domingo, 15 de setembro de 2024

 O que é a escola dominical 


É o departamento mais importante da igreja, porque evangeliza enquanto ensina, cumprindo o ide de Jesus: “Ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos...ensinando-os a obedecer a tudo quanto vos tenho ordenado”. (Mt 28.19-20).

É, também, um ministério interpessoal, tendo como prioridade máxima levar o conhecimento das sagradas escrituras às crianças, adolescentes, jovens, adultos, famílias, etc.

Seus objetivos

Ganhar almas

Significa convencer o pecador através do evangelho de Cristo quanto à premente necessidade de o homem arrepender-se de seus pecados, e de aceitar o Filho de Deus como o seu único e suficiente salvador. Portanto, ganhar almas é o principal objetivo da escola dominical; antes de ser a principal agencia educadora da igreja, ela é uma agencia evangelizadora. A escola dominical que não evangeliza não é digna de ostentar tão significativo nome.

Dois tipos de igreja:

A igreja evangélica – é como uma represa de água pura; quem quiser da água pura e potável tem que subir a rampa para chegar até onde a água está reservada.

A igreja evangelística – também é como uma represa de água pura, mas tem tem encanamentos que levam a agua pura para toda comunidade às nações do mundo. Os encanamentos são os crentes cheios de amor e compaixão pelas almas piedosas.

Educar o ser humano na Palavra de Deus

Educar significa desenvolver a capacidade física, moral e espiritual do ser humano, tendo em vista o seu pleno desenvolvimento. Na escola dominical, educa implica formar o caráter do homem, consoante às demandas da Bíblia Sagrada, a fim de que ele tenha os atributos morais de Deus. “Toda Escritura é inspirada por Deus, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado em toda boa obra”. (2 Tm 3.16).

Desenvolver o caráter cristão

A missão da escola dominical é formar homens, mulheres e crianças piedosas. Escrevendo a Timoteo o apostolo Paulo exortou: “Exercita-te a ti mesmo na piedade” (1 Tm 4.7). A piedade não é algo instantâneo, advém do conhecimento sistemático da escritura. Você já ouviu algum crente dizer isso: “Não preciso de Escola Dominical”? Pois é, já tive esse desprazer. Porém, de todos que ouvi isso, alguns hoje já não se encontram mais nos caminhos do Senhor, e outros se encontram enfraquecidos na fé, vivendo um cristianismo raso e infrutífero.

Treinar obreiros

A escola dominical é uma eficiente oficina de obreiros. De suas classes saem os diáconos, presbíteros, evangelistas, pastores, missionários e os teólogos. 95% dos pastores e missionários foram, em algum tempo, alunos da escola dominical. Sem medo de errar, direi que ao pregador, músico, cantor ou obreiro que dissesse “eu não preciso de EBD”, a liderança da igreja deveria responder: “e esta igreja não precisa de você!”. Chega de gente querendo ocupar cadeira no púlpito para aparecer ou usar o microfone e se apresentar em cultos com a casa cheia, sem ter o mínimo interesse de aprender a Palavra de Deus junto de suas congregações.

A história da escola dominical

Era o ano de 1780, Robert Raikes, estava em sua casa escrevendo um editorial. Mas, os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele de seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vicio, da violência e do crime.

As crianças começavam trabalhar aos seis anos de idade. A carga horária era equivalente a uma jornada de 14 horas, pois começava às 5:00 horas da manhã e terminava às 19:00 horas da noite. Os salários eram insignificantes. O livros de Charles Dickens como “David Copperfield e Oliver Twist relatam os sofrimentos de crianças que moravam em orfanatos e viviam trabalhando, como escravos, nas fabricas de tecidos da Inglaterra.

Depoimento de Jonathan Downe ao Comitê Parlamentar sobre o Trabalho Infantil, 6 de junho de 1832: “Quando eu tinha sete anos fui trabalhar na fábrica do Sr. Marshalls na cidade de Shrewsbury. Se uma criança estava sonolenta, o inspetor tocava no ombro da criança e dizia: ‘venha aqui’. Em um canto no quarto havia uma cisterna cheia de água. Ele levantava o menino pelas pernas e imergia na cisterna. Depois do banho, ele mandava a criança de volta para o trabalho.”

Na cidade de Gloucester, onde morava Robert Raikes, era também um polo industrial com muitas fabricas de tecidos. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fabricas ao lado do seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Aos domingos, as crianças ficavam abandonadas nas ruas gritando, brigando e tirando o sossego de todo mundo, enquanto que os  pais ficavam bebendo nos bares, gastando todo dinheiro adquirido.

Naquela época não havia escolas publicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégios de famílias abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficavam sem estudar, trabalhavam todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.

Então, Roberto Raikes, no seu editorial começou a relatar histórias de crianças que trabalhavam nas fabricas e aos domingos não faziam nada. Propunha no seu editorial que as crianças tivessem aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática e religião, durante algumas horas de domingo.

As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã.

E, mais, havia algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes dominicais, vendo o efeito salutar que tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja como João Wesley, o fundador da igreja metodista, incorporaram a escola dominical, julgando ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Escritura.

Quatro anos após a fundação da escola dominical já tinha mais de 250 mil alunos e, quando robert Raikes faleceu em 1811, já havia na escola dominical 400 mil alunos matriculados.

E, para finalizar, no Brasil a escola dominical chegou em 1855, em Petropolis (RJ), com o jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sara Kalley, chegaram ao Brasil naquele ano, e logo instalou uma escola dominical para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855, somente cinco crianças participaram, mas Sarah contente com “pequenos começos” contou a história de Jonas, mais com gestos do que palavras, porque estava começando a aprender o português. Ela viu muitas crianças pelas ruas, e seu coração almejava ganha-las para Jesus.

 

 

 

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