terça-feira, 21 de junho de 2016

Abrão, amigo de Deus.  Gn 15


Introdução: No Oriente Médio de hoje, algumas pessoas se referem a Abraão como Khalil Allah,que significa “amigo de Deus”, ou simplesmente El Khalil, “o amigo”. Abraão recebeu esse nome não porque escolheu favorecer Deus ou porque sua bondade moral teria conquistado o coração divino. Afinal, ele era um politeísta ignorante e supersticioso – como seus pares – quando Deus o chamou de Ur. Abraão carrega esse titulo honroso porque Deus deu todas as bençãos que acompanham a amizade e, pela fé, ele as recebeu.   

1)    Deus ratifica sua promessa.
A voz divina veio a Abrão numa visão, e o Senhor falou diretamente sobre o assunto que pesava tão intensamente sobre o coração de seu servo. “Não tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa!” (Gn 15.1). Ele era um homem com 85 anos de idade, com uma esposa que havia muito já entrara na menopausa (75 anos), e os dois pensavam em como teriam um filho. VEJA O QUE ABRÃO DISSE A DEUS: “Ó Soberano Senhor, que me darás, se continuo sem filhos e o herdeiro do que possuo é Eliézer de Damasco (...) Tu não me deste filho algum! Um servo da minha casa será o meu herdeiro!” (Gn 15:2-3).

A expressão “Ó Soberano Senhor” é incomum, uma vez que coloca juntos dois dos nomes de Deus: ADONAI E YAHWEH. Abrão diz a Deus exatamente o seguinte: “O Senhor continua prometendo bençãos, mas estou mais perto da morte do que já estive, e não tenho herdeiro de sangue para receber as promessas de tua aliança. Sarai já não pode engravidar; então qual é exatamente a recompensa a que o Senhor se refere? Abrão teoriza que talvez seu mordomo, Eliézer, possa ser o herdeiro que Deus tinha em mente.

Em Genesis 15.4, está escrito que o Senhor começou com um enfático NÃO. Em seguida, ele ressalta que o herdeiro de Abrão viria do corpo do patriarca, ou seja, seu HERDEIRO TERÁ O SEU DNA! Para confirmar essa promessa, o Senhor levou Abrão para fora. O VERBO É ATIVO, quase forçoso, como se Deus o tivesse pego fisicamente e o colocado numa clareira sob o céu noturno. “OLHE PARA OS CÉUS E CONTE AS ESTRELAS, SE É QUE PODE CONTÁ-LAS (...) Assim será a sua descendência” (v.5). 


Quantas estrelas existem no universo? A olho nu somos capazes de contar cerca de 6.000 estrelas no céu. Se usarmos um binóculo, mesmo pequeno, ou uma luneta como a de Galileo, esse número é capaz de ultrapassar 30.000. Através do telescópio principal do OAP somos capazes de observar mais de 1.000.000 de estrelas.  Estimamos que existam entre 200 e 500 bilhões de estrelas na Via Láctea”.


2)    A fé de Abrão.
Sem hesitação, Abrão “creu no Senhor” (Gn 15.6). o termo hebraico significa “ter certeza, confiar”. Por que, na perspectiva de Abrão, as palavras de Deus colocaram um fim no assunto? Por que ninguém pode discutir com aquele que fez as estrelas. A ONIPOTENCIA DE DEUS TORNA QUALQUER COISA POSSÍVEL, INCLUINDO O NASCIMENTO DE UM BEBÊ DE UMA MULHER NA PÓS-MENOPAUSA.

Essa breve sentença é, de fato, um dos versículos mais significativos da Bíblia. Deus declarou Abrão justo (Gn 15.6). A palavra hebraica significa “conformidade com um padrão ético ou moral”. É usada para descrever a natureza moralmente perfeita de Deus em Salmos 145.17: “O Senhor é justo em todos os seus caminhos e é bondoso em tudo o que faz”. O Senhor fez isso por causa da fé que Abrão demonstrava.


Os autores do Novo Testamento usam essa passagem para provar que as pessoas recebem salvação pela graça de Deus por meio da fé (Rm 4.3, 20-22; Gl 3.6; Tg 2.23). É por isso que Paulo considerou Abraão o pai da nação hebreia, mas também o pai espiritual de todos os que creem (Rm 4.11).

Justificar é um termo forense que “denota basicamente uma sentença de absolvição”. É uma decisão do tribunal declarando que alguém está em relação certa com Deus e sua lei. Na justificação a pessoa não é tornada justa, mas declarada justa. A justificação não é um processo, mas um ato.  Na justificação, Deus não limpa simplesmente todas as acusações do pecador; ele declara positivamente que esse pecador é justo.

Justificação significa uma mudança permanente em nossa relação judicial a Deus, mediante a qual somos absolvidos da acusação de culpa, e pela qual Deus perdoa todos os nossos pecados com base na obra completa a acabada de Jesus Cristo. Sem Cristo, nossa relação judicial a Deus é de condenação – estamos condenados devido a nosso pecado, tanto original quanto o atual. Quando somos justificados, nossa relação judicial com Deus é mudada da condenação para a de absolvição.



O apostolo Paulo escreve: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). Em outras palavras, o fato de Jesus Cristo, o Filho de Deus, ter satisfeito todos os pré-requisitos de moralidade em nosso favor e ter sofrido as consequências de nossa falha moral, permite que, legitimamente, chamemos Deus de nosso Amigo.

Conclusão: Sendo amigo de Deus, como Abrão.

·        Deus, nosso Amigo, acalma nossos temores e entende nossos questionamentos. “Não tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa!” (Gn 15.1). Abrão respondeu com duas perguntas; contudo, o Senhor nunca o repreendeu, nunca perdeu a paciência. Portanto, não tenha medo de fazer perguntas a Deus. Não guarde o medo a ponto de ficar confuso. O Senhor nos diz: “Eu sou o seu Deus”.

·        Deus, nosso Amigo, quer nos abençoar, mas ele sabe que coisas boas oferecidas no momento errado podem causar mais dano do que beneficio. Abrão esperou praticamente 25 anos pelo primeiro sinal de gravidez em sua esposa. Abrão começou a buscar alternativas, pensando que talvez tivesse entendido Deus errado ou que Deus tivesse abandonado sua promessa.

·        Deus, nosso Amigo, quer que confiemos nele. Amizades tem a confiança como fundamento; Deus se alegra quando acreditamos nele. Por toda a Escritura, o Senhor estende os braços para o povo, dizendo: “Creia. Confie em mim!” (Pv 3.5-8).

·        Deus, nosso amigo, quer que vivamos sem medo. Para nos apoiar em meio a circunstancias confusas, ele nos dá garantia, fatos que podemos saber com certeza. Essas garantias representam algo em que podemos nos apegar quando as trevas nos cercarem (Gn 15.13...) Independentemente da circunstancia da nossa vida, Deus quer que confiemos em seu caráter imutável.

·        Deus, nosso amigo, tem planos para o nosso bem, não para a nossa destruição. Além do mais, nosso futuro é tão límpido para Deus quanto nosso passado é para nós. Ele revelou a Abrão seu futuro até o ponto de contar-lhe sobre o êxodo, sobre as pessoas que viriam para a terra e sobre como o Senhor as levaria de volta, tirando-as da escravidão.




quarta-feira, 15 de junho de 2016

UMA PERGUNTA...

QUANDO A IGREJA USA A BÍBLIA PARA DEFENDER AS DOUTRINAS DENOMINACIONAIS E SEUS COSTUMES, ELA ESTÁ PRATICANDO QUAL TEOLOGIA?:

1) A Teologia Bíblica. 
2) A Teologia Sistemática.
3) A Teologia do N.T.
4) A TEologia do V.T.
5) A Teologia Dogmática.

AGORA VAMOS À MINHA RESPOSTA – Espero que você, leitor, não acrescente nada ao que eu escrever. Se você pensar que eu disse algo que não está escrito aqui, assuma como teu pensamento. 
          NÃO É A TEOLOGIA BÍBLICA  - Quem defende costumes de igrejas e doutrinas denominacionais, ou seja, aquilo que a denominação pensa, não pratica a teologia bíblica. A TEOLOGIA BÍBLICA SE BASEIA, DE MANEIRA PURA E SIMPLES, AO QUE ESTÁ ESCRITO NA BÍBLIA. A BÍBLIA NÃO SE POSICIONA POR COSTUMES DENOMINACIONAIS, NEM POR DOGMAS DAS RELIGIÕES CRISTÃS. Se assim o fosse, ela teria que se posicionar por uma denominação, escolher qual seria o costume mais santo, mais sagrado. Diante disso temos a seguinte lição: Os costumes denominacionais, as liturgias, os dogmas das igrejas, não estão acima da Bíblia. Qualquer igreja que tratar seus membros baseando-se nos costumes denominacionais, foge da Bíblia, logo, foge dos pensamentos do próprio Deus da Palavra. 
          NÃO É A TEOLOGIA DO N.T. NEM A TEOLOGIA DO A.T. – A Teologia do A. T. baseia-se dos livros canônicos do A.T. para extrair seus ensinos. A Teologia do N.T. se baseia nos 27 livros canônicos para extrair seus fundamentos. O Teólogo do N.T. não pode extrapolar as informações do N.T. para, com isso, fundamentar suas ideias. Os pensamentos, os ensinamentos do teólogo, do professor, do pastor, devem estar “colados”, enraizado, de maneira profunda, aos escritos dos apóstolos, de Cristo, presentes no N.T. Usar o N.T. para defender costumes de homens, de regiões, de denominações, É FUGIR DO PROPÓSITO ORIGINAL E SANTO DO N.T.

        NÃO É A TEOLOGIA SISTEMÁTICA - 
A Teologia Sistemática sistematiza as doutrinas bíblicas, visando um melhor aprendizado do estudante. Nela estudamos Angeologia, Soteriologia, etc. Jamais se estuda, em TH.Sist. doutrinas e costumes de denominações. 

          Só nos resta uma alternativa: A TEOLOGIA DOGMÁTICA
A palavra grega  “dogma”, significando, originalmente, “opinião” ou  “juízo”, “crença”.
          De acordo com R.N. Champlin, “a Teologia Dogmática, como um sistema, começa pela Teologia Bíblica, mas nunca termina aí.  Uma pare do dogma consiste em interpretação, o que significa que as diversas denominações cristãs conseguem derivar das Escrituras diferentes dogmas...” (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, São Paulo: Hagnos, 2001, VL D-G).
          Concordo com esse pensamento de Champlin sobre a Teologia Dogmática, e por isso defendo a ideia de que a Teologia Dogmática, mesmo com toda a sua importância, não é 100% Bíblica. 
          Na verdade, o ato de fazer teologia é humano, assim, teologizar é uma ação do estudante, do teólogo para compreender as a Escrituras Sagradas e seus ensinos. Nessa ação, cada um pode ter a sua interpretação. Mas não nos esqueçamos:“NENHUMA INTERPRETAÇÃO HUMANA TEM MAIS VALOR DO O QUE ESTÁ ESCRITO NAS SAGRADAS ESCRITURAS.” Se eu estou falando alguma heresia, aqui, que me combatam, com textos bíblicos. 
Precisamos entender que “A Bíblia é a fonte primária da teologia dogmática. Porém, a teologia dogmática, em seu resultado final, não é totalmente bíblica, pois o teólogo trilha por caminhos extrabíblicos: evidências culturais, religiosas, históricas, científicas, com o objetivo de melhor entender a verdade bíblica. Nesses caminhos, encontramos, como resultado final:

·         Verdades bíblicas: Conclusões da teologia dogmática que são bíblicas.

·         Verdades extrabíblicas – Conclusões da teologia dogmática, que são verdadeiras, porém não são integralmente bíblicas.

·         Pensamentos humanos – Pensamentos de teólogos que são bons, aproveitáveis, porém não são bíblicos.

·         Pensamentos antibíblicos – Conclusões que contradizem a Bíblia.” (João Moreno de Souza Filho, Teologia do N.T., 2016.)

·         “PROBLEMA NA TEOLOGIA DOGMÁTICA -  Um dos grandes problemas da teologia dogmática é o uso da Bíblia para a defesa de dogmas já estabelecidos. Essa ação faz com que o estudante, o cristão, fuja do terreno bíblico puro e simples e viva nas vielas dos pensamentos humanos. Isso era comum na Idade Média, época na qual a Igreja Católica usava a Teologia Bíblica para sustentar seus dogmas, suas doutrinas.” (João Moreno de Souza Filho, Teologia do N.T.2016.)
 Diante do que falei, a resposta à pergunta “QUANDO A IGREJA USA A BÍBLIA PARA DEFENDER AS DOUTRINAS DENOMINACIONAIS E SEUS COSTUMES, ELA ESTÁ PRATICANDO QUAL TEOLOGIA?” éTEOLOGIA DOGMÁTICA.

Só para vocês terem uma ideia do que falo, faço algumas perguntas sobre os costumes em muitas igrejas:
1)      Qual texto bíblico dá base para um pastor proibir os jovens namorados de pegarem na mão? (isso existe em algumas cidades).
2)      Qual texto bíblico diz que teatro na igreja é pecado? (Isso existe em igrejas mais radicais).
3)      Qual texto bíblico diz que mulher andar de bicicleta, de saia, está pecando contra Deus e que por isso não entrará no céu? (Isso acontece em algumas cidades do Brasil).
4)      Qual texto bíblico diz que ...Podem continuar perguntando.

EU SOU CONTRA OS COSTUMES DENOMINACIONAIS?

Não. Eu sou conservador com relação aos usos e costumes. Porém eu não sacralizo meus costumes nem acho que eles são mais santos do que os de outras denominações. O erro não é ter costume. O erro é ter costume e rejeitar o próximo, porque é diferente, criticar outras igrejas, como se Deus não estivesse nelas..ISSO É FRUTO DA DOGMÁTICA e não da teologia bíblica que defende o amor. 
OBS:  Não me critique se não atendi a tua expectativa. Eu fui chamado para o ministério do ensino para levar o povo de Deus à reflexão bíblica, há mais de 30 anos,quando ainda era adolescente, em Maceió, AL. Sejamos mais biblicistas, pois um avivamento só vem quando estamos “colados” à bíblia. Só me critique se eu, nesse artigo, feri algum texto sagrado, fui de encontro, de maneira clara, a algum ensinamento bíblico. Pergunte-se para você mesmo: Alguma vez eu já usei a Bíblia para defender o que não é bíblico? Essa ação é santa? Deus concorda que usemos a bíblia para defender o que não está em sua Palavra? Essa reflexão, bem feita, eliminará muitas brigas denominacionais entre muitos crentes, especialmente entre os conservadores, os ultraconservadores, os neoconservadores, etc.  
Um abraço a todos.

Prof. João Moreno de Souza Filho.
            WhatsApp (19) 9 8324-6484


terça-feira, 14 de junho de 2016

Abrão e Ló: uma decisão (Gn 13.1-18).


Introdução:   De Abrão, aprendemos que relacionamento com Deus é uma jornada de fé iniciada pelo simples reconhecimento de que o Senhor existe e nos ama, de que ele tem para nós uma vida cheia de grandes bençãos (Gn 12.2), e Ele deseja que nós desfrutemos de um relacionamento muito próximo com ele. Também, aprendemos que fé não é simplesmente acreditar que existe um Criador onipotente e onisciente, FÉ É CONFIAR EM DEUS À MEDIDA QUE VIVEMOS. Além disso, a fé começa tateante e imperfeita, e que Deus usará nossas experiências para nos fortalecer nessa fé.

1)   A crise da prosperidade (Gn 12.1-4).
“A adversidade às vezes se impõe duramente sobre o homem; mas, para cada homem que consegue enfrentar a prosperidade, existem cem que enfrentarão adversidade”.  Thomas Carlyle.  Nosso verdadeiro caráter aparece quando as coisas vão realmente bem. É fácil tornar-se arrogante, cheio de si, soberbo, ganancioso, etc. 


Abrão retornou para Canaã com mais riqueza do que quando chegou ali, vindo de Ur dos Caldeus. O texto de Genesis 13.2 refere-se a ele como alguém que “tinha enriquecido muito” (“Abrão era muito rico; tinha gado, prata e ouro”). A expressão hebraica significa literalmente “pesado”. Diríamos hoje que Abrão era endinheirado.

Abrão regressa a Canaã: vem do Egito, através da região desértica do Neguebe, e de volta para Betel, onde Abrão havia construído seu último altar. O nome Betel significa “casa de Deus”. Assim, Abrão retornou para casa, por assim dizer. Quando chegou ali, adorou o Senhor NOVAMENTE.


2)   Ló e uma decisão.
Até esse ponto da narrativa, não tínhamos ouvido muito sobre Ló, sobrinho de Abrão. Descobrimos pelo texto de Genesis 11.28 que o pai de Ló – Harã – havia morrido. O Senhor disse a Abrão que deixasse toda a sua família, mas ele não o fez. Carregou consigo seu pai e seu sobrinho. Quando Abrão prosperou - principalmente no Egito, Ló também se beneficiou (Gn 13.5).

Em Canaã ocorreu um conflito: a terra não era suficiente para os animais de Abrão e Ló (Gn 13.8-9). Abrão primeiramente afirmou o relacionamento que tinham e expressou seu desejo de preservar a harmonia. Então propôs uma solução que colocou Ló no controle de seu próprio destino.  Ao dar a Ló a escolha do território e aceitar qualquer coisa que sobrasse, ele abriu mão do controle de seu futuro. Ao deixar que Ló escolhesse a terra primeiro, Abrão confiou que Deus cuidaria dele independentemente do que visse a acontecer.
A OPÇÃO DE Ló pelo território fértil revela seu verdadeiro caráter (Gn 13.10-11). Ele optou pela ganância. Escolheu riqueza acima da família. Optou por confiar nele mesmo em vez de confiar em Deus. VERDADE SEJA DITA, A MAIORIA DE NÓS É MAIS PARECIDA COM LÓ DO QUE COM ABRÃO.


Escolher pelas aparências, confiando apenas nos próprios olhos, isto tem derrubado e destruído muitos crentes. Escolha de cônjuges errados, locais de moradia errados, universidades erradas, companhias erradas, ocupações erradas e até igrejas erradas. Não há mais volta depois de uma escolha errada. A cada grande escolha errada na vida, cabe um preço a ser pago.


Sem dúvida, o dinheiro assumiu um aspecto sacro em nosso mundo, e seria bom que encontrássemos formas de difamá-lo, profaná-lo e calcá-lo sob os pés. Portanto, pise-o. Grite com ele. Ria dele. Coloque-o no fim de sua escala de valores – certamente bem abaixo da amizade e das boas companhias. E dedique-se ao ato mais profano de todos: o de doá-lo”. Richard Foster (Dinheiro, poder e sexo).


A fé exibida por Abrão mostrou-se a decisão melhor no longo prazo; a ganancia de Ló lhe custaria praticamente tudo: “Abrão ficou na terra de Canaã, mas Ló mudou seu acampamento para um lugar próximo a Sodoma, entre as cidades do vale. Ora, os homens de Sodoma eram extremamente perversos e pecadores contra o Senhor (Gn 13.12-13)”.  

3)   Abrão e uma decisão.
Depois que Ló tomou a decisão de ir para as campinas do Jordão, o Senhor apareceu a Abrão e ratificou sua promessa (Gn 13.14-15). O Senhor garantiu a Abrão que este não estava sacrificando nada no longo prazo ao abrir mão de seu direito e escolher confiar em Deus. Abrão respondeu mudando-se para Hebrom, onde passaria grande parte do restante de sua vida. A terra de Hebrom era “relativamente fértil, e uma variedade de frutos (maçãs, ameixas, figos, romãs, damascos), castanhas e vegetais são cultivados facilmente”. Não muito longe dali, erguiam-se “os carvalhos de Manre” (Gn 13.18), similares aos santuários de fertilidade localizados em Siquém. Abrão colocou a marca de Deus em Hebrom ao construir um altar – outro monumento de pedra a fim de simbolizar sua fé no único e verdadeiro Criador – para seu protetor e provedor.

Conclusão: qual decisão tomar? 

A decisão de Ló representa um planejamento em um espaço bidimensional. Para Ló, não havia o “para cima”. Quando tomava suas decisões, ele não considerava Deus como fator determinante de seu futuro. Ele procurou no vale do Jordão e viu apenas vegetação verde e exuberante para seus rebanhos, além de solo rico e saudável para suas plantações.  Os planos de Ló eram egoístas, limitados por sua habilidade de observar o entorno e por sua capacidade de raciocinar.


Ló não mediu nenhuma conseqüência, queria aquilo que fosse satisfazer sua carne. Olhou e viu aquele lugar bonito e achou que ali seria um bom lugar para que ele pudesse prosperar ainda mais. “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Romanos 8.8). Como alguém vai ser guiado por Deus em suas decisões se anda na carne? Como alguém vai ouvir a voz de Deus dizendo o caminho correto para percorrer se quer agradar a si mesmo e não a Deus?

Nos dias de hoje, sempre há pessoas que seguem pelo mesmo caminho que Ló seguiu. Não querem sair do mundo, não querem separação e, com isso, cada vez mais “armam suas tendas para Sodoma”. Que caminho triste. Querem caminhar com Deus e com o mundo. Nos fins de semana querem louvar a Deus, mas durante a semana vivem para si. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4:4   ).

A decisão de Abrão representa um planejamento em um espaço tridimensional. Ele levou em conta a presença de Deus para protegê-lo, sustenta-lo, guia-lo e realizar o plano por meio dele. Abrão era sensível a voz de Deus.


Como você vê o mundo? Voce está preso no plano horizontal, como Ló? Ou conta com a dimensão vertical ao buscar o conselho de Deus? Deus, nos dias atuais, nos conduz em uma jornada de fé, no contexto de uma relacionamento pessoal, com o objetivo de mudar nosso coração. Ele usa a Bíblia, nossos relacionamentos com os irmãos, nossas experiências e – o mais crucial de todos os fatores – a habitação do Espírito Santo em nós para transformar nosso coração e nos guiar  a uma maior conformidade com seus caminhos (Jr 31.31-33). 

segunda-feira, 13 de junho de 2016

 O LIVRO DE SALMOS

"Os Salmos nunca deixaram de alimentar a oração dos judeus e dos cristãos. isso é um sinal do seu alto potencial nutritivo. Podemos considerá-los como alimento básico do povo de Deus, assim como são para nós arroz e feijão ou pão e carne, dependendo dos costumes regionais".



Autores do livro.

O livro dos Salmos não foi escrito de uma vez só nem por um autor só. Observe os autores dos Salmos.

Davi escreveu, 73.

Asafe escreveu, 12 (50, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83).
Os filhos de Core escreveram, 11 (42, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 84, 85, 87, 88).

Salomão escreveu, 2 (72, 127).

Hemã escreveu, 1 (88).

Etã escreveu, 1 (89).

Moisés escreveu, 1 (90).

Anônimos, 49.

Asafe, Hemã e Jedutum eram os dirigentes sobre os cantores da época de Davi. I Crônicas 25. Core, neto de Cora, com seus filhos eram os guardas do tabernáculo da época de Davi. Guarda é carregador. I Crônicas 19:19. Etã era um músico da época de Davi. I Crônicas 25:19.

Data do livro.
Os Salmos foram ajuntados durante mil anos. 1400-444 a.C. Moisés a Esdras. Deve ser que foi Esdras que fez a compilação e organização dos Salmos.

Apesar do fato que os Salmos foram escritos durante mil anos, e por autores de culturas, experiências e fundos diferentes, o livro tem uma união e harmonia maravilhosas. Esta união e harmonia somente podem ser explicadas pela inspiração divina.

Nome do livro.

Salmo é uma palavra grega (provavelmente vem da Septuaginta) que significa “Cânticos tocados nos instrumentos de corda”. Saltério vem da mesma palavra e é um tipo de harpa. O nome “Salmos” fala da coleção toda de salmos que estão neste livro. Em hebraico este livro é chamado o livro de orações ou o livro de louvor.

Houve uma polêmica na idade média sobre a música na igreja. A questão foi: a música da igreja deve ser somente dos salmos? A outra música serve também? Imagine como seria a sua reação com a música que a maioria das igrejas tem agora hoje em dia?

Devemos fazer uma observação sobre a música. A música deve louvar o Senhor Deus e não o músico nem o cantor. A música deve chamar a atenção para o nosso Salvador e não a nós. A música deve ser de acordo com a Palavra de Deus e não só ter som bonito e agradável aos ouvintes. Muita música cantada na igreja hoje em dia é mundana, sentimental, emocional, errada e herética. Mas tem som que agrada o mundo. Uma igreja deve deixar alguém cantar nos cultos que não pode pregar no púlpito? Salmo 47:7. É melhor louvar o Senhor que nos tirou da sujeira do pecado com a verdade e ordem da Palavra de Deus.

Esboço do livro.

1. Este livro é cinco livros em um livro. Note o seguinte.
Primeiro - Salmos 1-41.

Segundo - Salmos 42-72.

Terceiro - Salmos 73-89.

Quarto - Salmos 90-106.

Quinto - Salmos 107-150.

Cada um dos livros tem introdução e doxologia, quais são o primeiro e o último salmo de cada livro. O livro todo também tem introdução e doxologia, quais são Salmo 1 e Salmo 150.

Todos os Salmos têm títulos menos do que 38, e estes são chamados os Salmos “órfãos”. Alias os Salmos órfãos podem ser do salmo (ou salmos) anterior.

2. O Pentateuco e os Salmos.

O Pentateuco são os cinco livros da lei de Deus. Os Salmos são os cinco livros de réplicas do coração à lei de Deus.

3. Classificações dos Salmos.

Os Salmos podem ser classificados em grupos de Salmos que têm o mesmo assunto ou caráter. Veja o seguinte.
Salmos da Natureza.

Salmos de Caráter.

Salmos de Arrependimento.

Salmos sobre a Palavra de Deus.
Salmos de Adoração.

Salmos sobre o Sofrimento.

Salmos de Segurança.

Salmos de Louvor.

Salmos Messiâncios.

OS SALMOS ESTUDADOS SEGUNDO AS SUAS CLASSIFICAÇÕES.

1. Os Salmos dos Degraus. 120-134.
É um grupo de Salmos que tem este título; Salmos de Degraus. Porque eles têm este nome? Há várias opiniões.
A. Cânticos cantados numa tonalidade mais alta
B. Cânticos cantados na subida da Arca da Aliança ao Monte Sião. I Crônicas 13.
C. Cânticos cantados no lugar mais alto do Templo.
D. Um deles foi cantado em cada degrau subindo ao Templo para adorar Deus.
E. Fala da volta do relógio do sol nos dias de Ezequias indicando que Deus deu mais 15 anos de vida a ele.
F. Cânticos cantados pelos judeus nas suas viagens ao Templo em Jerusalém. É esta que faz mais sentido. Porque? Observe.
A cidade de Jerusalém ficou nas montanhas da Judéia. Jerusalém por isso ficou mais alto do que a terra ao seu redor. Êxodo 34:24. I Reis 12:27. Observe também o Salmo 122 todo, mas em particular o v. 4. Então, quando o povo de Israel viajou a Jerusalém para observar as festas eles cantaram estes salmos subindo ao templo em Jerusalém.

2. Os Salmos Imprecatórios. 35, 58, 59, 69, 83, 109, 137.
Imprecatório significa; “imprecar, amaldiçoar, desejar castigar alguém, rogar pela praga contra alguém”.
Muitos têm problema com isso, até isso causa muitas pessoas não aceitar a Bíblia como sendo a Palavra inspirada de Deus. Observe alguns versículos que falam deste jeito. 5:10, 6:10, 28:4, 55:15, 58:6, 140:9-10, 149:7-9. Observe também alguns versículos no Novo Testamento. II Timóteo 4:14. Gálatas 1:8-9. Observe as objeções dadas aos versículos imprecatórios.
A. É contrário aos sentimentos mais elevados da natureza humana como compaixão e amor.
B. É contrário aos preceitos da religião como diz em Mateus 5:45.
C. É contrário ao ensino do Novo Testamento que diz amar ao inimigo e perdoar às suas injúrias.
D. São discordantes com a profissão dos salmistas que dizem que têm confiança zelosa em Deus.
Explicação.
A. Não é o perverso pedindo mal contra o bom, cuja bondade o condena.
B. Não é o homem ambicioso querendo eliminar o competidor.
C. Não tem nada a ver com inveja, rancor nem coisa semelhante.
D. Não é contra homens quaisquer, mas contra os malfeitores.
E. Não é vingança pessoal, mas é o pedido a favor da vingança e justiça divinas.
F. Além de tudo isso, há coisa que deve ser castigada. Muita gente não quer admitir que o mesmo Deus que ama também castiga, o mesmo Deus que abençoa também amaldiçoa. Existe o castigo de Deus porque Deus é justo e tem que castigar o pecado e o pecador. Salmo 137:8-9. Mateus 25:41, 26:24. Apocalipse 18:2 e 6, 20:10-15.

3. Os Salmos das Aleluias. 111-118, 146-150.
Na época do Velho Testamento os Salmos das aleluias (111-118) foram cantados em duas vozes. Os cânticos e a música fizeram uma parte muito importante na adoração dessa época. Deve ser para nós também.
Vamos pensar nos cinco últimos Salmos. 146-150. Note que cada um deles começa com “Louvai ao Senhor” e termina com “Louvai ao Senhor”.
Salmo 146. Deus sempre é digno de confiança.
A. Louva ao Senhor enquanto ainda estamos na terra. v. 2. Devemos louvar ao Senhor tanto no tempo ruim quanto no tempo bom. Pense nos perseguidos dos dias passados. Louvai ao Senhor constantemente por sua graça a nós.
B. Confia no Senhor e não nos homens que falham e morrem. v. 3-4. Confiar no homem para suprir as nossas necessidades (físicas e espirituais) é como o cego que guia outro cego.
C. A evidência porque devemos confiar em Deus. v. 5-10. Deus tem poder para fazer que achamos o impossível. A palavra, “Jeová” (O Senhor), é falado cinco vezes nos v. 7-9. Isto mostra que tudo isso está feito pelo Deus onipotente e soberano.
Salmo 147. Louvai ao Senhor como o edificador e o feitor.
A. Deus é o edificador e feitor das coisas espirituais. v. 2. Ele edificou e fez o templo em Jerusalém. Agora é o edificador e feitor da igreja do Novo Testamento. Louvai ao Senhor porque mostrou misericórdia e graça aos pecadores eleitos deste mundo sem Deus.
B. Deus não é só o edificador e feitor, mas também é o que sara. v. 3. Ele sara os quebrantados de coração. Ele pode atar as feridas espirituais todas. Ele é o grande médico.
C. Deus tem prazer naqueles que tem características divinas e agradáveis a ele. v. 11. Tem prazer nos nascidos de novo que são tementes a ele e que tem confiança nele. Tememos porque somos pecadores e por isso esperamos na sua misericórdia.
D. Deus manda a sua Palavra como manda o vento. O vento é o Espírito Santo. O Espírito Santo sopra a Palavra sobre os corações congelados e os pecadores tornam-se crentes em Cristo. v. 18.
E. Deus escolheu Israel para ser a sua nação eleita. Não fez assim com nenhuma outra nação (Israel). v. 20. Deus abençoou Israel e deixou as outras nações na ignorância. É assim também que Deus fez com os seus eleitos. Ele nos amou e chamou pela graça para ser a sua nação santa e deixou as outras pessoas na ignorância ainda. A graça maravilhosa de Deus deve fazer os eleitos cantar, “Louvai ao Senhor”.
Salmo 148. Chamar o universo todo para louvar ao Senhor.
O salmo começa o louvar a Deus lá no céu e depois passa para todos os outros domínios da criação. Assim tem que ser, porque Deus é eterno, soberano e imutável em todo lugar.
Salmo 149. O povo de Deus canta ao Senhor.
A. O cântico novo na congregação dos santos. v. 1. Cantamos louvores ao Senhor na congregação dos salvos. Nosso Deus merece.
B. Regozijamos no nosso rei, não nos seus presentes, mas nele mesmo. v. 2.
C. Louvar ao Senhor com a boca, e lutar contra o mal. v. 6. Cantar com a boca e lutar com a mão. É bem prático.
D. Nosso louvor é ao Senhor e nossa arma é a Palavra de Deus. Em toda maneira e condição a Palavra corta mortalmente o mal.
E. Os santos participarão nas vitórias do seu rei. v. 9. “Esta será a glória de todos os santos”.
Salmo 150. Doxologia – uma última grande aleluia.
A palavra “louvai” é falada em todos os versículos.
A. Onde louvamos ao Senhor? v.1. No santuário, o lugar santo do tabernáculo e do templo. Agora louvamos Deus na igreja do Senhor Jesus Cristo.
B. Porque louvamos o Senhor? v. 2. Por causa dos seus atos. (criação, providência, salvação). Por causa da excelência da sua grandeza. Deus é o Altíssimo Senhor.
C. Com que louvamos ao Senhor? v. 3-6. Com todo tipo de instrumento e tudo quanto tem fôlego. Éramos os instrumentos mortos e entregues ao diabo. Agora somos os instrumentos vivos de Deus. O saltério termina com os santos louvando ao Senhor. Vamos também “Louvai ao Senhor”.

4. Os Salmos de Caráter. 1, 15, 24, 50, 75, 82, 101, 112, 127,128, 131, 133.
Os Salmos que nos ensinam como é que fica o caráter do povo que agrada Deus. O caráter do salvo é importante? Clara que sim. Estes salmos descrevem o caráter do homem que agrada Deus. Vamos estudar o Salmo 1 ajuntando algumas coisas boas dos outros salmos de caráter também.
Salmo 1. A vida reta e justa perante Deus.
A. Este homem tem cuidado em escolher os seus companheiros. v. 1. Observe. Ele não aceita o conselho dos ímpios. Porque os ímpios têm uma idéia de vida pervertida. Ele não segue a vida do pecador. Porque ele anda no caminho errado. Ele está indiferente ao escarnecedor (zombador). A conversa dele tem que deixar para lá e escutar o Senhor. Ele deseja a companhia dos que temem a Deus. Porque as más conversações (companhias) corrompem os bons costumes. I Coríntios 15:33. Veja também Salmo 15:4.
B. Tudo isso significa que é homem de princípios, firmeza e caráter. Salmo 15:4-5. Este homem não pode ser tentado nem subornado para deixar as coisas de Deus.
C. O prazer deste homem é meditar na Palavra de Deus. v. 2. Note a comparação entre o que faz e o que não faz. (v. 1 e 2). A sua mente e o seu coração estão dedicados a Deus.
D. O resultado da vida que agrada Deus. v. 3. Firmeza – Como a árvore plantada à beira do rio, fica firme. O mundo muda constantemente, mas o fiel fica firme. Provisão Inesgotável – Como a árvore plantada à beira do rio a sua força fica constante. Porque a água não falta. O fiel tem a água da vida (a Palavra) sempre ao seu redor para dar a força espiritual. Fertilidade – Como a árvore plantada à beira do rio sempre dá fruto porque tem água suficiente, o fiel sempre dá fruto também por causa da Palavra. É inevitável. Beleza - Como a árvore plantada à beira do rio sempre dá fruto porque tem água suficiente, o fiel é belo na sua vida por causa da Palavra. Poder – Para completar o que começa fazer. A Palavra de Deus e Deus mesmo dá o poder para completar, concluir e continuar o que começou. Este poder vem do Senhor. Jeremias 17:7-8.
E. Os ímpios não são assim. v. 4-6. Moinha – Eles são sem valor e substância. São instáveis e sempre insatisfeitos. Condenados – Eles serão julgados e condenados por causa da sua infidelidade. Deus conhece a diferença – Entre os dois, os salvos e os perdidos.
F. Conclusão. Sinceridade e Santidade. Salmo 24:4. Sinceridade – A pureza de motivo. A diferença entre sinceridade e hipocrisia. Salmo 15:2. Santidade – Sinceridade no coração produz santidade na vida. Salmo 15:2.

5. O Salmo de Moisés. 90. A Brevidade da Vida.
A oração de Moisés escrita no deserto da Arábia.
A. A eternidade de Deus contrastada com a brevidade da vida humana. v. 1-6.
B. A razão da brevidade da vida humana – a ira de Deus por causa do pecado humano. v. 7-11.
C. Oração pelo perdão divino – é só que podemos fazer. Deus é misericordioso. v. 12-17.
D. Observação. Note os vários nomes de Deus neste salmo. Adonai – Significa mestre e dono. v. 1. Quando estamos sofrendo a correção ou a aflição de Deus (como eles no deserto) o melhor que podemos fazer é correr para Deus que é nosso refúgio. Eloim – O Deus supremo triúno. v. 2. Deus triúno, o todo supremo e soberano tem direito para fazer com os seus a sua vontade. Jeová – O auto-existente Deus. v. 13. Deus sempre existe para nós. Enquanto estamos morrendo, ele é a nossa única esperança. Jeová nosso Eloim – O auto-existente Deus triúno. v. 17. Só ele pode confirmar (estabelecer) as nossas obras.

6. Os Salmos de Adoração. 26, 73, 84, 100, 116, 122.
Estes salmos são ricos do ensinamento bíblico pela razão porque os autores assistiram os cultos de adoração. O mundo moderno não gostaria da ambiente mortífera (derramar de muito sangue) do templo, como também agora o mundo não gosta da história da cruz sangrenta de Jesus Cristo. Porque para o mundo a pregação do Evangelho é uma loucura. Mas, para o judeu o lugar mais precioso era o templo. Para o crente assistir a pregação da cruz é a coisa mais preciosa da sua vida.
A. O Salmista gostou de ir ao templo para ter comunhão com Deus. Ele queria gastar a vida toda na casa de Deus. Salmo 27:4. Desejou com um entusiasmo grande estar na casa do Senhor. Salmo 84:2. Achou que um dia na casa de Deus valeu mais do que mil dias em outro lugar. Salmo 84:10. Achou que a posição mais baixa na casa de Deus era melhor do que a glória e prazer dos ímpios. Salmo 84:10. Regozijou quando foi convidado ir à casa do Senhor. Salmo 122:1. Qual é o problema como os crentes que faltam os cultos sem problema?
B. Na casa de Deus temos comunhão com os outros adoradores. Adoração pública oferece mais do que somente a adoração particular de cada pessoa. O salmista odiou a congregação dos malfeitores e nem quis ajuntar-se com eles. Salmo 26:5. Mas teve prazer de estar na congregação dos verdadeiros adoradores do Senhor. Salmo 26:12. Aquele que ama o Senhor Deus busca a comunhão dos amados do Senhor.
C. Alguns dos problemas maiores da vida são resolvidos na casa de Deus. Exemplo dessa verdade é o Salmo 73:1-3. Observe algumas perguntas que o salmista teve sem respostas até chegou na casa de Deus. Porque os ímpios prosperam? v. 3. Parece que a morte para eles seja mais fácil. v. 4. Porque muitas vezes os ímpios têm poucos problemas na vida? v. 5. Parece que eles tenham mais bênçãos na vida do que o justo. v. 7. Isso é apesar do fato que ele são insolentes. v. 8-9. Mas o salmista teve uma vida difícil. v. 14. O salmista não conseguiu entender estas coisas. v. 16. Até que entrou na casa de Deus para ouvir a Sua Palavra. v. 17. Na casa de Deus ele entendeu o fim deles. A verdade é que nós (os salvos) temos a porção melhor e a vida eterna e um lar no céu. v. 23-28.
D. Achamos repouso, refrigério, fortaleza, gozo e alegria na casa de Deus. Salmo 84:5. Os caminhos aplanados falam do caminho que vai à casa de Deus. O salvo ama até o caminho que leva à casa de Deus. Porque? Lá achamos a alegria que não achamos no mundo. Salmo 84:6-7. Andamos no mundo onde ficamos cheios de lamentação e tristeza. Baca é um vale na Palestina, a palavra significa chorar ou lamentar. Mas, na casa de Deus achamos paz, alegria, gozo, fortaleza, repouso e refrigério. Estar na casa do Senhor ajuda o crente agüentar o mundo cheio de tristeza.
E. Vamos à casa de Deus para louvar aquele que nos ama. Salmo 100. Note v. 3. Nós somos as ovelhas do Senhor porque Deus nos fez as suas ovelhas. Ele nos escolheu, chamou, salvou e nos deu a paz que excede todo o entendimento. É grande motivo para louvar ao Senhor nosso maravilhoso Salvador.
F. Vamos à casa de Deus para dar testemunho aos outros da sua graça. Salmo 116:13-14. O cálice fala da abundância da graça de Deus na salvação. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”. Romanos 5:20. O melhor lugar para dar testemunho da nossa gratidão pela sua graça maravilhosa está na casa de Deus. Leia Salmo 122. Que prazer a casa de Deus nos dá.

7. Os Salmos de Arrependimento. 6, 25, 32, 38, 39, 40, 51, 102, 130.
Introdução. Estes salmos têm a doutrina básica da depravação humana. Veja alguns versículos. 14:1-3, 53:3, 130:3, 143:2.
Salmo 51 – A lamentação do verdadeiramente arrependido. Este salmo foi escrito depois que o profeta Natã entregou para Davi a sua mensagem mostrando o pecado de Davi com Bate-seba.
Davi descreve o pecado dele claramente assim.
A. Transgressão – v. 1, 3. Que é rebelião contra a vontade de Deus.
B. Iniqüidade – v. 2, 5 . Que é perversidade e maldade.
C. Pecado – v. 2, 3, 5. Que é não acertar o alvo.
D. Pecado suja ou polui – v. 2, 7. Por isso ele pediu purificação. O perdido nem pensa nisso.
E. O seu pecado sempre estava diante dele – v. 3. Este é o arrependido verdadeiramente.
F. Pecado é contra Deus – v. 4. Antes de tudo e de todos o pecado é contra Deus. Somente o regenerado conhece esta verdade.
G. Depravação total – v. 5. Pecador é depravado pela sua natureza.
H. Pecado tira a comunhão com Deus – v. 11. O salvo tem que confessar os seus pecado a Deus e Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda a injustiça.
I. Pecado tira a alegria da salvação do crente – v. 12. Nós sabemos disso.
J. Pecado fecha a boca do testemunho do salvo por Cristo – v. 13-15. Tira a nossa vontade para testemunhar (evangelizar) os outros.
K. Pecado faz mal com os outros ao nosso redor – v. 14.
O caminho de voltar à comunhão com Deus.
A. Não pelas obras da lei – v. 16.
B. É um coração quebrantado por causa do pecado – v. 17. O coração quebrantado significa um coração contrito, arrependido, quebrado em pedaços por causa do pecado cometido. Nesta situação a única coisa quebrada que ainda presta, é o coração quebrantado.
C. De onde vem o perdão é Deus – v. 6-10.
Conclusão. O salmo 32 dá o gozo do homem perdoado e restaurado por Deus. Davi escreveu este salmo depois que foi perdoado e restaurado a Deus por causa do seu pecado que fez com Bate-seba.

8. Os Salmos acerca da Palavra de Deus. 19:7-14, 119.

Duas características do Salmo 119.
A. É o capítulo mais cumprido da Bíblia. Mostra a grande importância que a Bíblia tem nas nossas vidas. Salmo 119 está bem no meio da Bíblia e isso mostra o lugar central que a Bíblia deve ter entre nós. A Bíblia deve está bem no meio da nossa doutrina e das nossas vidas. Mostra também o amor que devemos ter por ela. O salmista amou e meditou nela continuamente. 119:97. Folgou com ela como alguém que acha um grande tesouro. 119:162. Achou mais doce do que o mel na boca. 119:103. Ficou ansioso para a hora chegar de pensar nela. 119:148. A palavra de Deus era os seus conselheiros. 119:24. Não ficou envergonhado da palavra de Deus. 119:46. Ficou triste porque o povo não a escutou nem a obedeceu. 119:136.
B. É salmo alfabético ou acróstico (arranjo alfabético ou acróstico). Este salmo não tem nome nem título, mas não precisa porque é óbvio o seu assunto. Distingue-se na largueza do seu pensamento, na profundeza do seu propósito e na altura do seu fervor acerca da palavra de Deus. Este salmo tem um arranjo segundo o alfabeto hebraico. O alfabeto hebraico tem 22 letras. Cada letra é a cabeça de uma seção de oito versículos. Cada versículo de cada seção começa com a letra da sua própria cabeça correspondente na língua original. Não podemos ver essa parte porque ficou perdida por causa da tradução de uma língua para outra. Pode ver estas seções na Bíblia: 22 seções de oito versículos. Note as letras do alfabeto hebraico na sua Bíblia: álef, bet, guímel, dálet, he, vav, záin, het, tet, iôd, cáf, lámed, mem, nun, sámech, aín, pe, tsádi, cof, reich, shin, tav.

Porque está escrito assim? Há razão? Com certeza há. Deus inspirou este salmo desse jeito para nos ensinar alguma coisa ou coisas.
A. É a maneira certa de ensinar a criança o alfabeto? Na escola dominical ou em casa? Ó que maneira boa para ensinar os filhos a Bíblia e o alfabeto.
B. Tudo que falamos deve estar cheio da palavra de Deus. Palavras são feitas de letras do alfabeto. É uma conversa repleta da palavra do Senhor.
C. Cristo é o alfa e ômega de toda a ciência e verdade. Ele é o princípio e o fim da verdade e tudo que fica no meio. Ele é a palavra de Deus, este é o Seu nome.
D. Jesus Cristo é tudo que todas letras e palavras de todos os alfabetos podem expressar e muito mais. Ele é a palavra de Deus (o Verbo).
E. Jesus Cristo é o princípio e o fim de todo conhecimento verdadeiro.
F. A palavra de Deus é nosso conhecimento e sabedoria perfeitos e completos.
G. Deus não é de confusão. Ele é de ordem e de um arranjo perfeito.
Algumas características da palavra de Deus.
A. É fiel e verdadeira eternamente. 119:89.
B. A sua profundeza está sem limite. 119:96.
C. O seu conteúdo é só verdade. 119:160. Portanto, é a regra absoluta. 19:9.
D. É fiel. 19:7. Não é relativo nem variável. Portanto, faz sábio o ignorante.
E. É pura. 119:140. Foi testada, provada e achada pura.
F. É perfeita. 19:7. Sempre cumpre o seu propósito de refrigerar a alma.
G. É justamente o contrário à sabedoria humana. 19:8-9. Leva o homem para a pureza e desejar fazer o melhor. A sabedoria humana não faz isso.
A obra da palavra de Deus.
A. Guiar o homem nesta vida. 119:105. É a voz da experiência para o jovem que a falta. 119:9. Para os mais velhos é o guia da vida.
B. Dá conforto e encorajamento no tempo da aflição. 119:50. O homem sem a promessa, segurança, certeza e confiança da palavra de Deus, na aflição fica oprimido. Dá coragem quando lemos sobre os santos antigos no meio da dificuldade. 119:132. Muitas vezes a aflição é a maneira de descobrir o que está faltando na vida. 119:67, 71.
C. A sabedoria verdadeira é dada pela palavra de Deus mais do que pela sabedoria humana toda. 119:98-99, 104.
Poder para seguir a palavra de Deus.
Precisamos da sabedoria da palavra de Deus. Mas, precisamos também o poder para seguir a palavra de Deus. 119:176.
A. Estamos inclinados para nos desgarrar.
B. Deus tem que nos buscar ou não há esperança.
C. Somente a sabedoria da palavra de Deus pode nos iluminar.
D. Podemos nos desgarrar, mas Deus não nos deixa esquecer a Sua palavra.
E. Somente um andar fiel (119:11) com Deus através da comunhão da palavra de Deus dá o conhecimento da presença do pecado.
9. Os Salmos Messiânicos.
O versículo certo para este estudo é Lucas 24:44. Salmo 40:4-6 está apresentado o sacrifício de Jesus Cristo. Hebreus 10:1-7 explica esta passagem. Os sacrifícios do Velho Testamento não tiraram o pecado, só Cristo faz isso. Os sacrifícios do Velho Testamento eram simbólicos do Cordeiro de Deus que tira o pecado.
A necessidade que o homem tem do Salvador.
Os salmos ensinam a mesma verdade que Paulo depois ensinou (Romanos 3:4-18). O homem pecador precisa do Salvador Jesus Cristo. Salmos 5:9, 10:7, 14:1-3, 36:1, 51:4-6, 149:3.
A vida e o sofrimento do Salvador nos salmos.
A. Os magos chegaram para ver o Salvador em Belém. 72:9-10.
B. O zelo do Messias no templo. 69:9.
C. O Messias não foi aceito pela família. 69:8.
D. As crianças cantaram “hosana” ao Salvador na Sua entrada triunfal. 8:2, 118:26.
E. A rejeição do Messias por Israel. 118:22.
F. O sofrimento do Messias no Jardim de Getsêmani. 69:1-4.
G. O traidor do Salvador. 41:9.
H. Israel abandonado temporariamente pelo Messias. 69:25 com Mateus 23:38.
I. Jesus citou Salmo 22 na instituição da ceia. Mateus 26:24.
J. Cantaram um hino depois da ceia. 22:22 com Hebreus 2:12.
K. O ódio do povo à crucificação de Jesus Cristo. 2:1-3.
L. As circunstâncias do julgamento do Messias à crucificação. Falsos testemunhos – 27:12. A vergonha e escárnio – 69:19.
M. Os pés e as mãos traspassados. 22:16.
N. Lançaram sortes sobre a roupa do Salvador à crucificação. 22:18.
O. Zombaram o Salvador à crucificação. 22:8.
P. O Messias citou Salmo 22:1 na cruz.
Q. O fel e o vinagre. 69:21.
R. A morte, o sepultamento e a ressurreição do Salvador. 16:10.
S. A ascensão do salvador. 68:18. 24:7-10.
Conclusão.
Salmos 85:10. Em Jesus Cristo só pode ser que a verdade desse versículo é a verdade!


Autor: David Alfred Zuhars, Jr.
Pastor David Zuhars
PRIMEIRA IGREJA BATISTA DO JARDIM DAS OLIVEIRAS
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