Com quem acha que está falando?
Apocalipse 1: 10-18
Introdução:
. O bondoso amigo (hino
200) essa canção foi composta por um
jovem, num dos momentos mais delicados de sua vida, onde, literalmente, pôde
contar com a amizade
de Cristo para superá-los. O irlandês Joseph tinha 25 anos e estava para se casar. Porém, um
dia antes do seu casamento, a noiva morreu, vítima de afogamento. Triste, ele
decidiu começar nova história no Canadá. No novo país, ele começou a dar aulas
e conheceu Eliza Roche, que era parente de um de seus alunos. Ele se apaixonou
por ela e decidiram ficar noivos. O inesperado aconteceu! Eliza ficou doente e
faleceu antes que pudessem se casar. Assim, as esperanças deste jovem pareciam
desfalecer. Embora possuísse razões para estar confuso e com a fé abalada,
Joseph encontrou consolo em Deus para começar em uma igreja Batista em
Plymouth. Ele não se casou, e passou o resto da vida dando seu tempo,
dinheiro e roupas para ajudar os menos afortunados, espalhando o amor e
compaixão de Jesus onde quer que fosse. Simultaneamente à morte de Eliza,
Joseph recebeu a notícia de que sua mãe estava doente na Irlanda. Ele não podia
estar com ela, então escreveu uma carta de conforto, intitulada “Que amigo nós temos em Jesus”. Muitos
anos depois, um amigo estava conversava com Joseph, que estava adoentado,
e ficou muito impressionado quando o ouviu falar dos cartas, inclusive “Que amigo nós temos em Jesus”. O
resultado da visita foi que quase 30 anos depois de Joseph escrever a carta de
conforto para a mãe, o conteúdo foi publicado num livro chamado “Hinos e outros versos”. Pouco
tempo depois, o músico Charles C. Converse (1834-1918) decidiu colocar música
na letra de “Que amigo nós temos em Jesus”.
1)
A oração ...
Que imagem de Deus lhe vem à mente quando você
ora? Com que ele se parece? Talvez perceberá que não tem idéia alguma de quem é
Deus. NENHUMA IMAGEM VEM À TONA. Às vezes oramos de forma mais significativa
quando não temos nenhuma sensação de que ele esteja presente ou sequer exista. É
ENTÃO QUE UMA FÉ DELIBERADA, UM poderoso ato de vontade, sustenta nossas
orações. As orações MAIS RICAS SURGEM
com frequência de um coração emocionalmente vazio.
Em seu livro “Cartas do diabo ao jovem
aprendiz”, C. S. Lewis faz um demônio experiente aconselhar seu protegido,
sobre ás táticas do “inimigo” , que, do ponto de vista do inferno, é,
naturalmente, Deus. “Nunca somos nós
mesmos em medida maior que quando seguimos a Deus, quer sintamos quer não. É
durante períodos como esse que o homem está se tornando o tipo de criatura que
Deus quer. Daí as orações oferecidas nesse estado de aridez são as que lhe
agradam mais”.
E continua, o velho demônio aconselhando seu
pupilo: “Não se engane, nossa causa nunca é mais perigosa que quando um humano,
não mais desejando, mas ainda tencionando fazer a vontade do inimigo (Deus),
olha ao redor para um universo do qual todo traço dele parece ter desaparecido,
pergunta por que foi abandonado e ainda assim obedece”.
2)
Falsa imagem de
Deus
Alguma idéia de Deus está fixa em nossa mente
que provém menos de uma revelação direta de Deus que de contatos anteriores com
a igreja e com nossos pais terrenos.
Perguntado sobre qual era a imagem de Deus, enquanto falava com ele, um
cristão respondeu: “Um pigmeu numa cadeira de rodas”. Depois, explicou: “Às
vezes me sinto como se estivesse conversando com uma pessoa minúscula e
incapacitada demais, mesmo sendo bem intencionada para fazer muita coisa”.
Outra disse: “Eu nunca havia pensado nisso
antes, mas acho que visualizo Deus como um furioso homem grisalho de toga
comprida, braços estendidos e fogo saindo dos olhos: o tipo de pessoa que é
mais provável você encontrar num pesadelo”. Um outro cristão tem orado há dois
anos por um emprego que nunca vem e disse: “Quando oro, tudo o que vejo é um
olhar sem expressão”.
Ou, quando estamos diante da televisão e o
pregador da prosperidade nos exorta calorosamente: “Aproprie-se do favor de
Deus e prepare-se para as bênçãos. Ele ama derramar coisas boas sobre seus
filhos. Creia em Deus quando as coisas não estiverem fáceis, e elas vão
melhorar. Ele lhe dará a casa nova que você quer, um emprego melhor, um chefe
mais compreensivo. É isso que ele ama fazer”.
3)
Imagens comuns de
Deus
O
Deus que encontramos de Genesis a apocalipse, incluindo o Deus que vemos de
perto nos quatro evangelhos, é difícil de classificar. Quanto mais lemos, mais
profundo se torna o mistério. Ele é ao mesmo tempo afetuoso (Zc 2.8),
enfurecido (Ex 32.10), sensível (Is 49.15), arredio (Ex 19.12), brincalhão (Lc 7.34:
comilão e beberrão), santo (Is 6), acolhedor (Mt 11.28), aterrorizante (Ex 3:
esta terra é santa), responsivo e imprevisível.
O
COMPANHEIRO SORRIDENTE. Ele é imanente sem transcendência, está conosco mas não
acima de nós – um Deus que só gosta de estar com a gente sem fazer nenhuma exigência,
nenhuma obediência, só diversão. “Pense em Deus como um companheiro sorridente
e a oração não se tornará mais que um pedido de favores a um camarada”.
O
RELOJEIRO DOS BASTIDORES. As vezes sentimos que estamos num universo
indiferente, projetado e posto a funcionar por um artesão que nuca deixa sua
oficina. Ele fez o relógio, e agora tem outras coisas para fazer.
O
REI APREENSIVO. Imaginamos Deus ocupado com questões mais importantes do que os
nossos pedidos corriqueiros. Nossas orações parecem pequenas, indignas de
atenção do rei apreensivo.
O
PATRIARCA SEVERO. Deus pode ser obedecido mas não apreciado. A ideia de dançar
com a trindade torna-se quase ridícula, blasfema. (No Cristianismo Deus não é algo estático, mas sim dinâmico,
uma atividade pulsante, uma vida, quase que uma espécie de drama. Quase que, se
você não me achar irreverente, uma espécie de dança” C.S.Lewis). A
oração é rígida, desconfortável, resultado de transcendência (Deus acima de
nós) sem qualquer imanência (Deus conosco). A adoração carece de paixão, e
pedidos são feitos com voz tímida.
O AVÔ BONDOSO. O trabalho do avô é permitir que
os netos deixem de lados os legumes e vão direto para o sorvete. Uma garotinha
abraça seu pescoço. Uma menininho cutuca seu braço “tudo bem, você pode comer
doce antes do jantar, mas só um, está bom, talvez dois”.
4)
Quem é Deus?
João, autor de Apocalipse, um ancião com cerca de
oitenta anos, fora exilado no campo de prisioneiros da ilha de Patmos, sob
acusação de traição. Ele se recusou a derramar uma porção de incenso diante da
imagem de Domiciano e, assim, honrar o imperador romano Domine e Deus (Senhor e
Deus) e por essa razão foi considerado ateu e inimigo do estado. João foi
abandonando para morrer na ilha de Patmos.
Eis como ele saudou seus irmãos por carta: “Eu, João, irmão vosso e
companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na
ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Ap
1.9).
“Voltei-me
e vi um semelhante a filho do homem”. Centenas de anos antes Daniel
tivera uma visão de “um como o Filho do homem” que se dirigiu ao “Ancião de
Dias” (Dn 7.13). A expressão “filho do homem” refere-se à pessoa mais
importante da história. Jesus Cristo, o Filho de Deus!
“Com
vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro”. Jesus
usava a túnica cumprida de um sacerdote e uma faixa na altura do peito. Jesus é
o nosso sacerdote, a ponte entre o homem e Deus, a rodovia que leva à presença
do Pai. A faixa que está ao redor do peito, significa que sua obra já esta concluída.
Podemos agora adentrar a passos largos a sala do trono do céu. ESTÁ CONSUMADO!
“A sua
cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve”. João, sem
dúvida, folheou as paginas da mente até chegar a Isaias 1:18: “Ainda que os
vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve;
ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”.
“Os olhos
como chama de fogo”. Nada muda de forma mais profunda o coração humano
que se sentir mal na presença do amor, ser observado com tudo o que é
perversamente repugnante e ainda assim ser desejado – mais que isso, ser motivo
de deleite. Isso é graça.
“os pés
semelhante ao bronze polido, como que refinado numa fornalha”. Mais uma
vez, a mente de João recua, desta vez até Daniel. A estatua de Nabucodonosor:
tinha cabeça de ouro, peito de prata, pernas de bronze e pés de ferro misturado
com barro. Os pés não eram capazes de sustentar o peso do que os seres humanos
haviam construído. NOSSA AUTO-OBSSESSÃO ACABA DESTRUINDO TODA COMUNIDADE, TODA
CIVILIZAÇÃO. Mas, os pés de Jesus eram de BRONZE PROVADO PELO FOGO. Apesar de
toda nossa falha, a igreja nunca irá desaparecer. JESUS É CAPAZ DE SUSTENTAR
NOSSO PESO, TODO ELE.
Conclusão: “O
seu rosto brilhava como o sol na sua força”. “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor
faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre
ti levante o rosto e te dê paz” (Nm 6.24-26).
JESUS ESTÁ OLHANDO PARA MIM. SINTO SEU CALOR. ESTOU EM PAZ”.
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