terça-feira, 9 de julho de 2019


Olha o Mar Vermelho! Ex 14.1-14



Quem já não ouviu ou vivenciou termos como: “estar num aperto”, “passando pelo funil”, “passando pelo olho do furacão”, “entre a cruz e a espada” ou “crises que testam a alma dos homens” revelam situações que acontecem na vida de todo cristão.  Ou você está no topo da montanha, onde tudo está bem; ou no meio da montanha, onde há normalidade e algumas lutas esporádicas; ou você está no vale – em meio a uma intensa luta –. É assim que estavam os israelitas.

1)    A situação do povo de Israel
“...Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do Mar Vermelho” (Ex 13.18). “DEUS FEZ O POVO RODEAR PELO CAMINHO...” Ou seja, o povo estava sendo guiado por Deus. Ele sabia que o povo precisava da EXPERIENCIA do Mar Vermelho para aprender algumas lições importantes. Veja o que está escrito em Ex 13:21-22: “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” 


“O Senhor ia adiante deles”. Quando a nuvem avançava, eles avançavam. Quando ela ia para a direita, eles também iam. Quando ia para a esquerda, eles a acompanhavam. Quando parava, paravam. A noite, quando a novem não podia ser vista, Deus transformavam numa coluna de fogo. De dia ou de noite, tudo o que tinham a fazer era erguer os olhos e lá estava a presença indiscutível de Deus.

Então, o Eterno disse a Moisés: Diga aos israelitas que mudem de direção e acampem em PI-HAIROTE, ENTRE MIGDOL E O MAR VERMELHO. Mantém acampamento à beira-mar, em frente a Baal-Zefom” (vs. 1 e 2).  O povo de Israel havia morado em Remessés. Quando foram libertados por Deus, depois da noite da Páscoa, o povo saiu de Ramessés e viajou para o sul, chegando a Etã. E ali acampou. Foi nesse local que o Senhor falou a Moisés: “Voltem, repitam todos os passos que acabaram de dar, regressem a Baal-Zefom”.   


O que chama a atenção é que Baal-Zefom formava um perfeito beco sem saída geográfico, uma rua sem saída. Ao norte, ficavam algumas fortalezas egípcias , impossível passar por elas. Ao sul, o vasto deserto de Mizraim, nada seguro. Ao Oeste Ramessés, o povo tinha acabado de vir de lá. Ao leste, o grande Mar Vermelho.

2) E, agora?
“Vão a Baal-Zefom”. Em termos militares, era o ponto mais vulnerável de todos. Seria como entrar numa rua sem saída ao ser perseguido por um carro cheio de bandidos. Seria decisão mais insensata do mundo.

Mas, Deus tem os seus caminhos: “O Faraó vai pensar que os israelitas estão andando sem rumo, perdidos no deserto. Então Faraó pensará: Ah, eles estão indo para o Norte, para Baal-Zefom. Vou emboscá-los ali! Essa, Moisés, é a armadilha na qual Faraó vai cair” (Ex 14.5-8).

De repente, o povo ouve ruídos distantes, uma nuvem de poeira no ar. São cavalos e carros do Egito! Os boatos correm depressa: “Faraó está chegando, vai haver um genocídio! E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito” (v.10). OS HEBREUS NÃO FICARAM APENAS COM MEDO, FICARAM COM MUITO MEDO. “Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor” (v.10).

Pergunta: Como reagimos diante do medo? Primeiro, e estamos em contato com Deus, clamamos. Segundo, se o alivio não surge imediatamente, começamos a procurar alguém para culpar. “Disseram a Moisés: Será por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Porque nos trataste assim, fazendo sair do Egito? (v.11). E, mais: “Deixe-nos em paz aqui no Egito. É melhor ser escravo no Egito que cadáver no deserto” (v.12).

3)    Não temais!
Tem um ditado que diz: “Deus ajuda aos que se ajudam”. Ditado, não está na Bíblia. Mas, o correto é: Não, Deus ajuda os indefesos! É quando clamamos “Meu Deus, me ajude”! E Deus responde: “Vou ajudar você, largue a corda”. “Não temas” (v.13). Mas o povo estava apavorado. Moisés, se coloca no meio da multidão, mais uma vez, com um segundo conselho: “Aquietai-vos”. E, mais um conselho: “Vede”. E, o quarto conselho: “O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis” (Vs. 13-14). 



Como agimos? Primeiro, temos medo (Elias). Segundo, fugimos. Terceiro, lutamos. Quarto, contamos a todos. Mas o conselho de Deus é justamente o oposto. NÃO TENHA MEDO. AQUIETE-SE. OBSERVE A AÇÃO DELE. MANTENHAM-SE QUIETO. É ENTÃO QUE ELE AGE.  

4)    Quando Deus age

Primeiro, o Senhor disse a Moises que avançasse (v.15).


Segundo, Ele mudou a nuvem da frente para trás deles (v.19), porque Deus fez isso (v.20)? A nuvem se movia da frente para trás dos hebreus, separando-os dos egípcios, como também impediu que os hebreus olhassem para trás e tremessem de medo.

Terceiro, Ele abriu caminho no mar (v.20), o vento oriental fez secar a lama do mar e o povo atravessou em seco.

Quarto, Ele criou confusão entre os egípcios (VS. 24-25). O V.30 nos conta que posteriormente os hebreus passearam pela praia e “Israel viu os egípcios mortos na praia do mar”. Note que a Biblia não diz que os israelitas mataram um único homem.  



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