terça-feira, 21 de maio de 2019


O sétimo selo – Ap. 8.6-13

Introdução:
Vimos que os selos (Ap 6) mostram o que vai acontecer na história até o retorno de Cristo, dando particular atenção ao que a igreja terá de sofrer. As trombetas, no entanto, descrevem o que vai acontecer na história até o retorno e Cristo, dando ênfase ao sofrimento pelo qual o mundo irá passar, como expressão da advertência de Deus.

Vimos, no capítulo 8.1-5, na abertura do sétimo selo “houve ABSOLUTO silencio nos céus por aproximadamente meia hora” (v.1). Um anjo se aproximou junto ao altar, portando um incensário de ouro; misturando o incensário com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. Consequência, vieram como respostas de orações “trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto”.

Observação: Nos sacrifícios feitos no tabernáculo pela manhã e à tarde, o cordeiro só podia ser colocado no altar e as trombetas só podiam tocar, depois que o sacerdote oferecia incenso no altar de ouro que ficava dentro do templo.

1)    A importância da trombeta – shofar (Nm 10.1)
De acordo com Números 10, as trombetas tinham três usos importantes: eram usadas para reunir o povo (Nm 10.1-8); eram usadas para anunciar uma guerra (Nm 10.9) e eram usadas para anunciar um tempo especial (Nm 10.10). A trombeta soou no Monte Sinai quando a lei foi dada (Ex 19.16-19) e também soou quando um rei foi ungido e colocado no templo (1 Rs 1.34-39). A segunda vinda de Cristo será anunciada pelo toque da trombeta de Deus (1 Ts 4.13-18). 



As quatro primeiras trombetas de apocalipse se distribuem sobre a terra, mar, rios e astros. Deus derruba o edifício cósmico, que ele próprio levantara. A terra está sendo demolida de fora para dentro, o telhado descoberto de cima para baixo e o chão abalado de baixo para cima.

As trombetas são semelhantes às pragas enviadas ao Egito. São dez: 1) aguas transformam em sangue; 2) rãs; 3) piolhos; 4) moscas; 5) pestilência; 6) úlceras; 7) granizo; 8) gafanhotos; 9) escuridão e 10) morte dos primogênitos.  As pragas no Egito foram a manifestação do juízo de Deus em resposta ao clamor do povo de Israel oprimido no cativeiro. A primeira trombeta relaciona-se à sétima praga – chuva de granizo caiu sobre os campos, homens, animais e plantas -. A segunda trombeta relaciona-se à primeira praga – O Nilo e todo ajuntamento de aguas tornaram-se em sangue. A terceira trombeta às aguas amargas; e a quarta trombeta relaciona-se à nona praga – a escuridão cobriu a terra do Egito por três dias. 



2)    As trombetas começam a tocar

a)     Primeira trombeta: terra
“Assim que a primeira trombeta soou, GRANIZO E FOGO MISTURADO COM SANGUE foram jogados na terra. A TERÇA parte da terra secou, um TERÇO das arvores e tudo que é verde queimou por completo”.

Esta trombeta é semelhante à sétima praga no Egito com uma chuva de pedra com fogo “grandes trovões e profusa quantidade de granizo, e raios caíram, incendiando a terra dos egípcios” (Ex 9.23).

Em vários países do Mediterrâneo circulam histórias de chuva com sangue. Uma delas aconteceu no sul da Itália em 1901. Os ventos do Saara recolhem uma areia muito fina, de cor vermelha, que abundam em certas partes desse deserto. Esta é levada pelo vento e descarregada sobre a terra novamente junto com a chuva, o qual adquire, uma tonalidade avermelhada parecida como a do sangue. 


A imagem é: cidades ardendo em chamas, pessoas se esvaindo em sangue, juízo, terremotos. A impressão é apavorante! Calamidades tais como terremotos (de Portugal em 1755), vulcões (Vesúvio, em Pompéia), Tsunamis fazem da mão pesada do Todo Poderoso e do seu método de castigar o pecado e de anunciar ao mundo que ele não pode perseguir o seu povo impunemente.

b)    A segunda trombeta: mar
“O segundo anjo tocou a trombeta. Algo como uma imensa montanha de fogo foi lançada no mar. Um terço do mar virou sangue, um terço das criaturas do mar morreu e um terço dos navios afundou”.

A segunda trombeta é semelhante a primeira praga no Egito quando as aguas do Nilo transformaram-se em sangue e os peixes morreram (Ex 7.14).  Aqui fala das espantosas calamidades marítimas, bem como todos os desastres que acontecem no mar. Esse juízo é mais severo que o primeiro. Pois aqui não só há dano na natureza, mas também danos materiais e, por inferência, de pessoas que viajam nessas embarcações. A pesca e a navegação são submetidas a uma tragédia; tanto o comercio como vidas estão sofrendo. São desastres ecológicos e econômicos de proporções gigantescas.

Em 17 de setembro de 1970 o cientista Jacques Costeau, depois de viajar mais de 2500 km em seu navio Calipso, afirmou: “40% dos seres vivos no mar desapareceram nos últimos 50 anos”, “mais de 1.000 espécies já foram extintas”. 

c)     A terceira trombeta: rios
O terceiro anjo tocou a trombeta. Uma imensa estrela, que parecia uma tocha, caiu do céu, secando um terço dos rios e um terço das fontes. O nome da estrela era absinto. Um TERÇO da agua se tornou amarga e muita gente morreu porque a agua estava envenenada”.

O absinto (intragável) é o nome genérico de um tipo de plantas que se conhecem, também como Artemísia; sua característica é a amargura. No auge do império Romano, uma tradição antes da corrida de bigas,  que era beber uma dose de absinto antes das corridas para lembrar aos competidores que a vitória tinha o seu lado amargo. 

O juízo agora é que a agua doce é transformada em agua amargosa, o contrário do que aconteceu em Mara (Ex 15.25). Estima-se que a maior dificuldade do século XXI não será de energia nem de petróleo, mas de agua potável. Em menos de 20 anos, a falta de agua poderá fazer com que Índia e Estados Unidos percam a totalidade de suas colheitas pela falta de agua potável, doce. 500 MILHÕES DE PESSOAS VIVEM SEM AGUA POTÁVEL. 


Pragas tem visitado o mundo, doenças tem provindo de rios e fontes poluídas. Olha o caso de Mariana e Brumadinho, aqueles dejetos minerais infestando os rios de agua potável! A ganancia do homem tem levado a natureza gemer, gritar, sacudir, um claro sinal do juízo divino sobre a humanidade (Rm 8.22).

“OS HOMENS REJEITAM A AGUA DA VIDA; ZOMBARAM DO SANGUE DE CRISTO; DERRAMARAM O SANGUE DOS SANTOS. E AGORA, O SEU SUPRIMENTO DE AGUA SE TRANSFORMOU EM SANGUE VENENOSO”.

d)    A quarta trombeta
“O quarto anjo tocou a trombeta. Um terço do sol, um terço da lua e um terço das estrelas foram atingidos. Perderam o terço do seu brilho: de dia e de noite, havia um terço de menos de luz”

Calamidades têm vindo à humanidade como resultado das coisas que ocorrem nos céus, meteoros caindo sobre a terra, eclipses, tempestades de areia, furacões, tornados e outras calamidades terríveis vindas do céu têm visitado a terra. Essas tragédias são trombetas de Deus alertando os homens a se arrependerem.

Conclusão:
João vê e ouve uma águia predizendo as calamidades mais terríveis que sobrevirão aos homens como resultado das últimas três trombetas. Em outras palavras ele estava dizendo: “Se vocês pensam que as coisas que já aconteceram são terríveis, simplesmente esperem, pois coisas piores virão”.

 Em grande voz a águia dizia: “Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar”. A tríplice repetição é ênfase superlativa. As últimas três trombetas são denominadas “Ais”, e isso demonstra que serão pragas extremamente severas 



Nenhum comentário:

Postar um comentário