Novos céus e Nova terra –
Apocalipse 21
Introdução:
Em
apocalipse 20, vimos o julgamento final de Satanás e o juízo final da
humanidade. Vimos sobre o Trono branco e aquele que estava assentado sobre ele.
Nada podia permanecer em sua presença: “...a terra e o céu fugiram da sua
presença...” Todos os mortos, grandes e pequenos, estavam ali diante do trono.
E, termina: “e todos os que que não tinham o nome escrito no livro da vida
foram lançados no lago de fogo”. (vs. 11-15).
1)
Quem não entrará no céu
Vão ficar de fora os que são
indiferentes ao evangelho (v.8). os covardes falam dos indecisos, daqueles que
temem o perigo e fogem das consequências de confessar o nome de Jesus.
Vão ficar de fora os incrédulos
que buscam outro caminho para a salvação e rejeitam a oferta gratuita do
evangelho.
Vão ficar de fora os que são
moralmente corrompidos. Os que perderam a vergonha, o pudor e se entregaram
abertamente ao pecado e aos vícios do mundo.
Vão ficar de fora os assassinos
que desrespeitam a sacralidade da vida e atentam contra o próximo para tirar a
vida. O aborto.
Vão ficar de fora os impuros que
cometem todo tipo de luxuria, de pecado sexual e perversão moral
Vão ficar de fora os feiticeiros
que vivem na prática da feitiçaria, ocultismo e espiritualismo. São aqueles que
invocam os mortos, os demônios, etc. são aqueles que creem que são dirigidos
por astros. E os que são viciados em drogas (farmakeia)
Vão ficar de fora os mentirosos
que falam e não cumprem. Falam uma coisa e fazem outra. São aqueles em que não
se pode confiar.
2) Céu
A última visão de João é o céu.
Não apresenta o fim, como seria de esperar, e sim um novo começo: “Então vi
novos céus e nova terra...” (v.2). A criação de Genesis, arruinada pelo pecado,
é restaurada na criação de apocalipse. Winston Churchill disse que a decadência
moral da Inglaterra era devido ao fato que os pregadores tinham deixado de
pregar sobre o céu e o inferno.
PORQUE PRECISAMOS SABER MAIS
SOBRE O CÉU? A) Jesus alerta para ajuntarmos tesouros no céu (Mt 6.20); b)
Paulo diz que devemos pensar no céu (Cl 3.1); c) a oração do Pai Nosso: “Seja
feita a tua vontade na terra como no céu” (Mt 6.10); d) o céu nos estimula à
santidade (2 Pe 3.14); e) o céu nos livra do peso da morte “Porque para mim o
viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fl 1.21).
3) A Nova Jerusalém
“...vi a cidade santa, a nova
Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o
seu marido” (v.2).
No apocalipse, o nome Jerusalém
ocorre somente aqui e em Apocalipse 3.12. É uma alusão não à capital de Israel,
mas à cidade espiritual de Deus. A cidade eterna não é somente o lar da noiva,
ela é a noiva. A cidade não são os edifícios, mas pessoas. A cidade é santa e
celestial. Ela desce do céu. Sua origem está no céu. Ela foi escolhida por
Deus. Diz Russel Shedd que tanto a noiva (Ap. 21.9) como a “cidade santa”
(21.2) são figuras para representar a igreja.
A Nova Jerusalém é bonita por
fora – ela reflete a glória de Deus (Ap. 21.11). Quando João
tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pode fazer foi falar em
termos de pedras preciosas, como quando tentou descrever a presença de Deus no
trono (Ap. 4.3). “E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma
pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como cristal resplandecente.
A nova Jerusalém tem 12 portas (v.12).
São as 12 tribos de Israel. São três
portas ao leste, três portas ao oeste, três portas ao sul e três portas ao
norte. Espantoso foi Deus ter decidido usar vidas humanas tão obstinadas e
destituídas de atrativos para formar a base da grande obra de salvação que
completou em Jesus. O pai dos 12, Jacó, depois Israel, tinha poucas qualidades
a recomendá-lo, e sua semente não melhorou em seus filhos. Encontramos
histórias de brutalidade, fraude, violência, abuso sexual e covardia. Contudo,
nessas vidas e através delas, Deus persistentemente trouxe salvação a
miseráveis que não mereciam ser salvos e revelou, assim, sua glória.
“Doze portas” fala da oportunidade de entrar
nesse glorioso e maravilhoso companheirismo com Deus. Venham de onde vierem, as
pessoas podem entrar. Os habitantes dessa cidade são aqueles que procedem de
toda tribo, povo, língua e nação”.
A Nova Jerusalém não é aberta a tudo. “Tinha
uma muralha grande a alta” (v.12). “...o muro tinha sessenta e cinco metros de
espessura...” (v.17).
A cidade tem uma grande e alta muralha.
A muralha fala de proteção, de segurança. Embora haja portas (21.13) e portas
abertas (21.25). O muro demarca a santidade de Deus (Ap. 21.10), separando o
puro do impuro (21.27). Deus é o muro de fogo que protege Sua igreja (Zc 2:5).
Aqueles que se mantém no seu pecado não podem entrar na Jerusalém celeste, mas
somente aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida (AP. 21.27).
A Nova Jerusalém está construída
sobre o fundamento da verdade (Ap. 21:14). A igreja está edificada
sobre o fundamento dos apóstolos (Ef 2.20). A pedra sobre a qual está edificada
não é Pedro nem nenhum papa. Jesus Cristo é o único fundamento da igreja (1 Co
3:11).
· Os fundamentos adornados de
pedras preciosas (AP. 21:18-21): Jaspe: uma pedra
translúcida de tonalidade esverdeada, capaz de refletir a luz. Safira:
azul celeste com mancha dourada; calcedônia: cobre azulado; A esmeralda: a
mais verde de todas as pedras; O sardônio: tinha o
aspecto do ônix branco como jaspe com vermelho e marrom; O sárdio: uma
cor vermelha escura; O crisólito: uma pedra
preciosa da cor do ouro; o berilo: azul
marinho ou verde-mar; O topázio: era uma
pedra transparente de cor verde-dourada; O crisópraso: verde-clara; O jacinto: azul
celeste; ametista: azul mais forte.
Não apenas existe luz, mas ela se refrata
em 12 cores. Pedras preciosas são preciosas devido sua capacidade de exibir o
espectro da luz. A luz chega até nós em uma fusão de cores.
A Nova Jerusalém tem espaço para
todos os remidos (Ap. 21:15-17). A cidade é quadrangular:
comprimento, largura e altura iguais. A cidade tem doze mil estádios, ou seja,
2.200 km de comprimento, de largura e altura. É uma cidade que vai de São Paulo
a Aracaju. Esses números simbolizam a simetria, a perfeição, a vastidão e a
totalidade ideais da Nova Jerusalém.
“Não existe bairros ricos e pobres nessa
cidade, toda a cidade é igual. Não há casebres nessa cidade. Existem, sim,
mansões, feitas não por mãos. Deus é o arquiteto e fundador dessa cidade. A
muralha da cidade mede 144 côvados, ou seja, 70 metros de altura. A medida da
cidade é um símbolo da sua majestade, magnificência, grandeza e suficiência”.
No céu não haverá dor (v.4), dor física,
moral, emocional, espiritual não vão entrar no céu. Não haverá mais sofrimento,
não haverá enfermidade, defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, decepção.
Não haverá mais lágrimas, não haverá mais choro, porque Deus enxugará dos
nossos olhos toda lágrima. Não haverá luto nem morte, no céu não há vestes
mortuárias, velórios, enterro, cemitério; no céu não há despedida.
João afirma que na cidade não
haverá noite (AP. 21.24). Não haverá escuridão “as nações andarão na sua luz”.
Suas portas jamais se fecharão, pois ali não haverá noite. No céu não haverá o
impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário