Abrão: quando o fiel mente (Gn 12:10-20).
Introdução: Abrão abandonou o lar em que sempre vivera,
negou sua cultura (Ur dos caldeus), desconectou-se de sua família, deixou seus
amigos,sacrificou seus imóveis e abriu mão de qualquer futuro que pudesse ter
planejado ou esperado. Em seus 70 anos, deixou tudo para trás com o propósito de
ir... sabe-se lá para onde. Com os olhos colocados em Deus, disse, com efeito: “Confiarei
em ti, Deus. Eu te seguirei por onde me mandares”.
Abrão deixou Ur dos Caldeus, viajou para noroeste
seguindo as margens do rio Eufrates e, então, estabeleceu-se por um tempo em
Harã (até a morte de seu pai). Depois, seguiu por uma movimentada rota
comercial rumo ao oeste e, depois, para o sul, para a cidade montanhosa de
Siquém, a cidade de Siquém era considerada uma cidade sagrada.
Abrão acampou ao lado do Carvalho de Moré (Gn 12.6),
que também pode ser traduzido por “arvore do ensino”. A expressão hebraica
sugere que esse carvalho havia se tornado um santuário ou um lugar de reuniões.
Registros históricos indicam que os cananeus tinham santuários em bosques de
carvalhos, e Moré pode ter sido um de seus centros de culto. E, Deus lhe
aparece mais uma vez, reafirmando seu grande plano redentor (V.7).
Abrão respondeu construindo um altar e, em seguida,
oferecendo um sacrifício anual de gratidão. O novo altar de pedra se colocava
como um monumento à obediência de um homem ao único Deus verdadeiro. Ele
anunciava aos residentes locais: “O Deus de Abrão chegou em Canaã”. Depois,
Abrão, seguiu para o sul – altitudes mais elevadas – Jerusalém. Ali, ele
construiu outro altar (v.8).
1) Abrão e o Egito.
Tendo erigido um segundo altar, Abrão continuou na
direção sul até a região do Neguebe, nome que significa “seco, árido”. Nessa
região, Abrão enfrentou seu primeiro desafio quando uma fome muito séria varreu
a terra. Vindo de uma parte do mundo conhecida como Crescente Fértil, talvez
esperasse encontrar pasto exuberante para seus rebanhos. Mas, o Neguebe parecia
um território devastado.
Ele resolve ir ao Egito. O Egito significa uma aliança
com o mundo. Abrão olhou para suas dificuldades e ficou paralisado de medo.
Agarrou-se ao primeiro meio de livramento que apareceu, como um homem que está
se afogando agarra-se à palha. E assim, sem obter conselho de Deus, desceu para
o Egito.
“Ah, que erro fatal! Mas
quantos ainda o cometem. Podem ser verdadeiros filhos de Deus e, ainda assim,
em um momento de pânico, adotam métodos de livramento que, para dizer o mínimo,
são questionáveis, lançando semente de tristeza e desastre a fim de se salvarem
de uma dificuldade menor” (Is 31.1).
2)
Abrão e a mentira (Gn
12.11-13).
Cuidado para não colocar pessoas no pedestal, por duas
razôes: Primeiro, atraímos desilusão para nós mesmos, porque inevitavelmente
veremos falhas em nossos heróis. Segundo, os pedestais vem com expectativas que
nenhum ser humano consegue atender.
A Bíblia é clara quando
trata sobre a “mentira”:
“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23.19)
“Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel; pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. Só prevalecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar, e o adulterar; há violências e homicídios sobre homicídios.” (Os 4.1-2)
“O justo odeia a palavra mentirosa, mas o ímpio se faz odioso e se cobre de vergonha.” (Pv 13.5)
“Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.” (Jo 8.44)
“não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos,” (Cl 3.9)
“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele dito, não o fará? ou, havendo falado, não o cumprirá?” (Nm 23.19)
“Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel; pois o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra; porque na terra não há verdade, nem benignidade, nem conhecimento de Deus. Só prevalecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar, e o adulterar; há violências e homicídios sobre homicídios.” (Os 4.1-2)
“O justo odeia a palavra mentirosa, mas o ímpio se faz odioso e se cobre de vergonha.” (Pv 13.5)
“Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira.” (Jo 8.44)
“não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos,” (Cl 3.9)
O que é “mentira”?
O dicionário Houaiss define “mentira” como: “afirmação contrária a verdade, ilusão”. Aurélio nos traz os seguintes conceitos: 1. Ato de mentir, engano, impostura, fraude, falsidade; 2. Hábito de mentir; 3. Engano dos sentidos ou do espírito, erro, ilusão; 4. Idéia, opinião, doutrina ou juízo falso; 5. Fábula, ficção.
O Dicionário Internacional do Antigo Testamento cita quatro termos hebraicos para a palavra “mentira”:
- bad : conversa vazia, vã (Jr 50.36; Is 16.6; 44.15)
- kazav : falar aquilo que é inverídico e, portanto, falso diante da realidade (Nm 23.15; Sl 89.35; Is 57.11)
- kahash : transmite a idéia de diminuição de uma verdade (Sl 59.12; Os 7.3; 10.13; 11.12; Na 3.1)
- shequer : falsidade, engano. Designa palavras e atividades falsas no sentido de não estarem baseadas em fatos ou na realidade (Ex 20.16; Dt 19.18; Jr 23.32; Is 59.13; Mq 2.11; Jó 13.4)
O dicionário Houaiss define “mentira” como: “afirmação contrária a verdade, ilusão”. Aurélio nos traz os seguintes conceitos: 1. Ato de mentir, engano, impostura, fraude, falsidade; 2. Hábito de mentir; 3. Engano dos sentidos ou do espírito, erro, ilusão; 4. Idéia, opinião, doutrina ou juízo falso; 5. Fábula, ficção.
O Dicionário Internacional do Antigo Testamento cita quatro termos hebraicos para a palavra “mentira”:
- bad : conversa vazia, vã (Jr 50.36; Is 16.6; 44.15)
- kazav : falar aquilo que é inverídico e, portanto, falso diante da realidade (Nm 23.15; Sl 89.35; Is 57.11)
- kahash : transmite a idéia de diminuição de uma verdade (Sl 59.12; Os 7.3; 10.13; 11.12; Na 3.1)
- shequer : falsidade, engano. Designa palavras e atividades falsas no sentido de não estarem baseadas em fatos ou na realidade (Ex 20.16; Dt 19.18; Jr 23.32; Is 59.13; Mq 2.11; Jó 13.4)
A mentira de Abrão continha uma meia verdade. Sarai era, de fato, sua
meia-irmã: eles nasceram do mesmo pai, mas tinham mães diferentes (Gn 20.12).
Quando afirmou ser irmão de Sarai, ele esperava tirar proveito do costume
local. Ele de fato poderia ser morto por ser seu marido, mas as leis antigas
faziam que ele, na condição de irmão, fosse o guardião dela. No entanto, Deus
entrou com providências afligindo Faraó e sua casa com doenças graves (Gn
12.17).
3) As lições de
Abrão.
Todo mundo enfrenta fome. Algumas fomes são severas. Elas puxam o
tapete e o deixam você caído de costas no chão, sem ter onde buscar ajuda. O
diagnóstico do médico com a pior noticia do mundo. Um divórcio. A morte de uma
pessoa amada. Desemprego. Falências. Seja como for, essas
experiências invariavelmente levam a uma crise de fé, desafiando você a
responder à pergunta: Em que eu de fato confio?
Toda fuga contém uma mentira. Quando fazemos qualquer coisa que
esteja ao nosso alcance para evitar passar pela crise de fé, quando buscamos
uma fuga por meio de métodos antigos e conhecidos, mentimos para nós mesmos:
“eu consigo lidar com isso sem Deus”. Passamos a vida toda fugindo das provas
em vez de caminhar por entre elas pelo poder de Deus. E, durante o caminho,
justificamos, racionalizamos, damos desculpas e minimizamos nossos erros.
Todo Abrão luta com uma fraqueza. Isso diz respeito a você. Todo mundo,
incluindo o bom e o piedoso, carrega imperfeições e falhas. Essas falhas,
solapam nosso relacionamento com Deus. Se Abrão foi capaz de falhar, logo
depois de ter construído dois altares: todos também podemos nos envolver em uma
queda moral (1 co 10.12).
Cada concessão coloca uma Sarai em risco. Sempre que revertemos
à nossa resposta padrão, alguém se machuca... incluindo aqueles que estão mais
próximos de nós. Sarai confiou que Abrão a conduziria bem e que a manteria
segura, mas o plano egoísta do marido quase pôs tudo a perder. Se não fosse a
providencia divina.
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