por doze pescadores ignorantes. Eu mostrarei ao mundo como um único filósofo francês será capaz de destruí-lo”.

Conta-se que foi convidado certa vez por Frederico o Grande, rei da Prússia. Na hora dos brindes, ele ergueu sua taça e disse, zombando: "Troco meu lugar no céu por um marco prussiano". Um silêncio constrangedor dominou o ambiente por alguns instantes, até que outro convidado à mesa do rei voltou-se para Voltaire e respondeu: "Meu senhor, na Prússia temos uma lei: quem tem algo para vender deve provar que o objeto à venda realmente lhe pertence. O senhor pode comprovar que possui um lugar no céu?"

Acredita-se que Voltaire, quando adolescente, teve um professor ateu. Talvez por esta razão, ele falou e escreveu essas coisas ofensivas a Deus e aos cristãos. A influência daquele professor o atormentou durante toda a vida e roubou-lhe a paz até na hora da morte.

Quando Voltaire se apercebeu do ataque que lhe tiraria a vida, encheu-se de remorsos. Pediu imediatamente um padre, e desejou reconciliar-se com a igreja. Os seus aduladores agnósticos apressaram-se a ir ao seu quarto, para tentarem evitar que tal acontecesse, mas apenas sentiram a ignomínia do filósofo e a sua própria. Com a sua miséria aumentada pela sua presença, Voltaire amaldiçoou-os, e exclamou em alta voz: “Ide-vos! Fostes vós que me conduzistes à minha presente condição. Que desgraçada glória esta, que produzistes para mim!”

Voltaire sentia-se tão torturado por tal agonia, que rangia os dentes numa raiva impotente contra Deus e os homens. Houve alturas em que bradava: “Ó Cristo, Ó Senhor Jesus!” E mais tarde: “Devo morrer, abandonado por Deus e pelos homens!” À medida que o fim se aproximava, o seu estado tornou-se tão horroroso que os aduladores tinham medo de se aproximar da sua cama. Mas guardavam a porta para que outros não pudessem ver quão terrível era a morte de um inimigo de Deus. Até a sua enfermeira não aguentou a horrorosa cena. Duas testemunhas da agonia de Voltaire, seu médico M. Tronchin e o marechal de Richelieu, narram que seus últimos dias foram dolorosos e cheios de desespero. Segundo Tronchin, “les fureurs d’Oreste ne donnent qu’une idée bien faible de celles de Voltaire”. Angustiado pelo remorso, alternativamente invocava e blasfemava o nome de Deus em altos gritos: “Jésus-Christ! Jésus-Christ!”. O marechal de Richelieu narrou sua agonia nas Circonstances de la vie et de la mort de Voltaire e nas Lettres Helviennes. Voltaire morreu há 236 anos, no dia 30 de maio de 1778.

Voltaire, o homem que se arrogou a capacidade de destruir o cristianismo, acabou morrendo em agonia e desespero. Paradoxalmente, vinte e cinco anos depois da sua morte, um grupo de cristãos comprou a casa onde ele viveu e instalou ali um depósito de Bíblias, que, mais tarde se tornou numa Sociedade Bíblica. E foi este o fim de vida de um homem de elevado intelecto, de excelente educação, de grande riqueza e muita honraria terrena – mas sem Deus e sem esperança de salvação.

Verdadeiras são as palavras de Paulo: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). Citando o profeta Isaías, ele ainda afirmou: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos entendidos. Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?” (1 Coríntios 1.19,20). E o apóstolo Pedro acrescenta: “Todos os seres humanos são como a erva do campo e a grandeza deles como a flor da erva. A erva seca e as flores caem. Mas a palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pedro 1.24,25).

Caro leitor, nós, seres humanos, somos passageiros e mortais. Só Deus é eterno. Porém há uma maneira de tornarmos imortais e eternos: crendo na infalível Palavra de Deus, que nos aponta Cristo como o caminho, a verdade e a vida – somente através de quem podemos nos aproximar de Deus e alcançar a vida eterna. Diz Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). E o apóstolo Pedro acrescenta: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).

Confiemos, pois, nesta Palavra e herdaremos a tão almejada vida eterna, quando nosso Senhor Jesus voltar em glória e Majestade (Jo 14:1-3).


http://averdade-emjesus.blogspot.com.br/2014/07/o-triste-fim-de-voltaire-um-homem-de.html

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Esperando a volta de Jesus – 1 Ts 4.14-18



Introdução: Sinais da volta de Jesus

Perseguição religiosa: Hoje 100 milhões de cristãos são perseguidos por causa de sua féA perseguição religiosa (13.9) tem estado presente em toda a História: os judaizantes, os romanos, a intolerância romana, os governos totalitários, o nazismo, o comunismo, o islamismo, as religiões extremistas. No século 20, tivemos o maior número de mártires da História. A real causa da perseguição é afirmada em Marcos 13.13: “Sereis odiados de todos por causa do meu nome”. Quando nos identificarmos com Jesus Cristo, o mundo passará a nos odiar como odiou a Cristo (Jo 15.20). 

O engano religioso: falsos messias, falsos profetas, falso evangelho.Vivemos hoje a explosão da falsa religião. O islamismo domina mais de um bilhão de pessoas. O catolicismo romano também tem um bilhão de seguidores. O espiritismo Kardecista e os cultos afro-brasileiros proliferam. As grandes religiões orientais: budismo, hinduísmo e xintoísmo mantêm milhões de pessoas num berço de cegueira espiritual

As guerras e rumores de guerra: 1 primeira guerra e segunda guerra e a terceira guerra mundial. Ao longo da História tem havido treze anos de guerra para cada ano de paz. Desde 1945, após a Segunda Guerra Mundial, o número de guerras tem aumentado vertiginosamente. Nos últimos cem anos já morreram mais de 200 milhões de pessoas nas guerras.

Terremotos, maremotos, Tsunami e FOMES.  O mundo está sendo sacudido por terremotos em vários lugares. Os tufões e maremotos têm sepultado cidades inteiras: Desde o ano 79 d.C., no século 1, quando a cidade de Pompéia, na Itália foi sepultada pelas cinzas do Vesúvio, o mundo está sendo sacudido por terremotos, maremotos, tufões, furacões e tempestades. Em 1755, 60 mil pessoas morreram por um terrível terremoto em Lisboa. Em 1906, um terremoto avassalador destruiu a cidade de São Francisco na Califórnia. Em 1920, a província de Kansu na China foi arrasada por um terremoto. Em 1923, Tóquio foi devastada por um terremoto. Em 1960, o Chile foi abalado por um terremoto que deixou milhares de vítimas. Em 1970, o Peru foi arrasado por um imenso terremoto.

1)     A Volta de Jesus.

“Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado...”. CLAMOR. “A  voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus” (v.16).

Pergunta: VOCE ESTÁ ESPERANDO A VOLTA DE JESUS? Hoje pode ser meu último dia na face da terra. O céu pode se rasgar e MARANATA, ora vem Senhor Jesus!
2)     Jesus predisse o seu retorno.

Em Mateus, a volta de Jesus será repentina. Portanto vigiai, porque não sabeis que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: Se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada (Mt 24.42-43). 



Ou seja, minha vinda será como um ladrão na noite. Quando você menos espera, virei. Em seguida, Jesus aplica isso a sua volta:
Por isso estai vós apercebidos, porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis” (v.44).

No evangelho de Marcos, encontramos palavras parecidas acerca da volta de Jesus:
Olha, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo. É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis quando dirá o senhor da casa; se à tarde, se à meia noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos. Vigiai. (Mc 13.33-37). 



No tempo de Jesus, as noites eram divididas em vigílias – quatro vigílias de três horas. A primeira, começa às 18:00 da tarde e terminava às 21:00;  A segunda, das 21:00 às 24:00;  A terceira, 24:00 às 3:00 e A quarta, das 3:00 às 6:00 hs. O final da terceira vigília era conhecido como o CANTAR DO GALO.

Em Lucas, encontramos palavras semelhantes sobre a vinda de Jesus: E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia. Porque virá como um laço sobre todos os que habitam na face de toda a terra. Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem. Lucas 21:34-36 


Em João, encontramos palavras de esperança para todos nós. “Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E seu eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também (Jo 14.1-3).
Em seguida, nos conforta: “Disse-vos estas coisas para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições. Mas tendes bom ânimo! Eu venci o mundo” (Jo 16.33). 


3)     Lições de Paulo sobre a volta de Jesus.
Retorne à verdade do seu passado. Retorne as coisas que você aprendeu com a sua mãe, a verdade que respigou de sua avó.
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que deste a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus (2 Tm 3.14-15).

Não se aparte das “... sagradas letras, que podem fazer-te sábio” (v.15). Toda Escritura é divinamente inspirada – Theos – Deus e Pneuma – sopro. Ela foi soprada por Deus.  E, é proveitosa para: ENSINAR, PARA REPREENDER, PARA CORRIGIR, PARA INSTRUIR NA JUSTIÇA (V.16). 



Proclame a mensagem de Cristo: “Prega a Palavra insta a tempo e fora do tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade” (2 Tm 4.2).

Conclusão: “Porque virá tempo em que não suportarão a são doutrina; mas, tendo coceira nos ouvidos, cercar-se-ão de mestres, segundo suas próprias cobiças; e se recusarão a dar ouvidos a verdade...” (v.3-4). Quanto a você, Timóteo: Seja sóbrio em todas as coisas; Sofra as aflições; Faça a obra de um evangelista e Cumpre seu ministério.