terça-feira, 17 de setembro de 2019


    Novos céus e Nova terra – Apocalipse 21

  Introdução:


      Em apocalipse 20, vimos o julgamento final de Satanás e o juízo final da humanidade. Vimos sobre o Trono branco e aquele que estava assentado sobre ele. Nada podia permanecer em sua presença: “...a terra e o céu fugiram da sua presença...” Todos os mortos, grandes e pequenos, estavam ali diante do trono. E, termina: “e todos os que que não tinham o nome escrito no livro da vida foram lançados no lago de fogo”. (vs. 11-15).

1)    Quem não entrará no céu
Vão ficar de fora os que são indiferentes ao evangelho (v.8). os covardes falam dos indecisos, daqueles que temem o perigo e fogem das consequências de confessar o nome de Jesus.
Vão ficar de fora os incrédulos que buscam outro caminho para a salvação e rejeitam a oferta gratuita do evangelho.
Vão ficar de fora os que são moralmente corrompidos. Os que perderam a vergonha, o pudor e se entregaram abertamente ao pecado e aos vícios do mundo.
Vão ficar de fora os assassinos que desrespeitam a sacralidade da vida e atentam contra o próximo para tirar a vida. O aborto.
Vão ficar de fora os impuros que cometem todo tipo de luxuria, de pecado sexual e perversão moral
Vão ficar de fora os feiticeiros que vivem na prática da feitiçaria, ocultismo e espiritualismo. São aqueles que invocam os mortos, os demônios, etc. são aqueles que creem que são dirigidos por astros. E os que são viciados em drogas (farmakeia)
Vão ficar de fora os mentirosos que falam e não cumprem. Falam uma coisa e fazem outra. São aqueles em que não se pode confiar.

2)    Céu
A última visão de João é o céu. Não apresenta o fim, como seria de esperar, e sim um novo começo: “Então vi novos céus e nova terra...” (v.2). A criação de Genesis, arruinada pelo pecado, é restaurada na criação de apocalipse. Winston Churchill disse que a decadência moral da Inglaterra era devido ao fato que os pregadores tinham deixado de pregar sobre o céu e o inferno.

PORQUE PRECISAMOS SABER MAIS SOBRE O CÉU? A) Jesus alerta para ajuntarmos tesouros no céu (Mt 6.20); b) Paulo diz que devemos pensar no céu (Cl 3.1); c) a oração do Pai Nosso: “Seja feita a tua vontade na terra como no céu” (Mt 6.10); d) o céu nos estimula à santidade (2 Pe 3.14); e) o céu nos livra do peso da morte “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fl 1.21).

3)      A Nova Jerusalém
“...vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (v.2). 



       No apocalipse, o nome Jerusalém ocorre somente aqui e em Apocalipse 3.12. É uma alusão não à capital de Israel, mas à cidade espiritual de Deus. A cidade eterna não é somente o lar da noiva, ela é a noiva. A cidade não são os edifícios, mas pessoas. A cidade é santa e celestial. Ela desce do céu. Sua origem está no céu. Ela foi escolhida por Deus. Diz Russel Shedd que tanto a noiva (Ap. 21.9) como a “cidade santa” (21.2) são figuras para representar a igreja.

       A Nova Jerusalém é bonita por fora – ela reflete a glória de Deus (Ap. 21.11).  Quando João tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pode fazer foi falar em termos de pedras preciosas, como quando tentou descrever a presença de Deus no trono (Ap. 4.3). “E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como cristal resplandecente.

       A nova Jerusalém tem 12 portas (v.12).
     São as 12 tribos de Israel.  São três portas ao leste, três portas ao oeste, três portas ao sul e três portas ao norte.  Espantoso foi Deus ter decidido usar vidas humanas tão obstinadas e destituídas de atrativos para formar a base da grande obra de salvação que completou em Jesus. O pai dos 12, Jacó, depois Israel, tinha poucas qualidades a recomendá-lo, e sua semente não melhorou em seus filhos. Encontramos histórias de brutalidade, fraude, violência, abuso sexual e covardia. Contudo, nessas vidas e através delas, Deus persistentemente trouxe salvação a miseráveis que não mereciam ser salvos e revelou, assim, sua glória. 

“Doze portas” fala da oportunidade de entrar nesse glorioso e maravilhoso companheirismo com Deus. Venham de onde vierem, as pessoas podem entrar. Os habitantes dessa cidade são aqueles que procedem de toda tribo, povo, língua e nação”.

           A Nova Jerusalém não é aberta a tudo.   “Tinha uma muralha grande a alta” (v.12). “...o muro tinha sessenta e cinco metros de espessura...” (v.17).
A cidade tem uma grande e alta muralha. A muralha fala de proteção, de segurança. Embora haja portas (21.13) e portas abertas (21.25). O muro demarca a santidade de Deus (Ap. 21.10), separando o puro do impuro (21.27). Deus é o muro de fogo que protege Sua igreja (Zc 2:5). Aqueles que se mantém no seu pecado não podem entrar na Jerusalém celeste, mas somente aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida (AP. 21.27).

      A Nova Jerusalém está construída sobre o fundamento da verdade (Ap. 21:14). A igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos (Ef 2.20). A pedra sobre a qual está edificada não é Pedro nem nenhum papa. Jesus Cristo é o único fundamento da igreja (1 Co 3:11).

·        Os fundamentos adornados de pedras preciosas (AP. 21:18-21): Jaspe: uma pedra translúcida de tonalidade esverdeada, capaz de refletir a luzSafira: azul celeste com mancha dourada; calcedôniacobre azulado; esmeraldaa mais verde de todas as pedras; O sardônio: tinha o aspecto do ônix branco como jaspe com vermelho e marrom; sárdiouma cor vermelha escura; crisólitouma pedra preciosa da cor do ouro; o beriloazul marinho ou verde-mar; topázioera uma pedra transparente de cor verde-dourada; O crisóprasoverde-clara; jacintoazul celeste; ametista: azul mais forte. 

     
      Não apenas existe luz, mas ela se refrata em 12 cores. Pedras preciosas são preciosas devido sua capacidade de exibir o espectro da luz. A luz chega até nós em uma fusão de cores.

         A Nova Jerusalém tem espaço para todos os remidos (Ap. 21:15-17). A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais. A cidade tem doze mil estádios, ou seja, 2.200 km de comprimento, de largura e altura. É uma cidade que vai de São Paulo a Aracaju. Esses números simbolizam a simetria, a perfeição, a vastidão e a totalidade ideais da Nova Jerusalém.

“Não existe bairros ricos e pobres nessa cidade, toda a cidade é igual. Não há casebres nessa cidade. Existem, sim, mansões, feitas não por mãos. Deus é o arquiteto e fundador dessa cidade. A muralha da cidade mede 144 côvados, ou seja, 70 metros de altura. A medida da cidade é um símbolo da sua majestade, magnificência, grandeza e suficiência”.

 Conclusão: o que não haverá no céu
No céu não haverá dor (v.4), dor física, moral, emocional, espiritual não vão entrar no céu. Não haverá mais sofrimento, não haverá enfermidade, defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, decepção. Não haverá mais lágrimas, não haverá mais choro, porque Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima. Não haverá luto nem morte, no céu não há vestes mortuárias, velórios, enterro, cemitério; no céu não há despedida. 


         João afirma que na cidade não haverá noite (AP. 21.24). Não haverá escuridão “as nações andarão na sua luz”. Suas portas jamais se fecharão, pois ali não haverá noite. No céu não haverá o impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso.



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