terça-feira, 9 de abril de 2019


Apocalipse 4 – adoração


A ultima palavra à igreja de  Laodicéia foi um convite à adoração: “Eis que estou a porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, então cearei com ele, e ele comigo”. O pregador apresentou o convite: “Eis que estou a porta e bato...”, e depois o apostolo conta: “...olhei e diante de mim estava uma porta aberta no céu...” (Ap. 4.1)

A primeira visão de João no dia do Senhor (1.10) mostrou a realidade completa de Cristo (Ap. 1.12-20). Essa segunda mostra toda a realidade da adoração, nossa resposta à revelação de Cristo. De novo, João Estava “no Espírito” (Ap. 4.2), como no dia em que recebeu a visão de Cristo e às mensagens às sete igrejas. Novamente, ele ouve a voz de trombeta (Ap. 1.10, 4.1) e vê o que acontece quando os cristãos adoram.

1)    O que acontece quando abrimos a porta?
Em primeiro lugar, na visão, há um trono: “estava um trono no céu...” A palavra trono aparece em quase todos os capítulos de apocalipse (exceto 9, 10,15,17 e 18). Duas vezes, refere-se a centros falsos de autoridade: o trono de satanás (Ap. 2.13) e o da besta (Ap. 16.10). O trono é um símbolo da soberania inabalável de Deus. O trono é o verdadeiro centro do universo. Esse trono não está na terra, mas no céu. 



No culto – adoração -, Deus reúne seu povo e se coloca no centro: “O Senhor reina...” (Sl 93). O que é adoração? É um encontro que visa a levar nossa vida a ser centralizada em Deus para não sermos destituídos de um ponto centralizador. SEM O CULTO – ADORAÇÃO – PASSAMOS A MANIPULAR E SER MANIPULADOS. PESSOAS QUE NÃO ADORAM SÃO LEVADAS PELA INQUIETAÇÃO EPIDÊMICA DO MUNDO, SEM DIREÇÃO FIRME OU OBJETIVO QUE AS SUSTENTE.

Em Israel, Jeremias chamou o povo para voltar ao centro. Alguns ouviram e atenderam. “Nós viremos a ti, pois tu és o Senhor, o nosso Deus. De fato, a agitação idólatra nas colinas é um engano. No Senhor, nosso Deus, está a salvação de Israel” (Jr 3.22-23) As colinas são um engano, assim como todo lugar casual ou pomposo em que as pessoas procuram um centro fácil e instantâneo.

A VIDA SE VOLTA DE REPENTE DE UMA SATISFAÇÃO PARCIAL PARA OUTRA, INTERROMPIDA APENAS POR FOSSOS DE DECEPÇÃO. O MOVIMENTO SE ALIMENTA DE ILUSÕES SUCESSIVAS DE QUE, COMPRANDO TAL ARMÁRIO, TENDO CERTO CARRO, COMENDO DETERMINADO ALIMENTO OU BEBENDO CERTA BEBIDA , A VIDA TERÁ UM CENTRO E UMA COERÊNCIA.


NOTICIA: JAPÃO 30 MIL SUICIDIOS POR ANO. Riqueza, tecnologia e… vazio na alma. Rodeados por riquezas materiais de todo tipo, os japoneses têm tido graves dificuldades em encontrar esperança no próprio futuro: perderam esperança para continuar vivendo

2)     QUANDO A IGREJA ADORA
“... Ao redor do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro...”

Os vinte e quatro anciãos representam o povo fiel de Deus, a igreja do Velho e do Novo Testamento, os filhos de Jacó e os apóstolos, na história. Esses vinte e quatro anciãos são identificados por suas roupas (brancas), incumbência (assentam-se em tronos para reinar e julgar) e posição (coroa de vencedores). 



Eles estão vestidos com roupas brancas que falam da justificação (Ap. 3.4). O numero vinte e quatro representa a IGREJA NA SUA TOTALIDADE. É uma visão não do que é, mas do que há de ser, ou seja, a igreja plena, como será na glória, adorando e louvando a Deus diante do trono, nos céus.

As coroas de ouro falam da posição de honra, autoridade e prestigio dos remidos no céu. São coroas de vitória prometidas aos que permanecem fiéis mesmo diante da morte (Ap. 3.11).

“...AO REDOR DO TRONO HAVIA QUATRO SERES VIVENTES” (Ap. 4.6). As quatro criaturas simbolizam aspectos da criação de Deus. Assim, como os vinte anciãos são todas as facetas da fé. São os mesmos seres descritos em Ezequiel 1.5-14. O leão representa a realeza e o poder, por ser um temível predador; o boi, representa força; o homem, sabedoria e conhecimento e  águia, rapidez e visão. 



Na adoração todos os sinais de vida, impulsos rumo à santidade, toques de beleza e centelhas de vitalidade e patriarcas hebreus, apóstolos cristãos, animais selvagens, gado domestico, seres humanos e pássaros altaneiros – se colocam em volta do trono que pulsa com luz e mostram o que cada criatura tem de melhor.

3)    Os elementos do culto
O trono “era de aspecto semelhante a jaspe e sardônico...”. a luz com as cores de pedras preciosas – jaspe e sardonio -, banha todos que se reúnem para o culto. A adoração é como uma pedra preciosa que revela todas as cores da luz que está em nosso interior e a nossa volta e nos deixa ofuscados.

“...reluzia um arco-íris parecendo uma esmeralda”. É o símbolo da graça e misericórdia de Deus, da sua aliança com seu povo, de que não mais destruiria a terra com água.


“...relâmpagos, vozes e trovôes...”(v.5). São de juízo e ira. Aqueles que recusaram a misericórdia terão que suportar o juízo. Quem não foi purificado pelo sangue, terá que suportar o fogo do juízo divino. “O ARCO-ÍRIS VEM ANTES DO RELÂMPAGOS E TROVÕES. A GRAÇA VEM ANTES DO JUÍZO. NA PRIMEIRA VINDA JESUS VEIO EM GRAÇA, NA SEGUNDA VIRÁ EM JUÍZO”

“... um mar de vidro, claro como cristal”. Para alcançar o trono, os adoradores precisam passar por ele, que é a pia batismal. No Templo de Salomão havia um grande mar de bronze, ou seja, uma enorme bacia para purificação, colocada na entrada do local do culto.
O batismo era (e é) a porta de entrada para adoração comunitária dos cristãos. As aguas do batismo, como as do Mar Vermelho, como as do Rio Jordão, com que tantas vezes são identificadas, são aguas pelos quais passamos, deixando para trás um estilo de vida e adotando um novo, milagrosamente vivos e purificados. 



CONCLUSÃO: DOXOLOGIA
O PRIMEIRO CÂNTICO adora a essência de Deus. Composto por três linhas, apresenta a perfeição da trindade. Todo ser se inclui em Deus. No centro, tudo é puro e poderoso, pessoal e majestoso, eterno e temporal. Os seres viventes formam um quarteto e cantam:

Santo, Santo, Santo
É Senhor Deus Todo-Poderoso
Ele é, Ele era, Ele virá.

O SEGUNDO CÂNTICO conecta nossa resposta de adoração à bondade criadora de Deus. QUEM ELE É E O QUE ELE FAZ SE RELACIONAM A COMO SOMOS FEITOS E QUEM SOMOS. OS vinte e quatro anciãos que experimentaram o prazer em Israel e na igreja de serem criados, abençoados e guiados por Deus fazem o coro:

Digno! Ò Senhor, sim!
Nosso Deus, recebe a glória!
A honra, o poder!
Tu criaste tudo.
Tudo o que existe é criado.


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