terça-feira, 30 de julho de 2019


É hora da colheita – Apocalipse 14


Introdução:

No capítulo 13, vimos duas bestas. Uma que surge do mar e outra que surge da terra. A aparência da besta que surge do mar é uma colcha de retalhos dos poderes da história antiga; um leopardo com garras de urso e boca de leão”; é um poder político. A segunda besta, é “como cordeiro” mas quando fala “parecia um dragão”; é um poder religioso. Ela vai obrigar todos os moradores adorar a estátua em homenagem ao anticristo e todos os adoradores terão um número, 666.

1)    Adoração
A igreja selada está em pé com o Cordeiro no monte Sião. O monte Sião não representa um lugar especifico, geográfico. Mas, o lugar da soberania divina (Hb 12.22-23). Os 144.000 são o mesmo grupo que foi selado em apocalipse 7. Eles representam a totalidade do povo de Deus. São marcados com o nome de Jesus e o nome de Deus (v.1).

Os selados estão cantando um novo cântico. “Depois, ouvi música de harpa, e os harpistas cantavam uma nova canção na presença do trono, dos quatro animais e dos vinte e quatro anciãos” (A mensagem). A canção dos quatro animais, conforme apocalipse 4:

“Santo, Santo, Santo
É o Senhor Deus, Todo Poderoso
Que era, que é e que há de vir”  (v.8).


E, os vinte e quatro anciãos:
“Digno és, Senhor, de receber gloria e honra, e honra e poder
Porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (v.11)

Enquanto o céu ecoa adoração, os adoradores da besta se curvam diante do falso profeta, da imagem. Mas a igreja adora, glorifica, exalta, individualmente e coletivamente. “Ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra”. Vemos, em Êxodo 15, a alegria de Miriã, diante do mar que se abriu, em forma de música e adoração: “Cantai ao Senhor, porque sumamente se exaltou e lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro” (v.21).

2)    Santidade
“Eles foram trazidos da terra, viveram sem mácula, como virgens na presença de Deus” (A Mensagem). “Estes são os que não estão contaminados com mulheres , porque são virgens” (A.R.C). “Estes são os que não contaminaram com mulheres, , pois se conservaram castos” (NVI).

A expressão não “se contaminaram com mulheres e castos” não se trata de celibato. Devemos ter aqui uma compreensão figurada da virgindade. A palavra grega (parthenoi) traduzida “castos” é a mesma que significa “virgens”. Portanto, a palavra “castos” é uma expressão que denota pureza espiritual. O apostolo João fala diversas vezes da idolatria da besta como prostituição (Ap. 14.8, Ap 17.2 e Ap. 18.3). Os selados são virgens e castos no sentido de terem se recusado a se manchar, participando da prostituição que é adorar a besta, mantendo-se puros em relação a Deus. 



“Aonde o cordeiro vai, eles o seguem”. Eles não seguiram a besta como todos os demais (Ap. 13.8), mas seguiram o Cordeiro; ainda que para morte (Ap 12.11). Eles negaram a si mesmos, tomaram a cruz de Cristo e seguiram ao Senhor.

“Em seus lábios não há uma palavra falsa”. Os remidos são puros de lábios e vida (Ap 14.5). Enquanto os ímpios blasfemam e se contaminam com a prostituta, seguindo uma mentira, a besta e seus falsos milagres , os redimidos não tem mentira na sua boca nem mácula em sua vida.

3)    Pregação
O capítulo 13:3 de apocalipse temos uma pergunta: “quem é como a besta, quem pode pelejar contra ela”. A besta tinha autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação (Ap. 13.7).

Mas, agora, o primeiro anjo, mostra quem verdadeiramente domina. E anuncia: “Temam a Deus e a ele deem gloria! A hora do julgamento de vocês chegou! Adorem o criador dos céus e da terra, do mar e das fontes de águas” (vs. 6 e 7). Enquanto durar o tempo, o homem tem a oportunidade de se arrependerem e se voltarem para Deus. Por que? O JUIZO DE DEUS CHEGOU!

O segundo anjo, anuncia a derrocada do sistema mundano: “Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela embebedou as nações no vinho da sua prostituição! ” A grande babilônia seduziu, enganou,  mas agora está caída. A grande babilônia é o sistema mundano, a religião prostituida a serviço da besta e de satanás no mundo.

NA IGREJA PRIMITIVA HOUVE HOMENS E MULHERES QUE ESTAVAM PRONTOS A ENCARAR A MORTE POR CAUSA DO NOME DE JESUS MAS HOUVE HOMENS E MULHERES QUE SE TORNARAM VITIMAS DO AMOR MUNDANO, OS PRAZES VIS DESSA VIDA, ABANDONANDO O DISCIPULADO DE JESUS.

O terceiro anjo anuncia o JUIZO FINAL: “Quem adora a besta e sua imagem e tem a marca na testa ou na mão beberá o vinho da ira de Deus, preparado sem mistura no cálice de sua fúria, e sofrerá o tormento de fogo e enxofre...a fumaça do tormento deles será vista de geração após geração. Não haverá descanso para os que adoram a besta e sua imagem, que tem a marca do seu nome” (vs. 9,10 e 11)

E, os santos?

Os ímpios serão atormentados (Ap. 14.11) e os remidos descansando: “Benditos são aqueles que, de agora em diante morrem no Senhor” (v.13). “Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante”. Diz o Espírito: “Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão” (NVI). ELES VÃO PARA O PARAISO, PARA O LAR ETERNO, PARA O CÉU, PARA O SEIO DE ABRAÃO!

CONCLUSÃO: O TEMPO DA COLHEITA CHEGOU!
“Vi uma nuvem branca e alguém parecido com o filho do homem sentado nela. Ele usava uma coroa de ouro e segurava uma foice afiada”. A colheita é o fim do mundo. “A seara está madura”. “Use a sua foice e faça a colheita. É tempo de colheita. A colheita da terra está no ponto”.

Essas uvas pisadas são os ímpios. Assim como as uvas são pisadas e esmagadas, assim também os ímpios serão destruídos e castigados eternamente. O juízo de Deus será completo sobre todos os ímpios em todos os lugares (v.20).  A extensão de 1600 estádios é igual a 360 Km, ou seja, a distancia do Norte ao sul da Palestina, de Dã a Berseba. O sangue vai até os freios dos cavalos, ou seja, 1.5 metros de altura

NA HUMANIDADE, SÓ HÁ DOIS GRUPOS: OS SALVOS E OS PERDIDOS. OS ADORADORES DO CORDEIRO , OS QUE ESTARÃO COM CRISTO NO MONTE SIÃO E OS QUE SERÃO ATORMENTADOS DE DIA E DE NOITE. DE QUE LADO VOCE ESTÁ? 





terça-feira, 16 de julho de 2019


A BESTA E O FALSO PROFETA – Ap 13


Introdução
Vimos, que no capítulo 12 aparece o primeiro sinal “uma mulher vestida como a luz do sol, pisando sobre a lua, coroada com doze estrelas... estava dando à luz um filho e gritava com as dores de parto”. A mulher é um símbolo do povo de Deus. Essa confirmação está no versículo 17 do mesmo capitulo: O dragão saiu para pelejar contra os restantes dos filhos dela, os que guardavam os mandamentos de Deus”.

Em seguida, aparece o segundo sinal no céu “o imenso e furioso dragão, com sete cabeças e dez chifres, com uma coroa em cada cabeça”. O texto continua narrando: “...com um golpe da cauda, ele derrubou um terço das estrelas do céu e as lançou na terra. O dragão estava pronto para devorar o filho da mulher, assim que nascesse”.

Mas, quando nasceu, o menino foi transportado ao céu, para junto do trono de Deus. Uma maneira de expressar o nascimento, a morte e a ressureição do Filho de Deus. Enquanto isso, no céu, uma guerra. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão e seus demônios, foram expulsos do céu e não restou ali nenhum deles.

Toda fúria do dragão, agora, está na terra. Como os cristãos vencem a batalha? POR MEIO DO SANGUE DO CORDEIRO, PELA OUSADIA NO TESTEMUNHO E NÃO AMARAM A SI MESMOS, ESTAVAM DISPOSTOS A MORRER POR CRISTO (Lc 14.25).

O dragão insiste, não desiste, porque o seu tempo está contado. Perseguiu a mulher, no entanto, ela ganhou asas como de águia e voou para o deserto, e lá ficou protegida. Não se contentando, a antiga serpente, lançou agua para arrebatar ou sucumbir a mulher, contudo, Deus abriu a terra e toda agua foi engolida pelo deserto. Ele não tendo chances contra a mulher, saiu para guerrear contra os descendes da mulher: “os que obedecem os mandamentos de Deus e se mantem fieis ao testemunho de Jesus” (v.17).

1)    A besta
No final do capítulo 12:18, lemos: “O dragão ficou de pé à beira mar”. Parece que estava maquinando, montando uma estratégia melhor, mais incisiva contra o povo de Deus. Precisava de alguma situação mais intensa para desviar o povo de Deus do seu alvo: “olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé” (Hb 12.2). Não somente nos desviar dos mandamentos, mas fazer com que o nosso testemunho seja anulado. Ele usará duas armas: poder e mentira. 



“E vi uma besta levantando-se do mar. Tinha dez chifres e sete cabeças – em cada chifre uma coroa”. Percebe que a besta é um representante do dragão, ou seja, o anticristo. E João continua sua narrativa: “parecia um leopardo, com garras de urso e boca de leão”. Tudo isso é poder político: leopardo (Grecia), Urso (Medo Persa) e boca de leão (Babilonia). O anticristo terá a ferocidade do leão, a força do urso e a velocidade do leopardo (Dn 7.3-6).

“Vi uma besta que saia do mar”. As aguas do mar são multidões, ou seja, nações e povos na sua turbulência político-social. As aguas são símbolos das nações não regeneradas em sua agitação (Is 57.20). Portanto, o anticristo surgirá num período de grandes calamidades naturais: terremotos, epidemias e fomes. Será um tempo de guerra e rumores de guerra. Ele num tempo de profunda inquietação religiosa.

NESTE TEMPO HAVERÁ DUAS IGREJAS: A APOSTATA E A FIEL. ELE OFERECERÁ SOLUÇÕES PRATICAS ÀS CRISES MUNDIAIS. “O MUNDO ESTÁ PRONTO PARA ENDEUSAR QUALQUER NOVO CÉSAR QUE CONSIGA DAR À SOCIEDADE CAÓTICA UNIDADE E PAZ”.

O que ela faz?

A besta vai realizar grandes milagres: “uma das cabeças parecia ter sido ferida de morte, mas foi curada”. Diz o apostolo Paulo: “Ora, o aparecimento do iniquo é segundo a eficácia de Satanas, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira” (2 Ts 2.9-10). As pessoas andam em busca de sinais e serão facilmente enganadas pelo anticristo. Ele vai ditar e disseminar falsos ensinos (2 Ts 2.11). Nesse tempo os homens não suportarão a sã doutrina (2 Tm 4.3), mas obedecerão a ensinos de demônios (1 Tm 4.1).

A besta será objeto de adoração em toda a terra: “nunca houve ninguém como a besta! Ninguém ousa guerrear contra ela”. Ele fará forte oposição a toda adoração que não seja ela mesma (2 Ts 2.4). Vai se opor e se levantar contra tudo o que se chama Deus, ou objeto de culto.

“ELE CONQUISTOU UM DOMINIO ABSOLUTO SOBRE TODAS AS TRIBOS, POVOS, LINGUAS E RAÇAS. NA TERRA, TODOS OS QUE NÃO TINHAM O NOME ESCRITO NO LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO, ADORARAM A BESTA” (V.8).

2)    Subversão
“A besta teve permissão para guerrear contra o povo santo de Deus e vence-lo”.
Com a perseguição “exige que o povo de Deus aguente o sofrimento com paciência e seja fiel” (13.10 NTLH). Não há dúvida de que podemos morrer por causa da violência da besta; “aquele que tem ouvidos ouça, compreenda esta palavra” (.9) 

Jeremias, muito tempo antes, havia escrito: “os destinados à morte, para a morte; os destinados à espada, para a espada; os destinados à fome, para a fome; os destinados ao cativeiro, para o cativeiro” (Jr 15.2). João, escreve: “Se alguém há de ir para o cativeiro, para o cativeiro irá. E se alguém há de ser morto à espada, morto à espada há de ser” (v.10). Então, o que nos espera? EXILIO, MORTE, PERSEGUIÃO E TORTURA. 


3)    O falso profeta
O falso profeta vem da terra. No entanto, antes de tudo, religiosa. Tem uma qualidade semelhante a Cristo; é “como cordeiro” (Ap. 13.11). Mas é paródia, não derivado de Jesus, porque “quando falava, parecia um dragão”. O principal objetivo é levar as pessoas adorá-la. 



O dragão (Ap. 12) é o antideus, a besta vinda do mar é o anticristo e a besta  vinda da terra é o anti-espírito. Assim como o Espírito Santo conduz à adoração de Cristo, assim essa besta conduz adoradores ao anticristo.

             A segunda besta usará também a arma do controle para garantir a adoração da primeira besta (Ap. 13:16-18). Esse será um tempo de cerco, de perseguição, de controle, de vigilância, de monitoramento das pessoas, no aspecto político, religioso e econômico.

CONCLUSÃO:

A MARCA DA BESTA 666. Veja o numero é humano. Não é um mistério divino, mas, sim a confiança daqueles que falam demais: religião que dá show, que se vangloria, que afasta os olhos do Cristo pobre, sofredor e santo. Na linguagem dos números, 666 é um triplo fracasso ao tentar ser 777, a perfeição repetida três vezes, numero perfeito e divino. A comercialização é a característica recorrente dessa religão da besta da terra, que requer quantias imensas para se manter, nos manipulando economicamente, levando-nos a comprar e vender segundo suas ordens, vendendo conselho, consolo, benção, soluções, salvação e bons sentimentos.

  

terça-feira, 9 de julho de 2019


Olha o Mar Vermelho! Ex 14.1-14



Quem já não ouviu ou vivenciou termos como: “estar num aperto”, “passando pelo funil”, “passando pelo olho do furacão”, “entre a cruz e a espada” ou “crises que testam a alma dos homens” revelam situações que acontecem na vida de todo cristão.  Ou você está no topo da montanha, onde tudo está bem; ou no meio da montanha, onde há normalidade e algumas lutas esporádicas; ou você está no vale – em meio a uma intensa luta –. É assim que estavam os israelitas.

1)    A situação do povo de Israel
“...Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do Mar Vermelho” (Ex 13.18). “DEUS FEZ O POVO RODEAR PELO CAMINHO...” Ou seja, o povo estava sendo guiado por Deus. Ele sabia que o povo precisava da EXPERIENCIA do Mar Vermelho para aprender algumas lições importantes. Veja o que está escrito em Ex 13:21-22: “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” 


“O Senhor ia adiante deles”. Quando a nuvem avançava, eles avançavam. Quando ela ia para a direita, eles também iam. Quando ia para a esquerda, eles a acompanhavam. Quando parava, paravam. A noite, quando a novem não podia ser vista, Deus transformavam numa coluna de fogo. De dia ou de noite, tudo o que tinham a fazer era erguer os olhos e lá estava a presença indiscutível de Deus.

Então, o Eterno disse a Moisés: Diga aos israelitas que mudem de direção e acampem em PI-HAIROTE, ENTRE MIGDOL E O MAR VERMELHO. Mantém acampamento à beira-mar, em frente a Baal-Zefom” (vs. 1 e 2).  O povo de Israel havia morado em Remessés. Quando foram libertados por Deus, depois da noite da Páscoa, o povo saiu de Ramessés e viajou para o sul, chegando a Etã. E ali acampou. Foi nesse local que o Senhor falou a Moisés: “Voltem, repitam todos os passos que acabaram de dar, regressem a Baal-Zefom”.   


O que chama a atenção é que Baal-Zefom formava um perfeito beco sem saída geográfico, uma rua sem saída. Ao norte, ficavam algumas fortalezas egípcias , impossível passar por elas. Ao sul, o vasto deserto de Mizraim, nada seguro. Ao Oeste Ramessés, o povo tinha acabado de vir de lá. Ao leste, o grande Mar Vermelho.

2) E, agora?
“Vão a Baal-Zefom”. Em termos militares, era o ponto mais vulnerável de todos. Seria como entrar numa rua sem saída ao ser perseguido por um carro cheio de bandidos. Seria decisão mais insensata do mundo.

Mas, Deus tem os seus caminhos: “O Faraó vai pensar que os israelitas estão andando sem rumo, perdidos no deserto. Então Faraó pensará: Ah, eles estão indo para o Norte, para Baal-Zefom. Vou emboscá-los ali! Essa, Moisés, é a armadilha na qual Faraó vai cair” (Ex 14.5-8).

De repente, o povo ouve ruídos distantes, uma nuvem de poeira no ar. São cavalos e carros do Egito! Os boatos correm depressa: “Faraó está chegando, vai haver um genocídio! E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito” (v.10). OS HEBREUS NÃO FICARAM APENAS COM MEDO, FICARAM COM MUITO MEDO. “Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor” (v.10).

Pergunta: Como reagimos diante do medo? Primeiro, e estamos em contato com Deus, clamamos. Segundo, se o alivio não surge imediatamente, começamos a procurar alguém para culpar. “Disseram a Moisés: Será por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Porque nos trataste assim, fazendo sair do Egito? (v.11). E, mais: “Deixe-nos em paz aqui no Egito. É melhor ser escravo no Egito que cadáver no deserto” (v.12).

3)    Não temais!
Tem um ditado que diz: “Deus ajuda aos que se ajudam”. Ditado, não está na Bíblia. Mas, o correto é: Não, Deus ajuda os indefesos! É quando clamamos “Meu Deus, me ajude”! E Deus responde: “Vou ajudar você, largue a corda”. “Não temas” (v.13). Mas o povo estava apavorado. Moisés, se coloca no meio da multidão, mais uma vez, com um segundo conselho: “Aquietai-vos”. E, mais um conselho: “Vede”. E, o quarto conselho: “O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis” (Vs. 13-14). 



Como agimos? Primeiro, temos medo (Elias). Segundo, fugimos. Terceiro, lutamos. Quarto, contamos a todos. Mas o conselho de Deus é justamente o oposto. NÃO TENHA MEDO. AQUIETE-SE. OBSERVE A AÇÃO DELE. MANTENHAM-SE QUIETO. É ENTÃO QUE ELE AGE.  

4)    Quando Deus age

Primeiro, o Senhor disse a Moises que avançasse (v.15).


Segundo, Ele mudou a nuvem da frente para trás deles (v.19), porque Deus fez isso (v.20)? A nuvem se movia da frente para trás dos hebreus, separando-os dos egípcios, como também impediu que os hebreus olhassem para trás e tremessem de medo.

Terceiro, Ele abriu caminho no mar (v.20), o vento oriental fez secar a lama do mar e o povo atravessou em seco.

Quarto, Ele criou confusão entre os egípcios (VS. 24-25). O V.30 nos conta que posteriormente os hebreus passearam pela praia e “Israel viu os egípcios mortos na praia do mar”. Note que a Biblia não diz que os israelitas mataram um único homem.  



terça-feira, 2 de julho de 2019


A fúria do dragão contra a igreja – Ap. 12


Introdução:
O toque ensurdecedor da sétima trombeta (Ap. 11) já havia despertado o mundo adormecido (v.15): “O reinos pertencem ao Nosso Senhor e do Seu Cristo, e ele reinará para todo sempre”. Todos ouvem  o hino vitorioso dos 24 anciãos (vs. 17-18) e veem  através de uma abertura no céu, o templo de Deus com as portas abertas, de forma que a arca, fica claramente visível (v.19). Relâmpagos, trovões, terremotos e granizo marcam a mudança da cena.

1)    Primeiro sinal no céu: uma mulher 

Um “sinal” aparece no céu. O conteúdo desse sinal é uma mulher. “Uma mulher vestida de sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa  de doze estrelas na cabeça”. QUEM É ELA? Os católicos afirmam que é Maria que dará “um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro” (v.5). Mas essa opinião é contestada no versículo 17 “irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com o restante da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus”. Essa mulher é a comunidade messiânica como um todo, durante o período do Antigo Testamento e do Novo Testamento.  “Canta alegremente, ó estéril...”(Is 54.1), comunidade do AT. “A Jerusalém lá de cima é livre, a qual é a nossa mãe...” (Gl 4.26). 

A mulher está “vestida o sol”. Ela é totalmente radiante. “Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol...” Ct 6.10-12). Seus pés sobre a lua sugerem domínio. As “doze estrelas na cabeça” são provavelmente evocativas tanto das doze tribos de Israel , como simbolismo dos doze apóstolos, na Nova Aliança.

A mulher está gravida: “Achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar a luz” (v.2). Essa expressão “dores de parto” não se refere ás dores que o próprio Messias sofreu, e sim as dores que a comunidade messiânica sofreu quando o Messias nasceu (Is 26.17). Portanto, o que temos nesses versículos iniciais é o verdadeiro Israel, em uma agonia de sofrimento e expectativa quando se aproxima o nascimento do Messias.

2)    Segundo sinal no céu: Dragão 

O segundo espetáculo é um enorme dragão vermelho (v.3). QUEM É? “A antiga serpente, que se chama diabo e satanás, o sedutor de todo mundo” (v.9 ver Gn 3.1,15). Dragão, Leviatã, monstro do abismo – esses são símbolos padrões para designar todos os que, se opõem a Deus, e, as vezes, o próprio diabo. “Dragão vermelho” (v.3), quase certamente um símbolo de sangue, de seu caráter homicida, recordando as palavras de Jesus: “Ele foi homicida desde o princípio” (Jo 8.44). Por causa da obra de Satanás, toda raça humana morreu. 

O dragão tinha “sete cabeças” – sete é completo, perfeito – (v.3), “dez chifres” – completude – e “sete diademas”. A “sete cabeças” refere-se à universalidade do seu poder; ele seduz “todo mundo” (v.9). “Dez Chifres” é uma expressão para reis ou reinos: poder apavorante e autoridade real. “Diademas” é autoridade usurpada e arrogada contra aquele que, de fato “há de reger todas as nações com cetro de ferro” (Ap. 12.5).

A cauda do dragão, informa-nos o texto, “arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra”. Isso revela a essência do dragão, seu coração. Quando as coisas vão bem, as colinas dançam, e as arvores batem palmas “os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as arvores do campo baterão palmas” (Is 55.12). Agora, quando as coisas vão mal, as estrelas caem do céu, e a natureza entra em desordem. Satanás está para tentar algo que é totalmente catastrófico, por isso sua cauda gira e um terço do universo entra em colapso.

 O que ele está tentando fazer?

A cena é grotesca. “O dragão agachou-se diante da mulher em trabalho de parto, pronto para devorar o filho, assim que nascesse” (v.4). O primeiro banho de sangue no tempo de Jesus aconteceu na pequena vila de Belém “Herodes mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo” (Mt 2.16). José, porém, é advertido por Deus, em sonho, e fugiu para o Egito.

Então, o menino é transportado para Deus e a mulher foge para o deserto e ali permanece por 1260 dias. “O menino foi arrebatado para Deus e para o seu trono”. Expressa o ministério de Jesus: nascimento, morte e ressureição e ascensão.

A MULHER FOI PARA O DESERTO. O deserto foi o lugar em que o povo de Deus caminhou por quarenta anos. Lugar de provação, dificuldades, tentação e juízo. Deus realizou milagres maravilhosos no deserto: água procedente de uma rocha, a provisão do maná e de codornas, a preservação das sandálias e roupas e, as colunas de nuvem e de fogo. Foi um tempo de intimidade, namoro e conquista do povo com o seu Deus. Em Oséias 2.14, quando o povo está novamente traindo-o e cometendo adultério espiritual, Deus lhe diz: “portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração”. 


“...ali permaneceu por 1260 dias”. Em Israel, o período de tempo correspondia a poder mítico era três anos e meio. Ou, quarenta e dois meses, 1260 dias, três anos e meio e um tempo. No ano de 167 a.C, Antioco Epifânio, era rei de toda a Siria e Palestina. Ele acabou com todas as formas de culto, sacrificou porco no templo, proibiu a circuncisão e a guarda do sábado e ninguém podia possuir uma cópia do Antigo Testamento. Mas, depois de “TRES ANOS E MEIO” de conflito sangrento, Israel tornou-se independente. Essa mulher foge para o deserto e enfrenta oposição provas e tribulação por um período limitado de tempo. “Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo” (Mt 24.22).

3)    A derrota de Satanás
Jesus em seu ministério afirmou: “Eu vi Satanás caindo do céu como um relâmpago” (Lc 10.18). De modo semelhante, lemos em apocalipse: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo mundo, sim, foi atirado para a terram em com ele, os seus anjos” (V.9). Satanás está vencido em principio isso aconteceu na cruz, na ressurreição e na exaltação de Jesus, no alvorecer do reino de Deus. “Na cruz, ele desapossou todos os tiranos espirituais do universo e de sua autoridade falsa e os obrigou a marchar humilhados pelas ruas”  (Cl 2.15, versão A Mensagem). 


Quando Satanás foi atirado para a terra (v.9), João ouviu “GRANDE VOZ DO CÉU, PROCLAMANDO: AGORA, VEIO A SALVAÇÃO, O PODER, O REINO DO NOSSO DEUS E A AUTORIDADE DO SEU CRISTO” (V.10). Satanás foi expulso do céu. Ele não tem mais lugar na presença de Deus. Ele não pode mais trazer acusações contra irmãos, “pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus” (v.10). Agora, Satanás está limitado à terra e perdeu seu acesso à presença de Deus.

Então, ele volta toda a sua ira e vingança contra a mulher: “quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão (v.13). Satanás está “cheio de ira, sabendo que pouco tempo lhe resta” (v.12). Ele sabe que, em princípio, está acabado.

Mas, “foram dadas à mulher as duas asas de grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar”. No deserto ela é sustentada por Deus. Mas a serpente é perseverante: “E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar” (v.15). Mas, Deus não é vencido “A terra, porém, socorreu a mulher; a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca” (v.16).

Isso significa que o diabo desiste? Não, ele fica mais enraivecido – “irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus” (v.17).

Conclusão: Como os cristãos vencem a ira satânica (vs. 10,11).
Primeiro, venceram por causa do sangue do cordeiro (v.11)
Segundo, venceram pela palavra de seu testemunho (v.11)
Terceiro, venceram por não amarem a vida mesmo em face da morte (v.11).