O deserto: a escola
da autodescoberta. Dt 32:10-12.
Introdução:
O que é deserto? O deserto é uma região desolada com rochas
escarpadas, calor insuportável. Um lugar seco e devastado. Nenhuma fruta,
nenhuma arvore, nada de gramados verdejantes, nenhum riacho, lago, rio, etc.
Espiritualmente
falando: é a escola de Deus. Um campo de treinamento, geralmente estéril, em que Deus põe seus
filhos com o propósito de prepará-los para uma tarefa especial na vida. Alguns
passam umas poucas semanas neste deserto. Outros, meses e outros, anos. Moisés
andou por essas terras áridas durante quarenta anos: QUARENTA ANOS!
O termo hebraico para “DESERTO”
é midbaar, originário de dahbaar, que significa falar. Partindo disso, deserto é o lugar
onde Deus fala, onde ele nos comunica suas mais importantes mensagens. Se não
fosse essa experiência do deserto, você e eu poderíamos passar a vida inteira sem
ouvir ou conhecer o que o Deus do universo deseja nos dizer. O deserto muda
isso.
Nesse lugar solitário, somos despojados de todas as coisas
das quais depende para o seu conforto – tudo o que pensou que precisaria em sua
vida, mas na verdade não precisa absolutamente. O silencio reina nessas
vastidões de areia – silencio tão profundo que você pode ouvir o som do seu
pulso no ouvido, tão quieto que pode ouvir a voz de Deus.
As experiências do deserto são inúmeras: uma investida do
adversário contra a sua vida, a perda de alguém querido, o marido que foi
embora, o filho que se enveredou pelos caminhos das drogas, o desemprego,
mudança de cidade, etc.
1)
Achou-me
numa terra deserta...
·
“Achou-me numa terra deserta, e num
ermo solitário povoado de uivos, rodeou-o e cuidou dele, guardou-o como a
menina dos olhos” (v.10). A mensagem:
“Ele o achou no deserto, numa terra árida pelo vento. Ele o abraçou e o encheu
de cuidados, guardando-o como a menina dos seus olhos”.
·
O “ele” oculto nesse versículo é
Deus, e o “dele” é uma referencia aos judeus. Vamos então personalizar as
palavras do Senhor aqui. Vamos por seu nome no versículo em lugar “dele”. Deus em encontrou
___________(o seu nome) num ermo solitário povoado de uivos. Deus rodeou você.
Cuidou de você. E guardou-o como a menina dos olhos.
Ø Ele nos rodeia. Segundo, ele cuida de nós. Terceiro, ele nos guarda como
a menina dos olhos.
“A menina dos olhos” é a parte mais protegida do corpo. Voce não deixa nada tocá-la. Protege-a com muito cuidado. Protege-a do sol. Se o menor cisco tocar em sua membrana, você toma medidas imediatas para livrar-se dele. Portanto, no deserto você é a menina dos olhos de Deus. Deus tem cuidado mais de você do em que em qualquer outra ocasião de sua vida.
“A menina dos olhos” é a parte mais protegida do corpo. Voce não deixa nada tocá-la. Protege-a com muito cuidado. Protege-a do sol. Se o menor cisco tocar em sua membrana, você toma medidas imediatas para livrar-se dele. Portanto, no deserto você é a menina dos olhos de Deus. Deus tem cuidado mais de você do em que em qualquer outra ocasião de sua vida.
Ø Note os dois versículos que seguem o versículo
10: “Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes,
estende as suas asas, e, tomando-os, os leva sobre elas, assim, SÓ o Senhor o
guiou...” (VV. 11-12). Deus nos guia. Deus não largou mão de sua vida. Voce se
sentiu nu e exposto naquela terra vazia, entretanto, ele o cobriu com suas asas
o tempo todo.
Ø O versículo 12 tem a palavra “só”. Só
ele está guiando você. Não há mais ninguém para conduzi-los através do deserto.
Não há sinais, nem informação, nem mapas. Na verdade, você não sabe onde se encontra.
Não sabe quando ( ou se) sairá um dia desse deserto opressivo.
2) Um deserto feito sob medida.
“Recordar-te-ás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou
no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o
que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos” (Dt 8.2). A mensagem: “Lembrem-se de todos os caminhos pelos quais o eterno conduziu vocês nesses
quarenta anos no deserto, levando vocês ao limite, testando-os para saber de
que material vocês eram feitos, se iriam obedecer aos mandamentos dele ou não”.
·
Por que Deus nos guia por lugares desertos? Isso acontece para que ele possa nos tornar humildes,
nos testar e revelar o verdadeiro estado do nosso coração. Não para que Deus
possa conhecer você (ele já conhece), mas para que VOCE possa a vir a se conhecer. Não há nada como o
deserto para ajudá-lo a conhecer seu eu verdadeiro.
·
Quando todos os enfeites, as mascaras
e os trajes falsos são removidos, você começa a ver uma identidade verdadeira – um
rosto que não parecia há anos. Talvez
que nunca tenha aparecido.
Hino: Que firme fundamento
Quando teu caminho estiver cheio de
tropeços,
Minha graça toda-suficiente será teu
consolo;
As chamas não te ferirão, pois só quero
Consumir tuas impurezas, refinar teu
ouro.
Conclusão: uma especialização em desconforto.
·
Deus
precisa primeiro quebrar as várias camadas sólidas externas em nossa vida,
antes de poder renovar nossa alma. Seu alvo persistente é chegar à pessoa
interior (Sl 51.6). o que são essas
camadas resistentes em nosso coração e como ele as rompe para alcançar essa
parte oculta?
Ø Em primeiro lugar, encontra-se o
orgulho. E usa a lixa da obscuridade para remove-lo gradualmente.
Ø Em, segundo, Então ficamos
paralisados pelo medo – temor do passado, ansiedade quanto ao presente e terror
do que nos espera - E Deus usa o passar
do tempo para remover esse medo. Ensinando-nos que tudo está nas mãos dEle!
Ø Em terceiro lugar, nos encontramos
com a barreira do ressentimento – a tirania da amargura, do rancor. Deus quebra
essa camada com a solidão. No silencio de sua presença, ganhamos uma nova
perspectiva, livramo-nos gradualmente dos nossos direitos e abrimos mão das
expectativas que nos mantinham como reféns.
Ø Em quarto lugar, Deus chega aos
hábitos básicos da vida, bem perto de nosso “eu” interior, e introduz ali o
desconforto e as dificuldades para remover essa ultima camada de resistência.
Por quê? Para poder renovar-nos bem no âmago do nosso ser. “consumir nossas
impurezas... refinar nosso ouro”.