terça-feira, 28 de abril de 2015

A conversão de Cornélio (Atos 10).


Introdução: Conta-se que, quando Jesus retornou ao céu, após a ressurreição, um anjo lhe perguntou: “Senhor, tu completaste a tua obra na terra, morrendo na cruz e ressuscitando dentre os mortos, mas quem contará essa boa noticia ao mundo? Jesus então respondeu: “Eu deixei na terra doze homens preparados para essa tarefa”. O anjo redargüiu: “Mas, Senhor, e se eles falharem?”. Jesus prontamente respondeu: “Se eles falharem, eu não tenho outro método”.

Pedro está em Jope (Atos 9.43).

 Essa cidade, séculos antes, foi a primeira parada do profeta Jonas. Foi também em Jope que Deus constrangeu Pedro a ir à casa do italiano Cornélio para pregar-lhe o evangelho. Foi em Jope que Jonas, chamado por Deus para ir a Nínive, tomou o navio para a direção oposto, Társis (Jn 1.3). O verdadeiro nome de Pedro é Simão, filho de Jonas (Mt 16.17). Agora, esse Simão, filho de Jonas, ouve o chamado para avançar além dos limites do povo de Israel.

1)    Cornélio.
·        Era um soldado graduado (Atos 10.1). Cornélio era um centurião romano, destacado em Cesaréia, cidade edificada por Herodes o Grande, às margens do mar Mediterrâneo. Na organização militar a LEGIÃO ocupava o primeiro lugar. Tratava-se de uma força composta de 6 mil soldados. Em cada legião 10 coortes. Portanto, cada coorte tinha 600 homens e podia comparar-se a uma batalhão. A corte estava dividida em centúrias, composta por 100 soldados cada, sobre as quais mandava um centurião.

·        Era um homem generoso (Atos 10.2-3). Era um homem de coração generoso. Dava muitas esmolas ao povo, praticava obras que abençoavam as pessoas e até chegavam diante de Deus no céu (Atos 10.4). Portanto, Cornélio tinha o coração, as mãos e o bolso abertos para ajudar os necessitados.

·        Era um homem piedoso e temente a Deus (Atos 10.2). Tinha abandonado a religião ancestral dos romanos com seus muitos deuses e ídolos. Cansou-se do politeísmo e da idolatria do seu povo. Havia abraçado a fé judaica e passou acreditar em Deus. No entanto, o texto original sugere que Cornélio orava pedindo a Deus por uma revelação quanto ao verdadeiro caminho que deveria seguir, pois seu coração generoso ainda clamava pelo preenchimento do Espírito.

Ele possuía um conhecimento limitado, a ponto de se dobrar diante de Pedro e adorá-lo (Atos 10.25,26). Confundiu a criatura com o Criador  e o evangelista com o evangelho.

·        Quanto à sua vida devocional, um homem de oração (Atos 10.2,4). De contínuo orava a Deus. Suas orações subiam ao Senhor (Atos 10.4). Cornélio era um homem conhecido na terra e conhecido no céu. Foi às 15:00 de oração que o Senhor lhe enviou um anjo (Atos 10.30).

·        Era um líder exemplar (Atos 10.2). Cornélio não era um líder eficaz apenas fora de casa, mas também e, sobretudo, dentro de casa. Possuía autoridade com seus soldados e também com seus familiares. Era sacerdote do lar.  “Muitos homens tem medalhas fora dos portões, mas fracassam dentro do lar. Cornélio era um líder dentro e fora de casa. Sua vida era bela por fora e por dentro. Ele não vivia de aparências. Era um homem coerente e integro”.

2)    A conversão de Cornélio.
·        Ser religiosamente sincero não é suficiente para alguém ser salvo (Atos 10.4). Cornélio era piedoso e temente a Deus, dava esmolas ao povo, orava de continuo a Deus, era um sacerdote do lar, influenciador no seu trabalho e gozava de bom testemunho em toda a nação. Porém ainda não conhecia o evangelho e o anjo lhe ordenou que chamasse Pedro para que este lhe pregasse o evangelho da paz.

·        Aonde o evangelho da paz chega, os preconceitos caem por terra (Atos 10.34-35). Deus estava preparando o caminho do evangelho para os judeus, ao colocar Pedro na casa de Simão, o curtidor. Esse homem lidava com peles de animais. E todo individuo que tocava em um animal morto ficava impuro. Um judeu jamais aceitaria ficar na casa de um curtidor.

O evangelho quebra muralhas, despedaça grilhões, rompe tabus, quebra preconceitos e torna a igreja um único povo, um único rebanho, uma única família. Não importa a cor da sua pele, a sua tradição religiosa, o sobrenome da sua família; o evangelho se destina a todos”.

·        A evangelização é uma tarefa humana e não dos anjos (Atos 10.4-5). Um anjo do Senhor falou do céu a Cornélio e lhe deu ordens da parte de Deus, mas não lhe pregou o evangelho. Cornélio precisou enviar mensageiros ao apostolo Pedro, na cidade de Jope, a 50 Km de Cesaréia, para que viesse pregar o evangelho a ele e sua família. O método de Jesus é a igreja. Se a igreja falhar, Deus não tem outro método.

CONCLUSÃO:  a pregação de Pedro na casa de Cornélio.

O evangelho está centrado na vida e nas obras portentosas de Cristo (Atos 10.38). Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder para fazer o bem e curar todos os oprimidos do diabo.

O evangelho está centrado na morte de Cristo (Atos 10.39). A morte de Cristo é a nossa carta de alforria. Sua morte foi em nosso lugar e em nosso favor.

O evangelho está centrado na sua ressurreição (Atos 10.40,41). Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos. Ele rompeu as cadeias da morte. Abriu o tumulo de dentro para fora. Venceu o pecado, a morte e o diabo.

O evangelho está centrado no Senhorio de Cristo (Atos 10.36,42). Jesus é o Senhor de todos e o Juiz de vivos e mortos. Todos comparecerão perante ele pra prestar contas da sua vida.

O evangelho oferece remissão de pecados para todo aquele que crê (Atos 10.43). A remissão dos pecados, a salvação e a vida eterna não são alcançados pelas obras nem pela religião, mas pela fé em Cristo. Quem crê tem a vida eterna (Jo 6.47).

Aqueles que recebem o evangelho esses recebem o Espírito Santo e devem ser integrados na igreja (Atos 10.44-48). a casa de Cornélio creram e foram batizados com o Espírito Santo, e imediatamente também foram batizados com água e integrados à igreja.



domingo, 26 de abril de 2015

O vendedor de amendoins



Era uma vez um vendedor de amendoins que vivia no sul da Índia. Todos os dias ele caminhava ao longo da praia, para cima e para baixo, gritando: “Olha o amendoim! Amendoim fresquinho! Olha aí!”

O homem era miseravelmente pobre. O que ele ganhava quase não dava para alimentar a família. À noite, porém, ele se gabava diante da esposa e dos filhos: “Eu sou o presidente e o vice-presidente, o secretário e o tesoureiro de minha própria empresa!”

A pobreza imensa estava acabando com seus nervos. Um dia, ele estourou. Vendeu todos os seus amendoins, vendeu quase tudo os seus pobres pertences e resolveu atirar-se a uma aventura das grandes.

“Por um dia viverei como um ricaço!” jurou ele.

Então, foi ao barbeiro, fez a barba e cortou o cabelo segundo a última moda. Entrou numa elegante loja de roupas masculinas e comprou um terno muito caro, com camisa branca e gravata, com todos os acessórios para parecer um homem rico. Depois, hospedou-se num hotel de luxo para passar a noite. Agora só lhe restava dinheiro para pagar o maravilhoso café da manhã que serviam no hotel.

Desfrutou das acomodações noturnas em sua luxuosa suíte. Quando amanheceu, foi até o terraço panorâmico com vista para o mar, para tomar o desjejum. Embora o local estivesse repleto de turistas, ele encontrou uma mesa à parte. Tinha acabado de servir-se quando foi entrando um homem elegantemente trajado. A essa altura, não havia mais mesas disponíveis, e o recém-chegado perguntou se podia sentar-se com ele. O vendedor de amendoins, replicou: “_Claro! Por favor, sente-se!

E consigo mesmo ele estava dizendo: “Este é o meu dia de sorte! Além de viver como um homem rico, vou comer na companhia de um homem rico!”

Quando os dois começaram a conversar, o estranho perguntou: “O que você faz?” _Sou o presidente, o vice-presidente, o secretário e o tesoureiro de minha própria empresa, replicou o vendedor de amendoins. E você, o que faz?

O homem ricamente vestido parecia um tanto sonolento.

_Desculpe-me. Deveria ter-me apresentado. Pensei que, com a cobertura da imprensa, você me reconheceria. Meu nome é John D. Rockefeller. 



Embora não tivesse reconhecido a fisionomia, o vendedor de amendoins reconheceu o nome. Ele pensou: “Isto é maravilhoso! Estou comendo com o homem mais rico do mundo!”.

Depois de falar por alguns instantes, o Sr. Rockefeller disse: _ Gostei do seu estilo. Estamos abrindo uma nova companhia aqui no sul da Índia. Por que não vem trabalhar comigo? Voce será o vice-presidente de vendas da minha nova firma.

O vendedor de amendoins retrucou: _ Ora, muito obrigado. Que oferta generosa! Eu gostaria de alguns minutos para pensar a respeito. 

_ Naturalmente, respondeu o Sr. Rockefeller. Mas gostaria de receber alguma indicação de seu interesse antes de nos separarmos.

Os dois acabaram a refeição bem devargar. Quando terminaram, o vendedor de amendoins se levantou. Ele queria anunciar sua decisão com estilo. Deu um passo para trás, diante da mesa, e falou em voz alta para que muita gente o ouvisse.

_ Muito agradecido, Sr. Rockefeller, por oferecer-me a posição de vice-presidente de sua nova companhia. Devo, porém, declinar. Prefiro ser o presidente, vice-presidente, o secretário e o tesoureiro da minha própria empresa.

Deu meia-volta sobre os calcanhares e saiu.

Anos mais tarde, um idoso vendedor de amendoins percorria as mesmas praias repletas de turistas, para cima e para baixo, coaxando em uma voz entrecortada: “Amendoim! Olha o amendoim fresquinho! Olha aí!”

À noite, porém, ele se gabava diante de seus netinhos de que, havia muito tempo, um dos homens mais ricos do mundo lhe oferecera a posição de vice-presidente de uma firma gigantesca.

“REJEITEI A OFERTA”, dizia ele com orgulho, “para poder continuar a ser o presidente e o vice-presidente, o secretário e o tesoureiro da minha própria empresa”



terça-feira, 21 de abril de 2015

A conversão mais importante da história – Atos 9:1-9



Introdução.  Poema: “O cão de caça do Céu” – Francis Thompson.

“Dele fugi, noites e dias adentro; 
Dele fugi, pelos arcos dos anos;
Dele fugi, pelos caminhos dos labirintos
De minha própria mente; e no meio de lágrimas
Dele me ocultei, e sob riso incessante.
Por sobre esperanças panorâmicas corri;
E lancei-me, precipitado,  Para baixo de titânicas trevas e temores abissais,
Para longe daqueles fortes Pés que seguiam, seguiam após mim.
Mas com desapressada perseguição, E com inabalável ritmo,
Deliberada velocidade, majestade urgência,
Eles marcavam os passos – e uma Voz insistia
Mais urgente que os Pés: Todas as coisas traem a ti, que traíste a Mim”.

1)    Paulo, o perseguidor (Atos 9.1,2). 



Paulo, uma fera  selvagem. Paulo fora um perseguidor implacável. Estava determinado a banir da terra o cristianismo. Não aceitava que um  nazareno, crucificado como um criminoso, pudesse ser o Messias prometido por Deus. Paulo mesmo dá esse testemunho perante o rei Agripa (Atos 26.11); Paulo estava por trás do apedrejamento de Estevão (Atos 22.20).

A igreja de Jerusalém foi duramente perseguida (Atos 8.3), e muitos cristãos fugiram, pregando o evangelho (Atos 8.4). Alguns deles, foram para Damasco, onde havia muitas sinagogas. Paulo, ainda respirando ameaças e morte contra os  discípulos do Senhor, dispõe a ir a Damasco para trazer/prender e arrastar para Jerusalém aqueles que confessavam o nome de Jesus. Entre Jerusalém e Damasco havia por volta de 230 Km. A viagem levava quase uma semana. A expressão “...respirando ameaças e morte” (Atos 9.1) faz alusão ao arfar e ao bufar dos animais selvagens. Paulo parecia mais um animal selvagem do que um homem.

Paulo, um caçador implacável (Atos 9.2). Seu ódio, na verdade, não  era propriamente contra os cristãos, mas contra Cristo. Paulo testemunha ao rei Agripa (Atos 26.9). Escrevendo a seu filho Timóteo, Paulo confessa: a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente... (1 Tm 1.13). Seu coração estava cheio de ódio e sua mente estava envenenada por preconceitos. Em suas próprias palavras, ele estava demasiadamente enfurecido (Atos 26.11).

Ao perseguir a igreja, Paulo estava perseguindo o proprio Cristo. Por isso, ao aparecer a ele no caminho para Damasco, Jesus pergunta: ...Saulo, Saulo, por que me persegues? (Atos 9.4). Ele, então, retruca: Quem és tu, Senhor? E obtém a resposta: Eu sou Jesus, o Nazareno a quem tu persegues (Atos 9.5; Atos 9.21).

Paulo, um malfeitor impiedoso. O zelo sem entendimento pode levar um homem a fazer loucuras. Paulo atacou furiosamente os cristãos. Ananias disse ao Senhor acerca dele (Atos 9.13,14). O proprio Paulo testemunhou ao Sinédrio sua truculência contra os cristãos: Senhor... eu encerrava em prisão, e nas sinagogas, açoitava os que criam em ti (Atos 22.19).  Escrevendo aos Galátas, Paulo relata seu procedimento no judaísmo (Gl 1.13).

Paulo, um torturador desumano. O ódio de Paulo contra Cristo era tão impetuoso que ele não se satisfazia apenas em manietar e encerrar em prisões aqueles que confessavam o nome de Cristo, mas ele também os castigava por todas as sinagogas, obrigando-os a blasfemar (Atos 26.11). A única maneira de forçar uma pessoa a blasfemar seria por meio de tortura.

Paulo, um assassino truculento. Paulo perseguia, açoitava, prendia, obrigava as pessoas a blasfemar, e dava seu voto pra matar os cristãos. Ele consentiu na morte de Estevão (Atos 8.1) e testemunhou diante do rei Agripa (Atos 26.9,10).

2)    Paulo, resistindo a Jesus.

A conversão de Paulo não se deu repentinamente. Foi um longo processo, conforme Atos 26.14: “Todos caímos por terra. Então ouvi uma voz que me dizia em aramaico: Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo? Resistir ao aguilhão só lhe trará dor!”. A palavra grega Kentron poderia ser traduzida como “espora”, “chicote” ou “aguilhão”. Veja Provérbios 26:3: “o chicote é para o cavalo, o freio para o jumento, e a vara,  para as costas do tolo”.

Ao falar com Saulo, Jesus estava se comparando a um fazendeiro incitando um boi recalcitrante ou a um treinador de cavalos domando um potro selvagem. Jesus estava perseguindo, cutucando e espetando Saulo. Mas ele  estava resistindo a pressão, e era difícil, doloroso e até mesmo fútil para ele resistir aos aguilhões. Quais, eram, portanto, os aguilhões com os quais Jesus Cristo estava cutucando Saulo de Tarso?

Jesus estava cutucando Saulo em sua mente. Saulo fora educado em Jerusalém aos pés de Gamaliel, provavelmente o professor judeu mais celebrado de todo o primeiro século da era cristã. Portanto, Saulo tinha um conhecimento vasto da lei de Deus. Ele acreditava, pelo que aprendera, que Jesus era um impostor. Pois a lei dizia que “qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus” (Dt 21.23). Desse modo, Saulo via como parte de sua tarefa opor-se a Jesus de Nazaré e perseguir seus seguidores. Essa era a sua convicção. No entanto, tinha algumas dúvidas por causa dos rumores que circulavam acerca de Jesus: a humildade e a mansidão  do seu caráter,seus feitos poderosos de cura e algumas pessoas diziam que Jesus tinha ressuscitado.

Jesus estava cutucando em sua memória.  Saulo estivera presente no julgamento, diante do Sinédrio, de um líder cristão chamado Estevão, a quem Lucas descreveu como “homem cheio de fé e do Espírito Santo” (Atos 6.5). Saulo vira com os próprios olhos a face de Estevão brilhando como a face de um anjo (Atos 6.15). Ele ouvira com os próprios ouvidos a defesa de Estevão, ao final da qual ele afirmara ver a glória de Deus e “o Filho do homem em pé, à direita de Deus” (Atos 7.55,56). Arrastaram Estevão para fora da cidade e o apedrejaram até a morte, colocaram suas vestes aos pés de Saulo. Lucas continua sua descrição: “Enquanto apedrejavam Estevão, este orava: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito. Então caiu de joelhos e bradou: Senhor,não os considere culpados deste pecado. E, tendo disto isso adormeceu (Atos 7.59-60).
Saulo deve ter dito para si mesmo: “Há algo inexplicável a respeito desses cristãos. Eles estão convencidos de que Jesus de Nazaré é o Messias e tem a coragem de suas convicções; estão preparados para morrer por elas. Além disso, recusam-se a retaliar seus inimigos; ao contrário, oram por eles”.

Jesus estava cutucando Saulo em sua consciência. Saulo era um homem extremamente piedoso, como  todos os fariseus eram. Vivia uma vida irrepreensível e tinha uma  reputação sem mancha. Assim como escreveu em suas cartas, no que diz respeito à justiça da Lei, ele era irrepreensível (Fl 3.6). Interiormente, no entanto, em sua consciência, ele sabia que era pecador (Rm 7.7-9). Ele poderia ter dito como C.S. Lewis escreveu anos mais tarde: “Pela primeira vez examinei a mim mesmo com um propósito seriamente prático. E ali encontrei o que me assustou: um bestiário de  luxúrias, um hospício de ambições, um canteiro de medos, um harém de ódios mimados. Meu nome era legião”.

Jesus estava cutucando em seu espírito. Saulo havia servir a Deus na juventude com uma consciência limpa, e ainda assim sabia que estava separado do Deus em quem cria. Ele acreditava nele, mas não o conhecia. Estava  longe de Deus, conforme ele afirma: “...morto em suas transgressões, estranho ao Deus doador da vida (Ef. 2.1)”.
3)    Paulo, convertido.

Paulo viu uma luz (Atos 22.6,11).  Subitamente uma grande luz do céu brilhou ao seu redor, tão forte que lhe abriu os olhos da alma e lhe tirou a visão física. Os olhos espirituais de Paulo foram abertos, mas seus olhos físicos foram fechados.

Paulo caiu por terra (Atos 22.7). o touro furioso, selvagem e indomável estava subjulgado. Aquele que prendia, estava preso. Aquele que encerrava em prisão, estava dominado. O Senhor Jesus quebrou todas as resistências.

Paulo ouviu uma voz (Atos 22.7). “...Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é recalcitrares contra os aguilhões (Atos 26.14). A voz do Senhor é poderosa. Ela despede chama de fogo. Faz tremer o deserto. Paulo, então, pergunta: “quem és tu, Senhor? Ao que respondeu: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues (Atos 22.8).

Conclusão: Paulo reconhece que Jesus é o Senhor (Atos 22.8). Paulo reconhece que é pecador (Atos 22.8).Paulo reconhece que precisa ser guiado pelo Senhor. A  autossuficiênciade Paulo acaba no caminho de Damasco. Ele agora pergunta: “Que farei, Senhor?”. 



terça-feira, 14 de abril de 2015

Filipe, o evangelista. Atos 8:1-8  e 26-40.


Introdução: Em Atos 1.8 Jesus diz que a igreja precisa testemunhar além-fronteiras. Até o capítulo 7 de Atos, a igreja é judaica. O capítulo 8 é uma dobradiça: o evangelho alcança Samaria, povo meio judaico e meio gentílico. No capítulo 9, a igreja é gentílica.

A morte de Estevão provocou uma grande perseguição contra a igreja de Jerusalém. Ela começou naquele dia, o dia da morte de Estevão, e levantou-se com a ferocidade de uma tempestade repentina (vs. 1). Saulo, que tinha aprovado o apedrejamento de Estavão (Atos 22.20), agora assolava a igreja (v. 3a). O verbo lumaino expressa “uma crueldade sádica e violenta”. Procurando crentes de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os jogava nas cadeias (v. 3b).

A grande perseguição levou a uma grande dispersão: todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria (v.1). Lucas lembra como o Senhor ressurreto havia ordenado que seus seguidores fossem testemunhas “em toda Judéia e Samaria” (Atos 1.8), como em Jerusalém; agora ele mostra como a comissão foi cumprida em virtude de uma perseguição. Os apóstolos permaneceram em Jerusalém, pois Jerusalém permaneceria sendo o quartel-general da nova comunidade cristã.

Se o martírio de Estevão causou a perseguição, e a perseguição a diáspora, a diáspora agora resultou numa ampla evangelização. A dispersão dos cristãos foi seguida por uma dispersão da boa semente do evangelho. Pois os que foram dispersos, enquanto fugiam, longe de se esconderem, ou até mesmo de manterem um silêncio prudente, IAM POR TODA PARTE PREGANDO A PALAVRA (v.4).

O que conseguimos aprender é que o “feitiço” do diabo (que está por trás de toda perseguição à igreja) se voltou contra ele mesmo. Seu ataque resultou num efeito contrário àquele que havia planejado. Ao invés de aniquilar o evangelho, a perseguição apenas o espalhou, ou seja, “o vento aumenta a chama”. No ano de 1949, na China, quando o governo derrotado pelos comunistas aonde 637 missionários da Missão para o Interior da China foram obrigados a deixar o país. Parecia um desastre total. Dentro de quatro anos, 286 deles foram trabalhar no Japão e no Sudoeste da Ásia, enquanto os cristãos chineses, mesmo sob severa perseguição, começaram a se multiplicar e agora perfazem um número trinta ou quarenta vezes maior do que o existente quando os missionários saíram.

1)    Felipe, o evangelista, e uma cidade samaritana (Atos 8.5-7).


“A evangelização não é um programa, mas um estilo de vida. O projeto de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, a todo o mundo, a cada criatura, em cada geração (Atos 8.4)”.

Dos sete homens nomeados pelos apóstolos para ministrarem às viúvas em Jerusalém, Estevão e Felipe são os únicos cujas atividades foram registradas por Lucas. Felipe não era apóstolo; era diácono, um ganhador de almas. Ele foi a Samaria e impactou a cidade com o evangelho. Era um homem cheio do Espírito Santo, de fé e sabedoria. O grande esportista londrino Carlos Studd disse: “Se Jesus Cristo é Deus e ele deu sua vida por mim, nada é sacrificial demais que eu possa fazer por ele”.

ü O evangelho rompeu a barreira do preconceito (Atos 8.5). Os samaritanos era um povo mestiço, meio judeu e meio gentio.  Os samaritanos se opuseram à reconstrução do templo em Jerusalém no século VI a.C. Mais tarde, no século IV a.C., o cisma samaritano se consolidou com a construção de um templo rival no monte Gerizim. Eles rejeitaram o Antigo Testamento, exceto o Pentateuco. Para os judeus, os samaritanos eram hereges e cismáticos.

ü A pregação foi endereçada aos ouvidos e aos olhos (Atos 8.6). As pessoas não só ouviam, mas também viam as coisas que Felipe fazia. Felipe aprendeu com Jesus que a pregação não consiste apenas em palavras, mas deve ser uma demonstração do Espírito e de poder. A pregação é lógica em fogo. É a proclamação do evangelho, e o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.  Os samaritanos foram libertados de aflições físicas, controle demoníaco e, sobretudo, de seus pecados. O evangelho produziu salvação, libertação e alegria.

ü Houve impacto, prodígios e alegria (Atos 8.7). as pessoas ouviam e viam. Hoje as pessoas escutam belos sermões, mas não vêem vida. A igreja divorciou a pregação da vida. Quando Jesus iniciou seu ministério, Satanas lhe lançou oposição, fazendo habitar em inúmeras pessoas seus espíritos malignos. Alguns desses demônios se encontravam nos cultos das sinagogas e identificaram Jesus como o Santo de Deus (Mc 1.23-26); Pedro expulsava demônios das pessoas que vinham até de cidades perto de Jerusalém (Atos 5.16). Paulo exorcizou o espírito de uma moça escrava em Filipos (Atos 16.16-18).

2)    Felipe, o evangelista, e o líder etíope (Atos 8.26-40).
O Espírito de Deus dirige os passos de Felipe para o deserto. Por lá, viajava um eunuco da Etiópia, que precisava de esclarecimento espiritual.

ü Uma vida vale todo o investimento do mundo (Atos 8.26-30). Filipe sai de um avivamento na cidade de Samaria e vai para o deserto por orientação divina. O eunuco de “Candace” não era um nome pessoal e, sim, um título dinástico da rainha mãe que exercia certas funções em nome do rei. Esse oficial era uma espécie de tesoureiro ou ministro das finanças.

ü É preciso ir lá fora onde os pecadores estão para levá-los a Jesus (Atos 8.26). Aproxima-te desse carro significa ação fora do santuário, lá fora, onde está o movimento, nas estradas e alamedas da humanidade. Trata-se de colocar o evangelho ao alcance das massas, de modo que os pobres e ricos possam ouvi-lo. Ligue o testemunho a todo veiculo. Vá lá fora e testemunha! Corra! (Atos 8.29-30). As missões são obra urgente!

ü É preciso explicar as Escrituras e levar as pessoas a Cristo (Atos 8.30-35). O evangelista é também um mestre. A palavra de Deus precisa ser lida, explicada e aplicada. Felipe explica as Escrituras, apresenta Jesus, não a religião, o rito, tradição, etc.

ü É preciso receber as pessoas que crêem em Cristo pelo batismo (Atos 8.36-38). O eunuco perguntou a Filipe: Que me impede? Filipe podia ter respondido com uma longa preleção teológica sobre o que a lei dizia sobre os eunucos. Mas sua resposta foi simplesmente que nada o impedia de ser batizado se ele cresse em Cristo Jesus.

ü É preciso estar sempre aberto à nova direção do Espírito (Atos 8.39-40). A tradição diz que este eunuco voltou à sua terra e evangelizou a Etiópia. Aquele que saíra do deserto cheio de alegria não podia guardá-la para si mesmo. Quanto a Filipe, foi dirigido pelo Espírito Santo para novos horizontes, novas estradas. O que Deus quer que eu faça? Vinte anos depois, encontramos Filipe vivendo em Cesaréia e ainda servindo a Deus como evangelista (Atos 21.8).


Conclusão: 
O missionário escocês Alexandre Duff, depois de investir longos anos de sua vida na evangelização da Índia, voltou à Escócia, sua pátria, para cuidar de sua saúde e despertar novos obreiros. Numa seleta assembléia de jovens, pregou um sermão com senso de urgência e fez um apelo veemente para que os jovens se levantassem como missionários. Nenhum moço atendeu. Duff ficou tão abatido que teve uma parada cardíaca no púlpito. Correram com ele para uma sala contígua ao templo e lhe massagearam o peito para trazê-lo de volta ao pleno vigor. Ao recobrar suas forças, rogou aos médicos que o levassem de volta ao púlpito. Com a voz embargada pela emoção, dirigiu-se aos jovens novamente: Se a rainha da Escócia vos convocasse para ir a qualquer lugar do mundo numa missão diplomática, iríeis com orgulho. O Rei dos reis, aquele que deu sua vida por vós, vos convoca para atenderes seu chamado, e não quereis ir. Pois irei eu, já velho e doente. Não poderei fazer muita coisa, mas pelo menos morrerei às margens do rio Ganges e os indianos saberão que alguém os amou e se dispôs a levar-lhes as boas novas do Evangelho. Nesse momento, dezenas de jovens, tocados pelo poder da Palavra, levantaram-se e atenderam ao chamado de Deus e foram para a Índia como missionários. 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Ele pelejará por vós e vós vos calareis (Exodo 14:1-14).


“crises que testam a alma dos homens”.  Essa expressão está vinculada ao momento em que enfrentamos situações difíceis. Ou você está no topo da montanha – onde tudo está bem -; no meio da montanha – onde há normalidade e algumas lutas esporádicas -; ou você está no vale – em meio a uma intensa luta –. É assim que estavam os israelistas.

Em Exodo 13:21, diz: E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite.

Seguindo a Deus – a um beco sem saída.
Ø Ex. 13:18. Note a frase: “Deus fez o povo rodear pelo caminho...” O povo de Israel chegou a esse impasse guiado por Deus. Ele sabia que precisavam da experiência do mar vermelho para aprender coisas que queria ensinar-lhes.  (Ex 13:21,22).

Ø Ex 14:1: “....Acampem diante de Baal-Zefom..”. Os hebreus haviam morado na terra de Gósen, numa localidade chamada Ramessés. Depois do Exodo os hebreus saíram de Ramessés e viajaram para o sul, chegando a Etã. E ali acamparam. Agora, Deus disse: “Voltem”  e vão para Baal-Zefom.

Ø Esse localidade era uma rua sem saída, uma armadilha, pois   ao norte de Baal-Zefom ficava algumas formidáveis fortalezas egípcias; Ao sul havia o vasto deserto egípcio chamado Mizraim; Ao oeste ficava Ramesses e ao leste o Mar Vermelho. 



Ø Surge uma pergunta: Qual era o sentido espiritual de Baal-Zefom?Deus responde:  “Olhe, Moisés, tenho um plano bem feito. Enquanto andarem de lá para cá no deserto, Faraó vai ouvir, por meio informal, que vocês estão caminhando sem rumo, e pensará: Ah, eles estão indo para o norte. Vou emboscá-los ali! Essa, Moises, é a armadilha na qual Faraó vai cair (Ex 14:5-8). Vão ter que confiar em mim”.

1)    Não temais (v.14)

Ø Há um ditado popular que diz: “Deus ajuda os que se ajudam”. Não, Deus ajuda os indefesos! Deus quer que nessas horas difíceis confiemos nEle.

Ø “Ei, Moisés, os egípcios estão chegando. Eles tem carros, arcos e flechas, e lanças pontudas. Você ainda diz ‘Não temais’? O que há com você, homem? Precisa mudar a receita dos ósculos? Não está vendo que eles estão quase aqui? Deus, salve-nos deste pastor míope!”

Ø Reação humana: primeira temos medo, segunda  fugimos. Terceira lutamos e Quarta contamos a todos. Mas o principio bíblico é esse: Não temais: aquietai-vos e vede o livramento do Senhor.       

Ø  Quatro poderosos milagres: Primeiro, o Senhor disse a Moises que avançasse (v.15).

Ø Segundo, Ele mudou a nuvem da frente para trás deles (v.19), porque Deus fez isso (v.20)? A nuvem se movia da frente para trás dos hebreus, separando-os dos egípcios,como também impediu que os hebreus olhassem para trás e tremessem de medo.

Ø Terceiro, Ele abriu caminho no mar (v.20), o vento oriental fez secar a lama do mar e o povo atravessou em seco.


Ø Quarto, Ele criou confusão entre os egípcios (VS. 24-25). O V.30 nos conta que posteriormente os hebreus passearam pela praia e “Israel viu os egípcios mortos na praia do mar”. Note que a Biblia não diz que os israelitas mataram um único homem. 

terça-feira, 7 de abril de 2015

A defesa e o martírio de Estevão – Atos 7.1-60.


Introdução: “ Estevão era cheio do Espírito, cheio de sabedoria, cheio de fé, cheio de graça e cheio do poder, é evidente que causava uma impressão de plenitude ao povo”.

Conceito errado sobre o Templo: Deus se identificava com o templo de forma tão completa que a sua existência garantiria a proteção do seu povo, enquanto que a destruição do Templo significaria que Deus havia abandonado seu povo.

Enquanto que o Deus do Antigo Testamento era um Deus vivo, um Deus em movimento, em marcha, que sempre estava chamando o seu povo para novas aventuras, e sempre acompanhando e guiando-os em sua caminhada.

1)    Abraão, o pai da nação (vs. Atos 7:1-7).


·        Abraão foi um homem obediente ao chamado divino. Deus o chamou quando este ainda vivia em Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia (Gn 11.28, Hb 11.8). Nesse tempo, tanto Abraão como sua família eram adoradores de outros deuses (Gn 15.7; Js 24.2,3).

·        Abraão foi um homem de fé. Mesmo não sabendo para aonde ia, cria que sob a direção de Deus encontraria algo melhor.

·        Abraão foi um homem de esperança. Apesar de nunca ter visto plenamente a promessa realizada, jamais duvidou de que ela se cumpriria.  “Foi Deus quem apareceu, falou, enviou, prometeu, julgou e libertou. De Ur a Harã, De Harã a Canaã, de Canaã ao Egito, do Egito de volta a Canaã, Deus estava dirigindo cada etapa da peregrinação do seu povo”. John Stot

2)    José, o salvador do seu povo (Atos 7.8-16).

Notamos imediatamente que, se a Mesopotâmia foi o contexto surpreendente no qual Deus apareceu a Abraão, o Egito foi o cenário igualmente surpreendente em que Deus lidou com José.

 José foi odiado pelos seus irmãos, vendido aos estrangeiros como mercadoria barata, escravo traído pela esposa de Potifar, encarcerado injustamente, esquecido por aquele a quem havia ajudado porém, no tempo oportuno, saiu da prisão e tornou-se governador do Egito. Deus lhe deu Graça e Sabedoria.

O nosso Deus ainda continua transformado vales em mananciais, desertos em pomares, noites escuras em manhãs cheias de luz, vidas esmagadas pelo sofrimento em troféu da sua graça. É como dizem os poetas: “Os cisnes cantam mais docemente quando sofrem” (Gn 50.20).

3)    Moisés, o libertador do seu povo (Atos 7.17-36). 

A vida de Moisés pode ser dividida em três períodos de quarenta anos cada.

·        No primeiro período (0-40 anos) Moisés pensa que é forte. Ele nasceu num tempo perigoso, pois foi exposto a um cruel destino; contudo, nesse cenário foi resgatado por uma extraordinária providencia para ser educado na corte de Faraó. Torna-se douto em toda ciência do Egito. É na sua força que tenta ser o libertador do seu povo, mas os seus irmãos o rejeitam como tal (Atos 7.23-28).

·        No segundo período (40-80 anos), Moisés reconhece que é fraco. Ao ser rejeitado como libertador do seu povo, foge para a terra de Midiã, onde se estabelece como peregrino, casa-se e tem filhos. Troca o trono do Egito pelo deserto, as carruagens pelo cajado e o conforto na corte pelo calor tórrido do deserto. É nesse deserto que Deus lhe aparece e lhe convoca para ser o libertador de Israel.

·        No terceiro período (80-120 anos), Moisés aprende que Deus é tudo. Já com oitenta anos, Moisés vai ao Egito, libertando o povo da amarga escravidão. Deus manifesta na terra dos faraós o seu poder, através de portentosos milagres, triunfando sobre Faraó e os deuses dos egípcios (Atos 7.36).

“O homem de grandeza não é aquele que, como os judeus, está atado a seu passado e apegado aos seus privilégios; o homem verdadeiramente grande é aquele que está pronto a responder ao chamado: sai e deixa para trás toda a comodidade e tranqüilidade que tinha”.

4)    Davi e Salomão, os construtores do templo (Atos 7.44-50).

Segundo Estevão, o tabernáculo e o templo não foram edificados com o objetivo de confinar Deus a um espaço geográfico, porque “ ... não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas...”( Atos 7.48). Mais tarde, Paulo reafirma essa mesma verdade em Atenas (Atos 17.24). O proprio rei Salomão, na dedicação do templo, compreendeu essa verdade (1 Rs 8.27). Estevão, no entanto, deixa essa afirmação de Salomão para citar o profeta Isaias (Is 66.1-2).

“O Deus de Israel é o Deus peregrino, que não se restringe a um lugar. As principais afirmações desse discurso são: O Deus da glória apareceu a Abraão enquanto esse ainda estava na Mesopotâmia pagã (Atos 7.2); Deus estava com José mesmo quando ele ainda era escravo no Egito (Atos 7.9); Deus foi ao encontro de Moisés no deserto de Midiã, e assim transformou aquele lugar em terra santa (Atos 7.30,33); apesar de no deserto Deus ter andando de tenda em tenda (1 Cr 17.5), não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas (Atos 7.48). Portanto, a presença de Deus não pode ser restrista a um local, e que nenhum edifício pode confiná-lo ou inibir sua atividade. SE ELE POSSUI UMA CASA AQUI NA TERRA, ENTÃO ELA ESTÁ NO POVO NA QUAL VIVE”.

5)    Jesus, o Justo anunciado por todos os profetas (Atos 7.51-53).

Estevão chega agora ao ponto máximo de seu argumento, quando maneja a espada da verdade e acusa seus ouvintes de serem homens de dura cerviz – uma expressão usada no AT e em a ver com o “enrijecimento proposital e obstinado do pescoço”. Uma metáfora com base na teimosia do gado ao seguir seu instinto selvagem em detrimento de um melhor caminho indicado pelo condutor do rebanho (Ex 32.9). E também de serem “incircuncisos de coração e de ouvidos”, acusação igualmente feita por Moisés e pelos profetas a Israel (Lv 26.41, Jr 6.10). Essa acusação de Estevão equivalia a chamar seus juízes de “pagãos de coração e surdos à verdade”.

Estevão proclama: “vós sempre resistis ao Espírito Santo rejeitando seus apelos” (Atos 7.51) e denuncia: seus pais perseguiram todos os profetas e até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo. Os judeus assassinaram Jesus, o messias prometido.

Conclusão: Estevão é apedrejado (Atos 7.54-60).

·        O diácono Estevão viu a sua morte como sua entrada à presença de Cristo.

·        Estevão seguiu o exemplo de Cristo em sua vida e também em sua morte. Assim como Jesus orou pelo perdão daqueles que o executavam (Lc 23.34), também o fez Estevão.

·        Estevão dormiu na terra e logo foi recebido no céu pelo próprio Senhor Jesus.