terça-feira, 3 de setembro de 2024

 Oração e mulheres 1 Tm 2.1-12 

Introdução

Estamos meditando sobre o tema: “a igreja que desejamos”. Na semana passada falamos sobre o que caracteriza uma igreja: onde o evangelho é pregado, onde o poder de Deus é manifestado, onde o Espirito de Deus se manifesta, onde existe convicção da salvação em Cristo Jesus e, por fim, onde damos testemunho da nossa vida a sociedade. Hoje, olharemos para o capitulo 2 de Timoteo, onde veremos a importância da oração na igreja e das mulheres.

1)     Oração

O apostolo Paulo inicia o capitulo com uma proposição: “Antes de tudo...”, ou “em primeiro lugar”, ou na versão do Eugene Peterson: “A primeira coisa que eu quero que você faça...” (a mensagem). “...recomendo que sejam feitas petições, orações, intercessões e ações de graça em favor de todos” (1 Tm 2.1). A oração tem que ser prioridade na vida do cristão, aliás, a oração lembra que Deus está no comando, não as pessoas, não os lideres políticos, mas Deus. E mais, o verbo está no presente, o que dá à ação uma qualidade contínua. 

O apostolo usou quatro termos distintos para delinear nossa comunicação com Deus. Súplica, é quando você apresenta a Deus uma necessidade “...inclina os ouvidos as minhas súplicas...” (Sl 86.6). Oração é uma disciplina espiritual, é o ato de falar com Deus, é comunhão, é relacionamento com Deus. Petição envolve fazer pedidos específicos a Deus. E, por fim, ação de graças, que é uma expressão de gratidão a Deus, louvor a Deus pelos seus beneficios. 


Portanto, Paulo rogou a Timóteo e à igreja em Éfeso para usar toda dimensão da oração – formal e informal – petição e agradecimento – em nome de todas as pessoas salvas e não salvas. Sim, a igreja tem que orar pelos nossos irmãos, mas também temos que orar pelos não salvos, nossos parentes, amigos, para que a graça do nosso Deus os alcances e sejam visitados pela salvação.

O apóstolo vai além “Em favor dos reis e de todos os que exercem autoridade...” (1 Tm 2.2). Esse não era um pedido fácil, já que a igreja estava sendo perseguida pelas autoridades. O império romano estava nas mãos de um líder insano, louco, chamado Nero. Ainda assim, o apostolo esperava que a igreja orasse por esses líderes, como orariam por um ente querido.

“Oremos sem cessar por todos os imperadores. Oramos por vida longa, segurança para o império, proteção para a casa imperial, exércitos valentes, senado fiel, povo virtuoso, descanso para o mundo, tudo que um imperador, como homem ou como César, possa querer” (Tertuliano, escrito durante o reinado de Sétimo Severo, um perseguidor brutal dos cristãos).

Por quê? Por que orar pelo bem-estar daqueles que lhe fariam mal? Paulo explica dois benefícios resultantes das nossas orações: libertação da perseguição (v.2) e a redenção do mundo (1 Tm 2.3,4). Então, por que devemos orar? “...para que tenhamos uma vida tranquila e pacifica, com toda piedade e dignidade” (v.2). E Paulo fala que nossa oração pelas autoridades é “bom e agradável perante Deus, nosso Salvador” (v.3).

E apostolo Paulo continua, nos dando a segunda razão das nossas orações:  “..que todos sejam salvos e conheçam a verdade”.  Quem é a verdade? Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). E, mais, o apostolo afirma que Jesus é o único “mediador” entres Deus e a humanidade: “...há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos” (1 Tm 2.5-6). Paulo está sendo categórico em afirmar que existe somente um mediador entre Deus e os homens, a saber, Jesus Cristo. O que ele fez? o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos. 

Por fim, como orar? Forme um hábito. Ore sempre, ore constantemente. Ore lavando louça, ore fazendo caminhada, ore no caminho do trabalho, mas não deixe de orar. Não estabeleça limites para Deus. Temos que orar sem cessar; temos que orar o tempo todo; temos que orar com confiança; temos que orar com fé; temos que orar em todos os lugares; temos que orar por todos assuntos “não andeis ansiosos por coisa alguma, pelo contrário, sejam todas as vossas petições declaradas na presença de Deus por meio de oração e súplicas com ações de graças” (Fl 4.6). Faça da sua oração sua primeira oração. Antes de falar com alguém, fale com Deus.

2)     E quanto as mulheres?

“...quero que as mulheres se vistam modestamente, com decência e discrição, não se adornando com tranças, nem ouro, nem pérolas, nem roupas caras...” (1 Tm 2.9). Ou, “...que as mulheres tenham discrição em sua aparência. Que usem roupas decentes e apropriadas, sem chamar a atenção pela maneira como arrumam o cabelo ou por usarem ouro, perolas ou roupas caras” (NVT). 

O apostolo Paulo usou três expressões gregas descritivas referentes à aparência das mulheres em público: vistam com decência, modéstia e discrição. Que pode se um “comportamento disciplinado”, ou “traje regular”. Então, para o apostolo, uma mulher cristã é livre para se vestir de acordo com sua época, de acordo com o estilo do dia, de acordo com o costume do lugar em que vive, mas com decência, modéstia e discrição.

Ou seja, “vestir com modéstia”, é vestir “com reverencia”, “com respeito”, ou “com reserva”. A idéia do termo grego é evitar qualquer maneira de se vestir que sugira apelo sensual ou disponibilidade sexual, ou chame atenção para o seu corpo. A palavra “discrição” significa “moderado”, “prudente”, “comedido” e “disciplinado”.

Está em alta uma nova moda, uma moda que chegou para destruir vidas e relacionamentos. É o “estilo periguete”. São roupas curtas extremamente curtas, é o corpo que sobressai em relação ao caráter. A moda gospel conta com peças segunda pele, decotes ousados, tomara que caia e blusinhas puxa-puxa: uma mão levantando pra louvar e a outra puxando a blusa para evitar que a barriga apareça. 



E, mais, o apostolo Paulo chama nossa atenção para três tendências especificas que não são imorais em si mesmas nem por si mesmas: cabelo trançado, joias caras, roupas caras. Ele usa a combinação para exemplificar um tipo de vaidade autocentrada que deprecia o tipo de beleza que o Senhor quer cultivar em todos os cristãos: o caráter piedoso expresso por meio das boas obras (1 Tm 2.10).

O apostolo não ataca a beleza externa nem desencoraja as mulheres de desfrutar sua beleza externa. Ele apenas esperava que as mulheres evitassem os extremos tolos e ostentosos que observamos tantas vezes ao nosso redor. O que ele disse era: “Em vez de dedicar incontáveis horas e somas exorbitantes para melhorar sua beleza externa, cultive a beleza interior. A beleza exterior desvanece; a beleza interior fica cada vez mais radiante com a idade.

  O exercício físico é de pouco proveito; a piedade, porém, para tudo é proveitosa, porque tem promessa da vida presente e da futura” (1 Tm 4.8).

Conclusão

Por fim, temos uma afirmação que para nossos dias causa um choque, um contraponto: “A mulher deve aprender em silêncio, com toda a sujeição.  Não permito que a mulher ensine, nem que tenha autoridade sobre o homem. Esteja, porém, em silêncio” (1 Tm 2.11-12).

A expressão “aprender em silencio” incorpora a ideia de permanecer mentalmente calmo, sem ansiedade. No entanto, o texto não fala de inferioridade. Jesus, em seu ministério equipou e treinou um pequeno grupo de homem para liderar a igreja, mas também discipulou muitas mulheres. O apostolo Paulo, lembra as contribuições relevantes de mulheres que ajudaram em seu ministério. O que Paulo ensina é que a liderança da igreja deve estar nas mãos dos homens.

No tempo da sinagoga, as mulheres não podiam ficar ao lado dos homens durante a adoração e a instrução. E as mulheres muçulmanas? Com todas proibições, não podem estudar, tem que usar a burca pelas ruas, escondendo seus rostos. E as mulheres da maçonaria? Não participam da mesma sala que os homens! Aqui, as mulheres estão cultuando com os homens, no mesmo recinto. Sentam ao lado de seus maridos para aprender.

Paulo nos diz em Galatas: Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa”.  (Gl 3.28-29). 



  

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