terça-feira, 28 de novembro de 2023

 Não chores  Ap 5 

Introdução

O capitulo quatro é como o cenário de um palco, mostra tudo o que você vê depois da “porta aberta no céu” (Ap 4.1). Uma realidade que transcende o nosso mundo, o mundo invisível de Deus é descortinado diante dos nossos olhos. 

O que você vê? Vejo um “trono no céu” (Ap 4.2), Deus está assentado nele. O que mais você vê? Toda a iluminação do palco “brilhava como pedras preciosas, jaspe e sardônico. Um arco-íris, com o brilho semelhante ao de esmeralda, circundava o trono” (Ap 4.3).

O que você vê? “...vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro...” (Ap 4.4).

O que você vê? “No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás” (Ap 4.6). E o que mais vê? “Cada um tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, o que era, que é e que há de vir” (Ap 4.8).

E o que mais você vê? Adoração, louvor, gloria, presença de Deus. Enquanto os quatro seres vivos viventes engrandecem a essência de Deus: “O que era, o que é, e o que há de vir”. Os vinte e quatro anciãos se dobram diante daquele que está assentado no trono e lançam suas coroas diante dele, dizendo: “Digno! Ó Senhor, sim! Nosso Deus, recebe a glória! A honra, o poder! Tu criaste tudo. Tudo o que existe é criado”

 2) Drama

Vimos o palco, agora o drama da salvação, o desenrolar da salvação humana. “Então vi na mão direita daquele que está assentado no trono um livro em forma de rolo, escrito em ambos os lados e selado com sete selos”. (Ap 5.1). Um livro selado com sete selos. Este linho continha o plano redentor de Deus e a história futura da criação de Deus. O livro detalha o juízo de Deus que inaugura o começo e o fim de todas as coisas e a eternidade. “Sete selos”: indicam a completude, focalizando a plenitude do plano divino...

“Vi um anjo poderoso, proclamando em alta voz: “Quem é digno de romper os selos e abrir o livro? Mas não havia ninguém nem na terra nem debaixo da terra, que pudesse abrir o livro, ou sequer olhar para ele” (Ap 5.3).

“Não havia ninguém, nem no céu...” nem anjos, nem serafins, nem querubins, nem Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Paulo, Maria...Ninguém fora achado no céu. “...ninguém fora achado digno na terra” nem políticos, nem empresários milionários ou bilionários, nem doutores, cientistas, papa da igreja católica. Porque todos são como o rei Belsazar: “Menê, Menê, Tequel, Uparsin, foram pesados na balança e achados em falta. “...nem debaixo da terra” ninguém no inferno, nem o diabo, nem os demônios, nem os espíritos atormentadores. 

Não há ideologias, nem partido político, nem sistema econômico que possa realizar os sonhos e as esperanças do coração humano. Sozinha a humanidade não vai a lugar nenhum. Sozinho seu destino é o caos. Há uma impossibilidade radical de que o homem seja o senhor do seu próprio destino.

“Eu chorava muito...” (Ap 5.4). A linguagem envolve uma profunda tristeza, um lamento por algo que não tem solução. “Quem irá abrir o livro e desatar os sete selos?” Essa linguagem envolve uma profunda tristeza, um lamento por algo que aparentemente não tem solução. Surge algumas perguntas: e quanto ao amanhã? E quanto a esperança? Não somos prisioneiros da esperança? (Zc 9.12)   

Será que tudo caminha para um caos? Para o esfacelamento da humanidade? E a soberania de Deus? E a vinda de Jesus? O apostolo Pedro sabendo dessas indagações, escreveu sobre o escárnio do ímpio: “O que aconteceu com a promessa da sua vinda? Ora, desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o principio da criação” (2 Pe 2.4).

“Então um dos anciãos me disse: Não chores! Eis que o leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (Ap 5.5). Ele é o “leão de Judá”. O leão é o rei, o leão é o nobre, é o que manda na floresta, o seu mugido assusta qualquer um. O poder monárquico estava vinculado a tribo de Judá. Ele é a “raiz de Davi”, vem da descendência do rei Davi, filho de Jessé. 

“Depois vi um cordeiro, que parecia ter estado morto, em pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos”. Um cordeiro?!? Por que não os animais maiores? Em vez de um general vitorioso, temos alguém que foi morto. Em vez de poder, gloria e sabedoria do império, temos a fraqueza, a vergonha e a loucura da cruz “...Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes” (1 co 1.27).

No capitulo quatro de apocalipse há uma tensão implícita. Temos o arco-íris esmeralda lembrando da misericórdia de Deus, de sua graça de nos acolher. Vimos também o cântico das criaturas no versículo 8: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, Aquele que era, que é e que há de vir”. Portanto, ele é três vezes santo, separado. Essa separação se resolve por meio do sacrifício do cordeiro de Deus em nosso favor (Ap 5.9-10).

“Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda terra” (Ap 5.6). “Sete chifres”, ou seja, ele tem toda força, ele é onipotente, Todo-Poderoso. “Sete olhos”, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda terra. Os sete olhos representam uma visão completa. Jesus detém o panorama total. Ele não perde nada. Ele entende todas as coisas. Seus olhos são “como chama de fogo”.

Ele veio e pegou o livro da mão direita de que estava assentado no trono”. Quando ele pega o livro e desata os sete selos fala da sua soberania, da sua grandeza, da sua majestade,  que Ele está assentado à direita de Deus. “É me dado todo poder no céu e na terra” (Mt 28.18). “...que tem a chave de Davi. O que ele abre ninguém pode fechar, e o que ele fecha ninguém pode abrir” (Ap 3.7). “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o principio e o fim” (Ap 22.13). “Eu sou o que vive; estive morto, mas eis que estou vivo por toda a eternidade! E possuo as chaves da morte e do inferno” (Ap 1.18). 

 Conclusão: louvor ao rei dos reis

O primeiro cântico se dirige a Cristo, o cordeiro de Deus. É cantado pelos quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos. “Cada um tinha uma harpa e uma taça... que são as orações dos santos”.

Digno! Recebe o livro, Abre os selos.

Imolado, pagando em sangue, tu compraste para Deus pessoas

De cada família e língua e cultura e raça.

Depois as fizeste sacerdotes do reino para nosso Deus.

Sacerdotes-reis, governarão a terra.

 O Segundo cântico é cantado por uma multidão incontável e anjos – dez mil vezes dez mil vezes era o número deles, exaltando o cordeiro de Deus.

O cordeiro Imolado é digno!

Recebe o poder, a riqueza, a sabedoria,

A força, a honra, o poder, a benção!

 O terceiro cântico é um ajuntamento de todas as criaturas, no céu e na terra e os anjos. Louvando a Deus e ao cordeiro.

Para aquele que está assentado no trono!

Para o cordeiro!

A benção, a honra, a glória, a força!

Pelos séculos após séculos após séculos.


 

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