“Mas enchei-vos do Espírito” Ef 5.18
Introdução
O vinho – o álcool não é um estimulante, é um depressivo. Pois
deprime primeira e principalmente os centros mais altos de todo o cérebro.
Controlam tudo quanto dá ao homem autocontrole, sabedoria, entendimento,
discriminação, julgamento, equilíbrio, e poder para analisar tudo. O resultado
da embriagues é a dissolução. As pessoas que estão bêbadas entregam-se a ações
desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Resultados da embriagues:
A embriagues esbanja, sim! Esbanja o nosso tempo, esbanja nossa energia, esbanja nossa pureza, esbanja nossa capacidade de raciocionar, de calcular, de compreender e perdemos todo o equilíbrio. Jogamos pela janela as coisas mais preciosas da vida...
A embriagues sempre empobrece. O pobre bêbado vem sem nada,
olha novamente para o filho pródigo. Lá estava ele, coitado: o dinheiro tinha
acabado, tudo tinha desaparecido, e ele estava tentando conservar-se vivo
comendo bolotas que eram dadas para alimentar os porcos “E ninguém lhe dava
nada”. Ele não possuía absolutamente nada.
Já o que o Espírito faz, porém, é exatamente o oposto. O
Espirito Santo é estimulante, estimula todas as faculdades...a mente e o
intelecto... o coração... e a vontade. A Plenitude do Espirito Santo nos torna
mais humanos, pois nos torna como Cristo.
1)
Por
quê ser cheio do Espirito Santo?
“Agora”, diz o apostolo, “Voces devem encher-se, não de vinho,
mas do Espírito, para vencer todas as dificuldades da vida”. Que dificuldades? Uma
das primeiras é de harmonizar-se uns com os outros: “sujeitai-vos uns aos
outros no temor de Deus” (Ef 5.21).
Depois ele vai pra dentro de casa, relacionamento entre marido e esposa Ef. 5-22-32). Por quê existem tantas dificuldades no relacionamento conjugal? Por quê o numero de divórcios crescem assustadoramente? A resposta do apostolo é que só há um meio, e é o seguinte: que os homens e as mulheres se encham do Espirito Santo!
Em seguida o apostolo passa para o relacionamento de pais e
filhos. Parece que o apostolo está escrevendo para os nossos dias! Porque este
é um dos nossos maiores conflitos, como todos nós sabemos – delinquência juvenil
(o jovem indo para o caminho dos vícios e do tráfico); ideologias mundanas,
como a de gênero; falta de autoridade dos pais na criação dos filhos, etc. E a
resposta do apostolo é que só há um meio, e é o seguinte: que pais e filhos se
encham do Espírito Santo!
Este é o único meio pelo qual as dificuldades são resolvidas,
em todos os aspectos da vida. Quando o assistente de Martinho Lutero adoeceu, o
reformador orou por cura de forma audaciosa: “Implorei ao Todo-Poderoso com
grande vigor. Ataquei-o com suas próprias armas, citando das escrituras todas
as promessas que conseguia lembrar, segundo as quais as orações devem ser
respondidas, e disse-lhe que ele precisa conceder-me o meu pedido se quisesse
que continuasse a crer em suas promessas”.
Quando John Wesley estava atravessando o Atlantico, surgiram
ventos contrários. Ele estava lendo em seu gabinete, quando percebeu certa confusão
a bordo do navio. Quando soube que os ventos estavam desviando a embarcação de
seu curso, ele respondeu em oração. O vento se acalmou e o navio continuou seu
curso.
2)
Quando
estamos cheios do Espírito
Ajuntamento. “Falando entre si com Salmos, hinos e cânticos espirituais...” (Ef 5.19). A referencia diz respeito a comunhão cristã, o momento de reunião dos santos. O Salmista falando dos santos, afirma: “Quanto aos fiéis que há na terra, eles é são os notáveis em que está todo o meu prazer” (Sl 16.3). Em Atos fala sobre o culto da igreja primitiva: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (Atos 2.42). “Salmos, hinos e cânticos espirituais...”, quando nos reunimos temos Salmos, hinos e cânticos espirituais... é uma comunhão com Deus e com os santos.
Adoração. “...cantando e louvando de coração ao Senhor” (Ef 5.19).
A essência de tudo tem que ser de “...coração”. Joel admoesta o povo de Deus: “...voltem-se
para mim de todo o coração... rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se
para o Senhor...pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio
de amor...” (Jl 2.12-13). Jesus chamou a atenção dos religiosos: “Este povo me
honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt 15.8). Paulo
exorta: “...cantai salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com
gratidão no coração” (Cl 3.16).
“De coração” refere-se à sinceridade ou à interioridade do louvor cristão autentico “fazendo musica no coração, destinada aos ouvidos de Deus”. Os cristãos cheios do Espirito Santo têm um cântico de alegria no coração, e o culto publico cheio do Espírito. É uma celebração jubilosa, alegre dos atos poderosos de Deus.
Gratidão. “Dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20). Hoje presenciamos muito no seio da igreja o “espírito de buscapé” que retrata o famoso desenho animado de uma família de ursos bem caipiras. O Zé buscapé vivia sempre resmungando; como o povo de Israel que pereceu no deserto. Mas, o crente cheio do Espirito Santo, no entanto, está cheio, não de queixas mas, sim e ações de graças.
Aqui, no versículo 20, vemos a da trindade que direciona
nossa devoção. Quando estamos cheios do Espirito Santo, damos graças ao Nosso
Deus e Pai por todas as coisas recebidas, outorgadas a nós, coisas pequenas e
coisas grandes, e em Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. No terceiro capitulo em
sua oração aos irmãos de Efésios, Paulo cita também a trindade: “...ajoelho-me
diante do Pai...por meio do seu Espírito...para que Cristo habite em vossos
corações mediante a fé...” (Ef 3.14-17).
Submissão. “Sujeitando-vos uns aos outros, por temor a Cristo” (Ef 5.21). Infelizmente, tem gente que se diz ser cheio do Espirito Santo, é batizada no Espirito Santo, vai no monte (no vale e se acha super espiritual) no entanto, é agressiva, arrogante e não se submete à autoridade. O Espírito Santo, contudo, é um espirito de humildade, de hierarquia, de sujeição, e aqueles, que receberam a sua plenitude sempre revelam a meiguice e a mansidão de Cristo.
Aqueles que estão verdadeiramente sujeitos a Jesus Cristo não
acham dificuldade em submeter-se uns aos outros. Paulo acrescenta que o ato
submeter está alicerçado “no temor de Cristo”.
Conclusão: O verbo “enchei-vos” está em quatro modos:
Primeiro, está no modo imperativo. Portanto, “enchei-vos” não
é uma proposta alternativa mas, sim, um mandamento autoritário. Ser cheio do
Espirito é obrigatório, não é opcional “Pois
a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe,
para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar” (At 2.39).
Terceiro, está na voz passiva. O sentido é “deixai o Espirito
Santo encher-vos”. Portanto, o que é essencial é evitar tudo quando entristeça
o Espirito Santo e dar vazão a Ele pela fé, acreditar que ele possa te encher,
sem nenhuma incredulidade.
Quarto, está no tempo presente. No grego há dois imperativos,
um que descreve uma ação única e um presente quando a ação é continua. Quando
Jesus disse: “Enchei dágua as talhas” (Jo 2.7), as talhas deviam ser enchidas
de uma só vez. Porém, quando Paulo diz: “Enchei-vos do Espirito”, o que subentende
que devemos continuar ficando cheios. Portanto, o ato de se encher do Espírito
Santo é continuo e acontece todas as vezes que buscamos a sua face.
Aos derrotados, Paulo diria: “Enchei-vos do Espirito, enchei-vos da sua presença, hoje é dia de se renovar, de se restaurar, de se fortalecer na presença dEle”. Aos vitoriosos, ele diria: “Continuai enchendo-vos do Espirito. Dai graça por tudo aquilo que vos deu até agora. Mas não digais que já chegaste ao alvo. Pois há mais, muito mais, ainda para vir...”
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