terça-feira, 30 de maio de 2017


Neemias: realizando sonhos impossíveis. Ne 2:1-10


Introdução.  Provérbios 21.1: “O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer”.  Em hebraico não começa com “o coração do rei...” MAS com a palavra  “canais”. “Como canais de irrigação que transportam água é o coração do rei nas mãos de Jeová”. O autor estava dizendo que um coração que exala vida e que define decisões e atitudes está nas mãos do Senhor. A última declaração afirma: “Ele (Jeová) o dirige para onde quer”. Se juntarmos todas essas ideias, poderíamos ler o verso da seguinte maneira: “Como canais de irrigação que transportam água, assim é o coração do rei nas mãos de Jeová. Ele inclina e o desvia para qualquer direção que lhe agrada”.

1)    Um líder inflexível. 


Neemias era copeiro de um homem que tinha acabado de se tornar o Rei da Pérsia. Há um ditado que se encaixa bem aqui: “NÃO ADIANTA TENTAR MUDAR A LEI DOS MEDOS E DOS PERSAS”. Esse ditado significa que é impossível mudar a situação! Artaxerxes, o rei dos Medos e Persas tinha uma reputação de inflexibilidade.

Mas, Neemias buscou o Senhor em oração porque sabia QUE ERA A ÚNICA MANEIRA DE MUDAR O CORAÇÃO DO REI. Ele orou com toda concentração: “Senhor, que os teus ouvidos estejam atentos à oração deste servo e à oração dos teus servos que tem prazer em temer o teu nome” (Ne 1.11). Agora veja o seu pedido: “Faze com que hoje este teu servo seja bem-sucedido, concedendo-lhe a benevolência deste homem”. Neemias, o copeiro do rei, disse de fato: “Senhor, peço-lhe que mude o coração do rei, modifica as suas atitudes. Mude a fim de que eu consiga fazer a tua vontade e agrade ao rei – agrade ao meu superior”.

2)    A espera é essencial. 



O que acontece depois que Neemias orou ao Senhor? Nada! Pelo menos não imediatamente. A História de Neemias começa no mês de QUISLEU (Nm 1.1), e termina “no mês de Nisã” (Ne 2.1). Quisleu é dezembro e Nisã, Abril. Durante quatro meses, NADA ACONTECEU! Olhe o versículo 1 do capítulo 2: “No mês de nisã do vigésimo ano do rei Artaxerxes, na hora de servir o vinho, levei-o ao rei”. A Bíblia Viva enfatiza o período de espera: “Um dia, em abril, quatro meses depois. Todo mundo tem um ponto de ruptura, de desgaste. E, Neemias aparece diante do rei “...porém, nunca estivera triste diante do rei” (v.1). E o rei lhe disse: “Por que o seu rosto parece tão triste, se você não está doente? Essa tristeza só pode ser do coração!” (v.2). ENTÃO NEEMIAS FICOU COM MUITO MEDO!

Pessoas que expressavam tristeza ou melancolia na presença do rei normalmente eram mortas em “desfiles de exibição”. “E disse ao rei: Que o rei viva para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, se a cidade em que estão sepultados os meus pais está em ruínas, e suas portas foram destruídas” (v.3). Mas, o rei me disse: “O que você gostaria de pedir? Então orei ao Deus dos céus”. “O que você gostaria de pedir?” Artaxerxes perguntou a Neemias. O CORAÇÃO DO REI ESTAVA NAS MÃOS DE JEOVÁ. O que você quer Neemias? O que está deixando entristecido?”

Neemias respondeu (v.5): “Se for do agrado do rei e se o seu servo puder contar com a tua benevolência, que ele me deixe ir à cidade onde meus pais foram enterrados, em Judá, para que eu possa reconstruí-la”. Pacientemente Neemias esperou quatro longo meses pela resposta. E agora a petição lhe havia sido concedida. Ele tornou conhecido o seu desejo.

3)    Neemias tinha um plano. 


“Marquei um prazo com o rei”. Durante esses quatro meses ele estava fazendo mais alguma coisa além de orar. Ele gastou esse tempo planejando. Isso, em si mesmo, é um exercício de fé. Ele tinha certeza de que Deus o deixaria ir que até planejou uma agenda, no caso do rei lhe perguntar quanto tempo de ausência seria necessário. Provérbios 16.9: “todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o Senhor avalia o espírito”. Portanto, anda pela fé não quer dizer que você deve andar sem organização ou a esmo.

Alguns poder ler Neemias 2.7-9 e pensar que ele era um homem presunçoso. Não, era apenas prático. Quando o rei Artaxerxes disse: “ótimo, você pode ir”, Neemias continuou: “Agora rei, antes de sair há algumas coisas que gostaria de falar” (Ne 2.7-9). A resposta positiva do Rei Artaxerxes está expressa no verso 6: “Se for do agrado do rei enviar-me. Então o rei lhe disse: “Está bem pode ir”. O verso 8 conclui: “E o rei atendeu os meus pedidos...” Ele concedeu as cartas à Neemias. Neemias saiu de Susã e foi em direção à Jerusalém e encontrou-se com o primeiro oficial:

“tenho, aqui uma carta do rei”.
“Quem a escreveu?”
“Artaxerxes. Olhe... bem aqui”.
“puxa, siga adiante”.
Em seguida, entrou no território de Asafe. Asafe provavelmente era uma pessoa com pensamento negativo e talvez sovina.
“O que você quer?”
“Madeira”
“Não. Somente com requisição”.
“Artaxerxes requisitou que eu tivesse toda a madeira que eu quisesse”

4)    No meio do caminho tinha uma pedra. 

No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.

Neemias estava a caminho do seu objetivo, porém no verso 10 lemos que enfrentou pessoas difíceis, as mesmas que enfrentaria durante o projeto. Dê uma olhada nelas. Sambalate, o honorita, e Tobias, o oficial amonita, ficaram muito irritados quando viram que havia gente interessada no bem dos israelitas. No meio da caminhada nos deparamos com pessoas com o espírito de Sambalate e Tobias: ALGUMA COISA RUIM VAI ACONTECER; ISSO NÃO VAI DAR CERTO. Muitos homens e mulheres vivem baseado nesse princípio; toda a sua vida é um grande “NÃO”.

Conclusão. Vemos quatro passos em Neemias.

1)    Ele reconheceu suas próprias limitações – apenas Deus consegue mudar o coração do homem
2)    Voltou-se para Deus – orando e esperando.
3)    Organizou um plano de ação
4)    Perseverou, apesar da oposição de sambalate e Tobias – uma vez que Deus havia aberto o caminho.



Bibliografia: Vamos construir juntos – Charles R. Swindoll

terça-feira, 23 de maio de 2017

Neemias: avançando de joelhos. Ne 1


Introdução: um pouco de história
.
A história dos judeus começa aproximadamente em 2000 a.C com Abraão. MAS, foi só em 1000 a.C que Israel alcançou expressão mundial como nação sob o comando de Saul, Davi e Salomão. Contudo, Salomão comprometeu seu reinado casando com mulheres de outras nacionalidades e adorando seus deuses. Deus sentenciou:

“Então o Senhor lhe disse: Já que essa é a sua atitude e você não obedeceu a minha aliança e aos meus decretos, os quais lhe ordenei, certamente lhe tirarei o reino e o darei a um dos meus servos. No entanto, por amor a Davi, seu pai, não farei isso enquanto você viver. Eu o tirarei da mão do seu filho” (1 Rs 11.11-12).

Depois da morte do rei Salomão, Israel tornou-se um reino dividido: dez tribos ficaram ao norte, tendo como capital Samaria; e duas tribos se estabeleceram no sul e cuja capital era Jerusalém. Durante este período de divisão e de guerra civil as tribos de norte foram chamadas de Israel, e o as tribos do sul, de Judá. 



No entanto, Deus castigou Israel quando os assírios invadiram no ano de 722 a.C; essas dez tribos foram extintas e o reino do norte acabou. E, em 586 a.C – 100 anos depois – o rei da Babilônia, Nabucodonosor, invadiu Jerusalém e levou o povo cativo. Assim começou o que chamamos de “cativeiro babilônico”. O relato bíblico em 2 Crônicas 36.18-19 registra o fim da história de Judá e o início do cativeiro babilônico.
“E todos os artigos da casa de Deus, grandes e pequenos, e os tesouros da casa do Senhor, e os tesouros do rei e dos seus oficiais, ele (Nabucodonosor) os trouxe para a Babilônia. Então QUEIMARAM A CASA DO SENHOR, DERRRUBARAM O MURO DE JERUSALÉM, queimaram todas as edificações fortificadas e destruíram seus artigos valiosos”. 


O Salmo 137 foi escrito durante esse período sombrio. O salmista chorava: “Como poderíamos cantar as canções do Senhor numa terra estrangeira” (v.4). A Babilônia veio e levou cativo os israelitas. A sua canção cessou (2 Cronicas 36.20).

Quase 70 anos depois, Deus levantou Ciro, autorizando o retorno dos judeus para Jerusalém (2 Cro 36.22-23). Os primeiros judeus vieram com Zorobabel, como comandante oficial. O segundo grupo deixou a Babilônia com Esdras. E, treze anos depois, chega Neemias para reconstruir o muro de Jerusalém.

1)    Neemias – um copeiro do rei. 



Copeiro significava ser o provador da comida e do vinho do rei. Era uma posição de intimidade e confiança. A história começa no inverno, no mês de quisleu (dezembro), no vigésimo ano do rei. A data é aproximadamente por volta de 445-444 a.C. E o verso 1 nos diz o lugar: Neemias vivia em Susã, a capital do império medo-persa. NO VERSO 2, Hanani, um dos irmão de Neemias e alguns homens de Judá vieram de Jerusalém. “E eu (Neemias) lhes perguntei acerca dos judeus que restaram, os sobreviventes do cativeiro e sobre Jerusalém”.

Aqueles que regressaram de Judá disseram: “Aqueles (o povo) que sobreviveram ao cativeiro e estão lá na província passam por grande sofrimento e humilhação”. A palavra hebraica traduzida por “grande sofrimento” significa “miséria e calamidade”. Na verdade, acrescentou o homem, eles estava sofrendo humilhação. A palavra no hebraico significa “algo afiado, cortante, penetrante ou intenso”. A idéia original é de alguém suportando a força de palavras sarcásticas. Os judeus estavam sendo criticados e caluniados por pessoas que eram inimigas da fé.

2)    A reação e a oração de Neemias. 



Neemias foi tocado pela necessidade do seu povo: “sentou-se, chorou e lamentou... jejuando e orando ao Deus dos céus” (v.4).  Notemos sua oração:

Ele reconheceu claramente as necessidades do seu povo. O inicio do versículo 4 diz: “quando ouvi essas coisas”. Ele perguntou: “em que condições eles vivem?” E responderam: “Numa situação miserável”.  Pergunto: você é consciente das necessidades? Conhece as necessidades da sua família? Você é um pai ou um marido sensível?

Ele era preocupado com a realidade. Neemias foi chamado para construir o muro, mas primeiro chorou sobre as ruínas. “Os muros estão caídos. AH, Deus! Como essas pessoas podem continuar seguras com o muro caído? Porém, a resposta mais normal seria: “Olhem, os muros estão derrubados. Quem fez esse estrago? Quem arrebentou tudo isso? Ou, Puxa, eles voltaram há tantos anos e ninguém construiu os muros? NEEMIAS TEVE COMPAIXÃO.

Em 1 Samuel 3, aprendemos a história de um pai que se recusou a reconhecer uma necessidade específica da família. O jovem Samuel dormia, até quando alguém lhe disse: “Samuel! Samuel!”. E ele corria a Eli e dizendo: “O que foi Eli”. E este lhe respondia: “volte a dormir, não lhe chamei”. Novamente a voz acordou Samuel e a mesma coisa aconteceu  e isso aconteceu por três vezes. Finalmente Eli disse: Olhe, você está ouvindo a voz de Deus”. E, Deus dá uma mensagem de juízo para Eli (1 Samuel 3.11-13).  SUBLINHE na sua Bíblia “ele tinha consciência”, e “ele não os puniu”. Há momentos quando você sabe que tem uma coisa errada em sua casa, mas se recusa a envolver-se na correção?  

Ele estava “jejuando e orando” (v.4). O que o jejum significa? Significa não fazer uma refeição por causa de um proposito maior: atingir o alvo de andar com Deus. Há pessoas que jejuam um dia por semana. Outras, uma vez por mês. Algumas nunca jejuam!

Ele orou. “Senhor, Deus dos céus”.  Qual é a sua primeira resposta quando uma necessidade lhe chama a atenção?  A dificuldade do povo de Deus não será totalmente resolvida até que você o leve a Deus em oração. UM DIA VOCE VAI OLHAR PARA O PASSADO, VER AQUELAS COISAS QUE RACIONALMENTE FEZ NA CARNE, E ODIARÁ O DIA EM QUE ISSO ACONTECEU. A ORAÇÃO É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA NA VIDA DE UM CRISTÃO. 




Neemias orou ao Senhor.  “Então eu disse: Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível, fiel à aliança e misericordioso com os que te amam e obedecem aos teus mandamentos” (v. 5).

Neemias confessou seu pecado (vss. 6 e 7). “Que os teus ouvidos estejam atentos e os teus olhos estejam abertos para a oração que o teu servo está fazendo diante de ti, dia e noite, em favor dos teus servos, o povo de Israel. Confesso os pecados que nós, os israelitas, temos cometido conta ti. Sim, eu e o meu povo temos pecado. Agimos de forma corrupta e vergonhosa contra ti. Não temos obedecido aos mandamentos, aos decretos e às leis que deste aos teu servo Moisés”.

Ele clamou pela promessa. Quando foi a Deus em oração, orou ao Pai, confessou a sua parte no erro e clamou a promessa que Deus havia dado. Lemos no versículo 8: Lembra-te agora do que disseste a Moisés, teu servo”. Neemias conhecia as Escrituras. “Senhor, abro o livro perante ti. Apresento-lhe as exatas palavras que falou, as promessas que o Senhor fez. E estou reivindicando isso, Senhor, agora mesmo”. QUAL ERA A PROMESSA? Que quando o período do cativeiro terminasse, Deus traria de volta os judeus a Jerusalém, e os protegeria (Rm 4.20-21).

Ele trouxe seu anseio diante de Deus (v.11). Senhor, faça-me bem sucedido. Faça-me encontrar aquele lugar no centro da sua vontade, onde a prosperidade celestial descansa, seja no nível que for. Senhor, conceda-me favor com a autoridade sobre mim.

CONCLUSÃO: por que precisamos orar? 



A oração me faz esperar.
A oração esclarece a minha visão.
A oração acalma o meu coração.
A oração ativa a minha fé.



terça-feira, 16 de maio de 2017

Sansão e Dalila. Jz 16


Introdução.

Um dia, “Sansão foi a Gaza” (16:1,4 ) – que não era uma cidade filisteia qualquer, mas a capital do país – “e viu ali uma prostituta”. O nome dela era Dalila; em hebraico, o nome Dalila tem o mesmo som da palavra usada para “a noite”. Nos versículos 1-3, a palavra “noite” é mencionada quatro vezes, e agora Sansão está deitado na cama “da noite”. E essa será a sua ruina.

O que leva Dalila a trair o namorado? Duas coisas: Ganância (cem moedas de prata), porém há algo mais sério. As pessoas que procuraram Dalila eram “governantes dos filisteus”. Para ela, significa que, se ela lhes entregar Sansão, será a heroína da nação. Assim, a riqueza, o poder e a influência que lhe oferecem é muito grande. Ela estaria garantida pelo resto da vida.

1)    Em que consiste a tua força. 


Ela pergunta para Sansão como ele poderia ser amarrado e subjugado (v.4). Certamente, ele deve ter ficado, com a pulga atrás da orelha. Sansão mente, dizendo que, se for amarrado com sete cordas úmidas, ficará “fraco ... como qualquer outro homem” (v.7). Dalila amarra Sansão (v.8), esconde alguns homens no quarto, e grita: “Sansão, os filisteus estão te atacando!”...e observa enquanto ele arrebenta  as cordas (v.9). NOVAMENTE, ela pergunta, conte-me, “como você pode ser amarrado e subjulgado (v.10). “Se me amarrardes fortemente com cordas novas, que não foram usadas, ficarei tão fraco, como qualquer outro homem”. E, pela terceira vez, ela perguntou novamente “como alguém pode amarar você”. Ele afirma: “Se você tecer num tear as sete tranças do meu cabelo e prendê-las com um prego grande de madeira, eu ficarei fraco e serei como qualquer um” (v.13). E, Sansão pela terceira vez, soltou-se novamente. 


2)     Os sete estágios da queda.

 flerte. Sansão ele brinca com o perigo. Ele é impulsivo (Capítulo 14.1; 16.1, 4). Troca de olhares, convivência, proximidade com o perigo, se dá mas não se dá por inteiro, aproveita mas sem perder o controle. Tem coisa que você nunca vai saber; você não vai me conhecer por inteiro, nunca! Isso aqui é uma janela que eu abri e que olhos de vez em quando, ou seja, uma gaveta que de vez em quando eu abro. Em momento algum você quer pular naquela gaveta. 



2.2) Ilusão, Autoengano. O que acontece no versículo 20 é estranho. Sansão sabe que contou a verdade a Dalila, e, “acordando do sono” (Lc 15.18). Deve ter percebido que estava sem a cabeleira. Mesmo assim, ele disse: “sairei e me livrarei como das outras vezes" É controlado, e pensa que controla. Autoenganado, autoiludido.   Ele acha que controla mas não sabe que o Senhor já havia se retirado dele.

2.3) Fragilidade. “O Senhor havia se retirado dele”. Sansão vinha quebrando seu voto nazireu ao longo do tempo. Quebrou-o ao tocar um corpo morto e ao dar um banquete (“uma festa com bebedeira”). Agora está cativo. Onde está sua força? Sua determinação? Sua capacidade de dizer sim ou não? (v.21). Não tinha mais controle sobre a situação. A gaveta tornou-se mais forte do que ele!

2.4) Cegueira. Sansão passara acreditar que sua força era simplesmente sua; que não importava o que ele fizesse ou como vivesse, seria forte para sempre. ELE PASSOU A VER SUA FORÇA COMO UM DIREITO INALIENÁVEL, E NÃO COMO UMA DÁDIVA DA MISERICÓRIDA DIVINA.  Começa racionalizar e falar besteira. É ridículo e não se enxerga. Tudo nublado, sem sentido. É o néscio, que justifica tudo, com muita lógica. Tentando explicar o que não dá pra explicar. Acreditando que a mentira é verdade e que a verdade é mentira. 


2.5) Escravo. Ele “vai dormir no seu colo”. “essa mulher faz de você o que ela quer”. Algemas de bronze: de pétalas, de cheiro, de dinheiro, etc;    escravidões.



2.6) Escárnio. “Ele é capturado, cegado e algemado” (v.20). O homem que havia queimado as plantações dos filisteus (15.4,5) agora é obrigado a moer os cereais.  Seus olhos foram É motivo de escárnio; é o bobo; é motivo de comentários irônicos, línguas ferinas, gente rindo pelas costas. “amigos choram, inimigos dão risada e os inimigos de verdade ironizam o nosso Deus”. 



2.7) Escândalo. Por que escândalo? Sansão foi motivo de riso mas o grande derrotado foi o Deus de Sansão. O deus Dagom entregou o Deus de Israel em nossas mãos! A reputação do Deus que carregamos é comprometida pela nossa própria reputação. “Quando os heróis de Deus tombam se condenam na queda; o nome de Deus começa a ser escarnecido”. Os filisteus disseram: “Nosso deus nos entregou Sansão, nosso inimigo, nas nossas mãos” (Jz 16.23).


CONCLUSÃO: v, 25, 26, 27 e 28. Grito (v.28): Sansão gritou ao Senhor. “Oh! Soberano Senhor, peço-te que te lembres de mim, e dá-me forças só esta vez, ò Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos”.  

Degraus da restauração: 1) Oh! Soberano Senhor, lembra-te de mim! Deus, reponde: Eu nunca me esqueci de ti (Arrependimento) .

 2 ) Da-me forças mais uma vez (dependência, Jz 13:24) ! Eu quero restaurar a sua força, é pra vida toda! O segredo da sua força é que Deus está em você! 



terça-feira, 9 de maio de 2017

Sansão: o mulherengo. Juizes 14.1-4




Introdução:  o esquema da sedução (Pv 7-7-20).

Passo 1: Local. A sedução se inicia quando se está no lugar errado, na hora errada (7.8). Apesar de saber o risco que corria, o rapaz passava perto da casa da mulher adúltera quando já estava escuro.

Passo 2: “Bote”. A mulher foi encontrar-se com ele, VESTIDA DE MANEIRA PROVOCANTE, o abraçou e o beijou. Ela deixou evidente suas intenções.

Passo 3: adulação. “Por isso sai procurando você. Eu queria encontra-lo, e você está aqui” (7.15). Imediatamente, a mulher tratou de mostrar seu interesse pelo rapaz, demonstrando estar deslumbrada por tê-lo encontrado.

Passo 4: Charme. Ela descreveu para o rapaz o ambiente sedutor e convidativo que já tinha preparado antevendo a possibilidade de encontra-lo. Para um homem carente, é quase impossível resistir a um convite como esse, ainda mais se ele não estiver preparado para fugir à tentação. 



Passo 5: Sentimentos. “Venha,  vamos amar a noite toda. Passaremos momentos felizes, nos braços um do outro” (7.18). Quando uma mulher bonita faz um convite como esse a um rapaz “sem juízo”, inexperiente, ela mexe com seus sentimentos.

Passo 6: Engano. Depois que o rapaz já tinha caído como um “patinho” em sua armadilha, ela o engana mais uma vez, dando-lhe a falsa impressão de que ambos estavam livres para se divertir, sem que tivesse consequências posteriores. “O MEU MARIDO NÃO ESTÁ EM CASA ELE FOI FAZER UMA LONGA VIAGEM. LEVOU BASTANTE DINHEIRO E SÓ VOLTARÁ DAQUI A ALGUNS DIAS” (7.19-20).  

1)    Uma mulher filisteia. 

Sansão já é adulto, e o Espírito Santo começa a trabalhar nele (Jz 13.25). Um dia, ele “desceu Timna e viu ali uma jovem mulher filisteia” (v.1). Quando voltou para casa, Sansão disse a seus pais: “Eu vi uma mulher em Timna, uma das filhas dos filisteus. Trazei-a para que seja minha mulher” (v.2).  Os pais de Sansão se lembravam de que o anjo profetizou que Sansão libertaria os israelitas da opressão dos filisteus. Que angustia que sentiram quando Sansão volta para casa e, em vez de lutar contra os inimigos de Israel, anuncia que quer se casar com uma mulher daquele povo!


Ele perguntam se não há uma mulher entre os parentes, ou pelo menos em Israel, com quem ele possa se casar, “para que vás tomar mulher entre os filisteus, aqueles incircuncisos?” (v.3).  CIRCUNCISÃO era um sinal de que a família tinha uma aliança ou um relacionamento pessoal com Deus, como parte de seu povo. No entanto, Sansão não queria saber de conversa: “tomai-me esta”, ele insiste com grosseira; e completa: “Ela agrada aos meus olhos” (Jz 14.3). É esse tipo de abordagem e padrão moral que os israelitas adotam: FAZER O QUE ERA MAU AOS OLHOS DO SENHOR, PORQUE ERA CERTO AOS PROPRIOS OLHOS (Jz 13.1; 17.6).


Duas cousas em Sansão: IMPULSIVO E INDÓCIL.
IMPULSIVO. Ele é totalmente sensual, é controlado pelos sentidos – ele reage ao que sente a partir do que vê, sem ponderações. Ele vê – e, a seguir, ele toma.

INDÓCIL. Ele desdenha dos conselhos e da autoridade dos pais. O livro de Proverbios explica de modo amplo como é soberbo e tolo aquele que se recusa a ouvir conselhos de terceiros (Pv 19.20; 12.15). 



2)    Jugos desiguais.
Por que a Bíblia ordena que os crentes não entrem em casamentos desiguais? O texto em Exôdo 34.15,16 manda que Israel não faça aliança “com os habitantes da terra” (ou seja, com aqueles que não conhecem o Senhor) nem tomem “para teus filhos mulheres entre as filhas deles”. Porque essas uniões, levariam os israelitas a se juntar quando se “prostituissem com os seus deuses” (v.16).

Em 2 Corintios 6.14-16, o apostolo Paulo reitera seu apelo aos crentes para que não se unam àqueles que não cultuam o Deus verdadeiro. Em 2 Corintios, assim como em Exodo, o motivo principal é que tais casamentos fragilizam a lealdade do crente a Deus – “que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos” (v.16). Alguém pode dizer: “Isso não é dificuldade para mim. Posso me casar com X porque ele/ela respeita totalmente a minha crença e nunca me impedirá de praticá-la”. 




3)    A sutileza do pecado.
Em Juízes 14.4 é a chave para entendermos porque Sansão vai atrás de uma filisteia.  “Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isso (o desejo de Sansão de casar com uma filisteia) vinha do Senhor, que buscava ocasião contra os filisteus”. Ou seja, a união entre esses dois povos era tal que nem o Senhor consegue encontrar algo que os force a se separar. Portanto, ele usa as fraquezas de Sansão para gerar o relacionamento com essa mulher irresistível.

Deus continua comprometido integralmente com as promessas de sua aliança. Ele promete amar os israelitas, dar-lhes uma herança e nunca desfazer esse compromisso (Jz 2.1). AQUI, DEUS É TÃO FIEL ÀS SUAS PROMESSAS QUE NÃO SOMENTE AS CUMPRE  APESAR DO PECADO DE SEU POVO, MAS ATÉ POR MEIO DE SEU PECADO. DEUS USA O COMPORTAMENTO PECAMINOSO DO SEU POVO PARA LIBERTÁ-LOS.

O povo de Deus não tem de viver em paz com o mundo – pois a “amizade do mundo é inimizade contra Deus” (Tg 4.4). Por que? Porque, se formos iguais ao mundo, adoraremos os ídolos e abandonaremos o Senhor Deus; como Tiago afirma, seremos “adúlteros”.

4)    O leão, a aposta e a mulher.
Três coisa importantes: Sansão é impulsivo e indócil; Israel praticamente se misturou com os filisteus; Deus está gerando conflitos para que o povo volte para Ele.
Inicialmente Sansão menospreza o voto de nazireu. Quando “um leão novo o atacou, rugindo, ele despedaçou o leão com as mãos vazias” (14.5-6). Como nazireu, Sansão não podia tocar em animal morto, no entanto, toca no animal para tirar o mel que havia se formado na carcaça do animal (8,9). Sansão se prepara para casar, e aposta  - trinta vestes de linho e trinta mudas de roupas -,  com os filisteus, afirmando que eles não eram capazes de decifrar o seu enigma: “Do que come saiu a comida, do que é forte saiu a doçura”.

Sansão é obrigado a contar o enigma, visto que a mulher fora ameaçada pelos “amigos de Sansão”, e diante disso, ele mata trinta filisteus, não para salvar Israel, mas para se vingar a pagar a dívida.  Mais tarde, Sansão ficou Sabendo que a filisteia de Timna “foi entregue a um dos amigos que havia sido seu companheiro” (v.20). Impulsionada por essa traição, ele incendiou as plantações dos filisteus com trezes raposas. Depois, os filisteus se armaram e acampará em Judá, “para amarrar Sansão e retribuir-lhe o que nos fez” (Jz 15.10). Mas “o Espírito do Senhor se apossou dele”. Sansão arrebenta as cordas e, “achando uma queixada de jumentos ainda fresca a apanha e mata mil homens com ela” (15.14,15).

Conclusão: o que podemos aprender?

·        Reconhecer a diferença bíblica entre dons e fruto. Algumas pessoas usam seus dons como “prova autojustificativa de que estão bem espiritualmente”.

·        O melhor indicador de saúde espiritual é a nossa vida de oração e não nossas atividades religiosas. As orações são afetuosas, agradáveis, consistentes? Ou, oramos somente quando estamos em dificuldades?


·        Temos de evitar o cristianismo do tipo “Cavaleiro Solitário”. Sansão, além de não ouvir conselhos, ele nunca trabalha com ninguém nem forma equipes. 

terça-feira, 2 de maio de 2017

Sansão: o nascimento milagroso. Jz 13.1-21



Introdução: OS OLHOS DE QUEM?

O capítulo 13.1, inicia: “os israelitas fizeram o que era mau aos olhos do Senhor”. Portanto, Deus os entregou nas mãos dos inimigos, neste caso, os filisteus. A frase “fizeram o que era mau aos olhos do Senhor” é frequente no livro de Juízes (2.11; 3.7,12; 4.1; 6.1; 10.6). OUTRA FRASE frequente no livro de Juízes, que diz a mesma coisa, é: “cada um fazia o que parecia direito aos seus próprios olhos” (17.6; 21.25).
O que o autor está enfatizando? Que muitas coisas que os israelitas faziam não eram más “AOS SEUS OLHOS”. Ou seja, na percepção deles, quase todas ou todas as suas atitudes eram perfeitamente aceitáveis. Mas “AOS OLHOS DE DEUS” o comportamento deles era mau. 


Duas lições sobre o pecado. A PRIMEIRA TRATA DA DEFINIÇÃO DE PECADO. A expressão “aos olhos do Senhor”, em contraste com “aos nossos próprios olhos”, ensina que o pecado não é em última instância, desrespeitar nossa consciência, nossos padrões morais ou padrões sociais, e sim, desrespeitar a vontade de Deus para nós (Sl 51.4).

Isso vai contra o PENSAMENTO MODERNO que “só você pode decidir o que é certo ou errado para sua vida”. Em outras palavras, “meus próprios olhos – meus sentimentos e perspectivas – são os únicos critérios para determinar o certo e o errado. Mas, PECADO é definido como desprezo ao nosso relacionamento com Deus, como desprezo a vontade de Deus para nós. O que Deus vê como pecado é pecado independentemente do que sentimos.

A segunda lição: essas frases revelam a armadilha do pecado aos seus próprios “olhos” ou na percepção deles, não havia nada de errado na maneira como agiam. Havia no íntimo um conhecimento reprimido de que estavam longe de Deus, de que rejeitavam sua vontade (Rm 1.18). O amago do pecado deles era a adoração de ídolos.

1)    Terás um filho.  

Em Juízes 13.2,3, conhecemos Manoá, um homem da tribo de Dã, e sua esposa. E “o anjo do Senhor apareceu à mulher” (v.3). Sansão é o único juiz a ser escolhido antes de nascer, ou até mesmo antes de ser concebido (Jr 1.5). A esposa de Manoá “era estéril, nunca lhe dera filhos” (v.2). “Mas”, diz o anjo do Senhor, “você engravidará e terás um filho” (v.3). Ele não deve beber vinho nem comer nada impuro (v.4), nem cortar o cabelo do filho, porque o menino “será nazireu, separado para Deus desde o ventre da mãe. E começará a libertar Israel das mãos dos filisteus” (v.5). 



O VOTO NAZIREU a que o anjo se refere é encontrado em Números 6.1-21 e continha três estipulações básicas. O nazireu não podia CORTAR O CABELO enquanto o voto durasse; não podia BEBER produto da VIDEIRA, alcoólico ou não; e não podia TOCAR em nenhum cadáver. Não cortar o cabelo e abster-se do fruto da videira mostrava que a pessoa estava “treinando” para alcançar um objetivo. Não tocar em um cadáver significava que a pessoa adotara as regras estritas do cerimonial de purificações do sacerdotes, os quais eram proibidos de tocar qualquer coisa morta por trabalharem diariamente na casa de Deus. Portanto, um nazireu vivia constantemente na presença de Deus. 


2)    O Deus do impossível.
Deus trabalha no mundo por meio de uma criança cuja existência humanamente falando, seria impossível. Exemplos: Isaque, o filho da promessa, nasceu de Sara, uma mulher incapaz de gerar filhos (Sara estava com 90 anos, e Abraão, com 100 anos – Gn 21.4-7); Samuel, profeta do Antigo Testamento, nasceu de Ana, uma mulher que era incapaz de gerar filhos (1 Sm 1:5-7); João Batista, que anunciaria a vinda do Senhor, nasceu de Isabel, que “era estéril, e de idade avançada” (Lc 1.7).

A gravidez de Maria era impossível por uma razão diferente: ela era virgem (Lc 1.26-34). Para o nascimentos de todos os bebês, o poder de Deus abriu o ventre das mulheres para que concebessem naturalmente, MAS DEUS FEZ Maria engravidar sem a participação de um pai humano. 



O que isso nos ensina? Deus estava mostrando que o cumprimento de suas promessas de salvação estava fora do alcance de qualquer ser humano; que ele é o único que “dá vida aos mortos e chama à existência as coisas que não existem, como se já existissem” (Rm 4.17-21).

A salvação que Deus oferecia por meio de Sansão IRIA “começar a libertar Israel dos filisteus” (Jz 13.5). O rei Davi, completou a vitória sobre os filisteus, anos mais tarde. Ele libertou Israel dos inimigos, mas não venceu o pecado de seu próprio coração e, muito menos, do coração do povo. SOMENTE JESUS oferece a salvação COMPLETA – nesse sentido, ele foi o único a terminar a obra. Como o anjo disse a José, noivo de Maria: “...ele salvará seu povo dos seus pecados” (Mt 1.21). 



3)    O amor é melhor do que regras.
A mãe de Sansão mostrou fé ABSOLUTA na capacidade do Senhor de realizar o impossível (Jz 13.6-7). O pai de Sansão, TAMBÉM acreditou na mensagem do anjo. No entanto, ele ora ao Senhor e pede que mande novamente “o homem que enviaste” (Jz 13.8). POR QUÊ? “nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer”. O anjo apareceu, todavia, não lhes deu mais informações.

“Quais as regras para a vida e o trabalho do menino” (v.12); Manoá queria mais regulamentações. Em vez disso, Deus revela a Manoá quem ele é. E seu nome é “....inefável. Maravilhoso” (v.18) BKJ. Ele é inefável porque “está além do entendimento” e é “maravilhoso” demais para a compreensão humana. Então, o próprio “Senhor fez maravilhas ao subir do altar para o céu, o anjo do Senhor subiu com ela” (v. 19-20).

Agora, com respeito a pergunta de Manoá sobre a criação do filho, Deus responde: “Conhecer a mime ao meu caráter é muito mais importante do que receber instruções. Somente o conhecimento profundo de quem eu sou poderá oferecer a direção de que vocês precisam.

Conclusão:  Ensine seus filhos, Dt 6:4-5.

     “Ouça Israel” (v.4).  O imperativo aponta para uma atitude não apenas de escutar um discurso, mas de acolher no mais profundo do coração tudo quanto é dito. POR QUÊ? “O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor”.  


O Senhor conhece, nos mínimos detalhes, todo o funcionamento biológico, psicológico e social dos homens e das mulheres. Outra questão: ELE É O ÚNICO SENHOR! (Mc 12.28-30)  Quem é o Senhor da sua vida? A Bíblia nos convida a submetermos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes à autoridade de Deus, fazendo dEle o nosso Senhor. 


Deus demanda amor de seus filhos, de todo o coração (centralidade), de toda a alma (profundidade) e com todas as forças (empenho).  Este desafio é direcionado, prioritariamente, aos pais. Conseqüentemente, eles deverão ensinar seus filhos não a “obedecerem a Deus”, mas a “amarem a Deus”