sábado, 9 de setembro de 2017

 Voltaire – e seu último dia de vida.


 O escritor e filósofo francês Voltaire, era um deísta. Ele acreditava na existência de um ser supremo vindo do raciocínio e não da revelação. Opunha-se acerbamente às crenças cristãs, e dizia que os evangelhos eram uma invenção e que Jesus não existia. Voltaire troçou de Deus dizendo que Ele é um comediante que atua para uma audiência demasiado cheia de medo para rir. Para ele, religião era um fenômeno social. No que lhe dizia respeito, o Cristianismo era um fenómeno prestes a desaparecer: “Cem anos a partir de agora, não haverá uma Bíblia na Terra, além de alguma que um curioso por antiguidades possa procurar.”  Ele se orgulhava da sua total falta de fé. Sempre que podia, criticava os seguidores de Cristo. Referindo-se aos apóstolos, ele disse: “O cristianismo foi estabelecido por doze pescadores ignorantes. Eu mostrarei ao mundo como um único filósofo francês será capaz de destruí-lo”.

Conta-se que foi convidado certa vez por Frederico o Grande, rei da Prússia. Na hora dos brindes, ele ergueu sua taça e disse, zombando: "Troco meu lugar no céu por um marco prussiano". Um silêncio constrangedor dominou o ambiente por alguns instantes, até que outro convidado à mesa do rei voltou-se para Voltaire e respondeu: "Meu senhor, na Prússia temos uma lei: quem tem algo para vender deve provar que o objeto à venda realmente lhe pertence. O senhor pode comprovar que possui um lugar no céu?"

Acredita-se que Voltaire, quando adolescente, teve um professor ateu. Talvez por esta razão, ele falou e escreveu essas coisas ofensivas a Deus e aos cristãos. A influência daquele professor o atormentou durante toda a vida e roubou-lhe a paz até na hora da morte.

Quando Voltaire se apercebeu do ataque que lhe tiraria a vida, encheu-se de remorsos. Pediu imediatamente um padre, e desejou reconciliar-se com a igreja. Os seus aduladores agnósticos apressaram-se a ir ao seu quarto, para tentarem evitar que tal acontecesse, mas apenas sentiram a ignomínia do filósofo e a sua própria. Com a sua miséria aumentada pela sua presença, Voltaire amaldiçoou-os, e exclamou em alta voz: “Ide-vos! Fostes vós que me conduzistes à minha presente condição. Que desgraçada glória esta, que produzistes para mim!”

Voltaire sentia-se tão torturado por tal agonia, que rangia os dentes numa raiva impotente contra Deus e os homens. Houve alturas em que bradava: “Ó Cristo, Ó Senhor Jesus!” E mais tarde: “Devo morrer, abandonado por Deus e pelos homens!” À medida que o fim se aproximava, o seu estado tornou-se tão horroroso que os aduladores tinham medo de se aproximar da sua cama. Mas guardavam a porta para que outros não pudessem ver quão terrível era a morte de um inimigo de Deus. Até a sua enfermeira não aguentou a horrorosa cena. Duas testemunhas da agonia de Voltaire, seu médico M. Tronchin e o marechal de Richelieu, narram que seus últimos dias foram dolorosos e cheios de desespero. Segundo Tronchin, “les fureurs d’Oreste ne donnent qu’une idée bien faible de celles de Voltaire”. Angustiado pelo remorso, alternativamente invocava e blasfemava o nome de Deus em altos gritos: “Jésus-Christ! Jésus-Christ!”. O marechal de Richelieu narrou sua agonia nas Circonstances de la vie et de la mort de Voltaire e nas Lettres Helviennes. Voltaire morreu há 236 anos, no dia 30 de maio de 1778.

Voltaire, o homem que se arrogou a capacidade de destruir o cristianismo, acabou morrendo em agonia e desespero. Paradoxalmente, vinte e cinco anos depois da sua morte, um grupo de cristãos comprou a casa onde ele viveu e instalou ali um depósito de Bíblias, que, mais tarde se tornou numa Sociedade Bíblica. E foi este o fim de vida de um homem de elevado intelecto, de excelente educação, de grande riqueza e muita honraria terrena – mas sem Deus e sem esperança de salvação.

Verdadeiras são as palavras de Paulo: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). Citando o profeta Isaías, ele ainda afirmou: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos entendidos. Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?” (1 Coríntios 1.19,20). E o apóstolo Pedro acrescenta: “Todos os seres humanos são como a erva do campo e a grandeza deles como a flor da erva. A erva seca e as flores caem. Mas a palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pedro 1.24,25).

Caro leitor, nós, seres humanos, somos passageiros e mortais. Só Deus é eterno. Porém há uma maneira de tornarmos imortais e eternos: crendo na infalível Palavra de Deus, que nos aponta Cristo como o caminho, a verdade e a vida – somente através de quem podemos nos aproximar de Deus e alcançar a vida eterna. Diz Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). E o apóstolo Pedro acrescenta: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).

Confiemos, pois, nesta Palavra e herdaremos a tão almejada vida eterna, quando nosso Senhor Jesus voltar em glória e Majestade (Jo 14:1-3).


http://averdade-emjesus.blogspot.com.br/2014/07/o-triste-fim-de-voltaire-um-homem-de.html

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