terça-feira, 27 de março de 2018


Os gemidos do Espírito  Rm 8.26-28


Introdução: quem é o Espirito Santo?

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja sempre convosco (Jo 14.16)”. A expressão “outro consolador”  (em grego ALLOS – outro da mesma espécie e tipo) indica que o Espírito Santo é alguém como Jesus, uma personalidade distinta do Pai e do Filho. A palavra “Advogado” vem do latim advocatus, que é o equivalente exato do adjetivo verbal passivo grego parakletos (1 Jo 2.1), formado pelas palavras gregas PARA (ao lado de) e KLETOS(chamado). Quando Jesus se refere ao outro,  quer dizer que o outro advogado é igual a ele em tudo, mas viverá dentro dos crentes para orientá-los e defende-los para sempre.

    O Espírito Santo é onisciente (1 Co 2.10,11), onipresente (Sl 139.7-8) e onipotente (Gn 1.1-2; Sl 104.30). O Espírito Santo tem inteligência: 1 Co 2.10,11:  “Mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus”. Tem vontade: 1 Co 12.11: “Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme quer”. Tem emoções e sentimentos: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção”. Efésios 4:30;  “Ou vocês acham que é sem razão que a Escritura diz que o Espírito que ele fez habitar em nós tem fortes ciúmes”? Tiago 4:5. Chama e envia pessoas: “Enquanto adoravam ao Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado” Atos 13:2       Guia e orienta: “Paulo e seus companheiros viajaram pela região da Frígia e da Galácia, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na província da Ásia. Quando chegaram à fronteira da Mísia, tentaram entrar na Bitínia, mas o Espírito de Jesus os impediu” (Atos 16.6,7)

 1)    O Espírito nos auxilia em nossa fraqueza
TEMOS FRAQUEZAS.  A nova era está errada ao afirmar que a força vem de dentro. A verdade é que somos fracos, limitados e contingentes “toda carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva, seca-se a erva, e cai a sua flor” (1 Pe 1.27). Temos fraquezas físicas, emocionais, morais e espirituais. Tropeçamos nos mesmos erros, incorremos nas mesmas falhas e caímos nas mesmas armadilhas. O Bem que queremos não praticamos, mas o mal que odiamos esse o fazemos  (Rm 7.19). Há uma guerra constante, instalada em nosso peito, um conflito permanente no campo de batalha da nossa mente (Gl 5.17). Todos nós temos o pés de barro (2 Co 4.7). TODOS NÓS TEMOS NOSSO CALCANHAR DE AQUILES, TODOS NOS TEMOS FRAQUEZAS. 



NÃO SABEMOS ORAR COMO CONVÉM (V.26). Somos fracos porque não conseguimos manter comunhão ininterrupta com o Deus Onipotente. “A inabilidade na oração não é apenas uma ilustração da fraqueza do crente, mas também uma explicação dessa fraqueza”. Muitas vezes PEDIMOS A DEUS UMA PEDRA, PENSANDO QUE ESTAMOS PEDINDO UM PÃO; PEDIMOS UMA COBRA, PENSANDO QUE ESTAMOS PEDINDO UM PEIXE; PEDIMOS O QUE NOS DESTRUIRÁ, PENSANDO QUE ESTAMOS PEDINDO O QUE NOS DARÁ VIDA. Na verdade, QUEREMOS QUE NOSSA VONTADE SEJA FEITA NO CÉU EM VEZ DE BUSCAR QUE A VONTADE DE DEUS SEJA FEITA NA TERRA.

Uma boa ilustração é o acidente registrado em 2 Corintios 12.7, com referencia ao espinho na carne. O apostolo orou: “Senhor agrada-te em remover esse espinho”. Ele pronunciou essa oração três vezes. Tudo faz crer que ele era de opinião que a remoção do espinho o faria uma testemunha MAIS poderosa de Cristo. A resposta de Deus, porém, foi: “Minha graça lhe é suficiente, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.

Porque temos nós de orar? A resposta será: (a) um filho de Deus necessita e quer derramar seu coração diante de Deus em oração e ação de graças; ( b) o Espírito Santo somente ora nos corações daqueles que oram; (c) Deus ordenou a seu povo que ore e prometeu conceder todos os pedidos que estão em harmonia com a sua vontade.

O ESPÍRITO SANTO NOS ASSISTE EM NOSSA FRAQUEZA (8.26). O Espírito se encurva para tomar o nosso fardo e leva-lo por nós. Quando nos sentimos cansados, Ele nos toma no colo (Sl 23.4). A palavra grega traduzida por “ASSISTIR” significa que o Espírito toma sobre si nossa carga, para nos aliviar, carregando todo o peso por nós. Há momentos na vida em que se ajuntam sobre nossa cabeça NUVEUS ESCURAS: é a enfermidade grave que chega, é a dor luto que se instala, é o casamento ferido mortalmente pelo divórcio, é o pecado que tenazmente nos assedia (Is 43.2). Quando temos o Espírito Santo, temos um amigo divino, temos um consolador presente a quem Cristo enviou para estar sempre conosco.

 2)    A intercessão do Espírito a nosso favor (8.26-27).
Aqui vemos o Deus que está em nós, intercedendo por nós, ao Deus que está sobre nós. Temos dois intercessores na Trindade: Jesus, nosso advogado e sumo-sacerdote, é o nosso intercessor legal (8.34), e o Espírito Santo é o nosso intercessor existencial (8.26). Jesus intercede por nós no ceú, e o Espírito Santo na terra. A intercessão de Cristo pode ser comparada como a de um pai, o líder da família, em favor de todos os membros da família. A Intercessão do Espírito nos lembra, antes, a de uma mãe ajoelhada ao lado do berço de seu filhinho enfermo, e apresentando em oração as necessidades do filho diante do Pai Celestial. A INTERCESSÃO DO ESPÍRITO TEM CARACTERISTICA: 



    A)    É um intercessão intensa (v.26). O Espírito intercede por nós “sobremaneira”.Assim como o Pai nos amou “de tal maneira” (João 3.16), de igual forma, o Espírito intercede por nós “sobremaneira”.

  B)    É uma intercessão agônica (v.26). o gemido é uma expressão de dor. Aquele que conhece todas as línguas, idiomas e dialetos de todo os povos, de todos os tempos, ora por nós com tal agonia que o faz com gemidos inexprimeveis. A palavra grega ALALE significa “sem palavras”.

“Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como Admá? Como fazer-te um Zeboim? Meu coração está comovido dentro de mim, minhas paixões, à uma, se acendem”  (Os 11.8).

  C)    É UM INTERCESSÃO EFICAZ (RM 8.27). A intercessão do Espírito Santo em nós, ao Pai que está sobre nós, está sempre alinhada com sua soberana e perfeita vontade e por isso tem a marca da eficácia.


3)    Todas as coisas cooperam para o bem (v.28)
DEUS TRABALHA POR NÓS EM TODAS AS CIRCUNSTANCIAS DA VIDA (V.28). A vida é feita de montes e vales, alegrias e lagrimas, prosperidade e perdas. Mesmo que certas coisas sejam MÁS, Deus transformará em benção (Gn 50.20). Essas coisas encaixam por si mesmas, como se a vida fosse um grande jogo de quebra cabeça e as peças fossem sendo encaixadas por nossa iniciativa ou pela coincidência. Deus escreveu o poema da nossa vida capítulo por capitulo, esculpindo em nós, o caráter de Cristo (Sl 139.16). 



Conclusão: DEUS TRABALHA EM TODAS AS CIRCUNSTANCIAS PARA O BEM DAQUELES QUE O AMAM (8.28). “Para o bem daqueles que o amam”. Aqueles que semeiam vento colhem tempestades e os que semeiam na carne, da carne colhem corrupção. Se amarmos a Deus, contudo, sabemos que ele toma o nosso destino em suas mãos e trabalha para o nosso bem (Sl 119.71). Toda boa dádiva procede de Deus. Todo dom perfeito vem de suas bondosas mãos.


terça-feira, 20 de março de 2018


Com quem acha que está falando? Apocalipse 1: 10-18



Introdução:  .O bondoso amigo (hino 200) essa canção foi composta por um jovem, num dos momentos mais delicados de sua vida, onde, literalmente, pôde contar com a amizade de Cristo para superá-los. O irlandês Joseph tinha 25 anos e estava para se casar. Porém, um dia antes do seu casamento, a noiva morreu, vítima de afogamento. Triste, ele decidiu começar nova história no Canadá. No novo país, ele começou a dar aulas e conheceu Eliza Roche, que era parente de um de seus alunos. Ele se apaixonou por ela e decidiram ficar noivos. O inesperado aconteceu! Eliza ficou doente e faleceu antes que pudessem se casar. Assim, as esperanças deste jovem pareciam desfalecer. Embora possuísse razões para estar confuso e com a fé abalada, Joseph encontrou consolo em Deus para começar em uma igreja Batista em Plymouth. Ele não se casou, e passou o resto da vida dando seu tempo, dinheiro e roupas para ajudar os menos afortunados, espalhando o amor e compaixão de Jesus onde quer que fosse. Simultaneamente à morte de Eliza, Joseph recebeu a notícia de que sua mãe estava doente na Irlanda. Ele não podia estar com ela, então escreveu uma carta de conforto, intitulada “Que amigo nós temos em Jesus”. Muitos anos depois, um amigo estava conversava com Joseph, que estava adoentado, e ficou muito impressionado quando o ouviu falar dos cartas, inclusive “Que amigo nós temos em Jesus”. O resultado da visita foi que quase 30 anos depois de Joseph escrever a carta de conforto para a mãe, o conteúdo foi publicado num livro chamado “Hinos e outros versos”. Pouco tempo depois, o músico Charles C. Converse (1834-1918) decidiu colocar música na letra de “Que amigo nós temos em Jesus”.



1)    A oração ...


Que imagem de Deus lhe vem à mente quando você ora? Com que ele se parece? Talvez perceberá que não tem idéia alguma de quem é Deus. NENHUMA IMAGEM VEM À TONA. Às vezes oramos de forma mais significativa quando não temos nenhuma sensação de que ele esteja presente ou sequer exista. É ENTÃO QUE UMA FÉ DELIBERADA, UM poderoso ato de vontade, sustenta nossas orações.  As orações MAIS RICAS SURGEM com frequência de um coração emocionalmente vazio.

Em seu livro “Cartas do diabo ao jovem aprendiz”, C. S. Lewis faz um demônio experiente aconselhar seu protegido, sobre ás táticas do “inimigo” , que, do ponto de vista do inferno, é, naturalmente, Deus.  “Nunca somos nós mesmos em medida maior que quando seguimos a Deus, quer sintamos quer não. É durante períodos como esse que o homem está se tornando o tipo de criatura que Deus quer. Daí as orações oferecidas nesse estado de aridez são as que lhe agradam mais”. 

E continua, o velho demônio aconselhando seu pupilo: “Não se engane, nossa causa nunca é mais perigosa que quando um humano, não mais desejando, mas ainda tencionando fazer a vontade do inimigo (Deus), olha ao redor para um universo do qual todo traço dele parece ter desaparecido, pergunta por que foi abandonado e ainda assim obedece”. 


2)    Falsa imagem de Deus
Alguma idéia de Deus está fixa em nossa mente que provém menos de uma revelação direta de Deus que de contatos anteriores com a igreja e com nossos pais terrenos.  Perguntado sobre qual era a imagem de Deus, enquanto falava com ele, um cristão respondeu: “Um pigmeu numa cadeira de rodas”. Depois, explicou: “Às vezes me sinto como se estivesse conversando com uma pessoa minúscula e incapacitada demais, mesmo sendo bem intencionada para fazer muita coisa”.

Outra disse: “Eu nunca havia pensado nisso antes, mas acho que visualizo Deus como um furioso homem grisalho de toga comprida, braços estendidos e fogo saindo dos olhos: o tipo de pessoa que é mais provável você encontrar num pesadelo”. Um outro cristão tem orado há dois anos por um emprego que nunca vem e disse: “Quando oro, tudo o que vejo é um olhar sem expressão”.

Ou, quando estamos diante da televisão e o pregador da prosperidade nos exorta calorosamente: “Aproprie-se do favor de Deus e prepare-se para as bênçãos. Ele ama derramar coisas boas sobre seus filhos. Creia em Deus quando as coisas não estiverem fáceis, e elas vão melhorar. Ele lhe dará a casa nova que você quer, um emprego melhor, um chefe mais compreensivo. É isso que ele ama fazer”. 



3)    Imagens comuns de Deus
O Deus que encontramos de Genesis a apocalipse, incluindo o Deus que vemos de perto nos quatro evangelhos, é difícil de classificar. Quanto mais lemos, mais profundo se torna o mistério. Ele é ao mesmo tempo afetuoso (Zc 2.8), enfurecido (Ex 32.10), sensível (Is 49.15), arredio (Ex 19.12), brincalhão (Lc 7.34: comilão e beberrão), santo (Is 6), acolhedor (Mt 11.28), aterrorizante (Ex 3: esta terra é santa), responsivo e imprevisível.

O COMPANHEIRO SORRIDENTE. Ele é imanente sem transcendência, está conosco mas não acima de nós – um Deus que só gosta de estar com a gente sem fazer nenhuma exigência, nenhuma obediência, só diversão. “Pense em Deus como um companheiro sorridente e a oração não se tornará mais que um pedido de favores a um camarada”.

O RELOJEIRO DOS BASTIDORES. As vezes sentimos que estamos num universo indiferente, projetado e posto a funcionar por um artesão que nuca deixa sua oficina. Ele fez o relógio, e agora tem outras coisas para fazer.

O REI APREENSIVO. Imaginamos Deus ocupado com questões mais importantes do que os nossos pedidos corriqueiros. Nossas orações parecem pequenas, indignas de atenção do rei apreensivo.

O PATRIARCA SEVERO. Deus pode ser obedecido mas não apreciado. A ideia de dançar com a trindade torna-se quase ridícula, blasfema. (No Cristianismo Deus não é algo estático, mas sim dinâmico, uma atividade pulsante, uma vida, quase que uma espécie de drama. Quase que, se você não me achar irreverente, uma espécie de dança” C.S.Lewis). A oração é rígida, desconfortável, resultado de transcendência (Deus acima de nós) sem qualquer imanência (Deus conosco). A adoração carece de paixão, e pedidos são feitos com voz tímida.

O AVÔ BONDOSO. O trabalho do avô é permitir que os netos deixem de lados os legumes e vão direto para o sorvete. Uma garotinha abraça seu pescoço. Uma menininho cutuca seu braço “tudo bem, você pode comer doce antes do jantar, mas só um, está bom, talvez dois”.

4)       Quem é Deus?
João, autor de Apocalipse, um ancião com cerca de oitenta anos, fora exilado no campo de prisioneiros da ilha de Patmos, sob acusação de traição. Ele se recusou a derramar uma porção de incenso diante da imagem de Domiciano e, assim, honrar o imperador romano Domine e Deus (Senhor e Deus) e por essa razão foi considerado ateu e inimigo do estado. João foi abandonando para morrer na ilha de Patmos.  Eis como ele saudou seus irmãos por carta: “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Ap 1.9).

Voltei-me e vi um semelhante a filho do homem”. Centenas de anos antes Daniel tivera uma visão de “um como o Filho do homem” que se dirigiu ao “Ancião de Dias” (Dn 7.13). A expressão “filho do homem” refere-se à pessoa mais importante da história. Jesus Cristo, o Filho de Deus! 



Com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro”. Jesus usava a túnica cumprida de um sacerdote e uma faixa na altura do peito. Jesus é o nosso sacerdote, a ponte entre o homem e Deus, a rodovia que leva à presença do Pai. A faixa que está ao redor do peito, significa que sua obra já esta concluída. Podemos agora adentrar a passos largos a sala do trono do céu. ESTÁ CONSUMADO!

A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve”. João, sem dúvida, folheou as paginas da mente até chegar a Isaias 1:18: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”.

Os olhos como chama de fogo”. Nada muda de forma mais profunda o coração humano que se sentir mal na presença do amor, ser observado com tudo o que é perversamente repugnante e ainda assim ser desejado – mais que isso, ser motivo de deleite. Isso é graça. 


os pés semelhante ao bronze polido, como que refinado numa fornalha”. Mais uma vez, a mente de João recua, desta vez até Daniel. A estatua de Nabucodonosor: tinha cabeça de ouro, peito de prata, pernas de bronze e pés de ferro misturado com barro. Os pés não eram capazes de sustentar o peso do que os seres humanos haviam construído. NOSSA AUTO-OBSSESSÃO ACABA DESTRUINDO TODA COMUNIDADE, TODA CIVILIZAÇÃO. Mas, os pés de Jesus eram de BRONZE PROVADO PELO FOGO. Apesar de toda nossa falha, a igreja nunca irá desaparecer. JESUS É CAPAZ DE SUSTENTAR NOSSO PESO, TODO ELE. 



Conclusão: “O seu rosto brilhava como o sol na sua força”.   “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê paz” (Nm 6.24-26).  JESUS ESTÁ OLHANDO PARA MIM. SINTO SEU CALOR. ESTOU EM PAZ”.

terça-feira, 13 de março de 2018


A oração de uma criança mimada – Lucas 18.9-14


Introdução:  A Bíblia indica pelo menos CINCO MODOS distintos pelos quais podemos nos comunicar com Deus pela ORAÇÃO. Podemos nos RELACIONAR COM ELE, ADORÁ-LO,  AGRADECER-LHE por quem ele é e pelo que faz por nós, INTERCEDER POR OUTROS em atenção a suas necessidades e PEDIR-LHE os favores que queremos dele.

1)    O processo de comunicação com Deus
ORAÇÃO RELACIONAL. Tem o potencial de colocar-nos em contato mais completo com Deus (1 Crônicas 16.11;  Sl 42.1-2).

ORAÇÃO DE LOUVOR E ADORAÇÃO. Caímos  de joelhos, maravilhados, quando nos ocorre que o Deus da criação, o governante soberano e Senhor do universo, é nosso ABA PAI. Se poder nos assombra. Porém sua graça nos reduz a um silencio que nos faz apenas balançar a cabeça (Ex 15.20.21).

ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇAS. Somente se estivermos totalmente consciente de quem Deus é seremos capazes de lhe agradecer devidamente pelos seu favores  (Sl 103.2-5).

ORAÇÃO DE INTERCESSÃO: Quando oramos, intercedemos por nós, pelos nossos familiares, pelos nossos amigos, pelos nossos irmãos, pelos nossos vizinhos, pelo nosso país, pelos doentes, pelos aprisionados, etc (Atos 12.5).

Então, a ORAÇÃO RELACIONAL produz ADORAÇÃO, e a ADORAÇÃO gera AÇÃO DE GRAÇAS que nos leva a INTERCEDER pelos outros para que conheçam a Deus do modo  que chegamos a conhece-lo. TODAVIA, se tentamos obter COISAS de Deus sem antes orar para obter MAIS DO PROPRIO DEUS, suas SÚPLICAS soarão mais como manhas de uma criança mimada que com os pedidos de uma criança dependente.

2)    A oração de uma criança mimada
“Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo14.14). QUALQUER COISA? Bem, foi o que Jesus disse. “Em verdade, em verdade vos digo...” – Jesus não quer deixar lugar para a dúvida – “Se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome” (Jo 16.23-24).

No evangelho de Lucas encontramos a parábola da viúva persistente (Lc 18.1-8): “Jesus contou a seguinte parábola, mostrando aos discípulos que deviam orar sempre e nunca desanimar:  — Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus e não respeitava ninguém. Nessa cidade morava uma viúva que sempre o procurava para pedir justiça, dizendo: “Ajude-me e julgue o meu caso contra o meu adversário!”  — Durante muito tempo o juiz não quis julgar o caso da viúva, mas afinal pensou assim: “É verdade que eu não temo a Deus e também não respeito ninguém. Porém, como esta viúva continua me aborrecendo, vou dar a sentença a favor dela. Se eu não fizer isso, ela não vai parar de vir me amolar até acabar comigo.” E o Senhor continuou: — Prestem atenção naquilo que aquele juiz desonesto disse. Será, então, que Deus não vai fazer justiça a favor do seu próprio povo, que grita por socorro dia e noite? Será que ele vai demorar para ajudá-lo? Eu afirmo a vocês que ele julgará a favor do seu povo e fará isso bem depressa. Mas, quando o Filho do Homem vier, será que vai encontrar fé na terra?” Jesus ensina uma lição: continue orando, não desista, se persistir cedo ou tarde seu pedido será atendido.
Jesus afirma em outra passagem que se a fé não for maior que uma minúscula semente de mostarda, podemos dizer a uma montanha que mude de lugar, e ela irá: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês tivessem fé, mesmo que fosse do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a este monte: “Saia daqui e vá para lá”, e ele iria. E vocês teriam poder para fazer qualquer coisa!” (Mt 17.20). Temos em nossa vida algumas montanhas que gostaríamos de mover. Por que, então, as montanhas de nossa vida permanecem confortavelmente no mesmo lugar? 

3)    O que está errado?
Ouça o que Deus disse certa vez a alguns de seus filhos que não estavam se saindo lá muito bem. Como Deus não muda, podemos pressupor que o anseio de coração com o qual ele falou a eles é o mesmo com que ele nos fala,  agora mesmo: “... te porei entre os filhos e te darei a terra desejável, a mais formosa herança das nações” (Jr 3.19).

O que impede? Talvez algo esteja errado como ORAMOS. Ou,  talvez, na maneira com que não oramos. CONSIDERE A SEGUINTE IDÉIA: sabemos bem mais sobre pedir ao todo-poderoso que sobre nos relacionamos com ele. SEGUNDA IDÉIA: talvez a oração de súplica devia vir depois da oração relacional.

O missionário Stanley Jones escreveu: “o primeiro passo na oração é chegar até Deus. Se você chegar até ELE, o restou flui naturalmente. Permita que Deus acesse você, o invada, tome posse de você. Ele então derramará suas orações através de você”. O pastor e conferencista Ravi Zacharias, afirmou: “a oração não é o meio de fazer nossa vontade se cumprir, mas o meio pelo qual ele alinha nossa vontade de modo a recebermos a dele de bom grado”. 


4)    Oração relacional
“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos” (Jo 15.7-8).  Permanecer NELE quer dizer, viver pelo único proposito que orientou sua vida, com a mesma paixão que o manteve no caminho certo. Ele amava seu pai, amava passar o tempo com ele em oração, e não desejava outra coisa além de fazer com que todos vissem quão maravilhoso era seu Pai – mesmo a custo de sua própria vida (Jo 4.34). E essa vida, a vida dele, está agora em nós. Sua paixão e seu proposito estão em nosso coração.

Tire a ORAÇÃO RELACIONAL do centro e todos os outros tipos de oração são prejudicados. A adoração torna-se blasfêmia – reduzimos Deus a mero office boy, sempre à nossa disposição.

A ação de graças torna-se uma expressão disfarçada de merecimento – agradecemos a Deus pelo que ele deveria ter nos dado, supomos, em primeiro lugar.

A Intercessão fica embasada no interesse próprio – suplicamos a Deus por nossa família, pelos amigos, o governo e lideres da igreja com nossos propósitos e conforto em mente. Por exemplo: “muda meu marido para que eu não sofra tanto”, “Acalma o coração de meu filho para que eu não fique tão preocupada” ou  “Muda tal e tal coisa em meu grupo para que eu goste mais de me envolver com ele”. É DIFICIL NOTAR QUE PODEMOS ESTAR PENSANDO MAIS EM NÓS MESMOS QUE NELES!

E, OS PEDIDOS DE ORAÇÃO, mesmo os aparentemente legítimos, como a salvação de alguém querido ou a saúde de uma criança são alimentados pela energia de um espírito autoritário.

“ME DÁ! ME DÁ! ME DÁ” NOSSA INTENÇÃO PRINCIPAL NÃO É O AVANÇO DO REINO DE DEUS, TAMPOUCO DESFRUTAR DO RELACIONAMENTO PRIVILEGIADO COM O REI. O INTERESSE PROPRIO É QUEM COMANDA, QUEM DÁ AS ORDENS!

CONCLUSÃO: Diferenças: 

Oração da criança mimada

Súplica: ORAÇÃO CENTRADA EM MIM MESMO: “ME DÁ! ME DÁ! ME DÁ” ; “ABENÇOA-ME, Ó, DEUS” – “CONCEDE UMA VIDA DE REALIZAÇÃO E ALEGRIA”.
Intercessão: Muda as coisas para mim: “Trabalha na vida dos outros e na minha particularidade, visando meu bem estar”.
Ação de graças: Obrigado pelas bênçãos alcançadas: “O Senhor é bastante útil; gostei; continue assim!”
Adoração: Eis minha gorjeta pelo seu serviço. “Cantarei e louvarei pelo que tens me dado”; Ei, adorar é fácil. Preciso apenas fazer brotar emoções intensas. Não se exige sacrifícios.
Relacionamento: Diga-me o que fazer para manter a onda favorável. “Farei a minha parte enquanto o senhor fizer a sua”.

Oração relacional
Oração relacional: Achegue-se e ouça. “Permaneça em Cristo”; “Deixe que a Palavra de Deus permaneça em você”
Adoração: Submeta-se como sacrifício vivo. “Abra mão de tudo o que é secundário em prol da união com Deus”
Ação de graças: Dá graças em todas as circunstancias. “Agradeça a Deus pela oportunidade única que cada benção ou provação nos apresenta”
Intercessão: Venha o teu reino por meio dos outros. “Muda o coração das pessoas de modo a que anseiam pelo cumprimento da tua vontade”
Petição: Com a mente de Cristo, peça e receba. “Expresso pelo gemer do Espírito”; Discernido pelo sondar do Pai; Promovendo a alegria do Filho”



terça-feira, 6 de março de 2018

A sina de José Gn 37.1-11


Introdução:  Amargura é como a erva daninha. Há duas formas de cuidar das ervas daninhas: cortá-las rente ao chão ou tirá-la pela raiz. Apenas o segundo método resolve a situação. Quando a amargura se ENRAIZA em sua vida, é praticamente impossível lidar com ela apenas no nível mais superficial; pode ser que a nossa escolha por perdoar pode começar no nível superficial, mas ela tem de se aprofundar.

Em Hebreus, lemos: “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe e por ela muitos se contaminem” (Hb 12.15).  Esse versículo ensina-nos duas coisas a respeito da amargura: Primeiro, ela TEM RAIZ; e, segundo, à medida que a raiz se espalha, ela contamina muitos. Um homem e uma mulher, amargurados podem infectar toda a comunidade e derrubar tuco com as chamas.

1)    José, o Sonhador
José tem apenas 17 anos quando a história bíblica se inicia. É o penúltimo de doze irmãos. Ele é talentoso e bonito. E também o filho preferido do pai; o pai de José – Jacó – deu-lhe de presente uma túnica belíssima toda ornamentada, o que, na verdade, seria o mesmo que declarar: “Quero que você receba a benção do primogênito”.

José também é um sonhador – não de passar o dia nas nuvens, mas de sonhos reais. Ele tem visões enquanto dorme, e estas se confirmam ser do Senhor. QUANTO MAIS ELE SONHA, mais cristalino fica que o Senhor tem grandes COISAS para ele (Jr 29.11-14). Em Genesis 37.5-8, temos os sonhos de José:

Certa vez José teve um sonho e o contou aos seus irmãos. Aí é que ficaram com mais raiva dele porque ele disse assim: — Escutem, que eu vou contar o sonho que tive. Sonhei que estávamos no campo amarrando feixes de trigo. De repente, o meu feixe ficou de pé, e os feixes de vocês se colocaram em volta do meu e se curvavam diante dele. Então os irmãos perguntaram: — Quer dizer que você vai ser nosso rei e que vai mandar em nós? E ficaram com mais ódio dele ainda por causa dos seus sonhos e do jeito que ele os contava. DEPOIS, JOSÉ, REVELA AINDA OUTRO SONHO:  “Eu tive outro sonho. Desta vez o sol, a lua e onze estrelas se curvaram diante de mim. Quando José contou esse sonho ao pai e aos irmãos, o pai o repreendeu e disse: — O que quer dizer esse sonho que você teve? Por acaso a sua mãe, os seus irmãos e eu vamos nos ajoelhar diante de você e encostar o rosto no chão? 


MOTIVOS PARA A AMARGURA
Certo dia, Jacó envia o jovem José para verificar se os irmãos mais velhos que apascentam as ovelhas da família nos montes da região, estão bem. Quando eles o veem, se aproximando, arquitetam um jeito para mata-lo “E VEREMOS O QUE SERÁ DOS SEUS SONHOS” (Gn 37.19-20).

2)    Traído pelos irmãos
Por sorte, um de seus irmãos, Rubén, interfere. Em vez de mata-lo, eles jogam o adolescente em um poço e deixam-no para morrer sozinho. A seguir, eles se sentam e almoçam. Enquanto almoçam percebem uma caravana de mercadores ismaelitas nas proximidades: “Aí Judá disse aos irmãos: — O que vamos ganhar se matarmos o nosso irmão e depois escondermos a sua morte? Em vez de o matarmos, vamos vendê-lo a esses ismaelitas. Afinal de contas ele é nosso irmão, é do nosso sangue. Os irmãos concordaram. Quando alguns negociantes midianitas passaram por ali, os irmãos de José o tiraram do poço e o venderam aos ismaelitas por vinte barras de prata. E os ismaelitas levaram José para o Egito”.

Depois, mergulharam a túnica de José no sangue de um animal morto e a apresentaram a Jacó. Eles contam a Jacó que acharam a túnica na estrada, induzindo-o a acreditar que José fora morto e devorado por algum animal selvagem. Jacó pranteia José por mais de vinte anos, enquanto seus mentirosos-invejosos filhos mais velhos mantém seu abominável segredo. OS IRMÃOS MAIS VELHOS SE ESQUECEM TOTALMENTE DE JOSÉ.

3)    Falsamente acusado
José chega ao Egito e como escravo, consegue proeminência ao cair nas graças de Potifar, CAPITÃO DA GUARDA ESPECIAL DO FARAÓ. E a Escritura declara que o “Senhor estava com ele e que tudo o que ele fazia prosperava em sua mão” (Gn 39.3). Em razão disso, ele torna-se um conselheiro confiável na casa de Potifar, torna-se responsável pela casa de Potifar. Mas, José atrai o OLHAR DA ESPOSA DE SEU PATRÃO:

“Potifar entregou nas mãos de José tudo o que tinha e não se preocupava com nada, a não ser com a comida que comia. José era um belo tipo de homem e simpático. Algum tempo depois, a mulher do seu dono começou a cobiçar José. Um dia ela disse: — Venha, vamos para a cama. Ele recusou, dizendo assim: — Escute! O meu dono não precisa se preocupar com nada nesta casa, pois eu estou aqui. Ele me pôs como responsável por tudo o que tem” Gn 39.6-8
Deus concedeu dois dons a José: Ele possuía uma beleza incomum e um caráter extraordinário. Lemos: “Todos os dias ela insistia que ele fosse para a cama com ela, mas José não concordava e também evitava estar perto dela. Mas um dia, como de costume, ele entrou na casa para fazer o seu trabalho, e nenhum empregado estava ali. Então ela o agarrou pela capa e disse: — Venha, vamos para a cama.
Mas ele escapou e correu para fora, deixando a capa nas mãos dela. Quando notou que, ao fugir, ele havia deixado a capa nas suas mãos, a mulher chamou os empregados da casa e disse: — Vejam só! Este hebreu, que o meu marido trouxe para casa, está nos insultando. Ele entrou no meu quarto e quis ter relações comigo, mas eu gritei o mais alto que pude. Logo que comecei a gritar bem alto, ele fugiu, deixando a sua capa no meu quarto” Gn 39.11-15
Imagine a injustiça dessa acusação! Quando Potifar chega em casa e ouve a história, ele, com raiva joga José, seu servo de confiança na prisão. Até o momento, José foi rejeitado pelos irmãos, separado de seu amado pai, sofreu maus-tratos físicos, foi vendido como escravo e, por fim, preso com algemas por um crime que não cometeu. Por que? Porque ele era um jovem dotado, bonito e extremamente talentoso que temia a Deus e tinha coração integro. 

4)    Esquecido por um amigo
José, enquanto está na prisão, conhece dois servos de Faraó, o copeiro e o padeiro do rei; eles ficam amigos, e José interpretou os sonhos deles com boa vontade. O sonho do padeiro revela a execução do mesmo. Mas o sonho do copeiro revela que será solto e reintegrado no cargo de copeiro do Faraó. Depois de interpretar o sonho deles, José, pede aos amigos que o recomendem junto ao rei (Gn 40.8-18). E, tudo aconteceu de acordo com a interpretação de José: por ocasião do aniversário do Faraó, o rei reintegra o copeiro e enforca o padeiro. CONTUDO, O COPEIRO “NÃO SE LEMBROU DE JOSÉ, ANTES SE ESQUECEU DELE” (Gn 40.23).

Na prisão, José teve de morrer três vezes: Ele já morrera para a família, agora, após ser acusado injustamente, tem de morrer para a sua reputação e, no fim, tem de morrer para seu único amigo! Talvez seus sonhos tivessem morrido naquele dia em que tinha TODOS OS MOTIVOS PARA ACREDITAR QUE PASSARIA O RESTO DA VIDA NA PRISÃO: “Chamou a fome sobre a terra, quebrantou todo o sustento do pão.
Mandou perante eles um homem, José, que foi vendido por escravo;
Cujos pés apertaram com grilhões; foi posto em ferros;
Até ao tempo em que chegou a sua palavra; a palavra do Senhor o provou”

5)
Mudando a sina – da amargura ao perdão
ESCOLHA VIVER NO FUTURO, NÃO NO PASSADO
Em Genesis 41, José é solto da prisão. Ele recebe um cargo de responsabilidade no governo de Faraó e casa-se com uma bela e jovem princesa, Asenate. Ele tem dois filhos. O nome dos filhos fornece um indicio da atitude dele: “Antes de começarem os anos de fome, José teve dois filhos com a sua mulher Asenate. Pôs no primeiro o nome de Manassés e explicou assim: “Deus me fez esquecer todos os meus sofrimentos e toda a família do meu pai.” No segundo filho pôs o nome de Efraim e disse: “Deus me deu filhos no país onde tenho sofrido.” Gn 41.50-52

José recusa-se a permitir que seu passado seja o prisma por meio do qual vê a sua vida. Ele não permite que seu passado altere e destrua qualquer esperança de se produtivo em seu presente e futuro. Deus fez com que José esquecesse tudo, e a graça dEle foi suficiente. Lembre-se do sentido do nome Efraim: “Deus me fez crescer na terra da minha aflição”. Deus, nos faz crescer na terra da nossa aflição – no ponto exato em que a dor é mais profunda e nosso futuro mais desanimador.

ESCOLHA LIBERTAR OS QUE COMETERAM INJUSTIÇA COM VOCE
Durante a fome, os irmãos de José vão ao Egito para comprar grãos. Eles ficam diante de José, mas não o reconhecem. Eles são testados por José, para ver se são dignos de confiança. Quando os seus irmãos retornam com Benjamim, José sabe que é o tempo de se revelar a eles:  “ José não conseguiu mais controlar a sua emoção diante dos seus empregados, de modo que gritou: — Saiam todos daqui! Por isso nenhum dos empregados estava ali quando José contou aos irmãos quem ele era. Ele começou a chorar tão alto, que os egípcios ouviram, e a notícia chegou até o palácio do rei” (Gn 45.1-2)
José chora de dor e amargura que ele enterrara no mais profundo de sua alma em um fluxo de lágrimas. Essas lágrimas são necessárias no processo de cura: “E José disse: — Cheguem mais perto de mim, por favor.

Eles chegaram, e ele continuou: — Eu sou o seu irmão José, aquele que vocês venderam a fim de ser trazido para o Egito. Agora não fiquem tristes nem aborrecidos com vocês mesmos por terem me vendido a fim de ser trazido para cá. Foi para salvar vidas que Deus me enviou na frente de vocês. Já houve dois anos de fome no mundo, e ainda haverá mais cinco anos em que ninguém vai preparar a terra, nem colher. Deus me enviou na frente de vocês a fim de que ele, de um modo maravilhoso, salvasse a vida de vocês aqui neste país e garantisse que teriam descendentes. Portanto, não foram vocês que me mandaram para cá, mas foi Deus. Ele me pôs como o mais alto ministro do rei. Eu tomo conta do palácio dele e sou o governador de todo o Egito.

“Voces me venderam, mas Deus me enviou”. O mal feito por seus irmãos, na verdade, era parte do plano de Deus. Deus é soberano até mesmo sobre a injustiça e o sofrimento de José. Eles muitos anos antes de Romanos 8:28: “todas as coisas contribuem juntamente para  o bem daqueles que amam a Deus”. JOSÉ FOI CAPAZ DE VER DEUS EM MEIO À MALDADE.