O culto como compromisso, não como
guerra. Cl 3:14-16).
“a maioria das
pessoas de maior poder aquisitivo tende
a cultuar a profissão, a trabalhar na hora do lazer e a se divertir no culto a
Deus. Como resultado, seus valores e significado de vida estão distorcidos. Seus
relacionamentos se desintegram antes que consigam restaurá-los, e seu estilo de
vida se parece com o de um elenco de atores que procura um enredo para atuar”.
Ou seja, a perspectiva horizontal focaliza o homem: suas
realizações, sua importância, sua lógica, seu sentido, sua opinião, sua eficiência,
seus resultados.
As coisas importantes, entretanto, são diferentes. São quietas
e reservadas. Elas operam a partir de uma perspectiva vertical e chamam a
atenção para as coisas de Deus: sua palavra, sua vontade, seus planos, seu
povo, sua maneira de agir, suas razões para a vida, sua glória, sua honra. E qual
é o objetivo dessas coisas? O culto a Deus.
1)
Prioridade
insubstituível - João 4:16-20. Jesus
está em Samaria, falando com uma mulher daquela região. A cena apresenta dois escândalos:
primeiro, era impensável que um homem judeu, especialmente um rabino, se
dispusesse a conversar com uma mulher samaritana, como fez Jesus - usando palavras dignas e honrosas. Segundo,
era um fato extraordinário encontrar um judeu em Samaria! Havia tensão racial
entre judeus e samaritanos.
·
A
dificuldade da samaritana não era a falta de entendimento da adoração, mas
falta de relacionamento com aquele a quem adorava (João 14:6; Rm 1:16). A
salvação ocorre somente por meio da fé em Jesus Cristo (1 Tm 2:5; Mt 7:14).
·
João
4:23 “...os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São
estes os adoradores que o Pai procura”. O
que Deus procura em seus seguidores? ADORAÇÃO.
Deus se alegra quando nos relacionamos com ele, quando nossa atenção está
voltada totalmente em sua direção.
2)
A
essência do culto.
·
A
palavra hebraica para “cultuar” tem origem em um verbo que exprime a atitude de reverenciar ajoelhado. Interessante observar
que a raiz da palavra grega adoração, proskuneo,
se refere ao costume de “prostrar-se diante de alguém e beijar-lhe os pés”, transmitindo
a idéia de prestar homenagem. Adorar
provém do latim adorare e exprime,
por extensão do sentido, o significado de “ter veneração por (algo ou alguém);
ter grande apreço por; reverenciar. Adorar nosso Deus, portanto, é atribuir
apreço supremo ao único digno de honra e louvor.
·
A
essência do culto a Deus não está ligada a determinadas ações externas. A adoração
ocorre no íntimo; está vinculada à mente e ao coração. Adorar é um ato pessoal
de contemplação e reverencia a Deus. É a reação natural daqueles que reconhecem
quem Deus é e o que ele fez a nosso favor. A essência do culto a Deus está
relacionada à interiorização de nossa adoração.
·
A
Expressão do culto, entretanto, refere-se às manifestações externas de
adoração, aos modos de exprimir nosso louvor a Deus. Essas expressões podem
variar conforme as diferentes culturas; algumas são calorosas e animadas,
outras são mais reservadas.
3)
De
que maneira o culto nos conecta – Atos 2:42-43.
·
Adorar
é um verbo, é algo que fazemos. Com
essa compreensão em mente, o culto na igreja pode ocorrer de maneiras
distintas. “ELES SE DEDICAVAM”. Envolve devoção nascida de um entusiasmo
interior, que por sua vez tem origem na essência da adoração.
·
Trata-se
de ouvir a mensagem do pastor com engajamento ativo, e não com passividade. É entregar-se
de mente e alma às verdades dignas de nosso tempo e atenção. É acompanhar a
pregação das Escrituras com a ponta do dedo sobre as paginas da Bíblia.
·
O
culto também acrescenta outra dimensão aos relacionamentos, ultrapassando a
esfera de amizade comum. Isso ocorre pelo fato de o Senhor participar dessa
comunhão, tornando-a avivada e atraente. Participarmos do batismo e do partir
do pão: cultuar. E, envolve também oração (Cl. 3:16). Instrumentos musicais
também podem ser usados para louvar ao Senhor: Salmos 150:3-5.
4)
Tradições
autoperpetuantes – Mateus 15:1-9.
·
Os
líderes religiosos obedeciar a um sistema que exigia a lavagem meticulosa das
mãos antes das refeições, sob pena de se tornarem imundos. A “tradição dos
anciãos” era um conjunto de regras e comportamentos detalhadas, estabelecidas a
partir da interpretação das leis do Antigo Testamento pelos rabinhos. De acordo
com a “tradição dos anciãos”, um simples mandamento da Velha Aliança poderia
ter centenas de aplicações especificas, por exemplo: de que modo lavar as mãos
antes da refeição. Honravam a tradição e desonravam as Escrituras, versos 3-6 (Mt
15:7-9).
·
A
tradição não é inspirada. Os preceitos dos homens não são as doutrinas de Deus
e jamais serão! Deus não quer que nossos lábios apenas formulem palavras ou
entoem canções. Isso não é adoração verdadeira (Dt 6:5; Mt 22:37). Gostos de
ritmos, não canto o seu ritmo.
CONCLUSÃO: Filipe Melanchton: “nas coisas essenciais, união.
Nas coisas não essenciais, liberdade. E em todas as coisas, caridade”. Ou seja, NAS COISAS ESSENCIAIS: aos assuntos
absolutamente fundamentais à fé cristã, todos nós devemos concordar sem divergências
(Jo 17:20-21); NAS COISAS NÃO ESSENCIAIS, LIBERDADE, significa que, quanto aos
assuntos não fundamentais de nossa fé, devemos agir com magnanimidade com as
pessoas que tem opiniões diferentes. São assuntos pelos quais não devemos
brigar, incluindo-se os estilos de cultuar a Deus; EM TODAS AS COISAS CARIDADE,
sempre deve prevalecer o amor dos cristãos uns pelos outros (Cl 3:14-16).
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