terça-feira, 31 de maio de 2016

O chamado de Abraão. Gn 12.1-9


O chamado de Abraão é o acontecimento mais importante do Antigo Testamento. Aqui tem inicio a obra da redenção que fora prometida no jardim do Éden (Gn 3.15). Chama um homem para fundar a raça escolhida mediante a qual realizaria a restauração da humanidade. Moisés, escritor do livro, dedicou 11 capítulos ao que aconteceu antes de Abraão, ao passo que 13 capítulos se referem quase exclusivamente à vida pessoal de Abraão. As três grandes religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, reverenciam-no como o pai de sua fé.

1)    Deus chama Abrão.

Conhecemos esse homem pelo nome de Abraão, mas ele nasceu Abrão. Seu nome foi mudado por Deus, mas, durante os primeiros 99 de seus 175 anos, ele se chamou Abrão, que em hebraico é “pai exaltado”. Ele viveu em uma cidade próspera, agitada e civilizada conhecida como “Ur dos Caldeus”. A terra dos caldeus – também conhecida como Mesopotâmia – se localizava onde hoje esta o Iraque.


As pessoas da Mesopotâmia antiga adoravam um panteão mítico governado pelo deus da lua, conhecido como Sin, a quem consideravam “o senhor do céu” e “criador divino”. Tal como seus parentes e vizinhos, Abrão adorava ídolos e aceitava a existência de vários deuses como verdade (Js 24.2). Mesmo assim, Deus apareceu especificamente a Abrão e deu-lhe instruções personalizadas: “Sai da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei” (Gn 12.1).

Por que Deus escolheu Abrão? Abrão se afastara dos ídolos de seus ancestrais e buscara o Senhor? Fizera-se digno da misericórdia divina? Longe disso! Deus escolheu Abrão por motivos  conhecidos apenas no céu. Podemos dizer com certeza que Abrão não havia feito nada para merecer o favor divino.

O chamado de Deus a Abrão começou com um imperativo: “Sai da sua terra”.  Abrão tinha de deixar para trás tudo que ele considerava fonte de segurança e provisão – terras e parentes – e confiar que Deus honraria seu compromisso (Hb 11.8).

Você teria a mesma coragem? Coloque-se no lugar de Abrão. Voce tem pouco mais de 75 anos e uma esposa na casa dos 65. Viveu em um único lugar durante toda a sua vida. Tem uma propriedade estabelecida numa cidade familiar, em meio a parentes e à comunidade que você conhece desde que nasceu. DE REPENTE, O SENHOR LHE APARECE em uma manifestação física – seja visual, seja auditiva – cuja aparição não se pode negar, e ele lhe diz que faça as malas e pegue a estrada rumo a um destino não revelado. Consegue imaginar as conversar de Abrão com amigos e vizinhos?

_ Bom, vejo que você está fazendo as malas, Abrão.
_ É.
_ É mesmo? Voce vai sair da cidade?
_ Sim, vamos partir daqui a alguns dias.
_ Sabe, você já não é tão moço. Está pronto para começar do zero em outro lugar?
_ Estou sim. Sarai e eu estamos nos mudando.
_ Sério? Para onde vocês vão?
_ Eu não sei.
_ Voce está arrumando tudo o que tem, deixando tudo o que lhe é familiar, e não faz ideia do lugar para onde está indo? Acaso perdeu o juízo?

2)    Aliança de Deus com Abrão – aliança incondicional.
Temos vários tipos de aliança no Antigo Testamento. No jardim do Éden, Deus estabeleceu uma aliança com Adão e Eva: “Coma livremente de qualquer arvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2.16-17). Perceba a promessa: “no dia em que dela comer, certamente voce morrerá” (v.17).

Um pouco mais à frente nas escrituras, chegamos ao tempo de Noé, quando Deus disse: “Darei fim a todos os seres humanos, porque a terra encheu-se de violência por causa deles. Eu os destruirei com a terra. Voce, porém, fará uma arca” (Gn 6.13-14). 
Quando as águas do dilúvio baixaram, o Senhor prometeu:
Estabeleço uma aliança com vocês: Nunca mais será ceifada nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio; nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra. Este é o sinal da aliança que estou fazendo entre mim e vocês e com todos os seres vivos que estão com vocês, para todas as gerações futuras: o meu arco que coloquei nas nuvens. Será o sinal da minha aliança com a terra” (Gn 9.11-13).


E a aliança que Deus  fez com Abrão foi incondicional. Deus deu uma ordem ao patriarca, e Abrão tinha de obedecer para poder receber as bençãos do Senhor. Mesmo assim, as promessas não continham nenhuma declaração to tipo “se/então/”. Eram simples declarações: 

·        “Farei de você um grande povo” (Gn 12.2)

·        “(Eu) o abençoarei. Tornarei famoso o seu nome” (v.2)

·        “Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem” (v.3)

·        “Por meio de você todo os povos da terra serão abençoados” (v.3).

Essa Aliança continha três aspectos: UMA BENÇÃO NACIONAL, UMA BENÇÃO PESSOAL E UMA BENÇÃO INTERNACIONAL.

2.1 ) UMA BENÇÃO NACIONAL. Os descendentes de Abrão seriam suficientemente numerosos para formar uma grande nação. Não devemos desprezar o fato de que Deus deu essa garantia a um homem que estava na casa dos 70 anos! A esposa de Abrão, então com 65 anos, não dera à luz nenhuma criança. CONTUDO, o Senhor prometeu: “Farei de você um grande povo”. Essa promessa demorou 25 anos!

2.2 ) UMA BENÇÃO PESSOAL INCONDICIONAL. Isso incluía grande riqueza,assim como proteção pessoal. Mais adiante na história, somos informados que “Abrão tinha enriquecido muito, tanto em gado como em prata e ouro” (Gn 13.2). Ele era conhecido por receber muitas bençãos de Deus, incluindo “ovelhas e bois, prata e ouro, servos e servas, camelos e jumentos” (Gn 24.35). O povo de Canaã se referia a ele como “um príncipe de Deus em nosso meio” (Gn 23.6).

2.3).  UMA BENÇÃO INTERNACIONAL. Mais importante que as bençãos nacional e pessoal, uma benção foi posta por Deus sobre toda a humanidade: “Por meio de você todos os povos da terra serão abençoados” (Gn 12.3). Isso se refere a todas as raças e nacionalidades – o mundo inteiro. Deus traria uma benção a todas as pessoas através dos descendentes de Abrão, a nação hebreia.  Esse povo seria “um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex 19.6), responsável por conduzir as nações ignorantes, supersticiosas e idólatras a um relacionamento com o verdadeiro Deus criador (Is 42.6-7). 

3 ) A falta de obediência de Abraão – Atos 7.2-4.
Abrão foi instruído por Deus a sair “da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai” e ir para um lugar a ser revelado posteriormente. Infelizmente, ele não respondeu com obediência completa, mas apenas em parte. Quando saiu de Ur, Abrão levou consigo seu pai, Terá, e seu sobrinho Ló. Abrão seguiu na direção de Canaã – a terra que Deus lhe prometera – , mas não seguiu além de Harã. Em Harã havia um altar ao deus Sin – deus da lua -. Não seria difícil imaginar que o pai de Abrão, a vida toda fora devota dessa divindade. Foi por isso que o Senhor instruiu Abrão a deixar sua família.

Conclusão: Se você sabe o que Deus quer que você faça, a obediência não é complicada. Pode ser difícil, mas não é complicada. Pare de esperar até que seja fácil e desista da busca por alternativas. O TEMPO DE OBEDECER CHEGOU. AGORA...

Bibliografia: Abraão - Charles R. Swindoll
                      O Pentateuco - Paul Hoff


sábado, 28 de maio de 2016

Janela 4/14.



Trata-se de uma janela não geográfica mas das faixas etárias. Diante da pergunta: “Com qual idade você conheceu a Jesus Cristo como Seu Salvador Pessoal”, a pesquisa revela que, em cada grupo de 100 crentes:

04% receberam a Cristo depois dos 30 anos;
10% receberam a Cristo entre 15 e 30 anos;
35% receberam a Cristo entre 10 e 15 anos;
50% receberam a Cristo entre 4 e 10 anos;
01% receberam a Cristo entre 0 e 4 anos.



Observe bem que dentro da JANELA 0/14 temos 86% de decisões por Cristo.
O escritor George Barna chega a afirmar que o maior desafio hoje é formar uma geração com cosmovisão bíblica cristã, e que se uma pessoa não for conduzida a uma experiência pessoal com Jesus Cristo antes dos 15 anos de idade, as chances desta decisão ser tomada depois cai para apenas 6%.

III) CONCEITUANDO A JANELA 0/14

Dentro da tarefa evangelística/missionária, há uma janela que não tem sido levada em consideração — trata-se da janela 0/14.
Janela 0/14 é um conceito que vem sendo adotado pela Aliança Pró-Evangelização das Crianças, no Brasil, para identificar mais de 60% da população mundial, que não só não tem recebido a devida atenção por parte das igrejas e organizações missionárias como também tem sido, em muitos casos, totalmente negligenciada. A janela 0/14 inclui as pessoas de todo o mundo que estão na faixa etária de 0 a 14 anos.
Um fato impressionante é que 60% a 85% das pessoas que tomaram uma decisão ao lado de Cristo e hoje pertencem a uma igreja evangélica, o fizeram entre as idades de 0 a 14 anos.

IV) OLHANDO PARA O MUNDO ATRAVÉS DA JANELA 0/14
Quem olhar com cuidado para a janela 0/14 contemplará uma triste realidade: as crianças, em todos os continentes, têm sido marginalizadas, desprezadas e abusadas.
1) Na área educacional — Existem milhares de crianças analfabetas ou semi-analfabetas, sem acesso à instrução que possa lhes abrir portas para um desenvolvimento intelectual.

2) Na área familiar — É crescente o número de crianças inseguras por causa dos desajustes familiares e da ausência dos pais na formação de seus filhos. Muitas crianças acabam vivendo a maior parte do dia em escolinhas, creches ou com parentes. Alie-se a isto a falta de uma disciplina sadia e dentro dos preceitos bíblicos e temos a "receita" para fazer surgir uma geração rebelde.

3) Na área física — Não se pode precisar o número de crianças traumatizadas pelos maus tratos corporais (espancamentos, queimaduras, mutilações, falta de alimentos, roupas e remédios). Quem descreverá a aflição das crianças que passam pelos campos de refugiados ou vivem em países onde há guerras?
4) Na área psicológica — Não há estatísticas que informem quantas crianças vivem perturbadas pelas ameaças, humilhações e privações de ordem emocional.

5) Na área religiosa — Há um sem-número de crianças enredadas nas malhas das religiões e seitas, nas quais a Salvação depende das boas obras e do esforço pessoal, ou onde o ocultismo, a feitiçaria e a superstição estão presentes.

6) Na área sexual — Atualmente, milhões de crianças vivem humilhadas, sendo levadas a participar de práticas eróticas, exploradas no comércio da prostituição e usadas na indústria da pornografia. O estupro é outra experiência traumática que deixa duradouras marcas.

7) Na área social — Quantas crianças, abandonadas pelos pais e pela sociedade, perambulam pelas ruas das principais cidades do mundo?

8) Na área trabalhista — Em muitos lugares, as crianças são exploradas, sem garantia de emprego, sendo submetidas a jornadas excessivas de trabalho em atividades das mais penosas e difíceis, algumas até ilegais. Há crianças que ficarão com a saúde irremediavelmente afetada devido aos trabalhos que realizam.
Este quadro desolador e constrangedor pode ser encontrados em todos os níveis sociais, sem exceção, e nos leva a clamar: o povo da janela 0/14 necessitaa ouvir o evangelho.

V) OLHANDO PARA A IGREJA ATRAVÉS DA JANELA 0/14
Embora haja igrejas que investem nas crianças, procurando suprir as necessidades dos seus "cordeiros" da janela 0/14, há muitas igrejas que se preocupam apenas em usar as crianças como “iscas”, literalmente, para atrair os seus pais e avós, sem um genuíno interesse na evangelização de discipulado das crianças. O quadro geral é bem desanimador:

 Poucas pessoas habilitadas para ministrar a Palavra de Deus às crianças de forma correta. Os professores são despreparados.

 Poucas atividades envolvendo as crianças em experiências de aprendizado e de serviço ao Senhor: Escola Dominical, EBF, Campanhas, Encontros, Coral Infantil, Sociedades Internas, Acampamentos, etc.
• Pouco material didático apropriado para o trabalho: quadro de giz, flanelógrafo, retro-projetor, slaides, vídeo, trabalhos manuais, cartazes, fantoches, etc. 

 Pouco interesse em investir para se dar o melhor, em todos os aspectos, para que as crianças tenham prazer em estar na igreja e possam conhecer a Salvação em Cristo e crescer na vida cristã.

 Pouca convicção quanto ao fato de que uma criança pode e necessita nascer de novo, reconhecendo que é pecadora e que o sacrifício de Jesus na cruz em seu lugar é suficiente, e que ao receber a Cristo ela passa a ter a vida eterna.
Se uma pessoa, enquanto é criança e faz parte da janela 0/14, passar pela igreja sem receber a Cristo como seu Salvador pessoal, corre o risco de tornar-se apenas uma pessoa "igrejada".
Se a igreja não se preocupar em evangelizar as suas próprias crianças, evangelizará as outras crianças da sua vizinhança, de outras cidades, de outras nações? Infelizmente, não.

VI) OLHANDO PARA A BÍBLIA ATRAVÉS DA JANELA 0/14
Há muitos textos nas Escrituras a respeito das crianças, e em sua maioria estão na forma de mandamentos:
1) Deuteronômio 6:6,7—"Estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te".

2) Deuteronômio 31:12 — "Ajuntai o povo, os homens, as mulheres, os meninos, e o estrangeiro que está dentro da vossa cidade, para que ouçam e aprendam, e temam ao Senhor vosso Deus, e cuidem de cumprir todas as palavras desta lei".

3) Provérbios 22:6 — "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele".

4) Mateus 18:5,14— "E quem receber uma criança tal como esta, em meu nome, a mim me recebe... Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos".

5) Marcos 10:14-16— "Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava".

Tanto no Velho como no Novo Testamento, o povo de Deus é desafiado a conduzir as crianças ao Senhor e ensiná-las nos Seus caminhos. A Bíblia é clara em mostrar que a criança é pecadora (Salmo 51:5) e necessita colocar a sua confiança em Deus (Salmo 78:7) para não vir a se perder (Salmo 78:8 e Mateus 18:14).
Jesus também ensinou claramente que a infância é o tempo ideal para a salvação (Mateus 18:1-4). Não é a criança que tem de tornar-se adulta para receber o reino de Deus; pelo contrário, é o adulto que precisa tornar-se como uma criança.

VII) OLHANDO PARA A EXPERIÊNCIA ATRAVÉS DA JANELA 0/14
Como já foi mencionado, 60% a 85% das pessoas que hoje são nascidas de novo, fizeram esta decisão entre 0 e 14 anos. Por quê? Uma criança tem características próprias, que são favoráveis a que venha receber a Cristo:

• É humilde e facilmente reconhece que é pecadora.

• Está numa fase da vida quando é mais fácil crer.

• Está menos presa a vícios e pecados.

Após os 14 anos a situação é completamente diferente: o orgulho, a incredulidade, a desconfiança e o pecado vão dominando o coração. Também há crescentes pressões que vão surgir em sua vida após os 14 anos, as quais aos poucos vão excluindo Deus: muitos estudos, muitas atividades interessantes, a influência dos colegas, a necessidade de trabalhar, etc.
Tem sido comprovado que, na faixa etária dos 15 aos 30 anos, o número dos que fazem a sua decisão por Cristo diminui para 10% a 25%.
A prova de que, à medida que a idade avança, torna-se mais difícil uma decisão por Cristo, está nas estatísticas que afirmam que acima dos 30 anos o número de decisões cai para 5% a 15%.
Se a experiência tem demonstrado que nesta janela 0/14 o trabalho é mais frutífero, por que não se avança com mais estratégias para alcançar este "povo"?
As crianças necessitam urgentemente de algo ou alguém em que possam firmar sua vida, pois há muita instabilidade ao seu redor. Só o Senhor Jesus pode ser este firme fundamento, não apenas para o tempo mas para toda a eternidade.
Outro dado muito importante e significativo é que 70% a 85% dos missionários que avançam mais para anunciar o Evangelho, aprendendo uma nova língua e deixando a sua própria cultura, também fizeram sua decisão por Cristo na faixa etária antes dos 14 anos. Este tipo de missionário é o mais necessário para se completar a tarefa ordenada por Jesus!
Ganhando-se uma criança para Cristo, ganha-se não apenas uma vida salva para toda a eternidade mas também uma vida útil ao serviço de Deus.

VIII) OLHANDO PARA O IMENSO DESAFIO DA GRANDE COMISSÃO ATRAVÉS DA JANELA 0/14
Numa população mundial acima de seis bilhões de pessoas, um pouco mais de três bilhões, seguramente, são crianças:
340 milhões na África;
350 milhões na América;
l,9 bilhão na Ásia;
300 milhões na Europa;
150 milhões no Oriente Médio;
15 milhões na Oceania.
Só no Brasil, o número de crianças até 14 anos de idade chega a mais de 50 milhões.
Pode-se afirmar que, quantitativamente, o maior desafio para a Igreja do Senhor Jesus Cristo nos dias de hoje é alcançar a janela 0/14. Em Mateus 18:14, Jesus disse: "Não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos".
É urgente que as igrejas e organizações missionárias trabalhem com afinco para ganhar o maior número possível de crianças, através das mais variadas estratégias, seja nas igrejas (EBFs, Campanhas, Eventos, Escolas Dominicais); seja nas casas dos crentes (Classes de 5 Dias, Classes de Boas Novas); seja em Instituições (Hospitais, Creches, Escolas); seja nas ruas, nas praias, nas beiras de rios, nos acampamentos, nas tribos mais distantes, etc.
Já estamos na 2ª Década do Século 21. Jesus retornará em breve.
A Igreja está avançando em todas as direções para alcançar todos os povos, até aos confins da terra. Muito trabalho está para ser realizado. A seara é imensa e os trabalhadores são poucos. Olhemos com cuidado, com dedicação, com amor, com esperança, com fé para a janela 0/14 e avancemos para alcançar todas as crianças do mundo inteiro com o precioso Evangelho de Cristo!
Venha para missões na janela 0/14.


Gilberto Celeti
superintendencia.apec@apec.com.br

terça-feira, 24 de maio de 2016

Cuidado com a ansiedade Fl 4.6-7


Introdução:  E o meu futuro? Vou sobreviver a essa epidemia? será que essa vacina vai sair, quando? Então, tantas perguntas, indagações, medos... o que fazer? É isso que o apostolo Paulo irá nos ensinar nesses versículos de Felipenses. 

O Salmo 3  expressam isso com perfeição. “Senhor, muitos são os meus adversários” (Sl 3.1). O salmista estava enfrentando dificuldades em três dimensões: os inimigos são numerosos, sobrepujando-me com sua quantidade (“muitos são”); agressivos, tornando minha situação urgente (“muitos se rebelam contra mim”) e estão fazendo pouco de mim, desprezando a minha fé e desmoralizando o meu espírito (“muitos os que dizem a meu respeito: Deus nunca o salvará!”).  Mas, diz o salmista:  “Eu me deitei e dormi”, diz o salmista. Qualquer pessoa pode se deitar, mas a pergunta é: ela pode dormir? O Salmista conta que estava cercado por inimigos, e por dificuldades e provações, e o seu poderoso testemunho é que, apesar de tudo isso, ele podia se deitar e dormir, e acordar seguro e confiante de manhã, porque confiava no Senhor. Por quê? Porque o Senhor estava com ele, guardando-o.


1)    Não estejais inquietos.
“Não estejais inquietos por coisa alguma”. Essa é uma injunção negativa – algo a evitar. Versões: Não andeis ansiosos por coisa alguma (Almeida Revisada); Não andeis cuidadosos de coisa alguma (Sociedade Biblica Britanica). “Não andeis ansiosos”. “Inquieto” significa “sem quietude”, sem tranqüilidade, todo nervoso, com a tendência de preocupar demais com as coisas.  É a mesma palavra que Jesus usou no Sermão do monte, na passagem de Mateus, capitulo seis: “Não andeis cuidadosos...”. Siginifica que não devemos andar ansiosos, preocupados, que não devemos ponderar ou meditar demais nas circunstancias, não ter essa nervosa solicitude a respeito da situação.


E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”(v.7). Ou, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus. É a mente e o coração que produzem esse estado de ansiedade, de preocupação e solicitude mórbida. Aqui o “coração” não significa apenas a sede das emoções; significa a parte central da nossa personalidade. A “mente” pode ser traduzida, pelo termo “pensamento”.

 O que Paulo afirma é que podemos controlar muitas coisas em nossa vida, e muitas das circunstâncias ao nosso redor, mas não podemos controlar nosso coração e nossa mente. “Este estado de ansiedade, é algo que de certa forma está fora do controle; acontece apesar de nós mesmos” (Sl 77.1-4). A ansiedade é negativa: “E se tal coisa acontecer? Tudo está razoavelmente sob controle hoje, mas e se amanhã de manhã, acontecer isso e aquilo? E ficamos pensando nisso por horas, agitados por essas imaginações. E, assim, nossos corações nos mantém acordados.

2)    O que fazer, diante da inquietude?

O que o apostolo diz que devemos fazer quando ameaçados pela ansiedade? Ele não se limita a dizer: “Parem de preocupar”. Isso é o que o senso comum e a psicologia nos dizem: “Parem de se preocupar, tenham domínio próprio”. O apostolo não diz isso, pela simples razão que é inútil dizer a uma pessoa nessa condição que pare de se preocupar. A psicologia chama esse mecanismo de REPRESSÃO.  Mas, se reprimimos a inquietude, desemboca-se no subconsciente.  Mas não só isso – é perda de tempo, dizer à pessoa comum que pare de se preocupar. É como dizer a um alcoólatra consumado que pare de beber. Ele não pode porque é prisioneiro desse vicio, dessa paixão. Da mesma forma, A BIBLIA NÃO DIZ: “NÃO SE PREOCUPE, ISSO TALVEZ NUNCA ACONTEÇA”.

Alguns aconselham  essas pobres pessoas infelizes que estão inquietas e preocupadas: “Não deve se preocupar, meu amigo, a preocupação é pecado, e toda a preocupação do mundo não vai fazer qualquer diferença”. Isso é verdade, e é bom senso, sadio e correto. Os psicólogos, por sua vez, dizem: “Não desperdice suas energias”. Mas alguém responderá: “Concordo com o que você diz,  que a preocupação não vai mudar em nada a situação permanece, e é ela que está meu causando esta ansiedade. O que você está dizendo é verdade, mas não resolve a minha dificuldade particular”.

O que nos recomenda Paulo?  “Vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus”. ESSA É A RESPOSTA! Talvez você indague: “Ah, mas eu já tentei, eu já orei; e não encontrei a paz de que você fala. Não obtive resposta. Não adianta me dizer para eu orar”. Mas, Paulo afirma: “NÃO ESTEJAIS INQUIETOS POR COISA ALGUMA; ANTES AS VOSSAS PETIÇÕES SEJA EM TUDO CONHECIDAS DIANTE DE DEUS PELA ORAÇÃO E SÚPLICAS, COM AÇÃO DE GRAÇAS”.


ORAÇÃO. Primeiro, ele diz que devemos orar. Paulo estabelece uma diferença entre oração, súplica e ação de graças. O que ele quer dizer com oração? Oração significa adoração e louvor. Antes de tornar suas petições conhecidas diante de Deus, orem, louvem, adorem. Entrem na presença de Deus, e esqueçam as suas dificuldades por um pouco. É só lembrar que está face a face com Deus.

SÚPLICA. Mas depois da oração vem a súplica. Agora estamos avançando. Depois de adorar a Deus porque Ele é Deus, tendo oferecido nossa adoração e louvor de forma geral, passamos agora as nossas súplicas, e o apostolo aqui nos encoraja a apresentar as nossas súplicas. Então trazemos nossas petições, aquelas circunstâncias que estão nos preocupando de forma particular.

AÇÃO DE GRAÇAS. Devemos agradecer a Deus pela sua bondade, seu amor, sua longanimidade. Não podemos ter qualquer dúvida em nosso coração sobre a bondade de Deus. Não pode haver qualquer indagação ou desconfiança; devemos ter razões positivas para dar graças a Deus.

CONCLUSÃO: “Orem e tornem os seus pedidos conhecidos diante de Deus, e Deus fará alguma coisa”. Não é a sua oração que vai fazer algo, nem vocês que vão fazer alguma coisa acontecer – é Deus. “A paz de Deus, que excede todo entendimento guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.


Guardará, essa expressão significa “pôr guarda à volta”. O que vai acontecer é que esta paz de Deus vai andar em volta dos muros e das torres da nossa vida. Nós estamos dentro, e as atividades da mente e do coração estão produzindo essas ansiedades e pertubações do lado de fora. Mas a paz de Deus as manterá do lado de fora, e nós mesmos, do lado de dentro, estaremos em perfeita paz.


terça-feira, 17 de maio de 2016

Reavivamento espiritual – Ap 3.1-6


Sardes foi capital da Lídia no século VII a.C. A cidade viveu seu melhor tempo nos dias do rei Creso. Era uma das cidades mais magníficas do mundo nesse tempo.  Situada no alto de uma colina, amuralhada e fortificada, sentia-se imbatível e inexpugnável. Seus soldados e habitantes pensavam que jamais cairiam nas mãos dos inimigos. Seus habitantes eram orgulhosos, arrogantes e autoconfiantes.

Mas, a cidade caiu nas mãos do Rei Ciro da Pérsia em 529 a.C., quando este a cercou por 14 dias; e quando os soldados estavam dormindo, ele penetrou com seu exercito por um buraco na muralha, e dominou a cidade. Depois, em 218 a.C., Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. Os membros dessa igreja entenderam nitidamente o que Jesus estava dizendo, quando afirmou: “Sede vigilantes!... senão virei como ladrão de noite” (Ap 3.3).

Quando João escreveu esta carta, Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. A igreja tornou-se como  a cidade. Em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida. A essa igreja Jesus envia uma mensagem revelando a necessidade imperativa de um poderoso reavivamento. E O PRIMEIRO PASSO PARA O REAVIVAMENTO É TER CONSCIENCIA DE QUE HÁ CRENTES MORTOS E OUTROS DORMINDO QUE PRECISAM SER DESPERTADOS.

1)    A NECESSIDADE DE UM REAVIVAMENTO (V.1). 


A igreja de Sardes vivia de aparências. As palavras de Jesus à igreja foram mais bombásticas do que o terremoto que destruiu a cidade no ano 17 d.C. A igreja tinha um nome, era respeitada, a fama era notável. Nenhuma falsa doutrina: não se ouve de balaamitas, nem dos nicolaítas, nem mesmo dos falsos ensinos de Jezabel. A igreja de Sardes não era atacada por ataques externos, pois quand uma igreja perde sua vitalidade espiritual, já não vale a pena atacá-la. “O DIABO NÃO PRECISOU PERSEGUIR A IGREJA DE FORA PARA DENTRO, ELA JÁ ESTAVA DERROTADA PELOS SEUS PROPRIOS PECADOS”.

A igreja tinha fama, mas não vida. A igreja tinha pompa, mas não Pentecoste. A igreja tinha exuberância de vida diante dos homens, mas estava morta diante de Deus. Deus não vê como o homem. A fama diante dos homens nem sempre é glória diante de Deus. A igreja tinha uma fé nominal. Seus membros pertenciam a Cristo apenas de nome, porém não de coração.

2)    O REAVIVAMENTO É NECESSÁRIO QUANDO HÁ CRENTES QUE ESTÃO NO CTI ESPIRITUAL, EM ADIANTADO ESTADO DE ENFERMIDADE ESPIRITUAL (3.2).

Na igreja havia crentes espiritualmente em estado terminal. A maioria dos crentes apenas tinha seus nomes no rol da igreja, mas não no livro da vida. Mas havia também crentes doentes, fracos, em fase terminal. O mundanismo adoece a igreja. O pecado mata a vontade de buscar as coisas de Deus.

3)    O REAVIVAMENTO É NECESSÁRIO QUANDO HÁ CRENTES QUE EMBORA ESTEJAM EM ATIVIDADE NA IGREJA, LEVAM UMA VIDA SEM INTEGRIDADE (V.2).


Estes cristãos viviam uma vida de duplicidade de caráter. Honravam a Deus com os lábios, mas o coração estava longe  do Senhor (Is 29.13). Os cultos eram solenes, mas sem vida, vazios de sentido. A vida de seus membros estava manchada pelo pecado.  ERAM hipócritas. Davam esmolas, oravam, jejuavam, entregavam o dizimo, com o fim de ganhar a reputação de serem bons religiosos. Eles eram como sepulcros caídos. Ostentavam aparência de piedade, mas negavam seu poder (2 Tm 3.5): formalidade sem poder, reputação sem realidade, aparência externa sem integridade interna, demonstração sem vida.

4)    O REAVIVAMENTO É NECESSÁRIO QUANDO HÁ CRENTES SE CONTAMINANDO ABERTAMENTE COM O MUNDANISMO (3.4).
A maioria dos crentes estava com as vestes contaminadas. Isso é um símbolo da corrupção. O pecado estava como um câncer no seio da igreja. Por baixo da aparência piedosa daquela respeitável congregação havia impureza escondida na vida de seus membros. Esses cristãos viviam uma vida moralmente frouxa. O mundo estava entrando dentro da igreja. A igreja estava se tornando amiga do mundo, amando o mundo e se conformando com ele.

5)    OS IMPERATIVOS PARA O REAVIVAMENTO.
a)     Uma volta urgente a Palavra de Deus (3.3). O que é que eles ouviram e deviam lembrar, guardar e voltar? A Palavra de Deus! A igreja tinha se apartado da pureza da Palavra. UMA IGREJA PODE SER REAVIVADA QUANDO VOLTA AO PASSADO E LEMBRA DOS TEMPOS ANTIGOS, DO SEU FERVOR, DO SEU ENTUSIASMO, DA SUA DEVOÇÃO A JESUS. “O primeiro sinal de reavivamento é a volta do povo de Deus à Palavra”. AVIVAMENTO NÃO PODE SER CONFUNDIDO COM CULTOS ANIMADOS, FESTIVO, INOVAÇÕES LITÚRGICAS, DONS CARISMÁTICOS, MILAGRES EXTRAORDINÁRIOS.


b)    Uma volta à vigilância espiritual (3.2). Sardes caiu porque não vigiou. A cidade de Sardes era inexpugnável, nunca fora conquistada em ataque direto; mas duas vezes na história da cidade ela foi tomada de surpresa por falta de vigilância da parte dos defensores. PORTANTO, Jesus alerta que se ela não vigiar, se ela não acordar, Ele virá a ela como o ladrão da noite, inesperadamente. Para aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se converteram, aquele dia será dia de escuridão e não de luz (Mt 7.21-23).

Alguns membros da igreja em Sardes estavam sonolentos e não mortos. E Jesus os exorta a se levantarem desse sono letárgico (v.4; Ef 5.14). Há crentes dormindo espiritualmente. São acomodados, indiferentes ás coisas de Deus. Não tem apetite espiritual. Não vibram com as coisas celestiais (Mt 12.20). Precisamos fortalecer os que estão com um pé na cova e socorrer aqueles que estão se contaminando com o mundo.

C) uma volta à santidade (v.4). a maioria dos crentes estava vivendo com vestes manchadas, e não tendo obras integras diante de Deus. As vestes sujas falam do pecado, de impureza, de mundanismo.

6) O AGENTE DO REAVIVAMENTO: JESUS!
a) Ele conhece o estado da igreja (3.1). Ele conhece nossa vida, nosso passado, nossas motivações. Seus olhos são como chama de fogo. Jesus vê que a igreja de Esmirna é pobre, mas aos olhos de Deus é rica. Ele vê que na igreja apóstata de Tiatira havia um remanescente fiel. Ele vê que a igreja de Sardes tem uma reputação de ser viva e avivada, mas está morta. Ele vê que a igreja de Filadélfia tem pouca força, mas abriu uma porta aberta. Ele vê que igreja de Laodicéia que se considerava rica e abastada não passava de uma igreja pobre e miserável. JESUS SABE QUEM SOMOS!

B) Ele pode trazer reavivamento, porque é o dono da igreja (v.1). Ele tem as sete estrelas. As estrelas são os anjos das sete igrejas. As estrelas estão nas mãos de Jesus. A igreja pertence a Jesus. Ele controla a igreja. Ele tem autoridade e poder para restaurar a igreja. Ele disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Sua igreja.

c) Jesus é quem reaviva a igreja por meio do seu Espírito (v.1). O diagnóstico da igreja de Sardes era morte espiritual. Cristo é o que tem o Espírito Santo, o único que pode dar vida.  A IGREJA PRECISA PASSAR POR UM AVIVAMENTO OU ENFRENTARÁ UM SEPULTAMENTO (Ez 37.6).

CONCLUSÃO: O vencedor receberia vestes brancas, símbolo de festa, pureza, felicidade e vitória. Sem santidade não há salvação. Sem santificação ninguém verá o Senhor. Quem não se envergonha de Cristo agora, terá seu nome proclamado no céu por Cristo (Ap. 3.5).



Bibliografia: Apocalipse - Hernandes Dias Lopes. 


sábado, 14 de maio de 2016

Silêncio no céu – Apocalipse 8.1-6


Algo que nos desconcerta é sentir o céu em silêncio. Se oramos e não obtivemos resposta, se não sentimos paz, então nos sobrevêm uma ansiedade que nos consome.  Alguns homens que experienciaram o silêncio de Deus.

Moisés: “Se assim me tratas, mata-me de uma vez, eu te peço se tenho achado favor aos teus olhos; e não me deixes, ver a minha miséria”. Nm 11.15

Elias, diante de Jezabel: “foi ao deserto, caminho de um dia, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse: Basta, toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (1 Rs 19.4).

Jonas: “Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é morrer do que viver” (Jn 4.3).

Jeremias:  “Maldito o dia em que nasci; não seja bendito o dia em que minha mãe me deu à luz. Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho; alegrando-o com isso grandemente. Por que não me matou na madre? Assim minha mãe teria sido a minha sepultura, e teria ficado grávida perpetuamente! Por que saí da madre, para ver trabalho e tristeza, e para que os meus dias se consumam na vergonha?”.  Jr 20.14-18

Paulo:  “Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos”. 2 Coríntios 1:8

Jó: Depois disto abriu Jó a sua boca, e amaldiçoou o seu dia.
E Jó, falando, disse: Pereça o dia em que nasci, e a noite em que se disse: Foi concebido um homem! Converta-se aquele dia em trevas; e Deus, lá de cima, não tenha cuidado dele, nem resplandeça sobre ele a luz.
Jó 3:1-4

1)    Quando há silêncio no céu preparam grandes coisas.


Segundo o versículo 2: E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas.  O silêncio no céu não é sinal de inatividade e, sim, de cuidados e preparação. Sete anjos, todos com trombetas nas mãos. As trombetas são símbolos de anúncios e libertações.
Oramos e não ouvimos resposta. Pedimos orientação e continuamos confusos. As vezes, desesperamos. Mas, os anjos estão de pé, em prontidão, cada músculo retesado, aguardando uma ordem de Deus para começar a tocar.

2)    Quando há silencio no céu, as orações são recebidas.


E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.

E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. INCENSO, SIMBOLO DAS NOSSAS ORAÇÕES.


Deus estabeleceu o material para a confecção do incenso (Ex 30.34-37). O primeiro material é o estoraque: uma resina extraída de uma árvore sem cisão, sem corte. O que é isso? Que a oração, louvor precisa fluir com espontaneidade, livremente. O segundo é ônica: esse produto era tirado de um molusco marinho, das profundezas do oceano. O que significa? Que as orações e louvores precisam vir das profundezas da nossa alma. Jesus deu duas características do culto verdadeiro: tem que ser em espírito e em verdade. O terceiro produto é o gálbano: era uma árvore do deserto e tinha que recolher as folhas e triturar, massar e esmagar.  O que significa? Que a oração tem que brotar de um coração quebrantado. O quarto elemento é o sal: sal fala de pureza, nossa própria vida. 


Salmo 142.2: Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde.

Salmo 40.1-3: Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos.E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, e temerão, e confiarão no Senhor.

3)           Quando há silencio no céu, ouve-se barulho na terra.


“E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovôes, vozes, relâmpagos e terremotos”. V.5

Começamos a orar por algo ou por alguém e parece que tudo se transtorna. QUIETUDE NO CÉU E BARULHO NA TERRA.

Dizem que a noite é sempre mais escura antes do amanhecer...Tal escuridão, no entanto, não é o atestado de óbito da nossa esperança, mas a certidão de NASCIMENTO DA NOSSA VITÓRIA.

Conclusão: Quando há silêncio no céu, Deus envia sua resposta.

 
 

terça-feira, 10 de maio de 2016

Vivendo a vida cristã.  Hb 13.1-8

Em todos os capítulos de hebreus, vimos o apóstolo tem desfilado diante de nós as glórias do Senhor Jesus Cristo e as bençãos que vêm por seu intermédio. Ele insistiu para que não déssemos as costas a Jesus e nos advertiu com franqueza que, se o abandonarmos, haverá um lugar para nós: trevas exteriores.  Mostrou-nos a necessidade de continuar a corrida até o momento de nossa morte, perseverando com passos firmes e definidos no progresso espiritual.  E, agora, neste capítulo, o autor enumera declarações breves que ressaltam áreas da vida do cristão.

1)   Dê atenção especial aos relacionamentos com outros cristãos (13:1-3).


Todos os cristãos – mesmo aqueles que não temos afinidade – são nossos irmãos. É um fato. Todo cristão, seja ele homem ou mulher, é irmão, quer eu o trate bem ou não (1 Jo 4:20-21).  Será que entendemos isso na prática? Tenho de simplesmente perguntar como eu trataria um irmão de sangue que aparecesse na igreja sem avisar previamente. É assim que devo tratar meus irmãos espirituais em Cristo. 


 Os judeus tinham o provérbio: "Há seis coisas cujo fruto o homem come neste mundo e pelas quais seu corpo se ergue no mundo futuro". E a lista começa: "Hospitalidade para com o estrangeiro e visitar os doentes".

A hospitalidade era muito importante no primeiro século da era cristã. A maioria das pensões e hospedaria era extremamente básica, sem conforto, e muitas eram de baixa reputação. Quem pode dizer quantas vidas foram, por meio da hospitalidade, fortalecidas, enriquecidas e transformadas através dos séculos, até os dias atuais? Tanto Abraão quanto Ló receberam em seus lares verdadeiros mensageiros de Deus, sem saber, pelos menos no começo, que hospedavam anjos.

Se hoje eu soubesse que meu irmão de sangue está preso, o que eu faria? Imediatamente pensaria em como ele se sentiria (3 a). Pensaria no que estaria precisando, fosse ajuda, cartas, uma visita, roupas, papel, livros, o que fosse.  Não deverá ser diferente com meus irmãos espirituais. Não estão presos como criminosos, mas por terem sido fiéis ao Senhor Jesus Cristo. Poderia ter sido eu! Não adianta dizer: não os conheço. São meus irmãos! O que estou fazendo?

Tertuliano em sua Apologia escreve: "Se acontecia que alguém se encontrasse nas minas ou fosse proscrito nas ilhas ou lançado nas prisões por nenhuma outra razão que por sua fidelidade à causa da Igreja de Deus, eram cuidados como meninos de peito”. 

Aristides, o orador pagão, disse dos cristãos: "Se ouvirem que algum deles está na prisão ou passa tribulação por causa do nome de seu Cristo, todos lhe prestam ajuda em sua necessidade e se podem resgatá-lo, o põem em liberdade".

O dia em que eu tratar todos os crentes pelo que realmente são – meus irmãos – não somente minha própria vida como também a vida desses irmãos será de progresso espiritual.

2)  Nossa atitude para com o casamento (13.4).

No mundo depravado do primeiro século da era cristã, os laços do matrimônio significavam muito pouco. Quem se importava com o casamento? O resultado era que reinavam relações sexuais entre pessoas não casadas, como predominavam também o adultério e a homossexualidade. Diante disso, os cristãos, ensinavam que a pureza sexual era de tal forma importante que o evangelho exigia o celibato e o asceticismo – os cristãos não deviam se casar e deviam tratar seus corpos com severidade.


Mas, o apóstolo exorta que o caminho do Senhor é de castidade fora do laço do casamento e de prazer dentro desse vinculo. Os cristãos coerentes são parceiros fiéis e amorosos que criam e conservam lares estáveis, cheios de amor.

3)   Nossa atitude para com o dinheiro (13.5-6).

O Deus que disse “Não adulterarás” disse também “Não cobiçarás” (Ex 20.14,17), mostrando assim que a invejosa ansiedade por posses materiais é tão grave quanto os de natureza sexual. As palavras do apóstolo aqui se referem à cobiça geral e, em particular, ao amor ao dinheiro. O caminho de Deus para nós é do contentamento (Pv 30.7-9). O nosso Senhor nos declarou (Mt 6.25,32-34).


Alguns conselhos. Como resistir ao pecado? Evitar situações para não expormos aos pensamentos do mundo (novelas, programas humorísticos, etc), fugir de pessoas e lugares que despertem a luxuria sexual ou financeira; EXPOR NOSSA MENTE MAIS À MENTE DE DEUS (oração, leitura da Palavra de Deus, pregação, leitura de bons livros e amizades que fortaleçam nossa vida espiritual).

4)   Dê atenção especial à atitude apropriada quanto aos líderes cristãos (VS 7,8 e 17).



a)   Líderes do passado. “Lembrem-se dos seus líderes”, como traduz a NVI. São aqueles que “falaram a Palavra de Deus”. Ao lermos todo o versículo, fica evidente a referencia aos líderes do passado. São aqueles que “falaram a palavra de Deus”. Ao utilizar esse termo, o apostolo se refere, aos líderes, que já deixaram a vida terrena.  Isso é um tremendo antídoto à apostasia. Apostasia, judaísmo ou qualquer outro sistema é simplesmente incapaz de produzir homens e mulheres dessa estirpe.



b)  Líderes do presente (v.17). Aqueles líderes foram e jamais voltarão. Mas, Deus sempre levanta uma nova geração de líderes. Moisés foi sucedido por Josué, Elias por Eliseu e Paulo por Timóteo. Os líderes que morreram foram chamados para o seu tempo, e nossos líderes atuais são chamados “para conjuntura como esta” (Et 4.14). Não podemos nos esquecer que o Senhor estava com Josué do mesmo modo como esteve com Moisés (Js 1.5) e que, aqueles que zombam da nova liderança será julgados pelo Senhor, como prova o destino dos rapazes que insultaram a Eliseu (2 Rs 2.23-25).



Esta ovelha foi encontrada após peregrinar perdida por 6 anos. Ela carregava peso extra por não ter um Pastor para cuidar dela. E só levou 20 minutos para o Pastor cortar o peso extra que ela carregou em 6 anos, por não ter um Pastor. É tempo de perder o peso, culpa e vergonhas. Não carregue seus fardos sozinho. Volte pra igreja! volte pra Jesus.

Mas por que devemos nos submeter aos líderes espirituais e obedecer-lhes tão livremente? Porque somos todos propensos a nos desviar do Senhor. Precisamos de alguém que zele por nós. Todos devemos cuidar uns dos outros (3.13; 10.25), mas Cristo designou os pastores  para serem especialmente responsáveis por essa tarefa. No juízo final, eles terão de prestar contas de como desempenharam a tarefa. Terão de responder ao Senhor pelo exemplo que deram, o ensino ministrado por eles na igreja e o cuidado pastoral que praticaram. Que tremenda responsabilidade a deles!

Conclusão: O líder máximo (v.8). Jesus é o Sumo Pastor da igreja. Ele é aquele que nunca muda, nunca nos decepciona, nunca se aposenta nem vai embora e cujo poder está sempre à nossa disposição. Num mundo de constantes mudanças , que força e alivio é recitar o versículo 8!