terça-feira, 24 de julho de 2012


O caminho do deserto...

Deus nos leva por vários caminhos para realizar Seus propósitos em nossa vida. Alguns desses caminhos são árduos, são secos e pedregosos.


ABRAÃO foi chamado de sua cidade, Ur dos Caldeus, para uma grande obra: abençoar todas as nações do mundo. Mas entre Abraão e a terra onde ele deveria começar sua tarefa existia o deserto de Barom.

MOISÉs foi chamado por Deus para dar continuidade à obra de Abraão, uma obra imensa, que era levar todo povo de Deus até a terra prometida e lá fundar uma nação referencial, para abençoar todas as demais nações do mundo. Mas entre Moisés, o povo e a terra prometida estava o deserto do Sinai.

Elias (Meu Deus é Jeová), o príncipe dos profetas, antes do fogo descer e queimar o Holocausto e envergonhar os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, foi levado para o Querite (ser colocado no tamanho certo).

Jesus foi escolhido por Deus, ungido com Espírito Santo, batizado. Uma voz clamava do alto no seu batismo: “...este é o meu em quem tenho todo o meu prazer”.  Deus o escolheu para ser o redentor da humanidade, criar uma igreja e, através dela, abençoar toda a raça humana, transformar o mundo e preparar o caminho para uma nova terra e um novo céu. Mas havia o deserto da Judéia... A passagem diz que o Espírito Santo impeliu, levou, guiou Jesus para o deserto.

UM ESTUDO DE Luize Dortz.

Uma tese de doutorado em Psicologia Analitica que foi apresentada na Universidade da Califórnia. Ela apresentou esse estudo com o titulo: “O papel do Espírito Santo na transformação da personalidade do individuo”. Isso aconteceu em uma Universidade secular.

A doutora Luize descobriu, cientificamente, que há certos tipos de pessoas com quem Deus trabalha de uma maneira especial. São pessoas com todas as tendências para serem arruinadas, mas tiveram o quadro de sua vida totalmente revertido. E ela descobriu algo comum entre essas pessoas: todas estiveram no deserto de Deus.

Vejamos alguns exemplos que constam nessa pesquisa.

Ø O primeiro exemplo é o de Hans, um alemão que viu sua cidade ser destruída por bombas, viu a mãe com os irmãos dele fugir daquela violência. As memórias de sua infância e adolescência trazem gravadas a violência do pai que batia na mãe. Hans se tornou um missionário e pastor de renome!

Ø O segundo exemplo é de Grace. Ela foi violentada pelo pai, que lhe apontava um revolver para a cabeça. Ela teve depressão, cometeu várias tentativas de suicídio. Quem imaginaria que esta mulher se tornaria uma DAs grandes evangelistas do mundo?

Ø Doutora Luizes descobriu algo extraordinário em comum entre elas: receberam a obra do Espírito Santo em suas vidas. Só o Espírito Santo pode transformar situações ruins em maravilhosas. 

Ø Alguns aspectos comuns entre essas pessoas que passam no deserto de Deus: 1) Essas pessoas são vulneráveis. Pessoas abertas para tudo o quanto Deus quer; se abrem para o mundo e para tudo o que Deus designa a elas. 2) tais pessoas são buscadoras de Deus: pessoas que descobrem que no deserto não há mais nada, a não ser o próprio Deus; buscaram Jesus acima de todas as coisas. 3) Pessoas absolutamente dependentes de Deus, por estarem no deserto de Deus, que nos leva até lá para nos ensinar a dependência.

Ø Deserto  é a ausência de todas as ancoras emocionais, existências, espirituais. É o local do esvaziamento absoluto do homem. Não é ali que está a mãe, pai, igreja. Não. Só eu e Deus estamos lá. É nessa escola que Deus nos treina e nos ensina a viver única e exclusivamente dEle.

Ø Há pessoas muito idealistas, Deus as leva para o deserto da mesmice.

Ø Há pessoas estudiosas que confiam muito nos seus estudos, Deus as leva para o deserto da solidão, para aprender que os relacionamento do reino são melhores que idéias.

Ø Há pessoas muito tradicionais que não gostam de mudanças, Deus as leva para o deserto do vento do Espírito, para a fluidez do Espírito, que sopra onde quer e como quer.

Ø Há pessoas que são amantes do prazer, Deus as leva para o deserto da dor, para aprender que a suficiência é só de Jesus.

Ø Há pessoas que querem ter tudo sob  o controle, Deus as leva para o deserto de suas fraquezas e lhes mostra na sua face, fraquezas sobre as quais voce não tem controle.

Ø ENTÃO TEMOS QUE DEITAR OS NOSSOS JOELHOS NO CHÃO E PEDIR: “quando sou fraco, sou forte, porque minha fraqueza se aperfeiçoa no poder de Deus. E este poder se aperfeiçoa na minha fraqueza”.

Ø Deserto é o momento de identidade, porque lá voce só tem uma companhia: a sua sombra, uma falsa projeção, um sósia ilusório, que tem todas as suas formas, mas não é você. Muitas pessoas vivem das próprias sombras, máscaras que “vestimos” no dia-a-dia, que caem no deserto por não se sustentarem no calor. São maquiagem que borram no calor do deserto, personificações que se esvaem e se destroem, porque, lá, não tem utilidade alguma.

Ø Deserto é o momento da identificação do homem consigo mesmo. É lá que descobrimos quem somos na verdade. 

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Voz da verdade e negação da trindade




Para refrescar um pouco a memória dos que acreditam que o conjunto tem algum 
compromisso com as igrejas evangélicas, vejamos a seguinte linha cronológica de escândalos envolvendo A Voz da Verdade.

a. No dia 11 de maio de 1993, o CLC (Centro de Literatura Cristã) enviou uma carta para o Ministério Voz da Verdade suspendendo a distribuição do 
seumaterial, até que o referido explicasse a possível evidência de louvores a deuses estranhos. A resposta foi dada pelo pastor da Voz da Verdade cinco dias depois dizendo que não precisava do CLC e que seria um favor o CLC não adquirir seu material: "Não precisamos do Centro de Literatura Cristã; vocês e nada são a mesma coisa!". [3]

b. Inconformado com as verdades reveladas na lição 5 da revista da Escola Dominical, intitulada "Seitas Modalistas", do segundo trimestre de 1997, em que o pastor Esequias Soares da Silva menciona o conjunto Voz da Verdade com sua igreja na lista das seitas unicistas, o pastor Freud Moisés telefonou para o pastor Esequias ameaçando levar o caso aos tribunais. Após isso, o conjunto resolveu produzir um CD, distribuído gratuitamente para os crentes, com três estudos bíblicos defendendo o unicismo. [4]

c. Um certo jornal de Bauru, edição de julho de 1999, pág. 10 publicou a seguinte manchete: “Voz da Verdade diz que não é seita”. Tratava-se da apresentação do conjunto por ocasião do lançamento do seu CD – “Quando Deus se cala”. Estiveram presentes, segundo o jornal, cerca de 1500 pessoas, que pagaram de R$ 8,00 a R$ 10,00 pelo ingresso. O gasto total foi de R$ 12.000,00 e só o Voz da Verdade cobrou R$ 4,5 mil livre. Na entrevista concedida por um dos integrantes da banda, afirmou ele: “Atualmente o grupo Voz da Verdade tem sido perseguido por um fantasma: o boato de serem uma seita que prega heresias. Comentários, no mínimo, maldosos sendo que até agora ninguém provou que isso seria verdade. [5]

d. Nenhum outro escândalo teve maior repercussão do que o ocorrido em maio de 2001. Por ocasião do Fest-Gospel 2001, o pastor Carlos A. Moisés desafiou os pastores presentes a provarem que Deus tem sócio. Argumentou que quem acredita na doutrina da Trindade acredita nos ensinos pregados pelo Papa. Questionados pelo CACP via e-mail, o Pr. Carlos A. Moisés enviou a seguinte resposta: "Primeiramente, eu gostaria de lhe informar que quem vos escreve é o mesmo que estava gritando no palco em São José do Rio Preto. Em segundo lugar, não estou nem um pouco preocupado... você e nada pra mim é igual a NADA. Alguém, como você, que nega o nome de JESUS não é merecedor de minha apreciação. Se a tua igreja não cantar, MILHÕES de igrejas cantarão por todo o Brasil, por isso você não faz DIFERENÇA. O dia que você conseguir fazer com que as igrejas de todo o país parem de cantar nossos hinos, aí você será um vencedor”.

Esse é o conjunto que o pastor Samuel Ferreira diz tanto gostar. Rasgue então sua Bíblia e entre para as fileiras unicistas, ou então testemunhe firmemente sua crença. Como diz o professor Esequias: a doutrina da Trindade é uma questão de vida ou morte. Infelizmente poucos líderes parecem levar isso a sério, abrindo suas portas e permitindo que o conjunto faça de suas ovelhas consumidores de suas músicas e CDs, além de embutir em sua mente a crença em um deus que se manifesta ao homem através de máscaras ou manifestações.


terça-feira, 17 de julho de 2012


O culto como compromisso, não como guerra. Cl 3:14-16).
a maioria das pessoas  de maior poder aquisitivo tende a cultuar a profissão, a trabalhar na hora do lazer e a se divertir no culto a Deus. Como resultado, seus valores e significado de vida estão distorcidos. Seus relacionamentos se desintegram antes que consigam restaurá-los, e seu estilo de vida se parece com o de um elenco de atores que procura um enredo para atuar”.

Ou seja, a perspectiva horizontal focaliza o homem: suas realizações, sua importância, sua lógica, seu sentido, sua opinião, sua eficiência, seus resultados.

As coisas importantes, entretanto, são diferentes. São quietas e reservadas. Elas operam a partir de uma perspectiva vertical e chamam a atenção para as coisas de Deus: sua palavra, sua vontade, seus planos, seu povo, sua maneira de agir, suas razões para a vida, sua glória, sua honra. E qual é o objetivo dessas coisas? O culto a Deus.

1)    Prioridade insubstituível  - João 4:16-20. Jesus está em Samaria, falando com uma mulher daquela região. A cena apresenta dois escândalos: primeiro, era impensável que um homem judeu, especialmente um rabino, se dispusesse a conversar com uma mulher samaritana, como fez Jesus -  usando palavras dignas e honrosas. Segundo, era um fato extraordinário encontrar um judeu em Samaria! Havia tensão racial entre judeus e samaritanos.

·        A dificuldade da samaritana não era a falta de entendimento da adoração, mas falta de relacionamento com aquele a quem adorava (João 14:6; Rm 1:16). A salvação ocorre somente por meio da fé em Jesus Cristo (1 Tm 2:5; Mt 7:14).

·        João 4:23 “...os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura”.  O que Deus procura em seus seguidores? ADORAÇÃO. Deus se alegra quando nos relacionamos com ele, quando nossa atenção está voltada totalmente em sua direção.


2)    A essência do culto.
·        A palavra hebraica para “cultuar” tem origem em um verbo que exprime a atitude  de reverenciar ajoelhado. Interessante observar que a raiz da palavra grega adoração, proskuneo, se refere ao costume de “prostrar-se diante de alguém e beijar-lhe os pés”, transmitindo a idéia de prestar homenagem. Adorar provém do latim adorare e exprime, por extensão do sentido, o significado de “ter veneração por (algo ou alguém); ter grande apreço por; reverenciar. Adorar nosso Deus, portanto, é atribuir apreço supremo ao único digno de honra e louvor.

·        A essência do culto a Deus não está ligada a determinadas ações externas. A adoração ocorre no íntimo; está vinculada à mente e ao coração. Adorar é um ato pessoal de contemplação e reverencia a Deus. É a reação natural daqueles que reconhecem quem Deus é e o que ele fez a nosso favor. A essência do culto a Deus está relacionada à interiorização de nossa adoração.


·        A Expressão do culto, entretanto, refere-se às manifestações externas de adoração, aos modos de exprimir nosso louvor a Deus. Essas expressões podem variar conforme as diferentes culturas; algumas são calorosas e animadas, outras são mais reservadas.

3)    De que maneira o culto nos conecta – Atos 2:42-43.
·        Adorar é um verbo, é algo que fazemos. Com essa compreensão em mente, o culto na igreja pode ocorrer de maneiras distintas. “ELES SE DEDICAVAM”. Envolve devoção nascida de um entusiasmo interior, que por sua vez tem origem na essência da adoração.

·        Trata-se de ouvir a mensagem do pastor com engajamento ativo, e não com passividade. É entregar-se de mente e alma às verdades dignas de nosso tempo e atenção. É acompanhar a pregação das Escrituras com a ponta do dedo sobre as paginas da Bíblia.

·        O culto também acrescenta outra dimensão aos relacionamentos, ultrapassando a esfera de amizade comum. Isso ocorre pelo fato de o Senhor participar dessa comunhão, tornando-a avivada e atraente. Participarmos do batismo e do partir do pão: cultuar. E, envolve também oração (Cl. 3:16). Instrumentos musicais também podem ser usados para louvar ao Senhor: Salmos 150:3-5.

4)    Tradições autoperpetuantes – Mateus 15:1-9.
·        Os líderes religiosos obedeciar a um sistema que exigia a lavagem meticulosa das mãos antes das refeições, sob pena de se tornarem imundos. A “tradição dos anciãos” era um conjunto de regras e comportamentos detalhadas, estabelecidas a partir da interpretação das leis do Antigo Testamento pelos rabinhos. De acordo com a “tradição dos anciãos”, um simples mandamento da Velha Aliança poderia ter centenas de aplicações especificas, por exemplo: de que modo lavar as mãos antes da refeição. Honravam a tradição e desonravam as Escrituras, versos 3-6 (Mt 15:7-9).

·        A tradição não é inspirada. Os preceitos dos homens não são as doutrinas de Deus e jamais serão! Deus não quer que nossos lábios apenas formulem palavras ou entoem canções. Isso não é adoração verdadeira (Dt 6:5; Mt 22:37). Gostos de ritmos, não canto o seu ritmo.

CONCLUSÃO: Filipe Melanchton: “nas coisas essenciais, união. Nas coisas não essenciais, liberdade. E em todas as coisas, caridade”.  Ou seja, NAS COISAS ESSENCIAIS: aos assuntos absolutamente fundamentais à fé cristã, todos nós devemos concordar sem divergências (Jo 17:20-21); NAS COISAS NÃO ESSENCIAIS, LIBERDADE, significa que, quanto aos assuntos não fundamentais de nossa fé, devemos agir com magnanimidade com as pessoas que tem opiniões diferentes. São assuntos pelos quais não devemos brigar, incluindo-se os estilos de cultuar a Deus; EM TODAS AS COISAS CARIDADE, sempre deve prevalecer o amor dos cristãos uns pelos outros (Cl 3:14-16).

sexta-feira, 13 de julho de 2012


Arranca     Arrancando Baal das nossas entranhas!
Lá em casa é comum encontrar um texto na porta da geladeira. Geralmente é algo que algum de nós escreveu e gostaria que os outros dessem uma olhada para se pensar e conversar.
Outro dia “ruminamos” um texto em que o Marcos Davi, nosso terceiro filho, convida um grupo de pessoas para acompanhá-lo num desses processos de reflexão. Hoje, formado em artes cênicas, ele dirige o Grupo IDE, da nossa igreja, que tem, como ele mesmo diz, “a idéia de criar um teatro com qualidade artística e profundidade teológica”. Agora ele quer escrever e dirigir uma peça a partir da vida dos profetas.
É melhor deixar ele falar:
Venho tentando dar forma a um projeto sobre os profetas. Algumas questões estavam claras. Primeiro, eu queria falar sobre a pessoa do profeta, muito mais do que sobre suas profecias, mas sem fazer uma peça histórica. Como é esse negócio de receber de Deus a missão de falar coisas que vêm do coração dele, e que vão contra um sistema instituído? O que isso significou para Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel? Segundo, para falar dos profetas hoje, é preciso falar sobre hoje. Quais são as nossas idolatrias e doenças? O que Deus teria para nos dizer hoje?

Certo dia um amigo trouxe para nossa célula uma carta intitulada Estou cansado!2, do Ricardo Gondim. No dia seguinte levei-a para o ensaio do grupo IDE. Então algumas coisas começaram a se esclarecer. As doenças da igreja são as doenças do mundo. Não falo de mundo num sentido maniqueísta (igreja versus mundo), mas como toda a realidade na qual vivemos.
 Baal, um deus contra o qual os profetas lutavam, não era o problema do povo de Israel ou um costume do mundo que estava invadindo o povo escolhido. Baal era a doença do mundo, que Israel não tinha força para rejeitar. É preciso, pois, falar de Baal não como uma espécie de moralismo purista para a igreja, mas porque Baal machuca o mundo — e a igreja quando ela não tem humildade para se voltar de novo a Deus para que ele a livre sempre de novo do mal.

Durante um encontro nacional de jovens, ouvi Marcelo Gualberto compartilhar da sua crise com a igreja em nosso país. Ele falou de uma geração que surgiu na década de 70 e que se colocou diante da igreja e que lutou pelo que achava essencial que ela vivesse. Contou como esse movimento trouxe bênçãos para a igreja, mas também como alguns resultados desse movimento estão se tornando, hoje, as doenças da igreja evangélica no Brasil. Segundo Marcelo, desde então não surgiu outro movimento que se colocasse como liderança para a igreja, lutando pelo que acreditasse. Ele falou sobre os grandes males do louvor individualista e da validação individualista dos processos espirituais. Ou seja, o culto foi bom se eu me senti tocado; o louvor foi bom se me emocionei; minha igreja é boa se eu me sinto bem.

Depois da palestra, nos pequenos grupos, o que ouvi das pessoas me chocou: ‘A partir de hoje vou louvar diferente, vou ouvir a Palavra diferente, vou mudar minha atitude...’. Era eu, eu, eu! Não se cura ego com ego! Pareceu-me que, depois daquele desabafo, o que deveríamos nos perguntar era: ‘O que a nossa geração pode fazer pela igreja evangélica hoje?’.

Mas nesse dia ficou claro para mim que a carta do Gondim não era uma expressão isolada e que existe hoje, entre nós, um movimento de pessoas que estão cansadas. Cansadas de ver Baal na igreja evangélica brasileira. Isso foi muito significativo para mim, pois uma importante pergunta que eu tinha era como trabalhar a dimensão profética da arte sem cair no pecado do orgulho, do ego, sem achar que eu, por ser artista, tenho a resposta para os problemas da igreja.
 Ao mesmo tempo, como não se deixar enganar por uma visão romântica do profeta, aquele em quem “baixa um espírito” e ele começa a falar palavras que não conhece? Afinal, estou falando de homens que começavam seus textos com: ‘Assim diz o Senhor’! É claro que a primeira resposta é: precisamos agir debaixo de muita oração, leitura responsável da Bíblia e temor a Deus. Mas de repente percebi a possibilidade de inserir esse trabalho numa linha, num movimento de pessoas sérias e dedicadas a Deus, e ouvir o que elas pensam que Deus tem a dizer à igreja evangélica brasileira hoje.”

O texto do Marcos era um convite para algumas pessoas acompanharem o grupo IDE no esforço de transformar essa reflexão numa peça de teatro. Mas o objetivo maior, expresso na pergunta: Quais são as nossas idolatrias e doenças hoje, o Baal do mundo que não temos força para rejeitar?, era discernir o que Deus quer dizer a esta geração.

Essa pergunta deveria marcar todas as gerações. Todas as nossas igrejas precisam ser confrontadas com essa voz profética que denuncia a idolatria, o consumo religioso e o insaciável apetite pelo bem-estar (uma idolatria do ego que só busca uma religiosidade que nos satisfaça).

Os nossos altares de ídolos estão lá fora com suas sedutoras exposições ao deus do consumo insaciável. Mas também estão perto de nós, presentes nas nossas “ofertas de sacrifícios” em forma de louvores desencarnados e expressões religiosas de mero consumo espiritualizante. Nas orações que só buscam o bem-estar pessoal e o sucesso econômico. Nas pregações que nos alisam o ego sem confrontar-nos com nosso pecado pessoal e coletivo e sem denunciar a idolatria e a injustiça que estão dentro e fora dos nossos templos. Nas “palavras proféticas” que fazem o nosso eu narcisista chorar de emoção, mas não de arrependimento.

Como na história de Israel, esses altares a Baal precisam ser derrubados. Precisamos erguer novos altares que representem o que Deus espera de nós: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus” (Mq 6.8). Revista Ultimato. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012



QUATRO RAZÕES PARA LEMBRAR-SE DO CRIADOR NA JUVENTUDE. 


O nosso inimigo diz: "A juventude é para o prazer; a meia idade, para os negócios; e a velhice, para a religião". A Bíblia diz: "A juventude, a meia idade e a velhice são para o seu Criador"
 .
No entanto, visto que é especialmente na juventude que somos mais inclinados (determinados?)  a esquecer-nos de nosso Criador, é nestes anos que temos de labutar, especialmente, para lembrar-nos de nosso Criador (Ec 12.1). Lembre-se que ele fez você, supre as suas necessidades, cuida de você, o assiste e o controla. Lembre-se também que ele pode salvá-lo. Há muito a ser lembrado, mas isso se torna mais fácil quando você começa a memorizar quando é jovem!

1. Anos de vigor

Entretanto, essa não é a única razão por que Deus nos ordena lembrar-nos do Criador nos anos de juventude. Ele nos manda isso porque a juventude são os anos de nosso maior vigor.

Por que devemos esperar até que estejamos morrendo, até que estejamos esgotados, até que nosso vigor esteja quase acabado para servirmos ao Criador? O Deus que nos criou merece nossos anos mais saudáveis e mais ativos: nosso corpo está forte e robusto, nossa mente é perspicaz e clara, nossos sensos são receptivos, aguçados e responsivos, nosso entusiasmo é brilhante e firme, nossa vontade é determinada e pertinaz. Lembre-se do Criador em seus anos vigorosos.

2. Anos de sensibilidade

Por que mais de nós se tornam cristãos durante a nossa juventude do que em nossa meia idade ou em nossa velhice? Porque os anos da juventude são anos de sensibilidade. Sem abandonarmos a nossa crença na "Depravação Total", podemos dizer que é "mais fácil" arrepender-se e crer quando você é mais jovem. Nunca é fácil, mas é mais fácil. E é mais fácil porque, à medida que ficamos mais velhos, nosso coração fica mais endurecido, nossa consciência, mais cauterizada, nossos pecados, mais enraizados, e nosso estado de morte, mais grave.

Usemos nossa sensibilidade e receptividade juvenil para lembrar-nos de nosso Criador antes que cheguem os dias maus da indiferença insensível.

3. Anos de aprendizado

Aprendemos mais em nossa juventude do que em qualquer outro período da vida. Isso é verdadeiro em todos os assuntos, mas é especialmente verdadeiro na instrução religiosa. Todos os cristãos conhecidos meus que se converteram a Cristo nos anos tardios de sua vida expressam profunda tristeza a repeito de quão pouco eles sabem e quão pouco podem aprender em sua idade. Encorajo-os a valorizarem e usarem todo tempo que o Senhor lhes dá, mas eles sentem, muitas vezes, que têm de estudar duas vezes mais para aprenderem apenas a metade.

4. Anos de perigo

Os anos de juventude são anos cheios de campo minado: hormônios, pressão dos colegas, álcool, drogas, pornografia, imoralidade, testosterona, etc. Poucos atravessam esses anos sem explodir aqui e ali. Perigos são abundantes em todos os lados – e no lado de dentro. Quantas "primeiras" tentações se tornaram "últimas" tentações! Quanto precisamos de nosso Criador para guardar-nos e conduzir-nos através desse campo de batalha.

Lembre-se de lembrar

Gostaria de oferecer-lhe algumas dicas que o ajudarão a lembrar seu Criador durante estes melhores anos (e "piores" anos):

·         Convença-se de que você tem um Criador. Mantenha-se bem alicerçado num entendimento literal de Gênesis 1-2 e rejeite todas as influências evolucionárias.
·         Procure conhecer o seu Criador: estude sua Palavra, usando sermões, comentários e bons livros. Mas também estude sua Palavra usando microscópios, telescópios e outros instrumentos que ele dá.
·         Reúna-se com seus amigos do Criador: estabeleça amizades com outras criaturas que amam lembrar e respeitar o seu Criador.
·         Siga a ordem do seu Criador: ele estabeleceu e deu um padrão de seis dias de trabalho seguidos por um dia de descanso, para contemplação de suas obras.
·         Peça a salvação que seu Criador proveu: ainda que a sua rejeição de seu Criador tenha despedaçado sua vida, ele está disposto a recriar você à imagem dele.

E, enquanto falamos do assunto de salvação, não quero que os leitores mais velhos sintam-se desencorajados. Comparados com as eras da eternidade, vocês ainda estão em sua "juventude". Não é tarde demais para lembrarem-se dele, antes que os dias maus se aproximem cada vez mais.

domingo, 8 de julho de 2012


LÍDIA:      Alegrias de uma nova vida     Atos 16:13-15



Introdução: Há um versículo que diz: "E assim, se alguém está em Cris­to, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17). Realmente, entregar-se a Cristo sig­nifica tornar-se uma nova pessoa e experimentar uma nova vida.
A vida que Jesus oferece é abundante e eterna. É repleta de alegrias. Naturalmente, não se trata de uma existência sem pre­ocupações. Contudo, todos os problemas são enfrentados e solucionados com o auxílio de Deus.
                                                                                                  
1)    Uma pessoa que buscou.
·        Ocupava-se da venda de púrpura, um tecido muito apreciado pelos ricos da sua época. Isso significa que a sua clientela pertencia à alta sociedade. Com o seu trabalho, ela tinha condições de garantir o sustento de toda a sua família. Lídia era, também, uma mulher religiosa. O texto sagrado diz que ela era "temente a Deus", ou seja, alguém que levava a sério as questões espirituais.

·        Tinha uma vida boa, porém incompleta. Agostinho de Hipona: : "Ó Deus, tu nos criaste para ti, e nossas al­mas não encontram descanso enquanto não descansar em ti". Assim, como os passaros foram feitos para voar, o homem foi feito para se relacionar com Deus. O exemplo de Lídia nos mostra que não existe vida tão boa que não precise ser melhorada. De igual modo, não há existên­cia tão ruim que Deus não possa melhorar. . "Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração",  (Jr 29-13)


2)    Um coração que se abriu.
·        Quando os missionários começaram a anunciar a Palavra de Deus, muitas mulheres que estavam à beira do rio escutaram. Lídia escutou também. Mas houve uma diferença essencial: ela creu. A Bíblia diz que "o Senhor lhe abriu o coração para aten­der às coisas que Paulo dizia" (At 16.14). As outras abriram os ouvidos, mas Lídia abriu o coração. "Até o diabo pode dizer que Jesus é Senhor, mas apenas o salvo pode dizer que Jesus é seu Senhor", escreveu Martinho Lutero.

·        "Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naque­les que a ouviram." (Hb 4.2.) Lembre-se: não é suficiente saber, é preciso agir. Se você ainda não tomou a sua decisão, mire-se no exemplo de Lídia 




3)    Uma família que mudou.

·        A graça do Senhor foi derramada sobre Lídia, mas não ficou restrita a ela. Afinal, Deus não quer apenas nos abençoar: quer também usar-nos como instrumentos de suas bênçãos.

3.1) Lídia teve a felicidade de se batizar. Ela cumpriu o man­damento do Senhor e passou a fazer parte de sua igreja.

3.2) Lídia teve a satisfação de ver sua família salva. O texto diz que foi batizada "ela e toda a sua casa" (At 16.15). Uma vez que tenhamos conhecido Cristo e experimentado suas bênçãos, passamos a desejar que os nossos queridos desfrutem a mesma alegria.

3.3) Lidia teve a alegria de servir a Deus. . Ela colocou sua casa e seus bens à disposição do Senhor, convidando Paulo, Silas, Lucas e Timóteo para serem seus hóspedes. Trabalhar na obra de Deus é uma das grandes venturas cristãs.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


JABEZ O CAMINHO DA BENÇÃO 1 CRONICAS 4:9-10.

O nome Jabez significa "sofrimento, tristeza". Sua mãe o chamara assim em virtude das dores sentidas no parto.

Na Biblia bênçãos e maldições nada mais eram do que a conseqüência de suas boas e más escolhas. Na Bíblia, as bênçãos são o resul­tado da obediência ao Senhor, e as maldições, o fruto da deso­bediência.

Pouco antes de os israelitas entrarem em Canaã, Deus fez a seguinte advertência: "Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os manda­mentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos ordeno; a maldi­ção, se não cumprirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes" (Dt 11.26-28).
Em nossos dias, há muitos cristãos que, por ignorarem essa verdade bíblica, andam sobressaltados. Receiam que possa ha­ver alguma maldição hereditária ou obra maligna em suas vi­das, apesar de caminharem com Deus. Assim, eles se privam da paz e segurança que Cristo oferece.

JABEZ SUPLICOU A BENÇÃO.
"Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição!"

"A bênção do Se­nhor enriquece, e, com ela, ele não traz desgosto" (Pv 10.22).
Duas meninas que voltavam da escola viram, em uma vitri­ne, uma linda boneca. Elas pegaram um panfleto da loja em que havia uma foto do brinquedo, e pensaram: "Como seria bom se o papai comprasse para mim!" Em seguida, decidiram fazer algo a respeito.
A primeira correu para casa e chegou lá quando o pai volta­va do trabalho. Ela beijou o seu rosto, tirou os seus sapatos, trouxe seus chinelos prediletos e o fez sentar-se no sofá. Em seguida assentou-se aos seus pés, enquanto acariciava o folhe­to que havia trazido da loja e dava longos suspiros. O pai sorriu e passou a mão pela sua cabeça.
Então, a outra menina também chegou da escola. Depois de cumprimentar alegremente o seu pai, ela lhe mostrou o panfle­to com a foto da boneca e disse: — Pai, compra pra mim?
Ele lhe respondeu:

— Está bem, filha. Amanhã eu passo na loja e trago para você. A essa altura, a outra protestou.
— E quanto a mim?, gritou indignada.
— Se você também queria, só precisava pedir, falou o pai. Às vezes, tentamos manipular nosso Pai celestial ao invés
de, simplesmente, dizer-lhe o que queremos.

"esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito" (1 Jo 5.14,15).

JABEZ RECEBEU A BENÇÃO: "e Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido".
O Senhor deseja abençoar-nos. Ele nos ama e enviou o seu Filho para salvar-nos.
O Senhor deseja alargar nossas fronteiras. Isso não diz respeito somente ao aspecto material da nossa vida. Deus tam­bém quer ampliar nossos pensamentos e estender nossos rela­cionamentos
O Senhor deseja estender-nos a sua mão. Ele nos garante a sua presença, a sua companhia. Promete-nos que nunca nos virará as costas
O Senhor deseja preservar-nos do mal. Não precisamos temer as maldições. Todo o furor e malícia do inferno não se equiparam ao poder do Salvador.

O Senhor deseja livrar-nos da aflição. Isso não quer dizer que nossa vida será isenta de lutas e tribulações. Significa que seremos vitoriosos nos combates e cresceremos através dos desafios.

"Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" (Rm 8.31,32.)

terça-feira, 3 de julho de 2012


Igreja: sua missão. At 13:1-3.

·        Formada por gente limitada e imperfeita, a igreja é, em sua própria essência, um espaço muito propicio para decepções.
·        Especialmente quando nos aproximamos dela com grandes expectativas. Comunidades cristãs não são lugares de pessoas resolvidas e acabadas, mas de gente que reconhece sua impotência e, por isso, entrega-se à graça de Deus.
·        A Igreja torna-se então um ajuntamentos de agraciados, mas que continuam lutando com suas imperfeições. São homens e mulheres “em obras”.
·        William Temple: “A igreja é a única sociedade cooperativa no mundo, que existe em beneficio dos que não são membros”. Dietrich Bonhoeffer: “a igreja só é igreja quando o é para os de fora”. Ou seja, estes homens estão apontando para o fato de que a igreja é, essencialmente, uma comunidade de discípulos de Jesus em missão no mundo.
1)    Um exemplo bíblico de tensão: Atos dos Apóstolos.
·        Um bom exemplo bíblico de tensão podemos encontrá-lo no livro de Atos dos Apóstolos (At 1:8). Duas coisas: 1) Avançar na direção daqueles que ainda não ouviram, não compreenderam ou não acolheram o evangelho de Deus, rompendo barreiras geográficas, socioeconômicas, étnicas e culturais; 2) seria uma comunidade capacitada e orientada pelo Espírito Santo de Deus.
1.1)         A Igreja de Jerusalém.
·        (At 4:32,33). A comunidade dos discípulos de Cristo tem sua primeira reunião com a conversão de 3 mil pessoas. Por toda a cidade a noticia se espalha e vidas vão sendo, dia após dia, agregadas ao movimento cristão. Entretanto, gradativamente, aquela igreja passa a abraçar uma agenda muito mais atrelada à visão de seus membros e associados do que à do Espírito Santo (At 10:27; At 11:20-23).
1.2)         A Igreja de Antioquia (At 13:1-3).
·        A igreja de Antioquia representa a resposta de Deus aos cristãos de Jerusalém que tentavam transformar a comunidade dos discípulos de Jesus em um espaço para seu próprio bem-estar e subjugado pelas suas preferências pessoais (v.1).
·        Barnabé (“encorajador” ou “consolador”) era originário de Chipre, ilha na parte leste do Mar Mediterrâneo. Segundo Atos 4:36, ele era um levita, grupo judaico responsável pelo cuidado com o templo e com os ritos que nele aconteciam. Simeão, apesar do nome hebreu, era conhecido pelo apelido “Níger”, o que significa que era de raça negra e proveniente da África (Lc 23.26), foi ele quem ajudou Jesus a carregar a cruz. Manaém, era irmão de criação de Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande. Saulo era um judeu formado numa das escolas mais conservadoras e radicais da época, era fariseu.
1.2.1) Unidade de propósito.
·        “Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo”. A unidade entre os homens que formavam a liderança da igreja de Antioquia era nutrida e fortalecida porque constantemente estavam juntos adorando a Deus e individualmente dedicando-se ao mesmo Senhor.
·        “Disse o Espirito Santo: Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”. Diferentemente da Igreja de Jerusalém, que tenta fazer de suas vontades e preferencias a pauta da agenda da missão de Deus no mundo, a igreja de Antioquia demonstra: 1) grande atenção ao mover de Deus; 2) prontidão em submeter-se ao mesmo. Deus queria que, a partir de Antioquia, muitas outras igrejas fossem plantadas e muita gente tivesse a oportunidade de ouvir, compreender e render-se ao Evangelho.

Conclusão: Desejamos realmente ser igreja? Desejamos ser capacitados e orientados pelo Espírito? Ouve a voz do Espírito Santo?