O Poder que Se Aperfeiçoa na Fraqueza
Texto: 2 Co 12:1-10
Paulo escreveu essa segunda carta numa
tentativa de resolver uma crescente tensão que havia entre ele e a igreja de
Corinto. Parte disto é porque os coríntios estavam dando guarida para alguns
falsos pregadores que estavam questionando os ensinos de Paulo. O apostolo
então responde aos falsos mestres, mostrando sua superioridade como verdadeiro
enviando de Jesus. Constrangido e com humildade, ele fala de uma experiência
tão extraordinária que ele sequer poderia falar muito sobre o assunto. Então,
ele conta que Deus lhe entregou um espinho na carne, que Deus entregou para
humilhá-lo. Ele agora se gloria nas suas fraquezas, pois quando ele é fraco, é
que ele é forte.
Narrativa da revelação (v. 1-6)
Paulo diz que não convém ficar falando
de suas revelações. Ele sempre tomou precauções para que as pessoas não se
aproximassem do evangelho por causa dele. Por isso que ele fala de Cristo
crucificado, e só. Ele sabe que não convém ao ministro se gloriar de
determinadas coisas, mesmo que verdadeiras. Devemos nos preocupar em não fazer
discípulos de si mesmos, mas discípulos de Jesus.
A revelação de Paulo havia ocorrido 14
anos antes. Isso nos ensina que ele não possuía revelações todos os dias,
constantemente. Paulo também fala de si mesmo na terceira pessoa, mostrando
humildade e relutância. Ele evita por os holofotes sobre si. Ao contrário de
muita gente que vai de igreja em igreja dando testemunho sobre o que viu e
sobre o que lhe foi revelado, Paulo não sai contando sua experiência como um
troféu. A preocupação de Paulo é que ele não seja colocado em uma posição que a
ele não pertence. Ele não queria tietagem nem um fã clube.
O espinho na carne (v. 7)
- Quando
volta da presença dos anjos dos céus, existe um anjo do diabo esperando
por ele. Ele poderia estar se referindo a uma aflição física ou uma
aflição de natureza espiritual. Sabemos que era alguma coisa extremamente
dolorosa.
- A
palavra “espinho” era usada para as estacas que eram introduzidas nos
corpos de condenados para produzir uma morte lenta e agonizante, era um empalhamento.
E isso fazia 14 anos.
- A
segunda coisa que podemos perceber é que era algo humilhante. Este
mensageiro de satanás foi mandado para o “esbofetear”, que é uma
referência àquele tapa que você dá com as costas da mão.
- Terceiro,
podemos perceber que satanás fazia parte deste sofrimento. Era uma ação
maligna que tinha como objetivo produzir dor e humilhação ao apóstolo
Paulo. Se era assim com ele, imagine conosco.
- A
quarta coisa que aprendemos é que quem estava por traz de tudo isso era
Deus. Deus estava no controle da situação.
- O
quinto ponto que podemos ver é que o propósito de Deus era que Paulo não
se exaltasse.
A primeira reação quanto ao espinho (v. 8)
A reação de Paulo foi a reação natural diante
da dor e do sofrimento: ele orou por três vezes. Não é errado pedir a Deus para
que ele te livre do sofrimento e da humilhação. O problema é o falso evangelho
que diz que a vontade de Deus sempre é fazer você se sentir bem e te fazer
feliz. Aprendemos também que Deus nem sempre responde, que o silencio também é
resposta e que quando ele responde, talvez não seja como nós esperamos. É
preciso mais fé para dizer “seja feita a tua vontade” do que para dar ordens a
Deus.
A resposta de Deus (v. 9a)
Deus respondeu a Paulo dizendo que a graça de Deus o bastava, porque o
seu poder se aperfeiçoa na fraqueza. A intenção de Deus não é nos fazer
grandes, fortes e poderosos, mas fieis. A compreensão que ele teve do propósito
de Deus (v. 9b-10)
A compreensão de Paulo é que o pastor bem sucedido não é aquele que em
bens posses ou reconhecimento, mas alguém que permanece fiel diante de Deus.
Muitos querem o poder de Deus para realizar seu ministério e pensam que a
aquisição deste poder estar relacionado a seguir determinados rituais. Porém,
só há um caminho: é Deus lhe quebrar para você saber que você não é nada.
Quando você está naquela condição que não importa o que lhe aconteça de benção
é por causa de Deus, então Deus está pronto para te abençoar. Antes disto, ele
não dividir a glória dele com ninguém, quanto mais com você.
crédito: Augustus Nicodemus.