O caminho do
deserto...
Deus nos leva por vários caminhos para realizar Seus propósitos em nossa vida. Alguns desses caminhos são árduos, são secos e pedregosos.
ABRAÃO foi chamado de
sua cidade, Ur dos Caldeus, para uma grande obra: abençoar todas as nações do
mundo. Mas entre Abraão e a terra onde ele deveria começar sua tarefa existia o
deserto de Barom.
MOISÉs foi chamado
por Deus para dar continuidade à obra de Abraão, uma obra imensa, que era levar
todo povo de Deus até a terra prometida e lá fundar uma nação referencial, para
abençoar todas as demais nações do mundo. Mas entre Moisés, o povo e a terra
prometida estava o deserto do Sinai.
Elias (Meu Deus é Jeová),
o príncipe dos profetas, antes do fogo descer e queimar o Holocausto e
envergonhar os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, foi levado para o
Querite (ser colocado no tamanho certo).
Jesus foi escolhido
por Deus, ungido com Espírito Santo, batizado. Uma voz clamava do alto no seu
batismo: “...este é o meu em quem tenho todo o meu prazer”. Deus o escolheu para ser o redentor da
humanidade, criar uma igreja e, através dela, abençoar toda a raça humana,
transformar o mundo e preparar o caminho para uma nova terra e um novo céu. Mas
havia o deserto da Judéia... A passagem diz que o Espírito Santo impeliu,
levou, guiou Jesus para o deserto.
UM ESTUDO DE Luize
Dortz.
Uma tese de doutorado
em Psicologia Analitica que foi apresentada na Universidade da Califórnia. Ela
apresentou esse estudo com o titulo: “O papel do Espírito Santo na
transformação da personalidade do individuo”. Isso aconteceu em uma
Universidade secular.
A doutora Luize
descobriu, cientificamente, que há certos tipos de pessoas com quem Deus
trabalha de uma maneira especial. São pessoas com todas as tendências para
serem arruinadas, mas tiveram o quadro de sua vida totalmente revertido. E ela
descobriu algo comum entre essas pessoas: todas estiveram no deserto de Deus.
Vejamos alguns
exemplos que constam nessa pesquisa.
Ø
O
primeiro exemplo é o de Hans, um alemão que viu sua cidade ser destruída por
bombas, viu a mãe com os irmãos dele fugir daquela violência. As memórias de
sua infância e adolescência trazem gravadas a violência do pai que batia na
mãe. Hans se tornou um missionário e pastor de renome!
Ø
O
segundo exemplo é de Grace. Ela foi violentada pelo pai, que lhe apontava um
revolver para a cabeça. Ela teve depressão, cometeu várias tentativas de
suicídio. Quem imaginaria que esta mulher se tornaria uma DAs grandes
evangelistas do mundo?
Ø
Doutora
Luizes descobriu algo extraordinário em comum entre elas: receberam a obra do
Espírito Santo em suas vidas. Só o Espírito Santo pode transformar situações
ruins em maravilhosas.
Ø
Alguns
aspectos comuns entre essas pessoas que passam no deserto de Deus: 1) Essas pessoas
são vulneráveis. Pessoas abertas para tudo o quanto Deus quer; se abrem para o
mundo e para tudo o que Deus designa a elas. 2) tais pessoas são buscadoras de
Deus: pessoas que descobrem que no deserto não há mais nada, a não ser o
próprio Deus; buscaram Jesus acima de todas as coisas. 3) Pessoas absolutamente
dependentes de Deus, por estarem no deserto de Deus, que nos leva até lá para
nos ensinar a dependência.
Ø
Deserto é a ausência de todas as ancoras emocionais,
existências, espirituais. É o local do esvaziamento absoluto do homem. Não é
ali que está a mãe, pai, igreja. Não. Só eu e Deus estamos lá. É nessa escola
que Deus nos treina e nos ensina a viver única e exclusivamente dEle.
Ø
Há pessoas muito idealistas, Deus as leva para o deserto da mesmice.
Ø
Há pessoas muito tradicionais que não gostam de mudanças, Deus as
leva para o deserto do vento do Espírito, para a fluidez do Espírito, que sopra
onde quer e como quer.
Ø
Há pessoas que são amantes do prazer, Deus as leva para o deserto da dor,
para aprender que a suficiência é só de Jesus.
Ø
Há pessoas que querem ter tudo
sob o controle, Deus as leva para o deserto de suas
fraquezas e lhes mostra na sua face, fraquezas sobre as quais voce não tem
controle.
Ø
ENTÃO
TEMOS QUE DEITAR OS NOSSOS JOELHOS NO CHÃO E PEDIR: “quando sou fraco, sou
forte, porque minha fraqueza se aperfeiçoa no poder de Deus. E este poder se
aperfeiçoa na minha fraqueza”.
Ø
Deserto é o momento de identidade, porque lá voce só tem uma companhia:
a sua sombra, uma falsa projeção, um sósia ilusório, que tem todas as suas
formas, mas não é você. Muitas pessoas vivem das próprias sombras, máscaras que
“vestimos” no dia-a-dia, que caem no deserto por não se sustentarem no calor.
São maquiagem que borram no calor do deserto, personificações que se esvaem e
se destroem, porque, lá, não tem utilidade alguma.
Ø
Deserto
é o momento da identificação do homem consigo mesmo. É lá que descobrimos quem
somos na verdade.
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