Quando sangramos 1 Sm 4
Introdução
Em 2003, numa apresentação do mágico Roy em Las Vegas com
tigres brancos, a multidão encheu o espetáculo. Ele era mágico e ilusionista,
tinha várias apresentações e a ultima e a mais esperada seria com o tigre. O
tigre pesava mais de 180 kg, tinha um tamanho de 2 metros, era muito forte,
rápido, uma mordida forte e sua patada podia esmagar um crânio de uma vaca.
Chega o grande dia, depois de todas as apresentações, chegou
o grande numero – Roy e seu tigre branco -. Mas, de repente, algo de incomum
acontece, porque o tigre pega o ilusionista pelo pescoço e o arrasta até o
fundo do palco, depois volta pra sua cela. Muitos perguntavam: o que aconteceu?
Depois disso Roy ficou com muitas debilidades físicas....e o show e o
espetáculo acabou...
1)
Israel
e os filisteus
No inicio do capitulo 4, vemos uma guerra entre os filisteus
e o povo judeu. Eram tempos difíceis, tempos dos juízes, tempo sem rei, o povo
fazia o que queria. O Sumo sacerdote neste tempo era Eli e os seus dois filhos
– Hofni e Fineias – faziam o que queriam. Pegavam a melhor parte da carne e além
disso, se prostituiam com mulheres que iam ao tabernáculo.
Os israelitas foram para batalha lutar contra os filisteus e
acamparam em Ebenezer e os filisteus em Afeque. Israel sangrou, quatro mil
homens morreram nessa peleja. E quando voltaram perguntaram ao Senhor: “Por que
o Senhor deixou que os filisteus nos derrotassem? Por que o Senhor permitiu que
todos esses homens morressem? Por que o Senhor permite o sofrimento? O
patriarca Jó sofreu e sabia que o Senhor havia permitido.
Mas, quando lemos o livro do Pentateuco, temos serias
advertências quanto a desobediência e sua consequências. Se o povo rejeitasse o
seu Deus, virasse as costas para Deus, seguindo os deuses dos povos cananeus, o
Senhor iria disciplinar o seu povo, o Senhor iria sangrar o seu povo. E, agora,
vemos o povo de Israel sendo sangrado pelos filisteus.
Nessas horas, o povo deveria ter feito um auto exame para
saber porque havia perdido a batalha.
Então, pensaram: “Vamos a Siló buscar a arca da aliança do
Senhor, para que ele vá conosco e nos salve das mãos de nossos inimigos”. Arca
da aliança construída no deserto na época de Moises; continha dentro de si as
tabuas da aliança, dos dez mandamentos. Era um símbolo da shekina, da presença
do Senhor. Talvez o povo lembrou-se do que aconteceu em Jericó, quando os
sacerdotes levaram a arca no meio deles....e venceram a peleja....
No entanto, os judeus estavam usando a arca da aliança como
um talismã, numa tentativa de forçar a mão de Deus a dar vitória para eles.
Tentando manipular o Santo, o Justo, o indomável. E diziam: Vai dar certo
porque estamos levando a arca para o meio da guerra... Deus vai ter que nos dar
a vitória.
2)
A
arca no acampamento
No entanto, quando a arca de Deus chegou no meio do
acampamento houve uma gritaria tão alta que quase estremeceu o chão. A arca de
Deus está em nosso meio, viva, vamos vencer a guerra, Deus está conosco...vamos
lutar....eles tinham a certeza absoluta da vitória....vamos ganhar, Deus está
em nosso meio.
Quando os filisteus ouviram esses gritos temeram: o que são
esses gritos? É a arca da aliança está com eles no acampamento. Temeram, mas
tiveram coragem, sabiam que tinha que lutar, a liberdade deles estava em lutar
corajosamente.
A batalha começou e os filisteus venceram a peleja, matando
trinta mil homens israelitas. Não somente, Hofni e Finéias filhos de Eli, o
sacerdote, morreram! Não somente, mas a arca do Senhor foi tomada e levada
pelos filisteus....Deus conforme profetizou Samuel dizimaria a vida dos filhos
de Eli... Deus estava cumprindo a sua palavra...
3)
Icabode
Um benjamita correu a
linha de batalha até Siló, com roupas rasgadas e terra na cabeça, sinal de
humilhação, de calamidade nacional.
Entrou na cidade e contou a triste noticia e toda cidade começou a
gritar, afinal foram trinta mil homens mortos na peleja.
Eli perguntou para ele: o que significa esse tumulto? Eli
tinha noventa anos e oito anos de idade e foi juiz de Israel por quarenta anos.
O que aconteceu, meu filho? Ele respondeu: Israel fugiu dos Israelitas, e houve
uma grande matança entre os soldados. Também, os seus dois filhos, Hofni e
Finéas estão mortos, e a arca de Deus foi tomada. Eli quando ouviu que a arca
de Deus havia sido tomada, caiu da cadeira para trás, quebrou o pescoço e
morreu, imediatamente.
Para piorar a situação, sua nora, gravida e próxima ao parto,
quando ouviu a noticia de que a arca havia sido tomada, seu marido e sogro
morreram, entrou em trabalho de parto, deu a luz, mas não sobreviveu. Mas,
antes de morrer, sussurrou o nome do menino: Icabode! Foi-se a gloria de
Israel, não gloria, não presença, não shekina.
A profecia se cumpriu, o Senhor estava desvencilhando o seu
nome de Eli, Hofni e Finéias. Quanto a arca do Senhor, ele vai voltar. Deus é
soberano, Deus é o Senhor da história. Eli morreu, mas temos Samuel. DEUS
ESTAVA FAZENDO O SEU POVO SANGRAR, MAS ERA NECESSÁRIO.
Quanto a história do Tigre, de Roy, ainda não terminou.
Enquanto Roy estava sangrando no hospital, ele consegue suspirar algumas
palavras: Não machuque o tigre. Na verdade não foi um ataque, na hora Roy teve
um derrame cerebral e instintivamente o tigre pegou seu dono e o arrastou pelo
pescoço para o fundo do palco, aliviando o derrame e salvou a sua vida.
Na verdade, nos dias difíceis, nos dias que estamos
sangrando, nunca é um ataque, é um resgate. Deus está nos resgatando, nos
puxando...
Jesus sangrou na cruz, perante todos....todos pensaram que
era o fim ....icabode, mas era um resgate em nosso favor....Deus meu, Deus
meu....porque me desamparaste...era um resgaste.
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