terça-feira, 16 de abril de 2019


A entronização do Rei – Ap. 5


Introdução: no capitulo 4 vimos:
A imagem de um trono: que significa que Deus é o Senhor, Ele reina absolutamente.

Vimos vinte e quatro anciãos: uma representação da totalidade da igreja, no Antigo e Novo Testamento. Todos estão vestidos com vestiduras brancas e tem coroas na cabeça.

Vimos os quatro seres viventes: são querubins que guardam a santidade de Deus e são representações da natureza criada. Um tem cabeça de homem, de boi, de águia e leão.

Vimos que trono tinha um aspecto “semelhante ao jaspe e sardônico”. E reluzia um arco-íris parecendo uma esmeralda: um simbolismo da graça de Deus. E, do trono saiam “...relâmpagos, vozes e trovões”: um simbolismo do juízo de Deus. E, “um mar de vidro, claro como o cristal”, simbolizando nossa entrada mística ao corpo de Cristo.

1)    O livro selado
“Vi um livro selado em forma de rolo na mão direita dAquele que está assentado no trono. Estava escrito dos dois lados e selado com sete selos”.

Um cristão do primeiro século entenderia o “LIVRO” como hoje entendemos a Bíblia. Era respeitado e valorizado. O povo de Deus acredita que ele fala, que mostra quem é e o que faz. Ele não é um Deus absconditus, é um Deus revelatus.  Ou seja, Deus tem prazer em revelar sua vontade para nós. 


Setecentos anos antes, Isaias lamentara que a visão estava selada e ninguém era digno de romper o selo (Is 29.11). O rolo selado indica o plano não revelado e não cumprido de Deus. Abrir aquele rolo, desatando seus selos, significa não somente revelar o plano de Deus, mas leva-lo a cabo. O numero sete significa completude. Aliás, neste capítulo temos “sete selos” (v.1); “sete chifres” (v.6); “sete olhos” (v.6); e “os sete Espíritos de Deus” (v.6).

“Vi também um anjo poderoso, chamando em voz alta, como um trovão: “HÁ ALGUÉM QUE POSSA ABRIR O LIVRO, QUE POSSA ROMPER SEUS SELOS”. Em Apocalipse 10.1, tem uma descrição desse anjo: “E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo...e pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra”. (vs. 1 e 2).

“NÃO HAVIA NINGUÉM – NINGUÉM NO CÉU...” NEM MIGUEL, GABRIEL, SERAFINS, QUERUBINS, ANJOS, ABRAÃO, MOISÉS, ELIAS, PAULO, PEDRO, MARIA... NIGUÉM FORA ENCONTRADO DIGNO DE ABIR O LIVRO E ROMPER SEUS SELOS.

“NÃO HAVIA NINGUÉM – NINGUÉM NA TERRA...”. Nenhum homem: Faraó, Nabudonosor, Ciro, Dario, Alexandre, o grande, Antioco Epifanio, Ptolomeu, Julio Cesar, Augusto, Nero, Domiciano, Madre Teresa de Calcutá, Fransciso Xavier, Dalai Lama,  etc. Porque são como  Belsazar: “Menê, Menê, Tekel, Uparsin”, são pesados na balança e achados em falta. NINGUÉM FORA ENCONTRADO DIGNO DE ABRIR E ROMPER SEUS SETE SELOS.

“NÃO HAVIA NINGUÉM – NINGUÉM DEBAIXO DA TERRA..”. “Ninguém no mundo inferior que pudesse abrir o livro, ou ao menos olhar para ele”. NINGUÉM NO INFERNO, NEM O DIABO, NEM OS DEMONIOS, NEM OS ESPÍRITOS ATORMENTADORES, FORAM ENCONTRADOS DIGNOS DE ABIR O LIVRO E DESATAR OS SETE SELOS.

“Não há ideologias, nem partido político, nem sistema econômico que possa realizar os sonhos e as esperanças do coração humano. Sozinha a humanidade não vai a lugar nenhum. Sozinho seu destino é o caos. Há uma impossibilidade radical de que o homem seja o senhor do seu próprio destino”.

HÁ UMA GRANDE DECEPÇÃO: JOÃO DIZ, “EU CHORAVA MUITO”. Quem irá abrir o livro e desatar os sete selos? O mundo não foi criado do acaso! A história não está a deriva! Há um Senhor? Há um criador? Há alguém capaz de abrir o livro e desatar os sete selos?

1)    Digno
“Não chores. Olhe – o leão da tribo de Judá, a raiz da arvore de Davi, venceu. Ele pode abrir o livro e romper os selos”. 


Vem a ele, então, um dos anciãos e lhe diz: “Não chores”. É isso, o que Jesus disse mais de uma vez durante seus dias na carne. Ele disse à viúva de Naim quando chorava a morte de seu filho; disse a família de Jairo, diante da morte da criança “Não chores”.
POR QUE JESUS É DIGNO DE ABIR O LIVRO E DESATAR OS SETE SELOS?

a)     Pela vitória sobre a morte e sobre todos os poderes  do mal “despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo” (Cl 2.15). Por causa de sua total obediência e fidelidade a Deus, é capaz de abrir o livro e desatar os sete selos.

b)    “Leão de Judá”. Esse titulo se remonta a benção final de Jacó a seus filhos, antes de sua morte. “Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se, deita-se como leão, e como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha siló, e a ele se congregarão os povos” (Gn 49.8,9).

c)     “Raiz de Davi”. Em Isaias 11 temos a profecia “Por que brotará um rebento do tronco de Jessé, e da suas raízes um renovo frutificará...Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor” (vs. 2,3, cf v.10).

d)    “Cordeiro”. Vemos as quatro criaturas formadas em circulo ao redor do trono, os vinte e quatro anciãos num circulo concêntrico mas mais amplo, e O CORDEIRO ENTRE OS DOIS CIRCULOS. Em João 1.29, João Batista chama Jesus “o cordeiro que tira o pecado do mundo”. Pedro diz que o sangue de Cristo é como o sangue de um cordeiro do sacrifício sem defeito nem mácula (1 Pe 1.19). Em Isaias 53, lemos que o servo é como um cordeiro que é levado ao matadouro (v.7).

Em todos estes casos a palavra em grego significa “cordeiro” é Amnós, enquanto que João utiliza ARNION. Porque o cordeiro ainda leva as marcas de ter sido sacrificado. É uma imagem de dor, sofrimento, humilhação e vergonha. É o sacrifício da cruz, onde o Filho de Deus fez a oferta de si mesmo em expiação pelos pecados de todos os homens. 



Mas, o cordeiro tem SETE CHIFRES E SETE OLHOS. No Antigo Testamento o chifre é um símbolo de poder, que não pode ser resistido. O cordeiro leva sobre si as marcas do sofrimento; mas ao mesmo tempo está revestido de todo poder (Mt 28.18). E, SETE OLHOS, a imagem tem sua origem em Zacarias. O profeta vê sete lâmpadas que são “os olhos do Senhor que percorrem toda a terra” (Zc 4.10). Não há lugar na terra que Deus não veja. 



Conclusão: louvor ao rei dos reis
O primeiro cântico se dirige a Cristo, o cordeiro de Deus. É cantado pelos quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos. “Cada um tinha uma harpa e uma taça... que são as orações dos santos”.

Digno! Recebe o livro, Abre os selos.
Imolado, pagando em sangue, tu compraste para Deus pessoas
De cada família e língua e cultura e raça.
Depois as fizeste sacerdotes do reino para nosso Deus.
Sacerdotes-reis, governarão a terra.

O Segundo cântico é cantado por uma multidão incontável e anjos – dez mil vezes dez mil vezes era o número deles, exaltando o cordeiro de Deus.

O cordeiro Imolado é digno!
Recebe o poder, a riqueza, a sabedoria,
A força, a honra, o poder, a benção!

O terceiro cântico é um ajuntamento de todas as criaturas, no céu e na terra e os anjos. Louvando a Deus e ao cordeiro.
Para aquele que está assentado no trono!
Para o cordeiro!
A benção, a honra, a glória, a força!
Pelos séculos após séculos após séculos.

Os quatro seres viventes disseram “amém, e os anciãos prostraram e adoraram” (v.14).


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