Há feitiçaria contra o povo de Deus? Nm 23.19-26
Introdução
O livro de Numeros narra a saga do povo judeu no deserto do
Sinai, depois de quarenta anos o povo está quase chegando na terra prometida. Os
exércitos israelitas venceram os reis Seom e Ogue, agora estão quase acampados
nas terras de Moabe. Então, o rei Balaque, com medo, com receio, envia
emissários em busca de um velho profeta chamado Balaão, que residia na atual
Siria, fronteira com o rio Eufrates. E manda um recado: “Vem, portanto, eu
te suplico, e amaldiçoa por mim esse povo” (Nm 22.6). Depois de idas e
vindas, depois de uma jumenta falar, finalmente Balaão acompanhou os emissários
do rei Balaque.
1)
“amaldiçoa
esse povo”
Os moabitas montaram todo o ambiente para a maldição contra o
povo de Deus: subiram no Monte Balmote Baal, e edificaram sete altares e prepararam
sete novilhas e sete carneiros para sacrificar. Depois de todo o sacrifício, de
todo ritual, o velho profeta de Arã, virou-se para Balaque e os príncipes de
Edom e disse-lhes: “...como amaldiçoaria eu, aquele a quem Deus não
amaldiçoou?” (Nm 23.8). E mais: “Como posso pronunciar condenação sobre
aquele que o Senhor não quis condenar?”
Mas o rei Balaque não se contentou, levou o velho profeta no
topo do Monte Pisga, agora a visão do povo de Deus era panorâmica, dava pra ver
toda a nação de Israel e disse ao velho profeta: “Amaldiçoa-a por mim...”
Novamente levantou-se mais sete altares e ofereceu em
holocausto um novilho e um carneiro sobre cada altar, depois do sacrifício o Balaão
olhou para Balaque e seus príncipes e disse-lhes: “Deus não é homem para que
minta, nem filho do homem para que se arrependa. Acaso ele promete e deixa de
cumprir, afirma que faz e não realiza” (Nm 23.19). E diz mais: “Portanto,
recebi uma ordem para abençoar; e ele abençoou, e não posso mudar isso” (Nm
23.20).
Como assim? E os seus pecados? Mas o profeta respondeu: “Ele
não olhou para as ofensas de Jacó, nem para os erros encontrados em Israel! O
Eterno, o Deus de Israel, está com eles; o brado de aclamação do rei ressoa no
meio desse povo” (Nm 23.21). E finaliza afirmando: “Não há feitiçaria que tenha
poder contra Jacó, nem magia alguma contra Israel”.
Então chega, a terceira profecia de Balaão, desta vez em cima
do Monte Peor. Novamente edificaram sete altares e preparam sete touros e sete
carneiros. E de novo, o velho profeta, fala a Palavra de Deus: “Quão admiráveis
são as tuas tendas, ó Jacó! E famosas as tuas moradas, ó Israel! Como vales que
se estendem, como jardins que margeiam os rios, como plantas perfumadas e
medicinais que Yahweh plantou, como cedro junto às águas cristalinas” (Nm
24.6).
E termina dizendo: “Sejam abençoadas os que os abençoarem, e
amaldiçoadas os que os amaldiçoarem” (Nm 24.9).
Conclusão
Por fim, o velho profeta, chama Balaque ao seu lado e
profetiza o futuro do povo de Israel. “Eu vejo, mas não agora; eu avisto, mas
não de perto. Um rei, como uma estrela poderosa, surgirá de Jacó; um cetro se
levantará dentre os filhos de Israel. Ele esmagará a cabeça dos moabitas e aniquilará
todos os arrogantes...”
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