terça-feira, 28 de março de 2023

 Maridos amai vossas esposas. Ef. 5.25-27 

Introdução

Na série “The Chosen” (tosen) no episódio “Trovão”, temporada 2, quando Abner (o empresário responsável pelo vinho nas festas de casamento, ele interpreta como sogro de Tomé, discipulo de Cristo) foi procurar Jesus, a única coisa que ele quis com Jesus foi agradecê-lo por ter transformado água em vinho “seja lá o que tenha feito no casamento”, só isso, depois foi embora. Então, Jesus lhe disse algo: “Eu peço muito daqueles que me seguem, mas pouco peço daquele que não me segue”.

1)     Sujeição e amor

Na semana passada olhamos os versículos os versículos 22,23 e 24 que em suma fala da sujeição ou submissão da mulher ao homem: “Mulheres, sujeitem-se a seus maridos, como ao Senhor” (Ef 5.22). Como base demos alguns princípios, por exemplo, o principio da criação e o principio da liderança. Agora, nos versículos posteriores 25, 26 e 27 o que Cristo fez pela igreja, e por que o fez. E nos versículos 28 e 29, fala sobre o dever do marido para com a sua esposa, especialmente da união que subsiste entre Cristo e a igreja, e o marido e a esposa.  E nos versículos 29, 30 e 32 desenvolve a doutrina da união entre a igreja e Cristo, e nos versículos 31 a 33, tira suas conclusões práticas. 

“Vós maridos, amai vossas mulheres”. É o que ele deseja acentuar acima de tudo. A idéia determinante com respeito ao marido deve ser o amor. Enquanto que a idéia determinante com respeito às esposas era a sujeição: “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos”. Ou seja, duas palavras: sujeição da parte da mulher e amor da parte do marido! Ambos tem sua responsabilidade no casamento. Para o casamento se manter de pé, a mulher deve estar atenta e vigilante e o esposo deve vela pelo amor.

Temos um texto em primeiro Timoteo que consegue resumir essa dialética conjugal, marido e mulher: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Tm 1.7). Primeiro, “Deus não nos deu o espirito de temor”. Bem , o que é que Ele deu? “O espírito de fortaleza” (ou “de poder”); mas para que ninguém pense que isso é algo tirânico, ele acrescenta: “de amor”. É o poder do amor. Não é um poder nu e cru, não é o poder de um ditador, ou de alguém tirânico e que pisa nos sentimentos da esposa, e se assenta no lar como um ditador. 

Portanto, o poder deve ser temperado pelo amor, deve ser controlado pelo amor, é o poder do amor. Nenhum marido tem direito de dizer que é a cabeça da esposa, se não ama a sua esposa. Se não for assim, ele não está cumprindo o mandamento bíblico.

2)     Que amor é esse?

“Marido, amai vossas mulheres”. Afortunadamente para nós, o apostolo nos diz: “Vós maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja” (Ef 5.25). Na língua grega, como era falada nos dias do apostolo Paulo, havia três palavras que podem ser traduzidas pela palavra “amor”. Não é como na língua portuguesa que uma palavra só palavra pode definir algo para vários modos. Por exemplo, tem gente que diz eu “amo” macarrão, eu “amo” meu pai, eu “amo” carro, etc.

A primeira palavra que define “amor” na língua grega é “eros”, todavia, ela não ocorre no Novo Testamento. Descreve um amor ligado à carne, ao prazer sexual. O adjetivo “erótico”, comumente empregado hoje, lembra-nos do conteúdo da palavra. É uma espécie de amor, que tem a ver com aparência e prazer. É um amor ligado à carne, é desejo, é algo carnal, e, portanto, egoísta. Nasce do desejo, ele deseja algo, e nisto coloca o seu maior interesse. É a parte animal do homem, instinto do homem. 

A segunda palavra que define “amor” na língua grega é “phileo”, que significar “gostar de”. Dai deriva algumas palavras como “filantrópico” (aquele que tem preocupações humanitárias) e “Filadélfia” (amor fraternal). A ilustração do seu emprego acha-se no ultimo capitulo do evangelho de João, no incidente em que narra Pedro e os outros foram pescar de noite e, voltando-se, de repente viram o Senhor Jesus na praia. 

Lá pelas tantas Jesus olha para Pedro e lhe pergunta: “... disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: apascenta os meus cordeiros”. Pois bem, o ponto interessante aí e que quando Pedro diz, “Tu sabes que te amo (phileo)”, emprega a expressão: “Tu sabes que gosto de ti”. O Senhor, empregando a terceira palavra, que não estudamos ainda, pergunta-lhe se ele de fato O ama, mas Pedro responde: “Tu sabes que gosto de ti”. “Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: sim, Senhor; tu sabes que gosto de ti” -“Disse-lhe: apascenta as minhas ovelhas”.

Então chegamos ao versículo 17: “Disse- lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?” Aqui o Senhor Jesus faz uma coisa muito interessante, não emprega a mesma palavra que empregara; agora utilizava a palavra empregada por Pedro. “Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, realmente gostas de mim?” Baixou o nível da Sua idéia. “Realmente gostas de mim?” “Simão entristeceu-se por lhe ter dito pela terceira vez: amas-me? e disse- lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Pedro entristeceu-se porque o Senhor parecia duvidar de que gostava dEle; assim, tendo em vista o seu recente fracasso, só podia confiar-se ao conhecimento do Senhor e dizer-lhe: “Tu sabes que eu te amo”.

A terceira palavra que define “amor” na língua grega é “agapao”. E é a palavra sempre empregada na Bíblia para expressar o amor de Deus por nós. “Deus amou o mundo de tal maneira...” (Jo 3.16). Ora, esta é a palavra empregada no texto que estamos considerando: “Maridos, amai vossas mulheres” neste sentido, amar como Deus ama. Por exemplo, em Gálatas 5.22 descreve o fruto do Espirito que faz contraste entre as obras da carne e o fruto do Espirito, e diz: “O fruto do Espirito é amor”, não é uma desejo erótico, nem meramente gostar de, mas o amor que se assemelha ao amor de Deus ...amor, gozo, paz, etc. Logo, uma das maneiras pelas quais demonstro que estou cheio do Espirito, não é tanto que eu experimente extases e cambalhotas, mas sim, é a maneira como me porto com minha esposa quando estou em casa... 

3)     Colocando os “pingos nos is”

Um fato, o sexo foi feito por Deus para ser desfrutado numa relação conjugal. Agora, o inimigo que não tem poder para criar nada, simplesmente, distorce e deturpa o prazer do sexo; por isso vemos que a indústria pornográfica é que arrecada mais dinheiro no mundo. O amor “eros” é legitimo quando acontece dentro do que está determinado na Palavra de Deus. Existe uma atração natural entre um homem e uma mulher, uma atração mutua, quando dizemos que estão “apaixonados”. O amor eros não é suficiente.

É bom que os cônjuges tenham a mesma afinidade, tenham sonhos idênticos, os mesmos interesses, sintam-se atraídos pelas mesmas coisas. Não importa quanto se amem, quanto estão apaixonados carnalmente, se houver diferenças fundamentais neste sentido, isto levará a ter dificuldades no casamento. Principalmente quando não professam a mesma fé... ... O que dizer do grande evangelista John Wesley e sua esposa Molly? Ele era um pregador, ela uma mulher que queria que ele ficasse em casa o tempo todo com ela. O casamento não deu certo... por tinham objetivos distintos...


Talvez o apostolo Paulo esteja pensando em algum casal especifico da igreja de Éfeso. Se casaram ainda no mundo pagão, sem Deus e que seu casamento incluísse tanto amor “eros” como o amor “phileo”. É ai que entra o cristianismo, agora que vocês são cristão entra o elemento adicional, o amor “agapê”. Este eleva os outros dois, santifica-os, dá-lhes glórias, dá-lhes esplendor. Essa é a diferença que Cristo produz no casamento. Somente o cristão pode subir a esse nível. Uma pergunta: estão presente em vocês estes três elementos? 


Conclusão: “...maridos, amai vossas mulheres, como também” - “como também Cristo amou a igreja”.

“Como também Cristo amou a igreja”, ele tem que prosseguir e dizer, “e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo, igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. Ele diz tudo isso para ajudar o marido a amar sua esposa como deve.

Primeiro, observe o que Ele fez por ela. Ela foi lavada e purificada. Ele não amou, não por alguma coisa que visse em nós; amou-nos a despeito do que havia em nós “sendo nós ainda pecadores”. O marido depara com deficiências e dificuldades, coisas que ele acha que pode criticar em sua esposa, mas deve amá-la “como Cristo amou a igreja”.

Segundo, estava pronto para sacrificar-Se por ela. Sacrificou-se de fato por ela. Tal é o amor de Cristo pela Igreja! Ele só poderia salvá-la dando a Sua vida por ela; e a deu. Essa é a característica do Seu amor. E o marido da mesma forma, deve se sacrificar, se esforçar por sua esposa.

Terceiro, Ele olha por ela. Preocupa-Se com ela. Ele vê as possibilidades dela, por assim dizer. Deseja que ela seja perfeita. Por isso Paulo prossegue: “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”. Vocês vêem como Ele Se interessa por ela, como a ama, como Se orgulha dela. 


terça-feira, 21 de março de 2023

 “Mulheres sujeita-vos a vossos maridos”  Ef 5.18-24 


Introdução

Vivemos em um mundo de cabeça para cima. Veja o que está acontecendo no Brasil. Hoje os homens estão dizendo que são mulheres e competindo com mulheres, no entanto, no corpo de homem. As mulheres estão perdendo a meiguice, a feminilidade, isto é, o jeito de ser mulher e estão se tornando másculas. E os homens, perdendo sua compostura de macho, e ficando femininos. Isso está nas novelas da Rede Globo, nas séries de tv a cabo, nos filmes, etc.

O mundo está um caos, em todas as áreas da vida, as pessoas perderam todo respeito pela autoridade, quer entre nações ou quer em casa, ou em qualquer parte. A perda da autoridade, tudo começa realmente no lar e na relação matrimonial. 

Mudança em Cristo Jesus

Antes vivíamos uma vida longe de Cristo, longe da Palavra de Deus. Mas agora a mulher se converte e se torna cristã. Agora, a tentação é: “Muito bem, agora, estou livre. Entendo coisas que não entendia. O evangelho me revelou que “Não há judeu nem grego, escravo, livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28). Portanto, não continuarei vivendo como vivia antes. Tenho uma compreensão que o meu marido não tem. É perigo é interpretar tão mal a nova vida que pode arruinar seu relacionamento conjugal. Assim, como o relacionamento entre pais e filhos. 

Agora, Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida. Não há, portanto, aspecto da vida que escape da soberania de Cristo. Não devem existir compartimentos em nossa vida cristã, infelizmente não vida de muitos existem. O risco é pensar assim: “Aqui em casa a gente se comporta de um jeito, ou seja do nosso jeito. Agora, lá na igreja a gente se comporta do jeito que é certo, é correto. Deus não tem nada que ver com o meu casamento, com a minha conjugal ou como me relaciono com os meus filhos”. Contudo, não há nada mais fatal na fé cristã do que viver a vida em compartimentos. O meu cristianismo tem que estar na minha vida conjugal, na minha relação com os pais, na minha ocupação profissional, em tudo o que sou e em tudo que faço.

2) Sujeita-vos

“Vós, mulheres, sujeitai-vos (ou sede sujeitas) a vossos maridos, como ao Senhor”. O apostolo não só lhes lembra isso, mas lhes diz franca e abertamente que é dever delas fazê-lo, assim como é dever de todos nós sujeitar-nos uns aos outros. Percebam, Paulo não está dizendo: “Sujeitam aos seus maridos exatamente da mesma forma como se sujeitam ao Senhor”. A sujeição de todas as esposas, e na verdade de todos os crentes ao Senhor Jesus é absoluta (Atos 4.19). Todos nós somos “escravos” de Jesus Cristo; mas nunca se diz que a esposa é escrava do seu esposo. 

Que significa então? Significa: “Voces, mulheres, sujeitem-se a seus maridos porque isso faz parte dos seus deveres para com o Senhor, porque é uma expressão da sua sujeição ao Senhor”. Isto é, não estarão fazendo isto somente para o marido, mas, primordialmente, para o Senhor. Voces fazem por amor a Cristo, porque sabem que é Ele que está exortando, porque é agradável aos Seus olhos este seu procedimento. Faz parte da conduta cristã, faz parte do seu discipulado. Em outra passagem Paulo exorta: “...quer comais, quer bebais, ou façais qualquer coisa, fazei tudo para a gloria de Deus” (1 Co 10.31). Tudo ao Senhor, tudo por amor a Ele, porque sabemos que ele quer que o façamos.  

A sociedade está cada vez caótica, principalmente no aspecto conjugal. Então, é aqui que devemos evidenciar nossa diferença para as pessoas não cristã. Portanto, temos a oportunidade de mostrar que não somos mais pagãos, que não somos mais pessoas levadas para lá e para cá, que não pertencemos a esse mundo. E hoje quantas feministas que vivem como vivem, que afirmam os seus direitos, que exibem a arrogância a qual leva ao caos sua vida e dos demais da sua família – quando olharem para vocês, cristãs e perguntarem: o que é isto? Por que vocês se comportam assim? E responderão: “Comporto-me assim porque esta é a vontade do meu Senhor”. Em Cristo, somos uma nova criatura...

Há uma grande verdade, diz o apostolo, pelas quais a esposa cristã deve sujeitar-se ao seu esposo. A primeira é a “ordem da criação”. Vemos nos dois capítulos iniciais de Genesis a criação do mundo e do homem e da mulher. No terceiro capitulo fala da queda de Adão e Eva e as consequências do pecado. O versículo crucial é o 16, onde lemos o que Deus disse à mulher por ter ela dado ouvidos a Satanás e à sua tentação, e por ter comido do fruto proibido: “E a mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor terás filhos, e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”.

Outrossim, pelo livro de Genesis, aprendemos que a mulher foi feita do homem, tirada do homem, e destinada a ser um auxilio, uma “adjutora” para o homem “que lhe fosse idônea”. Nenhum dos animais poderia satisfazer essa necessidade.

Diz o texto que “E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que lhe fosse idônea” (Gn 2.20). Portanto, o homem foi criado primeiro, também foi constituído o senhor da criação, isto é, estaria em posição de liderança, de senhorio, de autoridade e poder.

O Apostolo Pedro sublinha tudo isso com aquela sua frase significativa na qual diz aos maridos que dêem honra à esposa “como vaso mais fraco” (1 Pedro 3:7). Que será que ele quer dizer com “vaso mais fraco”? Falando em termos físicos, o homem é mais forte que a mulher; foi criado para ser mais forte, e é. A mulher não foi destinada a ser forte fisicamente como o homem, quanto aos nervos e às emoções, e outros aspectos.

Ela foi constituída de maneira diferente; e quando o apostolo afirma que ela é o “vaso mais fraco”, absolutamente não está falando num sentido depreciativo. Mas, afirmando que ela é essencialmente diferente do homem, e que o homem sempre deve ter isso em mente. E por isso deve respeitá-la e honrá-la e protege-la. “Farei alguém que lhe auxilie e corresponda” (Gn 2.18). Como afirmou o rabino Chelbo: “Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço, para ser protegida e do lado do coração para ser amada”.

A mulher, de acordo com este ensino, a esposa, recebe certa posição. Ser sujeita ao seu marido não significa que é escrava dele, não significa que lhe é inferior em tal condição – nem por um momento! O que ele está dizendo é que a mulher é diferente, que ela é complemento do homem. O que ele proíbe é que a mulher procure ser máscula, isto é, que a mulher procure se comportar como homem, ou que procure usurpar o lugar, a posição e o poder que foram dados por Deus ao varão.

Ela foi feita por Deus para ajudar o homem a agir como representante de Deus neste mundo. Ela deve ser a construtora do lar, a mãe, a auxiliadora do homem, sua consoladora, alguém com quem ela possa falar e de quem possa buscar consolo e estimulo – ela é uma auxiliadora própria para o homem. O homem entende a verdade sobre si mesmo, ela também entende a verdade sobre si mesma e, assim, ela o complementa e lhe assiste; e juntos vivem para a gloria de Deus e do Senhor Jesus Cristo. 

Conclusão: a necessidade da sujeição

Pense no exército sem liderança, ficaria completamente caótico se cada componente tivesse o direito de decidir o que fazer a cada passo.

Precisa do general, do comandante para dar as ordens necessárias. Ou pensa no time de futebol sem um capitão para comandar os demais jogadores. E mais, pensa numa sala de aula sem a presença de professores para dirimir crianças, adolescentes e jovens. Olha a politica brasileira, temos presidente, governadores, presidente da câmara, presidente do senado, etc.

Até mesmo na Trindade Divina percebemos a hierarquia. Em 1 Corintios 11, onde diz que o homem, o marido, é a cabeça da mulher, que Cristo é a cabeça do homem e que Deus é a cabeça de Cristo. Em que sentido Deus é a cabeça de Cristo? No plano da salvação tem essa dialética. O Pai, o Filho e o Espirito Santo são coiguais e co-eternos. Mas, quanto a salvação, o Filho subordinou-Se ao Pai, e o Espirito subordinou-Se ao Filho e ao Pai. É uma subordinação voluntária para que a salvação fosse levada a cabo. Esse é o modo como Paulo o coloca: “Como a cabeça de Cristo é Deus, assim Cristo é a Cabeça do homem, e o homem é a cabeça da mulher”. Portanto, “vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor”. 


terça-feira, 14 de março de 2023

 “Mas enchei-vos do Espírito”  Ef 5.18 

Introdução

O vinho – o álcool não é um estimulante, é um depressivo. Pois deprime primeira e principalmente os centros mais altos de todo o cérebro. Controlam tudo quanto dá ao homem autocontrole, sabedoria, entendimento, discriminação, julgamento, equilíbrio, e poder para analisar tudo. O resultado da embriagues é a dissolução. As pessoas que estão bêbadas entregam-se a ações desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Resultados da embriagues:

A embriagues esbanja, sim! Esbanja o nosso tempo, esbanja nossa energia, esbanja nossa pureza, esbanja nossa capacidade de raciocionar, de calcular, de compreender e perdemos todo o equilíbrio. Jogamos pela janela as coisas mais preciosas da vida... 

A embriagues sempre empobrece. O pobre bêbado vem sem nada, olha novamente para o filho pródigo. Lá estava ele, coitado: o dinheiro tinha acabado, tudo tinha desaparecido, e ele estava tentando conservar-se vivo comendo bolotas que eram dadas para alimentar os porcos “E ninguém lhe dava nada”. Ele não possuía absolutamente nada.

Já o que o Espírito faz, porém, é exatamente o oposto. O Espirito Santo é estimulante, estimula todas as faculdades...a mente e o intelecto... o coração... e a vontade. A Plenitude do Espirito Santo nos torna mais humanos, pois nos torna como Cristo.

1)     Por quê ser cheio do Espirito Santo?

“Agora”, diz o apostolo, “Voces devem encher-se, não de vinho, mas do Espírito, para vencer todas as dificuldades da vida”. Que dificuldades? Uma das primeiras é de harmonizar-se uns com os outros: “sujeitai-vos uns aos outros no temor de Deus” (Ef 5.21). 

Depois ele vai pra dentro de casa, relacionamento entre marido e esposa Ef. 5-22-32). Por quê existem tantas dificuldades no relacionamento conjugal? Por quê o numero de divórcios crescem assustadoramente? A resposta do apostolo é que só há um meio, e é o seguinte: que os homens e as mulheres se encham do Espirito Santo! 

Em seguida o apostolo passa para o relacionamento de pais e filhos. Parece que o apostolo está escrevendo para os nossos dias! Porque este é um dos nossos maiores conflitos, como todos nós sabemos – delinquência juvenil (o jovem indo para o caminho dos vícios e do tráfico); ideologias mundanas, como a de gênero; falta de autoridade dos pais na criação dos filhos, etc. E a resposta do apostolo é que só há um meio, e é o seguinte: que pais e filhos se encham do Espírito Santo!

Este é o único meio pelo qual as dificuldades são resolvidas, em todos os aspectos da vida. Quando o assistente de Martinho Lutero adoeceu, o reformador orou por cura de forma audaciosa: “Implorei ao Todo-Poderoso com grande vigor. Ataquei-o com suas próprias armas, citando das escrituras todas as promessas que conseguia lembrar, segundo as quais as orações devem ser respondidas, e disse-lhe que ele precisa conceder-me o meu pedido se quisesse que continuasse a crer em suas promessas”.

Quando John Wesley estava atravessando o Atlantico, surgiram ventos contrários. Ele estava lendo em seu gabinete, quando percebeu certa confusão a bordo do navio. Quando soube que os ventos estavam desviando a embarcação de seu curso, ele respondeu em oração. O vento se acalmou e o navio continuou seu curso.

2)     Quando estamos cheios do Espírito

Ajuntamento. “Falando entre si com Salmos, hinos e cânticos espirituais...” (Ef 5.19). A referencia diz respeito a comunhão cristã, o momento de reunião dos santos. O Salmista falando dos santos, afirma: “Quanto aos fiéis que há na terra, eles é são os notáveis em que está todo o meu prazer” (Sl 16.3). Em Atos fala sobre o culto da igreja primitiva: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (Atos 2.42). “Salmos, hinos e cânticos espirituais...”, quando nos reunimos temos Salmos, hinos e cânticos espirituais... é uma comunhão com Deus e com os santos. 

Adoração. “...cantando e louvando de coração ao Senhor” (Ef 5.19). A essência de tudo tem que ser de “...coração”. Joel admoesta o povo de Deus: “...voltem-se para mim de todo o coração... rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor...pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor...” (Jl 2.12-13). Jesus chamou a atenção dos religiosos: “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt 15.8).   Paulo exorta: “...cantai salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração” (Cl 3.16).

“De coração” refere-se à sinceridade ou à interioridade do louvor cristão autentico “fazendo musica no coração, destinada aos ouvidos de Deus”. Os cristãos cheios do Espirito Santo têm um cântico de alegria no coração, e o culto publico cheio do Espírito. É uma celebração jubilosa, alegre dos atos poderosos de Deus. 

Gratidão. “Dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20). Hoje presenciamos muito no seio da igreja o “espírito de buscapé” que retrata o famoso desenho animado de uma família de ursos bem caipiras. O Zé buscapé vivia sempre resmungando; como o povo de Israel que pereceu no deserto. Mas, o crente cheio do Espirito Santo, no entanto, está cheio, não de queixas mas, sim e ações de graças. 

Aqui, no versículo 20, vemos a da trindade que direciona nossa devoção. Quando estamos cheios do Espirito Santo, damos graças ao Nosso Deus e Pai por todas as coisas recebidas, outorgadas a nós, coisas pequenas e coisas grandes, e em Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. No terceiro capitulo em sua oração aos irmãos de Efésios, Paulo cita também a trindade: “...ajoelho-me diante do Pai...por meio do seu Espírito...para que Cristo habite em vossos corações mediante a fé...” (Ef 3.14-17).

Submissão. “Sujeitando-vos uns aos outros, por temor a Cristo” (Ef 5.21). Infelizmente, tem gente que se diz ser cheio do Espirito Santo, é batizada no Espirito Santo, vai no monte (no vale e se acha super espiritual) no entanto, é agressiva, arrogante e não se submete à autoridade. O Espírito Santo, contudo, é um espirito de humildade, de hierarquia, de sujeição, e aqueles, que receberam a sua plenitude sempre revelam a meiguice e a mansidão de Cristo. 

Aqueles que estão verdadeiramente sujeitos a Jesus Cristo não acham dificuldade em submeter-se uns aos outros. Paulo acrescenta que o ato submeter está alicerçado “no temor de Cristo”.

Conclusão: O verbo “enchei-vos” está em quatro modos:

Primeiro, está no modo imperativo. Portanto, “enchei-vos” não é uma proposta alternativa mas, sim, um mandamento autoritário. Ser cheio do Espirito é obrigatório, não é opcional “Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar” (At 2.39).

 Segundo, está na forma plural. Ou seja, é endereçada à totalidade da comunidade cristã. Ninguém dentre nós deve ficar bêbado; todos nós devemos encher-nos do Espirito” Nos diz Atos: “Todos ficaram cheios do Espirito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espirito os capacitava” (Atos 2.4).

Terceiro, está na voz passiva. O sentido é “deixai o Espirito Santo encher-vos”. Portanto, o que é essencial é evitar tudo quando entristeça o Espirito Santo e dar vazão a Ele pela fé, acreditar que ele possa te encher, sem nenhuma incredulidade.

Quarto, está no tempo presente. No grego há dois imperativos, um que descreve uma ação única e um presente quando a ação é continua. Quando Jesus disse: “Enchei dágua as talhas” (Jo 2.7), as talhas deviam ser enchidas de uma só vez. Porém, quando Paulo diz: “Enchei-vos do Espirito”, o que subentende que devemos continuar ficando cheios. Portanto, o ato de se encher do Espírito Santo é continuo e acontece todas as vezes que buscamos a sua face.

Aos derrotados, Paulo diria: “Enchei-vos do Espirito, enchei-vos da sua presença, hoje é dia de se renovar, de se restaurar,  de se fortalecer na presença dEle”. Aos vitoriosos, ele diria: “Continuai enchendo-vos do Espirito. Dai graça por tudo aquilo que vos deu até agora. Mas não digais que já chegaste ao alvo. Pois há mais, muito mais, ainda para vir...” 

 

sexta-feira, 10 de março de 2023

 

Suicídio um tema atual


O que é o suicídio? É o ato de dar cabo da própria vida de maneira voluntária e intencional, ou “O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, usando um meio que acredita ser letal” (https://bvsms.saude.gov.br/10-9-dia-mundial-de-prevencao-do-suicidio)

Existem cinco relatos de suicídio na Bíblia. O caso de Saul e seu escudeiro são os dois primeiros, que diz: “...Então Saul puxou sua própria espada e atirou-se sobre ela....seu escudeiro...lançou-se de igual modo sobre a sua espada e também suicidou-se ao lado de seu rei” ( 1 Sm 31,4,5). Em seguida vemos Aitofel, conselheiro de Absalão, que pôs fim a vida enforcando-se “...pôs todos os seus negócios em ordem e logo em seguida enforcou” (2 Sm 17.23). E o quarto relato na Bíblia é de Zinri, que morreu em meio às chamas que ele mesmo provocara no palácio “Quando Zinri percebeu que a cidade ia ser tomada, entrou no castelo do palácio real e o incendiou em torno de si e morreu” ( Rs 16.18). E o último exemplo de suicídio é o de Judas Iscariotes que se enforcou “Judas...foi e enforcou-se” (Mt 27.5); o livro de Atos dos Apóstolos descreve como foi o seu suicídio: “...Judas comprou um campo. Ali caiu de cabeça, seu corpo partiu-se ao meio, e as suas vísceras todas se derramaram” (Atos 1.19). 

Ao estudar esses suicídios descobrimos que esses cinco homens viviam sob uma pressão a qual não conseguiam lidar. Estavam encurralados, a maioria deles por suas próprias ações, e não encontraram saída. Em todos os casos de suicídio na Bíblia, as pessoas estavam à beira do desespero. Elas precisavam de ajuda.

O suicídio não é algo sem importância. É bem provável que alguns que estão ouvindo já tenham pensado em pôs fim a própria vida. Se alguém perto de você sofre com pensamentos suicidas, é preciso procurar ajudar desesperadamente para essa pessoa e com urgência. 


O que podemos dizer sobre a questão de destruir a si mesmo? Kal Bart diz o seguinte em sua dogmática Eclesiástica: “Devemos partir do inequívoco fato de que, quando a autodestruição é o exercício de uma suposta e usurpada soberania do homem sobre si mesmo, trata-se de uma violação frívola, arbitrária e criminal do mandamento, e portanto, um autossassinato. Privar um homem de sua vida é um assunto para Aquele que a deu, e não do próprio homem”

Ao se propor destruir a si mesmo, você viola, de modo criminoso, um direito que não lhe pertence. É direito de Deus tirar a vida tanto quanto à prerrogativa dele dar a vida. O suicídio é um assassinato. É homicídio supremo. Também é a morte cruel suprema, por meio da qual seus restos são deixados para que as pessoas mais próximas os encontrem e prestem algum tipo de serviço digno por você. Nenhum homem ou mulher vive ou morre completamente sozinho. Você não pode dar fim à própria vida sem deixar um rastro trágico na vida de seus entes queridos. 

Se você tiver um filho, um amigo, ou um parente que fala sobre suicídio, essa pessoa precisa de ajuda. Intervenha em favor dela. Quando ouvir a palavra sucidio, uma luz  vermelha deve se acender em sua mente. Não ria diante disso, Talvez não seja uma piada. Quando alguém está pensando em tirar a própria vida, ela precisa de ajuda. Ore – mas faça algo mais que orar. Acompanhe a pessoa até um conselheiro ou um psicólogo e fique do lado, o amor e a esperança na graça de Deus.

Nunca subestime o poder da Palavra de Deus de curar e restaurar a esperança. O profeta Jeremias estava passando por muitas aflições, ele diz: meu corpo está envelhecido e a minha pele, meus ossos esmagados. Estou envolvido em grande amargura e lamento. Estou cercado de muros, e não consigo escapar, estou atado a pesadas correntes. Tornei-me objeto de zombaria de todo o meu próprio povo, nas suas canções eles se encarnecem da minha pessoa o tempo todo. Estou me alimentando de urvas amargas e de fel. Não tenho paz. Mas, ele não deixa a tristeza tomar conta dele: Contudo, quero lembrar do que pode me dar esperança. A sua misericórdia é a razão de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não tem fim, renovam-se plenamente cada manhã! Grande é a tua fidelidade. (Lm 3).

E termina dizendo para si mesmo: “Sendo assim, digo a mim mesmo: a minha porção é o Senhor, portanto, nele depositarei toda minha esperança”. 



 

terça-feira, 7 de março de 2023

 Não vos embriagueis com vinho, mas enchei-vos do Espirito  Ef 5.18 

Introdução

Por quê Paulo em sua exortação aos irmãos de Efésios é direito, incisivo “Não vos embriagueis com vinho...”? Primeiro, o mundo antigo era devasso, era uma característica do tempo de Paulo. Ou seja, a forma de viver era embriaguez e libertinagem; esse era o modo de viver dos efésios. Agora, no entanto, os cristãos haviam sido transformados.

Segundo, na mente do apostolo Paulo, havia a lembrança de Atos 2, quando viram que os discípulos estavam tomados de grande alegria. E falavam em outras línguas “E todos se maravilhavam e estavam assustados, dizendos uns para os outros: que quer dizer isto dizer? E outros, zombando, diziam: estão cheios de mosto” (Atos 2.13-14). Na NVI diz: “Eles beberam vinho demais”. Então, o apostolo Pedro se levantou  e começou a explicar pra multidão o significado de tudo aquilo.

“Homens da Judéia e todos os que vivem em Jerusalém, deixem-me explicar-lhes isto! Ouçam com atenção: estes homens não estão bêbados, como vocês supõem. Ainda são nove horas da manhã! Pelo contrário, isto é o que foi predito pelo profeta Joel: ‘Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, eles profetizarão. Mostrarei maravilhas em cima no céu e sinais em baixo, na terra, sangue, fogo e nuvens de fumaça.O sol se tornará em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’” Atos 2:14-21 

Portanto, diz o apostolo Pedro, não estão tomados de vinho, mas foram cheios do Espirito Santo de Deus; embora certas pessoas imaginaram, pensaram que eles estavam bêbados, cheios de vinho. Logo, há certa semelhança entre os dois estados e condições.

1)     Não vos embriagueis, mas enchei-vos do Espírito

O que significa embrigar-se? A tradução de Wyclife colocou “encher-se”, “Não vos enchai-vos de vinho, mas enchei-vos do Espirito”. A noção da palavra é a de um homem cheio de vinho, embriagado. 

Utiliza-se “embriagar-se”, “encher-se” e “encharcar-se”, como “Não vos encharqueis com vinho, mas enchei-vos do Espírito”. Uma outra palavra do versículo é “excesso”, ou “contenda”. Quando o apostolo Paulo diz: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda” (ou excesso). Aqui não está simplesmente a atenção para quantidade de vinho consumida, mas está afirmando que embriagar-se com vinho leva a excesso. 

Aliás, é a mesma palavra usada com relação ao filho pródigo “desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente”. A palavra traduzida por “dissolutamente” é exatamente a mesma do texto em questão. O filho mais novo, o prodigo, foi para uma terra distante com os bolsos cheios de dinheiro; mas desperdiçou “a sua fazenda” e o seu dinheiro “vivendo dissolutamente”. Assim, podemos ler em Efésios “E não vos embriagueis com vinho, que “causa dissolução”. A palavra traz consigo a idéia de destrutibilidade.

O apostolo Paulo nos versículos que antecedem afirma que devemos andar “prudentemente”, “não como néscios, mas como sábios” (Ef 5.15). Portanto, a vida de um cristão é controlada, uma vida ordenada e é exatamente o inverso da condição do ébrio, que perdeu o controle e está sendo controlado por alguma outra coisa, jaz num estado de completa desordem e desarranjo.

O excesso de vinho leva a uma condição na perda do juízo, do entendimento, na perda da capacidade de julgar, na perda do equilíbrio. É o que a bebida faz. A bebida não é estimulante, é um agente de depressão. Ou seja, farmacologicamente, é antidepressivo. Primeiro, antes de tudo, deprime os núcleos mais elevados do cérebro. Estes são os primeiros a serem influenciados e afetados pela bebida. Eles controlam tudo que dá ao homem o domínio próprio, a sabedoria, o entendimento, a discriminação, o juízo, o equilibro e a capacidade de avaliar tudo. 

Que é um cristão? Ele é exatamente o oposto do filho prodigo. Vemos dois lados: o filho prodigo na terra distante, o filho pródigo depois que voltou para casa. A bebedeira sempre leva ao excesso, à prodigalidade, ao desregramento, ao esbanjamento e à destruição. “Não vos embriagueis com vinho em que há excesso...” O excesso esbanja, sim! Esbanja o nosso tempo, esbanja nossa energia, esbanja nossa pureza, esbanja nossa capacidade de raciocionar, de calcular, de compreender e perdemos todo o equilíbrio. Jogamos pela janela as coisas mais preciosas da vida...

A vida cristã não produz exaustão, estamos sempre sendo renovados pelo Senhor, mesmo nos momentos mais difíceis, de lutas, pela presença de Deus em nossas vidas. O Espirito Santo não se esgota, aliás, é infinito, sua unção nunca termina... Já o álcool ou qualquer estimulo artificial produzido pelo homem, sempre nos deixa exaustos e fatigados. O Espírito Santo não!

Outrossim, a embriagues sempre empobrece. O pobre bêbado vem sem nada, olha novamente para o filho pródigo. Lá estava ele, coitado: o dinheiro tinha acabado, tudo tinha desaparecido, e ele estava tentando conservar-se vivo comendo bolotas que eram dadas para alimentar os porcos “E ninguém lhe dava nada”. Ele não possuía absolutamente nada. Lembra-se do seu lar e do seu pai e diz: “Ora, os servos de meu pai está em melhor situação que eu, tem pão para dar e vender e eu não tenho nada”.  

O mundo afirma que a vida cristã é negativa, uma vida de proibições, ou seja, “não faça isso e nem aquilo”. Certamente não há nada que faça mais dano a fé cristã do que esse modo de ver. O cristianismo não é uma religião, mas é o encontro de Jesus com o homem, dando-lhe vida. Então, a fé cristã é estimulante, entusiasmante, emocionante. Por isso que Paulo afirma: “Não vos embriagueis com vinho, mas enchei-vos do Espírito”.

Se fosse possível colocar o verbete “Espirito” num livro texto de farmacologia, estaria entre os estimulantes. O Espirito realmente estimula, ele é positivo, ele é ativo, ele é Deus. Ele estimula nossas faculdades mentais, nossas emoções, nossas vontades. Com ele sempre estamos caminhando para diante, virando esquinas e contemplando sempre panoramas majestosos.  Veja o avivamento do século XVIII na Inglaterra com John Wesley, quantas pessoas foram estimuladas pelo Espirito Santo, mudadas, transformadas... 

Por outro lado, o álcool não toca o coração. O álcool libera o elemento instintivo da vida, e o homem confunde com os sentimentos. Não é verdadeiro, não é consciente, as vezes vergonhoso; vivem numa ilusão falsa, onde tudo não passa de superfície.

Conclusão:

Portanto, a vida cristã é emocionante, feliz, repleta de alegria. Neemias exultou: “A alegria do Senhor é a nossa força” (Ne 8.10). Paulo também exultou: “Regozijai-vos no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos” (Fl 4.4). Temos alegria, mesmo em dias difíceis

Em que vós mesmos vos alegrais, ainda que agora importa sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações” (1 Pe 1.6). O apostolo Pedro reforça essas palavras no versículo oito do mesmo capitulo, falando de Cristo, diz: “Ao qual, não havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso” (1 Pe 1.8).

E o apostolo Paulo em Romanos 5: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeuRomanos 5:1-5

Davi exultou de alegria em Deus: “Encheste o meu coração de alegria, alegria maior do que a daqueles que têm fartura de trigo e de vinho. Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança”. Salmos 4:7,8