domingo, 15 de dezembro de 2024

 Shadday o Deus que ama.  Uma adptação do Max Lucado. 

Havia uma terra muito distante que vivia um homem, que era muito sábio, muito forte, chamado Shadday. Como ele era? Era muito grande, alto, olhos azuis brilhantes e uma barba longa e cheia.

Shadday era muito feliz, alegre e contagiava a todos com sua felicidade. E quando ele falava, todos paravam para escutá-lo...todos, adultos e crianças paravam para escutar os seus ensinamentos. 


Ele havia feito um mundo maravilhoso, aliás, um mundo perfeito, todos eram encantados com o mundo criado por Shadday. As crianças podiam nadar nos rios, podiam subir nas arvores e pegar seus frutos...e em todo o lugar era diversão e alegria. 

E o mais importante: shadday sempre estava perto: o maior prazer de todos era desfrutar da presença de Shadday. Na presença dele não havia medo, pavor, mas somente alegria.

Aliás, Shadday conhecia todo mundo; conhecia cada um pelo seu nome, sabia tudo sobre eles...tudo, desde o nascimento até o que tinha acontecido na vida deles até aquele dia. Sim, ele conhecia cada um pelo nome, nada se ocultava dos olhos de Shadday.

Por exemplo, conhecia o amor de Lucia pelas pessoas, conhecia o medo e os temores de Orlando. Ele conhecia o coração bondoso de Renata; sabia da timidez de Maicon...e conhecia Paladim e sua curiosidade. Ele conversava com todos, havia em seu coração um grande amor para com todos, sem distinção.

Então, certo dia, Shadday começou a levantar um muro. Sim, um alto muro de pedra; ele foi levantado pedra sobre pedra...então que ficou muito alto, mais alto do que Shadday. Ele demorou dias para fazer esse muro, enquanto construía, não cantava...

Do lado de fora, havia uma floresta muito perigosa. Enquanto Shadday levantava o muro, ele sempre parava e examinava com atenção as sombras que ficavam do lado de fora, sim, do lado de fora. Do lado de fora, haviam espinhos cruéis, feras selvagens, cobras e abismos misteriosos enchiam a escuridão da floresta. AQUILO NÃO ERA UM LUGAR  BOM...

Do outro lado do muro é perigoso – ele falava em tom solene. Vocês foram feitos para viverem nesse paraiso, para desfrutar da minha presença e não para a terrível terra lá fora. Fiquem aqui, pois é seguro...

Algum tempo depois, um menino foi correndo ao encontro de Shadday. Ele estava muito agitado e preocupado.  Chegou correndo: _Shadday!

Ele respondeu: O que é Paladim?

Quase sem respirar, em frases interrompidas, o menino contou: “O muro...achei um buraco. É uma grande abertura, Senhor. E as mãos do menino se esticavam para mostrar o tamanho do buraco...alguém poderia passar por ele...

Shadday, pacientemente, puxou um banquinho e sentou-se. _Paladim, meu filho, eu sabia que seria voce! Diga-me, como você o achou? Ele respondeu: _Eu estava olhando ao longo do muro, procurando por....

“Buracos?”, perguntou Shadday! _Sim, respondeu Paladim – eu estava procurando buracos... _Assim voce poderia ver a floresta lá fora – disse shadday. _Sim, respondeu Paladim.

Ouça Paladim, disse Shadday, _as terras lá fora não são para voce ...é uma terra perigosa, selvagem, que lhe fará muito mal. Voce não foi feito para aquelas terras. Voce pode andar por aqui onde voce quiser. Mas se voce sair daqui, não achará o caminho de volta...

_Então voce vai tampar o buraco? – perguntou Paladim - _Não Paladim, eu deixei o buraco porque amo muito vocês. Eu quero que as pessoas fiquem porque elas querem ficar, não porque tem que ficar.

Paladim ficou muito confuso, parte dele desejava a segurança de Shadday enquanto que a outra parte o chamava em direção ao muro....

Então, ele começou a caminhar o mais rápido que podia, a principio sem rumo certo; mas, depois, em direção ao muro. Dizia consigo mesmo: _ não vou chegar perto demais, prometeu. Só vou dar uma olhadinha para dentro do muro...

Nessas horas algumas perguntas vieram: “Porque eu quero fazer o que Shadday não quer que eu faça? Por que sou tão curioso? É tão errado assim eu querer ver o outro lado do mundo?

Então, Paladim, começou atravessar o muro pela brecha até que saiu do outro lado da floresta.

Quando chegou do outro lado, viu flores cheirosas perfumando o amor. _Não vejo criatura assustadora, olhas as arvores tão cheias de galhos, que mal podia ver o céu...

Pela primeira vez, Paladim, acreditou que Shadday estava errado. Ele gostou da selva. Pensou consigo: _espera eu contar aos outros. Ele se virou para voltar através do buraco, mas o buraco havia desaparecido!

Paladim se desesperou, cadê o buraco do muro? Onde estaria a brecha? Correu para todos os lados mas não achou...

De repente, Paladim, ouviu um barulho esquisito na floresta, virou-se, mas não viu nada. Olhou para dentro da floresta, estava escura e ameaçadora...desesperadamente, Paladim, examinou o muro, mas ele não conseguiu subir, pois era muito alto.

Não havia caminho para casa...ele se lembrou das palavras de Shadday: “Se voce sair daqui, não achará o caminho de volta”. Os olhos de Paladim estavam arregalados de medo. Ele se desesperou...encolhido ali, solitário e assustado, lembrou-se de algo mais que Shadday sempre dizia: “Eu amor muito vocês”.

Pensou: _ ele me amaria o suficiente para vir me procurar? Ele me ouviria, se o chamasse?

Então, começou a gritar: _Shadday, Shadday! Me perdoe por não ter ouvido a sua voz! Por favor, venha me ajudar!

Do outro lado do muro, no jardim, Shadday, antes mesmo de Paladim terminar seu pedido de socorro, já estava a caminho para ajuda-lo. Ele abriu um outro buraco no muro, passou por ele, para resgatar Paladim da escuridão e da floresta amaldiçoada. 


 

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