terça-feira, 3 de março de 2020


ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO SANTO - Ef. 5.5-21



Introdução: A certeza do julgamento (vs. 5-7).

“Sabei, pois, isto”, Paulo adverte, visto não haver dúvida alguma quanto a isto, “nenhum imoral, ou impuro...tem herança no reino de Cristo e de Deus”. A pessoa impura ou imoral é alguém que se entregou sem vergonha e sem arrependimento a este modo de vida, o avarento no sentido já definido, ou seja, guloso pelo sexo e idolatria: “Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem todo a impureza” (Ef 4.19). Tais pessoas, cuja impureza se tornou uma obsessão idolátrica não terão participação no reino perfeito de Deus e Cristo (v.5).

 “A obsessão pelo sexo sempre foi uma marca das civilizações decadentes”.  Nossa cultura ocidental é viciada no sexo. Por exemplo, o que aparece na televisão e nos outdoors costumava ser considerado pornografia. Uma pesquisa nos Estados Unidos afirma que “51% dos meninos e 32% das meninas viram pornografia antes dos 13 anos de idade”.

“Ninguém vos engane com palavras vãs dos falsos mestres”. Ou, palavras tolas, vazias, etc. Nos dias de Paulo, os gnósticos argumentavam que pecados no corpo podiam ser cometidos sem danos para a alma,  e com impunidade. Em nossos dias, há muitos enganadores no mundo, a até mesmo dentro da igreja. Ensinavam que Deus é por demais bondoso para condenar todos, e que todos acabarão chegando ao céu, independentemente do seu comportamento na terra. A verdade é que por estar coisas – IMORALIDADE, IMPUREZA, AVAREZA E IDOLATRIA – vem  ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

Portanto, Paulo, exorta: “Não sejais participantes com eles”. “NÃO PARTICIPEM DO QUE ESSAS PESSOAS FAZEM” Ou seja, não vos torneis, pois coparticipantes das suas ações. Se participarmos das suas práticas, pois, conforme Ló foi advertido em Sodoma, correremos o risco de participar da sua condenação. Nós que temos uma herança celestial, e que o Espírito Santo habita dentro de nós! Somos advertidos, sobre perdermos o nosso direito ao reino de Deus. “A IRA DE DEUS VIRÁ SOBRE OS QUE LHE DESOBEDECEREM” (V.6).

1)    O Fruto da luz (vs. 8-14)
O parágrafo todo faz uso do rico simbolismo das trevas e da luz, sendo que trevas representam a ignorância, e erro e o mal, ao passo que luz representa a verdade e a justiça (Ef 4.17,18). “...não vivam mais como os gentios, levados por pensamentos vazios e inúteis. A mente deles está mergulhada na escuridão. Andam sem rumo, alienado dá vida que Deus dá, pois são ignorantes e endurecem o coração para ele”. ANTES ERÁMOS ASSIM. “Pois antes éreis trevas, porém agora sois luz no Senhor”. Agora, nossas vidas, e não apenas o ambiente em que vivemos tinham sido transformados de trevas em luz. 



E ESTA TRANSFORMAÇÃO RADICAL TINHA ACONTECIDO NO SENHOR, PELA UNIÃO COM AQUELE QUE DECLARAVA SER A LUZ DO MUNDO (JO 8.12).

O que significa isso na prática? Significa uma vida irradiando toda bondade, e verdade, pois estas coisas são o fruto da luz. A exortação é não sejais cumplices nas obras infrutíferas das trevas. “NÃO PARTICIPEM DOS FEITOS INUTEIS DO MAL E DA ESCURIDÃO” (V.11). Assim, não devemos participar delas, antes, porém, no sentido positivo, reprovai-as, ou seja, desmascarando o que elas são, trazendo-as para a luz. Porque o que eles fazem em oculto, o só referir é vergonhoso.

Suas más intenções, porém, ficarão evidentes quando a luz brilhar sobre elas, pois a luz torna visíveis todas as coisas (vs. 13-14). As trevas ocultam as feias realidades do mal; a luz torna-a visíveis...a medida que a luz brilha, sua luz ilumina o mundo sombrio do pecado.

“Desperta, ó tu que dormes, levante-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”. O novo nascimento é nada menos do que nos despertamos do sono, ressuscitarmos dentre os mortos, e sermos trazidos das trevas para a luz de Cristo.

2)    A natureza da sabedoria (vs. 15-17)
“..vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios...”
Os cristãos são sábios, não néscios. “...Vede como andais”, nosso andar, nosso comportamento. Portanto, nosso andar não deve ser conforme o mundo, a carne e o diabo (Ef 2.1-3), ou como os pagãos (Ef 4.17). Pelo contrário, deve ser digno de vocação que recebemos de Deus em amor, e como filhos da luz (Ef. 5.8).

Tempo. As pessoas sábias tiram o maior proveito do seu tempo “Aproveitem o máximo todas as oportunidades nestes dias maus”. O tempo é um bem precioso. TODOS TEMOS A MESMA QUANTIDADE DE TEMPO À NOSSA DISPOSIÇÃO, COM SESSENTA MINUTOS POR HORA E VINTE E QUATRO POR DIA. NENHUM DE NÓS PODE ESTICAR O TEMPO (Mt 6.27). “Perdidas, ontem, nalgum lugar entre o nascer e o pôr do sol, duas horas de ouro, cada uma cravejada com sessenta minutos de diamante. Nenhuma recompensa é oferecida, pois foram-se para sempre”. 


Vontade de Deus. As pessoas sábias discernem a vontade de Deus “...mas procurai compreender qual a vontade do Senhor” (v.17). O próprio Jesus orou: “Não se faça a minha vontade, e, sim, a tua” (Lc 22.42) e nos ensinou a orar: “Faça-te a tua vontade, assim na terra como no céu”. Existe a vontade geral e a vontade especifica. A vontade geral diz respeito ao seu povo, e é a mesma para todos, ou seja, tornar-nos como Cristo. A vontade especifica diz respeito as particularidades de cada um de nós, por exemplo, nossa vida, nossa profissão, faculdade, casamento, filhos, etc.

3)    Plenitude do Espírito
“Não vos embriagueis com vinho, mas enchei-vos do Espírito”. O resultado da embriaguez é a dissolução. As pessoas que estão bêbadas entregam-se a ações desenfreadas, dissolutas e descontroladas. Se um excesso de álcool desumaniza e transforma um ser humano em fera, a plenitude do Espírito Santo nos torna mais humanos, pois nos torna como Cristo. Quatro resultados de estar cheios do Espírito:

a)     Comunhão: falando entre vós com salmos ... com hinos e cânticos espirituais (v.19).
b)    Adoração: entoando  louvando de coração ao Senhor (v.19).

c)     Gratidão: dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo (v.20).

d)    Submissão: sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo (v.21)

Conclusão: enchei-vos do Espírito

Em primeiro lugar, está no modo imperativo. “Enchei-vos” não é uma proposta alternativa mas, sim, um mandamento autoritário. Ser cheio é obrigatório, não é opcional.

Em segundo lugar, está na forma do plural. Noutras palavras, é endereçado à totalidade da comunidade.

Em terceiro lugar, está na voz passiva. O sentido é: deixai o Espírito encher-vos.

Em quarto lugar, está no tempo presente. A plenitude do Espírito Santo não é uma experiência de uma vez para sempre, mas um privilegio que deve ser continuamente renovado. 




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