terça-feira, 30 de abril de 2019


QUEM ESCAPA DO INFERNO – Ap. 7


Introdução:
Vimos que João foi mandado para a Ilha de Patmos “por causa da Palavra de Deus”, quando Domiciano era Imperador de Roma.

Vimos que no dia do Senhor, domingo, Jesus apareceu em sua forma glorificada, diante da visão “cai como morto a seus pés”, mas ele me disse: “Não temas, eu sou o primeiro e o último... tenho em minhas mãos as chaves da morte e do inferno”.

Vimos sete igrejas e sete mensagens. Em cada carta havia elogio, exortação e promessa (2 e 3).

Vimos, no capitulo 4, uma porta aberta no céu. E, João vê um trono – Deus assentado – todo o poder está na mão dEle. Vinte e quatro anciãos e quatro seres viventes; finaliza com hinos de adoração e louvor ao Deus criador e ao Filho.

Vimos, no capítulo 5, um livro selado e escrito por dentro e por  fora, no entanto, “não havia ninguém no céu, ninguém na terra e ninguém no inferno, que pudesse abrir o livro e desatar os selos”. Contudo, havia “o leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu. Ele pode abrir o livro e desatar os seus selos”.

Vimos, no capítulo 6, o livro sendo aberto, vários cavaleiros: branco, vermelho, preto e amarelo, um simbolismo do que vivemos nos dias atuais. No quinto selo, uma multidão vestida de branco e coroa na cabeça, desejando a vinda de Deus para julgar o mundo. E, no sexto selo, o espanto dos reis, governadores, chefes, escravos e nobres, com medo da ira do cordeiro.

1)    Quem poderá suportar?
Depois disso vi nos quatro cantos do mundo quatro anjos em pé”. Eles estavam segurando os quatro ventos da terra a fim de que nenhum vento soprasse sobre ela, nem sobre o mar, nem sobre nenhuma arvore”.

A história vai de mal a pior. A terra antes sólida, agora está traiçoeira, cheia de fissuras e fendas. Quem poderá suportar? “Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo?” (Sl 11.3). Em Ezequiel 7, lemos: “....Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra...um mal, eis que um só mal vem. Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti, eis que vem” (vs, 2,5 e 6).

Quem poderá suportar? Os anjos! Os mensageiros de Deus que transmitem suas ordens e seus conselhos. Eles suportam. Não se intimidam diante dos cavaleiros malignos nos campos da história, não se entregam diante dos lamentos vindos sob o altar, nem se confundem com a anarquia do cosmo. O mal – por mais devastador que pareça – não causa medo nem hesitação nos anjos. Eles permanecem firmes em seus lugares (7.1,11). 


Quem poderá suportar? Os cristãos!Não firam a terra. Não firam o mar. Não firam nenhuma arvore até que eu tenha selado na testa os servos do nosso Deus”.

Esses selados não se referem as doze tribos de Israel. Porque as dez tribos haviam desaparecido no cativeiro Assírio e as duas tribos do sul (Judá e Benjamim) haviam perdido sua existência nacional quando Jerusalém caiu no ano de 70 d.C. Outrossim, foram omitidas as tribos de Efraim e Dã e colocadas em seu lugar Levi e José; a ordem foi trocada e não temos nenhuma lista semelhante a está em toda Bíblia.

“...até que seja selado na testa...” O selo é inclusivo, toda pessoa, de toda tribo. Paulo fala sobre o selo: “...voces foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa que é garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus” (Ef 1.13-14). E, mais adiante corrobora: “...Ele nos ungiu, nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações” (2 Co 1.21.22). Portanto, o selo é: proteção, ninguém pode violar o que está selado; propriedade: somos de Deus, 1 Pedro 2.9: “sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido...”. E, João, vai mais além: “Filhinhos, sois de Deus, e já os tende vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1 Joao 4.4). 



“...144.000 selados”. O número 3, significa a trindade, e é multiplicado por 4, que indica a inteira criação, porque os selados virão do Norte e do Sul, do Leste e do Oeste. Então, 3 multiplicado por 4 são 12. Assim, temos a antiga dispensação (3x4)=12 patriarcas e a nova dispensação 12 apostolos. Então 12x12, dá 144. A Nova Jerusalém (a igreja) tem 12 portas, com no nome das 12 tribos  (doze portas e doze tribos) e, 12 fundamentos com o nome dos 12 apostolos (Ap. 21.9-14). Lemos que a altura do muro é de 144 côvados (21.17). E mais, em apocalipse 14:3-4, os 144.000 são puros e foram comprados com o sangue do cordeiro, então, é a igreja de universal.

2)    Uma multidão
Quem são? São pessoas, indivíduos quem vem de lugares diferentes, mas que não perdem sua individualidade. Em Cristo não temos ricos, pobres, nobres e servos, mas os que foram lavados no sangue do cordeiro. O QUE FAZEM? CANTAM...
“Salvação seja ao Nosso Deus em seu trono!
Salvação ao Cordeiro!

2.1) Quem é?
Uma multidão inumerável (7.9) “Uma multidão imensa, grande demais para ser contada. Gente de todo mundo estava ali – todas as nações e tribos, todas as raças e línguas”. Aqui vemos a promessa feita a Abraão: “Olha para os céus e conta as estrelas, se é que podes. Será assim a tua posteridade” (Gn 15.5).

Uma igreja universal (7.9). Judeus, gentios, procedentes de todas as culturas, línguas, povos e nações e de todos os tempos. Em Abraão haveriam de ser “abençoados todas as famílias da terra” (Gn 12.3). 



Uma igreja honrada e pura. Uma multidão em pé diante do cordeiro. As vestes brancas apontam para a absoluta pureza da igreja. A igreja fora liberta da condenação do pecado na justificação; do poder do pecado na santificação; agora está livre da presença do pecado na glorificação.

Uma igreja vencedora. Folhas de palmeira é um símbolo de vitória. A igreja venceu, chegou ao lar. A igreja é vitoriosa a partir da roupa, das palmas e dos gritos.

Conclusão: a identidade da igreja
De onde vem a igreja? Da grande tribulação (Mt 24.21-22). 



Nossa identidade: “...Lavam suas vestiduras no sangue de Jesus”. É o sangue de Jesus que nos purifica de todo o pecado. Ele é a nossa propiciação (Rm 3.25) e é por meio dele que temos a redenção (Ef 1.7) e paz com Deus (Cl 1.20).

Nossa missão: ADORAÇÃO – a igreja glorificada é uma igreja adoradora. Em apocalipse 14:3: “e cantavam um novo cântico diante do trono...e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra”. AUSENCIA DE SOFRIMENTO: “Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol e nem calor algum cairão sobre eles”. PRESENÇA COMPLETA DA PLENITUDE DA VIDA: o cordeiro apascentará, o cordeiro as guiará as fontes da agua viva e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima. 




terça-feira, 23 de abril de 2019


Os cavaleiros do apocalipse 6


Introdução: Dores de parto
No Evangelho segundo escreveu Mateus, temos o sermão escatológico no capitulo 24. Os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram em particular: “...Que sinal haverá para mostrar que chegou o tempo de o Senhor voltar e de tudo acabar”? (versão A Mensagem).

FALSO CRISTO: “Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu e dizendo: “Eu sou o Messias”.

GUERRAS E RUMORES E DE GUERRAS: “...olhai, não vos assusteis, porque é necessário que tudo isso aconteça, mas ainda não é o fim” (v.6).

FALTA DE ALIMENTOS E TERREMOTOS: “haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fome e tribulações. Estas coisas são os princípios das dores”.

PERSEGUIÇÃO: “Vocês serão presos e entregues para serem maltratados e serão mortos”.

MALDADE: “A maldade vai espalhar tanto, que o amor de muitos esfriará”.

O EVANGELHO SERÁ PREGADO EM TODO MUNDO. Mundo aqui, é a terra, o mundo físico.

MANIFESTAÇÃO DO ANTICRISTO E INICIO DA GRANDE TRIBULAÇÃO: “Haverá um sofrimento tão grande como nunca houve desde que Deus criou o mundo”.

DESATRES NATURAIS: “O sol ficará escuro, e a lua não brilhará mais. As estrelas cairão do céu e os poderes do espaço serão abalados”.

“ENTÃO, O SINAL DO FILHO DO HOMEM APARECERÁ NO CÉU...a grande trombeta tocará, e ele mandará os seus anjos para os quatro cantos da terra. E os anjos reunirão os escolhidos de Deus de um lado do mundo até o outro”.

1)    Os cavaleiros
“OLHEI E DIANTE DE MIM ESTAVA UM CAVALO BRANCO. SEU CAVALEIRO EMPUNHAVA UM ARCO, E FOI-LHE DADA UMA COROA; ELE CAVALGAVA COMO UM VENCEDOR DETERMINADO A VENCER”. 



A abertura do primeiro selo mostra uma sequencia de quatro cavalos. O cavalo é um animal para a guerra. “Foi você quem deu ao cavalo a coragem e o adornou com uma bela crina... impetuoso, ele bate com as patas no chão, impulsivo e determinado, e depois sai à luta. Ele ri do perigo, destemido, não tem medo da espada” (Jó 39.19-25).
O cavaleiro branco aplica-se a Cristo, em apocalipse 19, lemos: “Vi os céus abertos, e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama fiel e verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça...seus olhos eram como chamas de fogo...estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pela qual se chama é a Palavra de Deus. E no manto da sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos Senhor (vs. 11-16).

BRANCO +COROA+SAIU VENCEDOR E PARA SEMPRE. O branco em apocalipse está sempre do lado do bem. Cabelos brancos (1.14) pedrinha branca (2.17); roupas brancas (3.4-5,18); nuvem branca (14.4). Jesus é o leão da tribo de Judá que venceu (5.5). “...e foi-lhe dada uma coroa”; a palavra grega é stephanos, sempre usada em relação a Cristo ou aos santos.

“OLHEI E DIANTE DE MIM ESTAVA UM CAVALO VERMELHO. SEU CAVALEIRO SAIU PARA TIRAR A PAZ DA TERRA. POR INFLUENCIA DELE, AS PESSSOAS PISAVAM UMAS NAS OUTRAS E MATAVAM UMAS ÀS OUTRAS. ELE RECEBEU UMA ESPADA”. 



“De onde vem as guerras e contendas que há entre vocês? Não vem das paixões que guerreia dentro de vocês? Voces cobiçam coisas, e não as tem; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Voces vivem a lutar e a fazer guerras” (Tg 4.1-2). A guerra é um cavalo vermelho, SANGRENTO E CRUEL, QUE TORNA A VIDA MISERAVEL E HORRENDA. Decorre de gente faminta pelo poder, é o engano do orgulho doentio, expressão da cobiça desenfreada.

Esse cavalo tinha uma grande espada – maichara – era o cutelo sacrificador; no grego contém a idéia de matança. Onde chega Cristo, chega também a perseguição aos que são de Cristo (Mt 5.10-11) “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa”. Pense em Estevão, Paulo, Policarpo, Antipas, Perpetua, a inquisição, a matança de São Bartolomeu, em 1572; perseguições movidas pelo Nazismo; perseguições no regime soviético, em 1917; perseguição na china, no Sri Lanka, etc.

“OLHEI E DIANTE DE MIM UM CAVALO PRETO. SEU CAVALEIRO CARREGAVA UMA BALANÇA. EU OUVIA UMA MENSAGEM: UM QUILO DE TRIGO POR UM DENÁRIO, E TRES QUILOS DE CEVADA POR UM DENÁRIO, E NÃO DANIFIQUE O AZEITE E O VINHO” (V.6). 



O Denário era o salário de um dia. Com uma ração de um quilo de trigo, uma família passará fome. Normalmente ele compraria, com um denário, 12 litros pelo mesmo preço. “Não danifique o azeite e o vinho”, enquanto os luxos, o azeite  o vinho existem, em abundância.

Maria Antonieta, rainha da França, casada com Luis XVI, vivia uma vida suntuosa no Palácio de Versalhes. O povo francês padecia, muita fome, miséria, o inverno mais rigoroso da década. O povo queria pão. Quando isso chegou ao ouvido da rainha, ela desdenhou: “Não tem pão, comam brioches”.  O povo queria mesmo pão e quem não tem pão, imagine brioche!

Para alcançar o primeiro bilhão de habitantes desde o inicio dos tempos até o ano de 1850. De 1850 a 1930 ele alcançou a marca de dois bilhões. De 1930 a 1960 chegou aos três bilhões. E levou apenas de 1960 a 1975 para alcançar quatro bilhões. Hoje, já somos oito bilhões de habitantes. Ou seja, o mundo está cada vez mais populoso, e a fome aumenta mais e mais.

“OLHEI, VI UM CAVALO AMARELO. SEU CAVALEIRO CHAMAVA-SE MORTE, E O HADES O SEGUIA DE PERTO. FOI-LHES DADO PODER SOBRE UM QUARTO DA TERRA PARA MATAR PELA ESPADA, PELA FOME, POR PRAGAS E POR MEIO DE ANIMAIS SELVAGENS DA TERRA”. 


Era o ano de 1348. A Europa estava fervilhando; Londres de vinte mil habitantes passou a ter oitenta mil. Cidades cheias, feiras, comércio se expandindo. Do oriente chegavam navios carregados de especiarias. No entanto, juntos aos navios, vieram os ratos que traziam pulgas contaminadas. Uma picada em alguém “a peste negra” tomava a pessoa; bubões negros se espalhavam pelo corpo, febres altíssimas, gripe, tosse...em menos de dez dias a pessoa estava morta. Metade da populações europeia morreu com essa mortandade.

O cavaleiro sobre o cavalo amarelo represente a pestilência – epidemias e doenças mortais. A morte vem pela espada (uma espada comprida usada na guerra); pela fome; pestilência ou mortandade e animais selvagens. O Hades vem atrás da morte. A morte derruba e o hades recolhe os mortos. A morte pede o corpo, enquanto que o inferno (hades) reclama a alma do morto.

2)    O quinto selo: o clamor no céu (Ap 6:9-11).

     As almas que morreram pela fé estão no céu (6:9). As almas sobrevivem sem o corpo e são conscientes. Elas não estão dormindo, estão no céu. Essa é nossa gloriosa convicção. Morrer é estar com Cristo. É deixar o corpo e habitar com o Senhor. É entrar na posso do reino. A morte não os havia separado de Deus. 



        Jesus deixou isso claro no sermão profético (Mt 24:9-10). Muitos mártires conhecidos e desconhecidos morreram e ainda morrem por causa da sua fidelidade a Cristo e Sua Palavra.  

As almas dos fiéis pedem não vingança pessoal, mas a vindicação da glória do Deus santo. Sua pergunta não é a mesma de Jesus: “Por quê?”, mas “Até quando?”. Eles não perguntam: “Se”, mas “Até quando?”. Não é o grito de lamentação, mas o lamento pela honra de Deus.

        As almas dos fieis recebem vestes brancas, representando retidão, santidade e alegria. Estar no céu é bem-aventurança, glorificação. Os réus e condenados vestiam-se de preto. Os fieis foram condenados na terra, mas não no céu. Deus os veste de branco. Estão absolvidos, justificados, salvos.

Conclusão: O clamor sobre a terra – o juízo chegou (Ap 6:12-17). 
 O sexto selo introduz o dia do juízo. O medo, o terror, o espanto e a consternação daquele dia se descrevem sob dois simbolismos: um universo sendo sacudido e os homens completamente aterrorizados, tentando se esconder.

      O JUÍZO CHEGOU: o próprio universo está abalado (6:12-14). O sol, a lua, as estrelas, o céu, os montes, as ilhas; tudo aquilo que se considerava sólido, firme, está abalado. A antiga criação está se desintegrando (2 Pe 3:10;  Lc 21:25-27).

O JUÍZO CHEGOU: os homens está em profundo desespero (6:15-17). Há seis classes de pessoas descritas: reis, grandes, comandantes, ricos, poderosos, escravo e livre. Os homens estão buscando um lugar para se esconder. Mas para onde o homem pode fugir e se esconder de Deus? Do que estão fugindo? Eles estão fugindo do Deus irado!! 


O JUIZO DE DEUS SE APROXIMA. Mas hoje ainda é o dia aceitável. Ainda voce poder voltar para Deus e encontrar o perdão. Voce quer vir para Cristo agora mesmo? Voce está preparado para encontrar-se com Cristo?


terça-feira, 16 de abril de 2019


A entronização do Rei – Ap. 5


Introdução: no capitulo 4 vimos:
A imagem de um trono: que significa que Deus é o Senhor, Ele reina absolutamente.

Vimos vinte e quatro anciãos: uma representação da totalidade da igreja, no Antigo e Novo Testamento. Todos estão vestidos com vestiduras brancas e tem coroas na cabeça.

Vimos os quatro seres viventes: são querubins que guardam a santidade de Deus e são representações da natureza criada. Um tem cabeça de homem, de boi, de águia e leão.

Vimos que trono tinha um aspecto “semelhante ao jaspe e sardônico”. E reluzia um arco-íris parecendo uma esmeralda: um simbolismo da graça de Deus. E, do trono saiam “...relâmpagos, vozes e trovões”: um simbolismo do juízo de Deus. E, “um mar de vidro, claro como o cristal”, simbolizando nossa entrada mística ao corpo de Cristo.

1)    O livro selado
“Vi um livro selado em forma de rolo na mão direita dAquele que está assentado no trono. Estava escrito dos dois lados e selado com sete selos”.

Um cristão do primeiro século entenderia o “LIVRO” como hoje entendemos a Bíblia. Era respeitado e valorizado. O povo de Deus acredita que ele fala, que mostra quem é e o que faz. Ele não é um Deus absconditus, é um Deus revelatus.  Ou seja, Deus tem prazer em revelar sua vontade para nós. 


Setecentos anos antes, Isaias lamentara que a visão estava selada e ninguém era digno de romper o selo (Is 29.11). O rolo selado indica o plano não revelado e não cumprido de Deus. Abrir aquele rolo, desatando seus selos, significa não somente revelar o plano de Deus, mas leva-lo a cabo. O numero sete significa completude. Aliás, neste capítulo temos “sete selos” (v.1); “sete chifres” (v.6); “sete olhos” (v.6); e “os sete Espíritos de Deus” (v.6).

“Vi também um anjo poderoso, chamando em voz alta, como um trovão: “HÁ ALGUÉM QUE POSSA ABRIR O LIVRO, QUE POSSA ROMPER SEUS SELOS”. Em Apocalipse 10.1, tem uma descrição desse anjo: “E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo...e pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra”. (vs. 1 e 2).

“NÃO HAVIA NINGUÉM – NINGUÉM NO CÉU...” NEM MIGUEL, GABRIEL, SERAFINS, QUERUBINS, ANJOS, ABRAÃO, MOISÉS, ELIAS, PAULO, PEDRO, MARIA... NIGUÉM FORA ENCONTRADO DIGNO DE ABIR O LIVRO E ROMPER SEUS SELOS.

“NÃO HAVIA NINGUÉM – NINGUÉM NA TERRA...”. Nenhum homem: Faraó, Nabudonosor, Ciro, Dario, Alexandre, o grande, Antioco Epifanio, Ptolomeu, Julio Cesar, Augusto, Nero, Domiciano, Madre Teresa de Calcutá, Fransciso Xavier, Dalai Lama,  etc. Porque são como  Belsazar: “Menê, Menê, Tekel, Uparsin”, são pesados na balança e achados em falta. NINGUÉM FORA ENCONTRADO DIGNO DE ABRIR E ROMPER SEUS SETE SELOS.

“NÃO HAVIA NINGUÉM – NINGUÉM DEBAIXO DA TERRA..”. “Ninguém no mundo inferior que pudesse abrir o livro, ou ao menos olhar para ele”. NINGUÉM NO INFERNO, NEM O DIABO, NEM OS DEMONIOS, NEM OS ESPÍRITOS ATORMENTADORES, FORAM ENCONTRADOS DIGNOS DE ABIR O LIVRO E DESATAR OS SETE SELOS.

“Não há ideologias, nem partido político, nem sistema econômico que possa realizar os sonhos e as esperanças do coração humano. Sozinha a humanidade não vai a lugar nenhum. Sozinho seu destino é o caos. Há uma impossibilidade radical de que o homem seja o senhor do seu próprio destino”.

HÁ UMA GRANDE DECEPÇÃO: JOÃO DIZ, “EU CHORAVA MUITO”. Quem irá abrir o livro e desatar os sete selos? O mundo não foi criado do acaso! A história não está a deriva! Há um Senhor? Há um criador? Há alguém capaz de abrir o livro e desatar os sete selos?

1)    Digno
“Não chores. Olhe – o leão da tribo de Judá, a raiz da arvore de Davi, venceu. Ele pode abrir o livro e romper os selos”. 


Vem a ele, então, um dos anciãos e lhe diz: “Não chores”. É isso, o que Jesus disse mais de uma vez durante seus dias na carne. Ele disse à viúva de Naim quando chorava a morte de seu filho; disse a família de Jairo, diante da morte da criança “Não chores”.
POR QUE JESUS É DIGNO DE ABIR O LIVRO E DESATAR OS SETE SELOS?

a)     Pela vitória sobre a morte e sobre todos os poderes  do mal “despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl 2.15). Por causa de sua total obediência e fidelidade a Deus, é capaz de abrir o livro e desatar os sete selos.

b)    “Leão de Judá”. Esse titulo se remonta a benção final de Jacó a seus filhos, antes de sua morte. “Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, deita-se como leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha siló, e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.8,9).

c)     “Raiz de Davi”. Em Isaias 11 temos a profecia “Por que brotará um rebento do tronco de Jessé, e da suas raízes um renovo frutificará...Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (vs. 2,3, cf v.10).

d)    “Cordeiro”. Vemos as quatro criaturas formadas em circulo ao redor do trono, os vinte e quatro anciãos num circulo concêntrico mas mais amplo, e O CORDEIRO ENTRE OS DOIS CIRCULOS. Em João 1.29, João Batista chama Jesus “o cordeiro que tira o pecado do mundo”. Pedro diz que o sangue de Cristo é como o sangue de um cordeiro do sacrifício sem defeito nem mácula (1 Pe 1.19). Em Isaias 53, lemos que o servo é como um cordeiro que é levado ao matadouro (v.7).

Em todos estes casos a palavra em grego significa “cordeiro” é Amnós, enquanto que João utiliza ARNION. Porque o cordeiro ainda leva as marcas de ter sido sacrificado. É uma imagem de dor, sofrimento, humilhação e vergonha. É o sacrifício da cruz, onde o Filho de Deus fez a oferta de si mesmo em expiação pelos pecados de todos os homens. 



Mas, o cordeiro tem SETE CHIFRES E SETE OLHOS. No Antigo Testamento o chifre é um símbolo de poder, que não pode ser resistido. O cordeiro leva sobre si as marcas do sofrimento; mas ao mesmo tempo está revestido de todo poder (Mt 28.18). E, SETE OLHOS, a imagem tem sua origem em Zacarias. O profeta vê sete lâmpadas que são “os olhos do Senhor que percorrem toda a terra” (Zc 4.10). Não há lugar na terra que Deus não veja. 



Conclusão: louvor ao rei dos reis
O primeiro cântico se dirige a Cristo, o cordeiro de Deus. É cantado pelos quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos. “Cada um tinha uma harpa e uma taça... que são as orações dos santos”.

Digno! Recebe o livro, Abre os selos.
Imolado, pagando em sangue, tu compraste para Deus pessoas
De cada família e língua e cultura e raça.
Depois as fizeste sacerdotes do reino para nosso Deus.
Sacerdotes-reis, governarão a terra.

O Segundo cântico é cantado por uma multidão incontável e anjos – dez mil vezes dez mil vezes era o número deles, exaltando o cordeiro de Deus.

O cordeiro Imolado é digno!
Recebe o poder, a riqueza, a sabedoria,
A força, a honra, o poder, a benção!

O terceiro cântico é um ajuntamento de todas as criaturas, no céu e na terra e os anjos. Louvando a Deus e ao cordeiro.
Para aquele que está assentado no trono!
Para o cordeiro!
A benção, a honra, a glória, a força!
Pelos séculos após séculos após séculos.

Os quatro seres viventes disseram “amém, e os anciãos prostraram e adoraram” (v.14).


terça-feira, 9 de abril de 2019


Apocalipse 4 – adoração


A ultima palavra à igreja de  Laodicéia foi um convite à adoração: “Eis que estou a porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, então cearei com ele, e ele comigo”. O pregador apresentou o convite: “Eis que estou a porta e bato...”, e depois o apostolo conta: “...olhei e diante de mim estava uma porta aberta no céu...” (Ap. 4.1)

A primeira visão de João no dia do Senhor (1.10) mostrou a realidade completa de Cristo (Ap. 1.12-20). Essa segunda mostra toda a realidade da adoração, nossa resposta à revelação de Cristo. De novo, João Estava “no Espírito” (Ap. 4.2), como no dia em que recebeu a visão de Cristo e às mensagens às sete igrejas. Novamente, ele ouve a voz de trombeta (Ap. 1.10, 4.1) e vê o que acontece quando os cristãos adoram.

1)    O que acontece quando abrimos a porta?
Em primeiro lugar, na visão, há um trono: “estava um trono no céu...” A palavra trono aparece em quase todos os capítulos de apocalipse (exceto 9, 10,15,17 e 18). Duas vezes, refere-se a centros falsos de autoridade: o trono de satanás (Ap. 2.13) e o da besta (Ap. 16.10). O trono é um símbolo da soberania inabalável de Deus. O trono é o verdadeiro centro do universo. Esse trono não está na terra, mas no céu. 



No culto – adoração -, Deus reúne seu povo e se coloca no centro: “O Senhor reina...” (Sl 93). O que é adoração? É um encontro que visa a levar nossa vida a ser centralizada em Deus para não sermos destituídos de um ponto centralizador. SEM O CULTO – ADORAÇÃO – PASSAMOS A MANIPULAR E SER MANIPULADOS. PESSOAS QUE NÃO ADORAM SÃO LEVADAS PELA INQUIETAÇÃO EPIDÊMICA DO MUNDO, SEM DIREÇÃO FIRME OU OBJETIVO QUE AS SUSTENTE.

Em Israel, Jeremias chamou o povo para voltar ao centro. Alguns ouviram e atenderam. “Nós viremos a ti, pois tu és o Senhor, o nosso Deus. De fato, a agitação idólatra nas colinas é um engano. No Senhor, nosso Deus, está a salvação de Israel” (Jr 3.22-23) As colinas são um engano, assim como todo lugar casual ou pomposo em que as pessoas procuram um centro fácil e instantâneo.

A VIDA SE VOLTA DE REPENTE DE UMA SATISFAÇÃO PARCIAL PARA OUTRA, INTERROMPIDA APENAS POR FOSSOS DE DECEPÇÃO. O MOVIMENTO SE ALIMENTA DE ILUSÕES SUCESSIVAS DE QUE, COMPRANDO TAL ARMÁRIO, TENDO CERTO CARRO, COMENDO DETERMINADO ALIMENTO OU BEBENDO CERTA BEBIDA , A VIDA TERÁ UM CENTRO E UMA COERÊNCIA.


NOTICIA: JAPÃO 30 MIL SUICIDIOS POR ANO. Riqueza, tecnologia e… vazio na alma. Rodeados por riquezas materiais de todo tipo, os japoneses têm tido graves dificuldades em encontrar esperança no próprio futuro: perderam esperança para continuar vivendo

2)     QUANDO A IGREJA ADORA
“... Ao redor do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro...”

Os vinte e quatro anciãos representam o povo fiel de Deus, a igreja do Velho e do Novo Testamento, os filhos de Jacó e os apóstolos, na história. Esses vinte e quatro anciãos são identificados por suas roupas (brancas), incumbência (assentam-se em tronos para reinar e julgar) e posição (coroa de vencedores). 



Eles estão vestidos com roupas brancas que falam da justificação (Ap. 3.4). O numero vinte e quatro representa a IGREJA NA SUA TOTALIDADE. É uma visão não do que é, mas do que há de ser, ou seja, a igreja plena, como será na glória, adorando e louvando a Deus diante do trono, nos céus.

As coroas de ouro falam da posição de honra, autoridade e prestigio dos remidos no céu. São coroas de vitória prometidas aos que permanecem fiéis mesmo diante da morte (Ap. 3.11).

“...AO REDOR DO TRONO HAVIA QUATRO SERES VIVENTES” (Ap. 4.6). As quatro criaturas simbolizam aspectos da criação de Deus. Assim, como os vinte anciãos são todas as facetas da fé. São os mesmos seres descritos em Ezequiel 1.5-14. O leão representa a realeza e o poder, por ser um temível predador; o boi, representa força; o homem, sabedoria e conhecimento e  águia, rapidez e visão. 



Na adoração todos os sinais de vida, impulsos rumo à santidade, toques de beleza e centelhas de vitalidade e patriarcas hebreus, apóstolos cristãos, animais selvagens, gado domestico, seres humanos e pássaros altaneiros – se colocam em volta do trono que pulsa com luz e mostram o que cada criatura tem de melhor.

3)    Os elementos do culto
O trono “era de aspecto semelhante a jaspe e sardônico...”. a luz com as cores de pedras preciosas – jaspe e sardonio -, banha todos que se reúnem para o culto. A adoração é como uma pedra preciosa que revela todas as cores da luz que está em nosso interior e a nossa volta e nos deixa ofuscados.

“...reluzia um arco-íris parecendo uma esmeralda”. É o símbolo da graça e misericórdia de Deus, da sua aliança com seu povo, de que não mais destruiria a terra com água.


“...relâmpagos, vozes e trovôes...”(v.5). São de juízo e ira. Aqueles que recusaram a misericórdia terão que suportar o juízo. Quem não foi purificado pelo sangue, terá que suportar o fogo do juízo divino. “O ARCO-ÍRIS VEM ANTES DO RELÂMPAGOS E TROVÕES. A GRAÇA VEM ANTES DO JUÍZO. NA PRIMEIRA VINDA JESUS VEIO EM GRAÇA, NA SEGUNDA VIRÁ EM JUÍZO”

“... um mar de vidro, claro como cristal”. Para alcançar o trono, os adoradores precisam passar por ele, que é a pia batismal. No Templo de Salomão havia um grande mar de bronze, ou seja, uma enorme bacia para purificação, colocada na entrada do local do culto.
O batismo era (e é) a porta de entrada para adoração comunitária dos cristãos. As aguas do batismo, como as do Mar Vermelho, como as do Rio Jordão, com que tantas vezes são identificadas, são aguas pelos quais passamos, deixando para trás um estilo de vida e adotando um novo, milagrosamente vivos e purificados. 



CONCLUSÃO: DOXOLOGIA
O PRIMEIRO CÂNTICO adora a essência de Deus. Composto por três linhas, apresenta a perfeição da trindade. Todo ser se inclui em Deus. No centro, tudo é puro e poderoso, pessoal e majestoso, eterno e temporal. Os seres viventes formam um quarteto e cantam:

Santo, Santo, Santo
É Senhor Deus Todo-Poderoso
Ele é, Ele era, Ele virá.

O SEGUNDO CÂNTICO conecta nossa resposta de adoração à bondade criadora de Deus. QUEM ELE É E O QUE ELE FAZ SE RELACIONAM A COMO SOMOS FEITOS E QUEM SOMOS. OS vinte e quatro anciãos que experimentaram o prazer em Israel e na igreja de serem criados, abençoados e guiados por Deus fazem o coro:

Digno! Ò Senhor, sim!
Nosso Deus, recebe a glória!
A honra, o poder!
Tu criaste tudo.
Tudo o que existe é criado.


terça-feira, 2 de abril de 2019


Laodicéia – “Estou à porta e bato...”


Introdução: Holman Hunt, no século XIX, traduziu o versículo 20, numa famosa pintura, intitulada: “A luz do mundo”. A descrição da pintura é: “No lado esquerdo do quadro é vista essa porta da alma humana. Está bem trancada, suas grades e pregos, estão enferrujados; está ligada e  entrelaçada a seus batentes por gavinhos e trepadeiras de hera. Mostrando que tal porta nunca foi aberta. Um morcego esvoeja por ali; seu limiar com amoreiras silvestres, urtigas e mato... Cristo se aproxima dali à noite...” Ele está vestido com um manto real e usa uma coroa de espinhos; em sua mão esquerda ele segura uma lanterna, porque é a luz do mundo, enquanto que em sua mão direita está erguida para bater na porta...

1)    Laodicéia
Laodicéia era notória por sua influência e prosperidade. Localizava-se na conexão a rodovia mais importante da região. A estrada Pérgamo-Sardes cruzava-a de leste a oeste. Situada no fértil vale do Licos, formava ela um todo juntamente com Herápolis e Colossos. A agua potável tinha de ser trazida de Herápolis – que era famosa por suas aguas quentes -, e de Colossos – que era muito fria e boa para ser digerida; Herápolis distava 15 km e Colossos 10 Km e vinha por aqueduto. Mas, quando chegava em Laodicéia à agua estava morna, não boa para beber.

Laodicéia era o centro financeiro desta parte do mundo. Era, também um importante centro de produção, pelas famosas fabricas de lã preta e sofisticada. Achavam-se também, aqui, famosos centros médicos, cuja especialidade era a oftalmologia. No ano de 60 d.C., a cidade foi destruída por um terremoto e não precisou de dinheiro vindo de Roma, não! A cidade era autossuficiente.

2)    Uma carta severa
A maioria das igrejas foram elogiadas por Cristo. Éfeso: “conheço tuas obras, teu trabalho, e a tua paciência...”; Esmirna: “conheço as tuas obras, e tribulação e pobreza...”; Pérgamo: “conheço as tuas obras...reténs o meu nome, e não negaste a minha fé...”; Tiatira: “conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé...”; Sardes: “...tem algumas pessoas que não contaminaram suas vestes...”. Mas, em Laodicéia é uma carta de censura e nenhum elogio.

A igreja não fora contaminada por hereges – balaamitas, nicolaítas, jezabéis-, não há indícios de perseguição de fora por parte do estado romano, como aconteceu com Esmirna e Pérgamo. MAS O CRENTE DE LAODICÉIA não era nem frio nem quente (v.15). Faltava-lhes fervor, ao ponto de o adjetivo “laodicense” ser sinônimo de alguém que é morno, sem posição espiritual. 



QUEM DERA FOSSE FRIO OU QUENTE! “Frio” significa gelado e “quente” significa “fervente”. Ou seja, Jesus Cristo preferiria FERVENDO OU CONGELANDO, em vez DO MEIO-TERMO DA MORNIDÃO INSÍPIDA (1 Rs 18.21). Paulo disse aos cristãos romanos que fossem como o jovem Apolo, considerado por ele “fervendo em Espírito” (Rm 12.11; Atos 18.25). Portanto, devemos manter o ardor espiritual. O braseiro deve ser cutucado, alimentado e soprado até incendiar (2 Tm 1.6).

3)    O Diagnóstico de Cristo – uma sociedade opulenta
ELES DIZIAM: SOU RICO, ADQUIRI RIQUEZA E NÃO PRECISO DE COISA ALGUMA. Tão opulentos, quando o terremoto em 60 d.C., devastou toda a região, a cidade foi reconstruída em poucos dias sem apela para Roma. Os habitantes estavam orgulhosos de sua cidade como um centro bancário e mercantil. Podiam se orgulhar de sua famosa escola de medicina “cujos médicos prepararam o pó frígio para a cura dos olhos”. Sem falar, nas incontáveis fabricas e manufaturas de tecido de lã preta; a cidade ditava a moda do mundo antigo.

VOCE DIZ: ESTOU RICO, ADQUIRI RIQUEZAS E NÃO PRECISO DE NADA. NÃO RECONHECE, PORÉM, QUE É MISERÁVEL, DIGNO DE COMPAIXÃO, POBRE, CEGO E NU (V.17). MENDIGOS: apesar de seus bancos; CEGOS: apesar de seus pós frígios de sai escola de medicina; NUS: apesar de suas fabricas de tecidos. ELES DIZIAM: NÃO PRECISAMOS DE NADA!

Em Genesis 2.25, “o homem e a mulher estavam nus, mas não se envergonhavam”. Mas em Gn 3.7: “o homem e a mulher estão nus e envergonhados”. O que aconteceu? Em Genesis 3.1, a serpenta é descrita como um animal nu “a serpente é astuta”, e a palavra usada para falar da astucia é nudez. Ou seja, a primeira nudez é a nudez da pureza, e a segunda nudez é serpentizados. Não são mais a imagem e a semelhança de Deus, agora são parecidos com a serpente. E o que é ser parecidos com a serpente? É andar com a barriga no chão!

Cegos, nus e miseráveis
São mendigos porque não tem como comprar seu perdão ou passaporte para o reino de Deus. São nus porque não tem roupas adequadas para se apresentarem diante de Deus. São cegos porque não conseguem enxergar sua pobreza espiritual, nem o perigo espiritual em que se encontram. CONHEÇO AS SUAS OBRAS, DIZ ELES, E ACRESCENTE: (VOCE) não me reconhece (vs. 15-17).

Um crente morno é a pior publicidade para o Cristianismo. Essa pessoa morna atrapalha o que é frio; não deixa que este se inflame pelo evangelho de Jesus Cristo.
Quando o ímpio vê um cristão morno, pensa: “Por que preciso ser salvo? Se isto é ser crente, não preciso de cristianismo. Ele não diferente de mim. Por isto diz Jesus: “Ouçam, eu preferiria que fossem frios a mornos, pois vocês tem levado outros a viverem do mesmo modo”. 



4)    O conselho de Cristo
Antes, nos adverte: “Assim, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca” (v.16). Somos lembrados da expressão da atitude de Deus para com Israel no deserto, contida no Salmo 95: “Durante quarenta anos estive desgostado com essa geração” (v.10). A palavra hebraica corresponde a aversão e desgosto, e indica forte reação moral à hipocrisia humana e ao pecado.

“ESTAS SÃO AS PALAVRAS DO AMÉM, A TESTEMUNHA FIEL E VERDADEIRA, O SOBERANO DA CRIAÇÃO DE DEUS” (v.14). Ele é o AMÉM. O amém é: “CERTAMENTE”, “VERDADEIRAMENTE”. Seu ministério cumpre todas as promessas de Deus, “pois quantas forem as promessas feitas por Deus, tantas tem em Cristo o SIM” (2 Co 1.20). Ainda mais, ELE É A TESTEMUNHA FIEL E VERDADEIRA. SUAS PALAVRAS SÃO VERDADEIRAS, VERAZES!

QUAL É O CONSELHO? EU O ACONSELHO A COMPRAR DE MIM... MAS POR QUE COMPRAR DELE?
Cristo se compara a um mercador que visita a cidade para vender suas mercadorias e entra em concorrência com outros vendedores. “Todos vós os que tendes sede, vinde às aguas; e vós os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Is 55.1).

“Eu o aconselho a comprar de mim ouro refinado no fogo, para que se torne rico, e roupas brancas para vestir, para cobrir a sua vergonhosa nudez, e colírio para ungir os seus olhos, a fim de que você veja” (v.18). Aqui há notícias boas para os pedintes nus e cegos! Eles são pobres; mas Cristo tem ouro. Eles estão nus; mas Cristo tem roupas. Eles são cegos; mas Cristo tem colírio para seus olhos.

DOIS PASSOS A TOMAR:
“REPREENDO E DISCIPLINO AQUELES A QUEM AMO. POR ISSO SEJA DILIGENTE E ARREPENDA-SE”. O primeiro passo é o arrependimento. Arrepender-se é dar as costas com determinação a tudo que sabemos ser contrário à vontade de Deus.

O segundo passo é: fé. “Eis que estou a porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” (v.20). Nosso coração ou alma assemelha-se a uma morada. Ele quer tornar-se rei da nossa vida; ele quer cear conosco. “Eis a voz do meu amado, que está batendo: Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha. O meu amado meteu a mão por uma fresta, e o meu coração se comoveu por amor dele. Levantei-me para abrir ao meu amado...” (Ct 5.2-5). 


CONCLUSÃO
“Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono, assim como eu também venci e sentei-me com meu pai em seu trono” (v.21).

Um trono é símbolo de conquista e autoridade. Jesus havia prometido aos doze que “por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do homem se assentar em seu trono glorioso”, eles que o tinham seguido, “também se sentarão em doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28). ESSA PROMESSA É CONCEDIDA A TODO CRISTÃO VITORIOSO.