terça-feira, 21 de março de 2023

 “Mulheres sujeita-vos a vossos maridos”  Ef 5.18-24 


Introdução

Vivemos em um mundo de cabeça para cima. Veja o que está acontecendo no Brasil. Hoje os homens estão dizendo que são mulheres e competindo com mulheres, no entanto, no corpo de homem. As mulheres estão perdendo a meiguice, a feminilidade, isto é, o jeito de ser mulher e estão se tornando másculas. E os homens, perdendo sua compostura de macho, e ficando femininos. Isso está nas novelas da Rede Globo, nas séries de tv a cabo, nos filmes, etc.

O mundo está um caos, em todas as áreas da vida, as pessoas perderam todo respeito pela autoridade, quer entre nações ou quer em casa, ou em qualquer parte. A perda da autoridade, tudo começa realmente no lar e na relação matrimonial. 

Mudança em Cristo Jesus

Antes vivíamos uma vida longe de Cristo, longe da Palavra de Deus. Mas agora a mulher se converte e se torna cristã. Agora, a tentação é: “Muito bem, agora, estou livre. Entendo coisas que não entendia. O evangelho me revelou que “Não há judeu nem grego, escravo, livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28). Portanto, não continuarei vivendo como vivia antes. Tenho uma compreensão que o meu marido não tem. É perigo é interpretar tão mal a nova vida que pode arruinar seu relacionamento conjugal. Assim, como o relacionamento entre pais e filhos. 

Agora, Jesus Cristo é o Senhor da nossa vida. Não há, portanto, aspecto da vida que escape da soberania de Cristo. Não devem existir compartimentos em nossa vida cristã, infelizmente não vida de muitos existem. O risco é pensar assim: “Aqui em casa a gente se comporta de um jeito, ou seja do nosso jeito. Agora, lá na igreja a gente se comporta do jeito que é certo, é correto. Deus não tem nada que ver com o meu casamento, com a minha conjugal ou como me relaciono com os meus filhos”. Contudo, não há nada mais fatal na fé cristã do que viver a vida em compartimentos. O meu cristianismo tem que estar na minha vida conjugal, na minha relação com os pais, na minha ocupação profissional, em tudo o que sou e em tudo que faço.

2) Sujeita-vos

“Vós, mulheres, sujeitai-vos (ou sede sujeitas) a vossos maridos, como ao Senhor”. O apostolo não só lhes lembra isso, mas lhes diz franca e abertamente que é dever delas fazê-lo, assim como é dever de todos nós sujeitar-nos uns aos outros. Percebam, Paulo não está dizendo: “Sujeitam aos seus maridos exatamente da mesma forma como se sujeitam ao Senhor”. A sujeição de todas as esposas, e na verdade de todos os crentes ao Senhor Jesus é absoluta (Atos 4.19). Todos nós somos “escravos” de Jesus Cristo; mas nunca se diz que a esposa é escrava do seu esposo. 

Que significa então? Significa: “Voces, mulheres, sujeitem-se a seus maridos porque isso faz parte dos seus deveres para com o Senhor, porque é uma expressão da sua sujeição ao Senhor”. Isto é, não estarão fazendo isto somente para o marido, mas, primordialmente, para o Senhor. Voces fazem por amor a Cristo, porque sabem que é Ele que está exortando, porque é agradável aos Seus olhos este seu procedimento. Faz parte da conduta cristã, faz parte do seu discipulado. Em outra passagem Paulo exorta: “...quer comais, quer bebais, ou façais qualquer coisa, fazei tudo para a gloria de Deus” (1 Co 10.31). Tudo ao Senhor, tudo por amor a Ele, porque sabemos que ele quer que o façamos.  

A sociedade está cada vez caótica, principalmente no aspecto conjugal. Então, é aqui que devemos evidenciar nossa diferença para as pessoas não cristã. Portanto, temos a oportunidade de mostrar que não somos mais pagãos, que não somos mais pessoas levadas para lá e para cá, que não pertencemos a esse mundo. E hoje quantas feministas que vivem como vivem, que afirmam os seus direitos, que exibem a arrogância a qual leva ao caos sua vida e dos demais da sua família – quando olharem para vocês, cristãs e perguntarem: o que é isto? Por que vocês se comportam assim? E responderão: “Comporto-me assim porque esta é a vontade do meu Senhor”. Em Cristo, somos uma nova criatura...

Há uma grande verdade, diz o apostolo, pelas quais a esposa cristã deve sujeitar-se ao seu esposo. A primeira é a “ordem da criação”. Vemos nos dois capítulos iniciais de Genesis a criação do mundo e do homem e da mulher. No terceiro capitulo fala da queda de Adão e Eva e as consequências do pecado. O versículo crucial é o 16, onde lemos o que Deus disse à mulher por ter ela dado ouvidos a Satanás e à sua tentação, e por ter comido do fruto proibido: “E a mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor terás filhos, e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”.

Outrossim, pelo livro de Genesis, aprendemos que a mulher foi feita do homem, tirada do homem, e destinada a ser um auxilio, uma “adjutora” para o homem “que lhe fosse idônea”. Nenhum dos animais poderia satisfazer essa necessidade.

Diz o texto que “E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que lhe fosse idônea” (Gn 2.20). Portanto, o homem foi criado primeiro, também foi constituído o senhor da criação, isto é, estaria em posição de liderança, de senhorio, de autoridade e poder.

O Apostolo Pedro sublinha tudo isso com aquela sua frase significativa na qual diz aos maridos que dêem honra à esposa “como vaso mais fraco” (1 Pedro 3:7). Que será que ele quer dizer com “vaso mais fraco”? Falando em termos físicos, o homem é mais forte que a mulher; foi criado para ser mais forte, e é. A mulher não foi destinada a ser forte fisicamente como o homem, quanto aos nervos e às emoções, e outros aspectos.

Ela foi constituída de maneira diferente; e quando o apostolo afirma que ela é o “vaso mais fraco”, absolutamente não está falando num sentido depreciativo. Mas, afirmando que ela é essencialmente diferente do homem, e que o homem sempre deve ter isso em mente. E por isso deve respeitá-la e honrá-la e protege-la. “Farei alguém que lhe auxilie e corresponda” (Gn 2.18). Como afirmou o rabino Chelbo: “Cuida-te quando fazes chorar uma mulher, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher foi feita da costela do homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço, para ser protegida e do lado do coração para ser amada”.

A mulher, de acordo com este ensino, a esposa, recebe certa posição. Ser sujeita ao seu marido não significa que é escrava dele, não significa que lhe é inferior em tal condição – nem por um momento! O que ele está dizendo é que a mulher é diferente, que ela é complemento do homem. O que ele proíbe é que a mulher procure ser máscula, isto é, que a mulher procure se comportar como homem, ou que procure usurpar o lugar, a posição e o poder que foram dados por Deus ao varão.

Ela foi feita por Deus para ajudar o homem a agir como representante de Deus neste mundo. Ela deve ser a construtora do lar, a mãe, a auxiliadora do homem, sua consoladora, alguém com quem ela possa falar e de quem possa buscar consolo e estimulo – ela é uma auxiliadora própria para o homem. O homem entende a verdade sobre si mesmo, ela também entende a verdade sobre si mesma e, assim, ela o complementa e lhe assiste; e juntos vivem para a gloria de Deus e do Senhor Jesus Cristo. 

Conclusão: a necessidade da sujeição

Pense no exército sem liderança, ficaria completamente caótico se cada componente tivesse o direito de decidir o que fazer a cada passo.

Precisa do general, do comandante para dar as ordens necessárias. Ou pensa no time de futebol sem um capitão para comandar os demais jogadores. E mais, pensa numa sala de aula sem a presença de professores para dirimir crianças, adolescentes e jovens. Olha a politica brasileira, temos presidente, governadores, presidente da câmara, presidente do senado, etc.

Até mesmo na Trindade Divina percebemos a hierarquia. Em 1 Corintios 11, onde diz que o homem, o marido, é a cabeça da mulher, que Cristo é a cabeça do homem e que Deus é a cabeça de Cristo. Em que sentido Deus é a cabeça de Cristo? No plano da salvação tem essa dialética. O Pai, o Filho e o Espirito Santo são coiguais e co-eternos. Mas, quanto a salvação, o Filho subordinou-Se ao Pai, e o Espirito subordinou-Se ao Filho e ao Pai. É uma subordinação voluntária para que a salvação fosse levada a cabo. Esse é o modo como Paulo o coloca: “Como a cabeça de Cristo é Deus, assim Cristo é a Cabeça do homem, e o homem é a cabeça da mulher”. Portanto, “vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor”. 


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