domingo, 6 de julho de 2025

 Três profetas corajosos Ez 2.1-3 

Introdução

Vivemos tempos difíceis, tempos cabulosos, nebulosos. Temos que não existe mais o certo e o errado, mas tudo se inverteu. Tempo que não existe verdade absoluta, porque o que importa é a minha verdade, o meu corpo e as minhas regras; o meu pensamento; a minha maneira de agir e comportar. Diante disso, convidamos três profetas do Antigo Testamento para sentar conosco e nos falar um pouco de seu período.

1)    Ezequiel fala a uma congregação volúvel (Ez 2:1-3,6-7). 

O profeta Ezequias estava no exílio, junto com mais de dez mil judeus:  “Junto aos rios da Babilônia, nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião. Ali nos salgueros penduramos as nossas  harpas; ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: Cantem para nós uma das canções de Sião. Como poderíamos cantar as canções de Sião numa terra estrangeira” (SL 137:1-4).

         O chamado de Ezequiel exigia que se prestasse atenção a Deus, não às pessoas ao redor (2:1-3). “Filho do homem, fica em pé, porquanto desejo falar com voce...Atenta que o povo a quem Eu estou enviando é rebelde, obstinado, teimoso. Diga-lhe, pois: Assim diz o Senhor, o Soberano Deus”. Ez 2.1-3).

         A mensagem de Ezequiel deveria ser proclamada, quer as pessoas o ouvissem ou não (Ez 3:7-11). “eis que faço a tua testa tão forte quanto o diamante e mais resistente que a rocha mais dura” (Ez 3.9).

         Ezequiel deveria permanecer firme, independentemente da maneira como fosse tratado (33.30-33). “Quanto a voce, filho do homem, seus compatriotas estão conversando sobre voce junto aos muros e às portas das casas, dizendo uns aos outros: O meu povo vem a voce como costuma fazer, e se assentam para ouvir as suas palavras, mas não as põe em prática. Com a boca eles expressam devoção, mas o coração deles está ávido de ganhos injustos”

O   O povo diz: “fale o que eu quero ouvir, diga-me que sou legal. Apresente alguns princípios de autoajuda para que eu possa me sentir bem. Mas, pelo amor de Deus qualquer coisa, não fale do meu pecado. (Ez 33:30-31-33).

      “Voce é um simples entretenimento – um cantor popular com suas melancólicas canções e seu instrumento musical”. Eles consideram Ezequiel um orador eloqüente de voz agradável e excelente pronúncia. Contudo, depois dos aplausos, tudo voltava a ser como era antes. Esqueciam a mensagem; os pecados continuavam.

 

 2)    Amós adverte a respeito de uma fome vindoura .

      Um garoto do interior natural de TEcoa, cidade de Judá. Além de sua vocação de profeta, Amós também era pastor de ovelhas e plantador de sicômoros, qualidades que o tornavam um autentico caipira colhedor de figos .

      Quando Amazias, profeta do rei Jeroboão veio lhe confrontar, ele respondeu: “Eu não era profeta, não faço parte de nenhuma escola de profetas; sou apenas um criador de gado e faço colheitas de sicômoros, figos silvestres. Mas, Deus me chamou e me tirou do serviço junto ao rebanho e me ordenou: Vai agora! E profetiza a Israel, o meu povo”.

       Diante da perseguição Amós vira pra Amazias e lhe diz:  “voce precisa dizer ao rei que sua esposa em breve se tornará uma prostituta e todos os seus filhos serão mortos à espada”.

       Amos 8:11-12: Amós predisse a vinda de uma época em que a terra sentiria saudades dos grandes profetas de outrora, ansiando por uma voz poderosa da parte de Deus – ou seja, qualquer pessoa que defendesse a verdade de modo corajoso e politicamente incorreto. “...mandarei fome sobre toda a terra; não simplesmente a fome por comida, nem sede de água; mas a fome e a sede de ouvir e se alimentar da Palavra do Senhor. Os homens vaguearão de um mar a outro, do Norte ao Oriente, buscando a Palavra do Senhor, mas não lhes será possível encontrar”

         As pessoas anseiam por alimento para a alma, pelos nutrientes da Palavra de Deus; porém, não encontram esse sustento. Repito: há uma terrível escassez de alimento em nossa terra.

         Papa Leão X: “um porco selvagem está a pilhar a vinha de Deus” (Rm 16:17-18). Sempre existiram enganadores e impostores com sua esperteza e duplicidade, encrenqueiros que atacaram vários apóstolos e companheiros cristãos (Atos 20:28-31). Um inimigo implacável de Paulo era “Alexandre, o ferreiro” (2 Tm 4:14). O idoso apostolo João adverte que Diótrefes “gosta muito de ser o mais importante” (  3 Jo 9), um mandachuva na igreja.

       3)    Joel prediz um futuro promissor.

      O terceiro profeta é Joel que predisse uma fome terrível que aconteceria com o povo de Israel, uma praga de gafanhotos.    Todos os tipos possíveis de gafanhotos se puseram a destruir o solo: os que rastejam, os que migram, os que cortam e os que destroem. Joel escreveu a partir da fascinante perspectiva de Deus, referindo-se a esses insetos como “o meu grande exercito que enviei contra vocês” (Jl 2:25).

     No meio do julgamento Deus diz: “Fazei tocar a trombeta por toda Sião! Dai alerta no meu Santo Monte. Tremam todos os habitantes da terra, porque o dia do Senhor vem, e já está próximo” (Jl 2.1).

     Diante de tanta calamidade o que devemos fazer: “Agora, porém, diz o Senhor voltem-se para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto. Rasguem o coração e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, o seu Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor; arrepende-se, e não envia a desgraça”. (Jl 2.12-13).

      Conclusão

     Diante das profecias de Ezequiel que aponta nosso pecado, nossa vontade de viver a vida que vivemos, do jeito que vivemos. Diante do profeta Amós que diz que virá tempos que a Palavra de Deus será escassa, não achará em canto algum. E, por fim, diante do profeta Joel que fala de um tempo de assolação, de juízo, julgamento. E nos convida ao arrependimento o que vamos fazer?

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