Voltaire
– e seu último dia de vida.
O
escritor e filósofo francês Voltaire, era um deísta. Ele acreditava na
existência de um ser supremo vindo do raciocínio e não da revelação. Opunha-se
acerbamente às crenças cristãs, e dizia que os evangelhos eram uma invenção e
que Jesus não existia. Voltaire troçou de Deus dizendo que Ele é um comediante
que atua para uma audiência demasiado cheia de medo para rir. Para ele,
religião era um fenômeno social. No que lhe dizia respeito, o Cristianismo era
um fenómeno prestes a desaparecer: “Cem anos a partir de agora, não haverá uma
Bíblia na Terra, além de alguma que um curioso por antiguidades possa
procurar.” Ele se orgulhava da sua total falta de fé. Sempre que
podia, criticava os seguidores de Cristo. Referindo-se aos apóstolos, ele
disse: “O cristianismo foi estabelecido por doze pescadores ignorantes. Eu
mostrarei ao mundo como um único filósofo francês será capaz de destruí-lo”.
Conta-se
que foi convidado certa vez por Frederico o Grande, rei da Prússia. Na hora dos
brindes, ele ergueu sua taça e disse, zombando: "Troco meu lugar no céu
por um marco prussiano". Um silêncio constrangedor dominou o ambiente por
alguns instantes, até que outro convidado à mesa do rei voltou-se para Voltaire
e respondeu: "Meu senhor, na Prússia temos uma lei: quem tem algo para
vender deve provar que o objeto à venda realmente lhe pertence. O senhor pode
comprovar que possui um lugar no céu?"
Acredita-se
que Voltaire, quando adolescente, teve um professor ateu. Talvez por esta
razão, ele falou e escreveu essas coisas ofensivas a Deus e aos cristãos. A
influência daquele professor o atormentou durante toda a vida e roubou-lhe a
paz até na hora da morte.
Quando
Voltaire se apercebeu do ataque que lhe tiraria a vida, encheu-se de remorsos.
Pediu imediatamente um padre, e desejou reconciliar-se com a igreja. Os seus
aduladores agnósticos apressaram-se a ir ao seu quarto, para tentarem evitar
que tal acontecesse, mas apenas sentiram a ignomínia do filósofo e a sua
própria. Com a sua miséria aumentada pela sua presença, Voltaire amaldiçoou-os,
e exclamou em alta voz: “Ide-vos! Fostes vós que me conduzistes à minha
presente condição. Que desgraçada glória esta, que produzistes para mim!”
Voltaire
sentia-se tão torturado por tal agonia, que rangia os dentes numa raiva
impotente contra Deus e os homens. Houve alturas em que bradava: “Ó Cristo, Ó
Senhor Jesus!” E mais tarde: “Devo morrer, abandonado por Deus e pelos homens!”
À medida que o fim se aproximava, o seu estado tornou-se tão horroroso que os
aduladores tinham medo de se aproximar da sua cama. Mas guardavam a porta para
que outros não pudessem ver quão terrível era a morte de um inimigo de Deus.
Até a sua enfermeira não aguentou a horrorosa cena. Duas testemunhas da agonia
de Voltaire, seu médico M. Tronchin e o marechal de Richelieu, narram que seus
últimos dias foram dolorosos e cheios de desespero. Segundo Tronchin, “les
fureurs d’Oreste ne donnent qu’une idée bien faible de celles de Voltaire”.
Angustiado pelo remorso, alternativamente invocava e blasfemava o nome de Deus
em altos gritos: “Jésus-Christ! Jésus-Christ!”. O marechal de Richelieu narrou
sua agonia nas Circonstances de la vie et de la mort de Voltaire e nas Lettres
Helviennes. Voltaire morreu há 236 anos, no dia 30 de maio de 1778.
Voltaire,
o homem que se arrogou a capacidade de destruir o cristianismo, acabou morrendo
em agonia e desespero. Paradoxalmente, vinte e cinco anos depois da sua morte,
um grupo de cristãos comprou a casa onde ele viveu e instalou ali um depósito
de Bíblias, que, mais tarde se tornou numa Sociedade Bíblica. E foi este o fim
de vida de um homem de elevado intelecto, de excelente educação, de grande
riqueza e muita honraria terrena – mas sem Deus e sem esperança de salvação.
Verdadeiras
são as palavras de Paulo: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer;
porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). Citando
o profeta Isaías, ele ainda afirmou: “Destruirei a sabedoria dos
sábios e aniquilarei a inteligência dos entendidos. Porventura, não tornou Deus
louca a sabedoria do mundo?” (1 Coríntios 1.19,20). E o apóstolo
Pedro acrescenta: “Todos os seres humanos são como a erva do campo e
a grandeza deles como a flor da erva. A erva seca e as flores caem. Mas a
palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pedro 1.24,25).
Caro
leitor, nós, seres humanos, somos passageiros e mortais. Só Deus é eterno.
Porém há uma maneira de tornarmos imortais e eternos: crendo na infalível
Palavra de Deus, que nos aponta Cristo como o caminho, a verdade e a vida –
somente através de quem podemos nos aproximar de Deus e alcançar a vida eterna.
Diz Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim” (João 14.6). E o apóstolo Pedro
acrescenta: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu
não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que
sejamos salvos” (Atos 4.12).
Confiemos,
pois, nesta Palavra e herdaremos a tão almejada vida eterna, quando nosso
Senhor Jesus voltar em glória e Majestade (Jo 14:1-3).
http://averdade-emjesus.blogspot.com.br/2014/07/o-triste-fim-de-voltaire-um-homem-de.html
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