terça-feira, 24 de setembro de 2024

 Passado e presente  2 Tm 1.8-18 

Introdução

Paulo está preso em Roma, na “prisão Mamertina”, uma prisão subterrânea, um calabouço. Ele está sofrendo maus tratos em um buraco úmido e infestado de ratos. As experiencias que enfrentamos na vida são provas de fogo e revela, ou traz à tona, o nosso melhor ou o nosso pior. No caso do apostolo, o melhor emergiu, não temos palavras de censura, mas vemos palavras de alegria, gratidão a Deus e louvor. 


1)     Fortaleça sua determinação

A mensagem de Paulo nesses versículos dos versos 8 ao 18, da sua segunda epistola, no capitulo 1, é: “fortaleça sua determinação”. Ou seja, Timóteo você precisa estar preparado para a dificuldade e o desânimo. O imperativo fortaleça sua determinação não diz respeito a recorrer ao seu poder (como se tivéssemos poder), mas um chamado solene e permitir que o Espirito de Deus opere por seu intermédio, realizando os propósitos de Deus, do modo de Deus, no tempo de Deus e para gloria de Deus. 

Vimos que o apostolo Paulo encorajou o jovem Timóteo a reanimar o dom de Deus: “Despertes o dom de Deus, ou reaviva, mantenha a chama acesa”. Por quê? “Deus não nos deu Espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (2 Tm 1.7). O termo “Espirito” estar em letra maiúscula, trata-se do Espirito Santo, que mora em nós, que vive em nós. Ele é o nosso comandante, ele é aquele que nos orienta, ele é aquele que testifica com o nosso espirito. Portanto, ele nos apresenta alguns passos importantes na vida cristã. 


Primeiro passo: “Não tenha vergonha do testemunho do Nosso Senhor” (2 Tm 1.8). O termo grego martyrion significa “testemunho”, ou “prova objetiva”. O “testemunho” de Cristo, ou seja, falar de sua vida (evangelho), seu ministério terreno, sua morte e sua ressurreição. Portanto, o evangelho conforme Paulo é: “...que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, apareceu a Pedro e depois aos doze...a mais de quinhentos irmãos...” (1 Cor 15. 4-6).  

O apostolo Paulo encoraja Timoteo a pregar, anunciar a verdade da promessa de Cristo com ousadia, a pregar a “desgraça” da cruz e o “absurdo” da ressurreição sem vergonha de encarar as pessoas. Além disso, convida o jovem Timóteo a se juntar a ele no sofrimento pelo evangelho “...suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus” (v.8); Paulo escrevia de uma masmorra, Timóteo desfrutava liberdade. Paulo enfrenta decapitação por causa do evangelho; Timóteo, seria afrontado pelos escarnecedores.

Passo 2: “Não tenha vergonha do povo de Deus”. Ou seja, diz o apostolo: “...não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele” (v.8). Alguns abandonaram o apostolo Paulo no meio do caminho, como: “...Himeneu e Alexandre” (1 Tm 1.20). “...Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica” (2 Tm 4.10). Não tenha vergonha de estar no meio do povo de Deus, não tenha vergonha de sofrer junto com o povo de Deus. O Salmista diz em tom de exultação: “Quanto aos fiéis que há na terra, eles é que são os notáveis em que está todo o meu prazer” (Sl 84. 3). 

Passo 3: Ancore sua vida na graça soberana do Senhor: “que nos salvou com uma santa vocação” (v.9).  Infelizmente, gostamos da graça, contanto que seja nos nossos termos. Queremos a graça sem humildade, queremos a graça sem sofrimento, queremos a graça, que traz felicidade e conforto no momento e da maneira que escolhemos. Queremos a graça aqui e agora, neste reino, bem como na vida por vir. Mas isso é graça?

Mas, o apostolo Paulo, via a graça, não provindo de nós mesmos, mas de Deus; via uma graça como um dom eterno que nos coloca em conflito com o sistema mundano de Satanás; via uma graça, não como um senso de merecimento, de grandeza, mas um livramento, uma libertação e, fomos trazidos para Deus. Por fim, a graça não é pelas obras, mas dada por Deus, desde os tempos eternos. 

Passo 4: a salvação nos concede imortalidade “Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho” (2 Tm 1.10). o que é imortalidade? É a certeza da vida eterna com Cristo. Sim, nosso corpo que é mortal se revestirá da imortalidade e nosso corpo que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade. Teremos uma novo corpo, viveremos na nova Jerusalém, essa é a nossa esperança.

2)     O apostolo e sua missão

Diz o apostolo Paulo: “Deste evangelho fui constituído pregador, apostolo e mestre” (2 Tm 1.11). “Fui constituído”, Deus que me chamou, Deus que apareceu na estrada de Damasco e me chamou para ser seu. “Pregador”, grego é Keryx, que é arauto, mensageiro e pregador. Depois é “apóstolos” que significa “alguém enviado”, era enviado para realizar a vontade daquele que o enviara. Mestre é “didaskala”, mestre, instrutor. Era uma pessoa instruída que transmite conhecimento para seus alunos. 


Por essa causa sofro, mas não me envergonho” (v.12).  Pensando que tem tanta gente se envergonhando do evangelho, abrindo da salvação eterna. Mas, pergunto: Por quê Paulo não se envergonha? “Porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu deposito até aquele dia” (2 Tm 1.12). O grego literal é “meu tesouro” que pode significar “o que me foi confiado” ou “o que confiei a ele”. 

O apostolo Paulo exorta Timóteo em sua primeira carta: “Timóteo, guarda o tesouro que te foi confiado” (1 Tm 6.20). E, no verso 14, dessa epistola, mais uma vez: “Guarda o bom tesouro com a ajuda do Espirito Santo que habita em nós” (2 Tm 1.14). algumas perguntas: Que investimento você está fazendo no reino de Deus? Quanto tempo tem se dedicado em oração? Quanto tempo tem se dedicado em leitura da Palavra de Deus? Você tem exercido os seus dons no corpo de Cristo? 

Faça a obra de Deus com responsabilidade: “Porque Deus não é injusto para se esquecer do vosso trabalho e do amor que revelastes para com o seu Nome, pois servistes os santos e ainda os servis” (Hb 6.10).  E, mais: “Portanto, meus amados irmãos, permanecei firmes e que absolutamente nada vos abale. Dedicai-vos, dia após dia, à obra do Senhor, plenamente conscientes de que no Senhor, todo o vosso trabalho jamais será improdutivo” (1 Co 15.58).

Conclusão

Poucas coisas na terra durarão para sempre. De acordo com a Palavra de Deus, só duas coisas durarão: a palavra de Deus (Is 40.8) e a almas das pessoas – daquelas que acreditam em Cristo, destinadas à glória eterna, e daqueles que o rejeitam, resultando em tormento eterno. Para uns ele vai dizer: “Vinde, abençoados de meu Pai! Recebei como herança o reino, o qual vos foi preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34). Para outros, vai afirmar: “Malditos! Apartai-vos de mim. Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).

Paulo exorta Timoteo para preservar o modelo das sãs palavras, ou seja, retenha os princípios da Palavra de Deus em sua vida, internaliza em sua alma. “Guarda o tesouro” como alguém que protege uma sala de tesouros contra ladrões. Em seguida, o apostolo, fala da alma dos homens, citando como exemplo Fígelo e Hermógenes que lhe abandonaram (v.15).

Em seguida, fala de Onesíforo “porque muitas vezes ele me reanimou e não se envergonhou por eu estar preso...quando chegou a Roma procurou-me diligentemente até me encontrar”. O apostolo termina dizendo: “...naquele dia, encontre misericórdia da parte do Senhor” (2 Tm 1.16-17).Uma pergunta: que somos nós: como Fígelo e Hermógenes ou como Onesíforo. 



 

 

 

 

 

terça-feira, 17 de setembro de 2024

 Desperte o dom que há em ti 2 Tm 1.1-7 

Introdução

O apostolo Paulo passou por algumas prisões. A primeira foi na prisão de Cesaréia (Atos 23.35); a segundo foi em Roma numa prisão domiciliar (Atos 28.30). Agora, sua ultima prisão, ele está preso em Roma na “prisão Mamertina”, uma prisão subterrânea, um calabouço. Os homens presos eram descidos por meio de um buraco e presos no compartimento inferior até sua execução. 

A linguagem da epistola de segunda Timóteo é a fala de masmorra, as palavras angustiadas de um homem sofrendo maus-tratos em um buraco úmido e infestado de ratos. Os prisioneiros dependiam de suprimentos trazidos de fora pelos amigos e familiares. Infelizmente, Demas havia abandonado e amado o presente século. Mas, felizmente, “...só lucas está comigo” (2 Tm 4.11); supervisionando sua saúde e fornecendo alimentos e pergaminho ( Tm 4.11).

1)     Saudações

“...Paulo” (2 Tm 1.1), o nome significa “pequeno”, mas na mente da maioria dos cristãos do século I ele era qualquer coisa, menos pequeno. Ele diz em 1 Corintios: “Eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apostolo...”(1 Co 15.9). O apostolo Paulo referia muito mais esse nome do que recebera de nascimento, Saulo. Depois que Cristo lhe apareceu na estrada de Damasco, depois que foi derrubado do seu cavalo “teológico” na estrada de Damasco. “...o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo” (Fl 3.7). 

Daquele dia o maior perseguidor de cristãos passou a ser pequeno diante de seu mestre. O ex-fariseu de Tarso, não mais o mensageiro da morte, o perseguidor de cristãos, passou a carregar o titulo apostolo “mensageiro” ou “enviado”. 

Ele inicia com uma saudação: “Eu, Paulo, apostolo de Cristo Jesus...”. O apostolo estava escrevendo sua ultima carta sabendo de sua importância histórica, uma carta de despedida. Ele escreveu para Timóteo, mas não só para ele. Os escritos do apostolo, depois, eram lidos para a congregação, copiados diversas vezes e, então, distribuídos para as outras igrejas da região para edificação delas.

O Apostolo Paulo dirige a carta a Timóteo, pessoal e individualmente, chamando-o afetuosamente de “filho amado”. O termo grego Teknos refere-se ao filho legitimo, contudo, filho espiritual, filho na fé. Depois lhe saúda: “Graça, misericórdia e paz”. A mensagem do evangelho é sobre graça, o dom de Deus para o indigno. A mensagem do evangelho é misericórdia, o ministério de Deus para o desesperançado. A mensagem do evangelho é paz, o amor de Deus para o angustiado. 

Depois, o apostolo Paulo exorta o seu filho na fé: “Dou graças a Deus” (v.3). Não se esqueçam que ele está na masmorra, numa prisão subterrânea, mas adota uma atitude de gratidão a Deus. A gratidão é o pré-requisito do encorajamento genuíno. Em seguida, ele cultiva um coração de adoração “a quem sirvo”. No original, o termo traduzido descreve as atividades dos sacerdotes no templo. O principal proposito do serviço deles era a adoração a Deus.

E fala da “consciência limpa”. Não há melhor maneira de viver a vida cristã com uma consciência limpa, apegada a Deus e a sua Palavra. No livro de Provérbios, lemos: “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida. Afaste da sua boca as palavras perversas; fique longe dos seus lábios a maldade. Olhe sempre para frente, mantenha o olhar fixo no que está adiante de você. Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros. Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda; afaste os seus pés da maldade” (Pv 4.23-27).

E, por fim, diz o apostolo ternamente ao jovem Timóteo: “...sempre me lembro de você em minhas orações, noite e dia”. Nada é mais importante na vida cristã do que interceder, suplicar, orar pelos nossos irmãos, ombrear com os nossos irmãos em sua angustia.

2)     Família

Lembro-me de sua fé sincera, como era de sua avó Loide, e de sua mãe, Eunice, e sei que em você essa mesma fé continua firme” (2 Tm 1.5). Lucas nos conta que Timóteo era filho de um casamento misto, em que o pai era grego e a mãe judia (Atos 16.1). Pode-se presumir que seu pai fosse descrente, mas a mãe era uma judia crente, que se tornou cristã, quando Paulo visitou a cidade de Listra, em sua primeira viagem missionária. E, antes da mãe, sua avó Loide era também convertida, visto que Paulo escreve sobre a “fé sem fingimento”, das três gerações. Sua avó, sua mãe, e Timóteo. 

É como se o apostolo Paulo dissesse: Você foi instruído corretamente na fé desde sua infância e, por assim dizer, tomou o são ensinamento com o leite materno.

3)     Despertes

despertes o dom....” ou “...avivar a chama do dom que Deus lhe deu...” e “...reavivar o dom de Deus que habita em ti...” e “...mantenha vivo esse dom...” (2 Tm 1.6). “despertar” é acordar, tirar do sono. Avivar é estimular, reanimar, reanimar-se. Reavivar é tornar a avivar, relembrar, tornar com maior intensidade. A expressão “despertes” retrata um homem colocando uma substancia inflável sobre o carvão em brasa e, depois, assopra para criar a chama. 

Na primeira epístola o apostolo Paulo exorta, pela primeira vez, para que Timóteo não desprezasse o dom que havia nele, que foi confirmado por profecias e imposição de mãos ( Tm 4.14). E Novamente, temos essa exortação: “despertes o dom de Deus que está em ti...” (2 Tm 1.6). O que é o dom de Deus? É o que você recebeu de Deus.

Hoje, o apostolo Paulo continua exortando sua igreja sobre o reavivar, o despertar, o avivar o dom de Deus que há em ti. Continua a exortar para que você despertar, trazer com mais intensidade o talento que Deus lhe deu. Desperte o dom de louvar que há em ti; desperte o dom de pregar em que há em ti; desperte o dom de ensinar que há em ti; desperte o dom de orar, de interceder que há em ti. Desperte o dom de evangelismo pessoal que há em ti....

Conclusão

Seja qual for seu temperamento, seja qual for sua história de vida, seja qual for sua dificuldade, o ministério é sobre Deus que lhe chama. Diante da chamada de Deus, Moisés justifica: “Quem sou eu para me apresentar diante do Faraó e fazer sair os israelitas das terras do Egito?”. Respondeu o Senhor a Moises: “Eu estarei contigo...” (Ex 3.11-12).

“Pois Deus não nos deu um Espirito...” (2 Tm 1.7). Aqui, Espírito é com letra maiúscula. A coragem dada por Deus emana de uma vida submetida ao Espirito Santo. Podemos ser tímidos – como aparentemente Timóteo era -, mas o Espirito é ousado. Nossa competência pode vacilar, mas o Espirito nunca falha. Talvez nos falte confiança, mas o Espirito de Deus nunca desaponta e sempre tem certeza.

“Deus não nos deu um Espirito que produz temor e covardia, mas sim o que nos dá poder, amor e moderação”. Poder é “dynamis”, a capacidade sobrenatural de fazer a vontade de Deus. 


   

domingo, 15 de setembro de 2024

 O que é a escola dominical 


É o departamento mais importante da igreja, porque evangeliza enquanto ensina, cumprindo o ide de Jesus: “Ide e fazei com que todos os povos da terra se tornem discípulos...ensinando-os a obedecer a tudo quanto vos tenho ordenado”. (Mt 28.19-20).

É, também, um ministério interpessoal, tendo como prioridade máxima levar o conhecimento das sagradas escrituras às crianças, adolescentes, jovens, adultos, famílias, etc.

Seus objetivos

Ganhar almas

Significa convencer o pecador através do evangelho de Cristo quanto à premente necessidade de o homem arrepender-se de seus pecados, e de aceitar o Filho de Deus como o seu único e suficiente salvador. Portanto, ganhar almas é o principal objetivo da escola dominical; antes de ser a principal agencia educadora da igreja, ela é uma agencia evangelizadora. A escola dominical que não evangeliza não é digna de ostentar tão significativo nome.

Dois tipos de igreja:

A igreja evangélica – é como uma represa de água pura; quem quiser da água pura e potável tem que subir a rampa para chegar até onde a água está reservada.

A igreja evangelística – também é como uma represa de água pura, mas tem tem encanamentos que levam a agua pura para toda comunidade às nações do mundo. Os encanamentos são os crentes cheios de amor e compaixão pelas almas piedosas.

Educar o ser humano na Palavra de Deus

Educar significa desenvolver a capacidade física, moral e espiritual do ser humano, tendo em vista o seu pleno desenvolvimento. Na escola dominical, educa implica formar o caráter do homem, consoante às demandas da Bíblia Sagrada, a fim de que ele tenha os atributos morais de Deus. “Toda Escritura é inspirada por Deus, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado em toda boa obra”. (2 Tm 3.16).

Desenvolver o caráter cristão

A missão da escola dominical é formar homens, mulheres e crianças piedosas. Escrevendo a Timoteo o apostolo Paulo exortou: “Exercita-te a ti mesmo na piedade” (1 Tm 4.7). A piedade não é algo instantâneo, advém do conhecimento sistemático da escritura. Você já ouviu algum crente dizer isso: “Não preciso de Escola Dominical”? Pois é, já tive esse desprazer. Porém, de todos que ouvi isso, alguns hoje já não se encontram mais nos caminhos do Senhor, e outros se encontram enfraquecidos na fé, vivendo um cristianismo raso e infrutífero.

Treinar obreiros

A escola dominical é uma eficiente oficina de obreiros. De suas classes saem os diáconos, presbíteros, evangelistas, pastores, missionários e os teólogos. 95% dos pastores e missionários foram, em algum tempo, alunos da escola dominical. Sem medo de errar, direi que ao pregador, músico, cantor ou obreiro que dissesse “eu não preciso de EBD”, a liderança da igreja deveria responder: “e esta igreja não precisa de você!”. Chega de gente querendo ocupar cadeira no púlpito para aparecer ou usar o microfone e se apresentar em cultos com a casa cheia, sem ter o mínimo interesse de aprender a Palavra de Deus junto de suas congregações.

A história da escola dominical

Era o ano de 1780, Robert Raikes, estava em sua casa escrevendo um editorial. Mas, os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele de seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vicio, da violência e do crime.

As crianças começavam trabalhar aos seis anos de idade. A carga horária era equivalente a uma jornada de 14 horas, pois começava às 5:00 horas da manhã e terminava às 19:00 horas da noite. Os salários eram insignificantes. O livros de Charles Dickens como “David Copperfield e Oliver Twist relatam os sofrimentos de crianças que moravam em orfanatos e viviam trabalhando, como escravos, nas fabricas de tecidos da Inglaterra.

Depoimento de Jonathan Downe ao Comitê Parlamentar sobre o Trabalho Infantil, 6 de junho de 1832: “Quando eu tinha sete anos fui trabalhar na fábrica do Sr. Marshalls na cidade de Shrewsbury. Se uma criança estava sonolenta, o inspetor tocava no ombro da criança e dizia: ‘venha aqui’. Em um canto no quarto havia uma cisterna cheia de água. Ele levantava o menino pelas pernas e imergia na cisterna. Depois do banho, ele mandava a criança de volta para o trabalho.”

Na cidade de Gloucester, onde morava Robert Raikes, era também um polo industrial com muitas fabricas de tecidos. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fabricas ao lado do seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Aos domingos, as crianças ficavam abandonadas nas ruas gritando, brigando e tirando o sossego de todo mundo, enquanto que os  pais ficavam bebendo nos bares, gastando todo dinheiro adquirido.

Naquela época não havia escolas publicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégios de famílias abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficavam sem estudar, trabalhavam todos os dias nas fábricas, menos aos domingos.

Então, Roberto Raikes, no seu editorial começou a relatar histórias de crianças que trabalhavam nas fabricas e aos domingos não faziam nada. Propunha no seu editorial que as crianças tivessem aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática e religião, durante algumas horas de domingo.

As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã.

E, mais, havia algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes dominicais, vendo o efeito salutar que tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja como João Wesley, o fundador da igreja metodista, incorporaram a escola dominical, julgando ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Escritura.

Quatro anos após a fundação da escola dominical já tinha mais de 250 mil alunos e, quando robert Raikes faleceu em 1811, já havia na escola dominical 400 mil alunos matriculados.

E, para finalizar, no Brasil a escola dominical chegou em 1855, em Petropolis (RJ), com o jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sara Kalley, chegaram ao Brasil naquele ano, e logo instalou uma escola dominical para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela região. A primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855, somente cinco crianças participaram, mas Sarah contente com “pequenos começos” contou a história de Jonas, mais com gestos do que palavras, porque estava começando a aprender o português. Ela viu muitas crianças pelas ruas, e seu coração almejava ganha-las para Jesus.

 

 

 

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

 Clama a mim e responder-te-ei

Introdução

O verso 1 desse capitulo fala que Jeremias estava encarcerado no pátio da guarda. E no verso 2, Deus lhe diz que, apesar da situação o comando estava em suas mãos. Foi da vontade permissiva de Deus, foi Deus que estabeleceu e o Senhor é o seu nome.

1)     Clama-a mim

“Clama a mim”, não é para murmurar, não é para reclamar ou lamentar, mas é para “clamar”. Clamar é suplicar, rogar, implorar, até mesmo gritar. Orar a Deus pedindo sua ajuda e orientação.

“mim”: pronome pessoal. Não é para você recorrer a qualquer um, não é para você recorrer ao seu pai, não é para você recorrer a sua mãe, ou qualquer pessoa. Mas, diz o Senhor “Clama a mim”, fale a mim, converse comigo, dependa exclusivamente de mim.

Independentemente de qualquer situação, independentemente da luta que parece impossível, não desista de clamar, não desista de orar, não desista de pedir socorro ao seu Deus. Porque o seu Deus é poderoso, é maravilhoso, é grandioso, é excelso, pode todas as coisas, é soberano sobre tudo e todos.

Não importa o tamanho do seu Golias, clama a mim. Não importa o tamanho do mar vermelho, clama a mim. Não importa o tamanho da muralha de Jericó, clama a mim. Não importa o tamanho do exercito de Senaqueribe que vem contra o rei Josafá, clame a mim. O salmista afirma: “Salva-nos! Já não há quem seja fiel; já não se confia em ninguém entre os homens” (Sl 12).

No salmo 46, os filhos de Corá colocam sua esperança no Senhor: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angustia”. Antes que a angústia chegue, antes que chegue o dia mal, antes que chegue as adversidades, “Deus é o nosso socorro bem presente”, Deus está presente, Deus está do nosso lado na angústia.

O salmo 23 mostra sua confiança em Deus: “Ande que eu ande pelo vale da sombra e da morte eu não temerei”. (sl 23.4).

Novamente o salmista nos diz: “Elevo os meus olhos para os montes de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor que fez os céus e a terra”

Martinho Lutero quando estava indo para a dieta de Worms para enfrentar a igreja católica, fez a famosa canção “Castelo forte”. A primeira parte diz : “Castelo forte é o nosso Deus; espada e bom escudo; com o seu poder defende os seus; em todo transe agudo”.

2)     responderei

E responder-te-ei: Deus não está com seus ouvidos tapados, Deus não está com sua mão agravada. Ele diz a mão do Senhor não está encolhida e nem os seus ouvidos tampados. Ele é poderoso, ele é santo, ele é vivo, ele guerreia nossas guerras.

Mesmo nos momentos mais difíceis da nossa vida, nos momentos de angustia, de peleja, de sofrimento, ele está conosco. Mesmo quando não temos palavras para expressar nossa angustia, O Espirito Santo pega nossa angustia, nosso gemido, nosso choro, e leva diante de Deus, e, toda nossa oração chega a presença de Deus.

Sadraque, mesaque e Abede Nego, foram lançados na fornalha de fogo ardente, mas o Senhor estava com eles. Paulo e Silas foram lançados na prisão, mas a meia noite, Deus lhes visitou com seu poder. Deus ouviu a oração de Josué contra o exercito amalequita e estendeu o dia; Deus ouviu a oração de Sunamita e seu filho foi curado.

Conclusão

“anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes”. Sim, Deus tem coisas maravilhosas para fazer em nossas vidas. Deus tem promessas estupendas, Deus tem uma vida melhor para você, uma vida maior. Deusa sabe o que é melhor para você. Clama a mim....

 

 

terça-feira, 10 de setembro de 2024

 Eles podem, você não 1 Tm 4 

Introdução

O apostolo Paulo no final do terceiro capitulo exorta da maneira certa de se comportar “na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade”.  Portanto, a igreja tem que manter firme os ensinamentos da Palavra de Deus. Depois, ele cita um hino primitivo, cantando pelos irmãos, engrandecendo Jesus Cristo: “Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espirito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na gloria”(1 Tm 3.16).

1)     Eles podem...

O apostolo Paulo começa no capitulo quatro nos advertindo: “O Espirito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios”. Cuidado, cuidado, cuidado! Abandonar é apostatar. O que é apostatar? É quando a palavra de Deus é distorcida, é quando negamos a palavra de Deus e preferimos viver do nosso modo, da nossa maneira. 

Ele descreveu a apostasia como dar ouvidos a espíritos enganadores e aceitar como verdade as doutrinas dos demônios. As doutrinas dos demônios se vestem com vestes respeitáveis e até mesmo piedosas da religião. O apostolo Pedro em sua segunda carta diz: “Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras...” (2 Pe). O ensinamento apela à carne e é apresentado com charme e carisma.

Os falsos mestres possuem dons de persuasão. Poucos conseguem resistir ao carisma deles, conseguem mentir facilmente, são pessoas que fazem movimentos em muitas igrejas. Alguns inspiram tal devoção que as pessoas não questionam suas falas. O apostolo Judas exorta sobre eles: “...certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor” (Jd ). 

Como entra o ensinamento? “Tais ensinamentos vem de homens hipócritas e mentirosos, que tem consciência cauterizada” (1 Tm. 4.2). “hipócritas” é um termo grego que significa “dissimulação” ou “pretexto”. O verbo no grego significa apenas “replicar”, ou “responder”, é um contexto de fala, de debate. São pessoas que afastam da verdade recebida de Deus, mas que fingem o contrário.

 “Mentirosos....e consciência cauterizada”. “MENTIROSOS”, porque seguem diabo, que é pai da mentira. E “consciência cauterizada”, Ou seja, esses falsos mestres perderam os terminais nervosos, toda sensibilidade espiritual, todo temor a Deus, perdeu-se pelo processo de cauterização. “Cauterizar”, vem do latim, que emprestou a palavra do grego, ou seja, eles são marcos, levam em si a marca do seu dono, diabo. 

O que eles ensinam? “Proíbem o casamento e o consumo de alimentos...” Ora, o casamento foi estabelecido por Deus (Gn 2.18), é uma instituição divina, de Deus. Proíbem também o “consumo de alimentos”, impondo leis dietéticas desnecessárias, como se fosse algo espiritual.  

Sendo que o apostolo afirma que tanto o casamento quanto os alimentos são criações de Deus e “...tudo que Deus criou é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com ação de graças” (1 Tm).  E o nosso Senhor ensinou sobre o que contamina: “Não percebem que o que entra pela boca vai para o estômago e mais tarde é expelido? Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso que contamina o homem” (Mt 15.11).

2)     O que fazer?

O apostolo Paulo, primeiro, lembrou Timóteo de sua responsabilidade primordial: ser um bom ministro de Cristo (1 Tm 4.6). O pastor, o pregador, o evangelista são servos de Cristo, somos emissários, somos embaixadores do Rei dos reis. Treinado e equipado para guiar o povo em toda verdade “nutrido pelas palavras da fé e da boa teologia que tens seguido”. Quando somos alimentados pela palavra de Deus e o seu ensino, então, podemos rejeitar “fabulas profanas e tolas”. 

O que seria isso? A palavra “fábula” vem do grego “MUTHOS” que significa uma ideia baseada em ficção, estória ou invenção. Além disso, Paulo ainda diz: “...e de velhas caducas“, Uma expressão usada para dizer “Tolas”. Enfim, misturando tudo isso, em outras palavras, Paulo está falando pelo Espírito de Deus : “rejeita essa ideia baseada em ficção, em estórias e invenções, isso é tolice! Vá se exercitar na piedade, é muito mais lucrativo! “. Piedade, é uma vida com Deus, é andar em amor, em fé, em alegria em tudo aquilo que é bom para nossas vidas.

 Em segundo, exercitar na piedade, na vida com Deus, em oração, em solicitude, em consagração. Aqui o apostolo enaltece o que vem em primeiro lugar: “O exercício físico, de fato, é de algum valor...”. Paulo reconhece os benefícios do exercício físico, mas é temporal. Agora, “a piedade, porém, para tudo é proveitosa, porque tem promessa da vida presente e da futura” (1 tm 4.8). 

Em terceiro, olhe para Jesus. Diz o texto: “Se trabalhamos e lutamos é porque temos colocado a nossa esperança no Deus vivo...” (1 Tm 4.10). Não lutamos para ser salvos, mas lutamos porque já somos salvos, Deus é o Salvador, só Jesus salva. Além, disso, Ele é “o salvador de todos os homens”. Portanto, Jesus veio para salvar o mundo e morreu pelo pecado de todos.

Em quarto, “ninguém te despreze pelo fato de ser jovem”. Timóteo era tímido, as vezes tinha dificuldade de se colocar como líder da congregação. Mas, o apostolo está exortando que apesar de sua pouca idade em relação aos mais velhos da congregação, não se intimide, mantenha seu ministério porque Deus que lhe chamou. Seja exemplo “para os fiéis, na palavra, no comportamento, no amor, na fé e na pureza” (1 tm 4.12). 

Em quinto, “dedique a leitura publica das escrituras”. Leia a palavra, leia em voz em volta, leia meditando, memorize as escrituras, deixa a palavra entranhar dentro de você. Jesus leio as escrituras nas sinagogas diante de todo os religiosos. Mas, não era somente para ler as escrituras “...à exortação e o ensino”. Exortar é persuadir a congregação a agir de acordo com a Palavra. Não somente exortar, também “ensinar”, colocar a palavra de Deus diante dos irmãos.

Conclusão

Não seja negligente para com o dom que há em ti...” Você tem um dom, Deus lhe deu. Timóteo era evangelista, pregador da palavra de Deus. Esse dom lhe foi “concedido mediante profecia, com a imposição das mãos do presbítero” (1 Tm 4.14). Em primeiro 2 Timóteo, novamente o apostolo Paulo exorta quanto ao dom que Timóteo recebera da parte de Deus: “...Mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você...Porque Deus não nos deu espirito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (2 Tm 1.6-7). 

E, por fim, o apostolo Paulo admoesta “tem cuidado de ti mesmo e da doutrina”. A expressão tem cuidado significa “deter-se, prestar atenção”. Primeiro, olhe para você, cuide de você, cuide de seus pensamentos, de sua vida com Deus. Em seguida, cuide da doutrina, defenda a doutrina de Deus, ensine, seja uma testemunha de Jesus em todos os cantos. 


 

domingo, 8 de setembro de 2024

 A história de Eric Liddel 

Introdução

No mês de julho tivemos a olimpíada de Paris. Todos nós ficamos horrorizados com a abertura da olimpíada, quando difamaram a ceia do Senhor com imagens obscenas. Todos que vão para olimpíada buscam uma medalha olímpica, pode ser uma medalha de ouro (primeiro lugar), uma medalha de prata (segundo lugar) e uma medalha de bronze (terceiro lugar). Os Estados Unidos ganharam 126 medalhas olímpicas; já o Brasil ganhou 20 medalhas olímpicas e ficou em vigésimo lugar. 

O Apostolo Paulo afirma que todos os atletas se submetem a um treinamento rigoroso, uma disciplina rigorosa, uma alimentação rigorosa, tudo para conseguir uma coroa que desvanece. Nós, no entanto, estamos correndo a caminhada cristã, seguindo a Jesus de Nazaré, sabendo que existe uma coroa que não perece nos aguardando.

1)     Eric Liddel

Quero contar para vocês a história de Eric Liddel. Ele nasceu no norte da China, em 1902. Filhos dos missionários escoceses: Jamie e Marie Liddel. Passou seus primeiros cinco anos na China comunista, quando tinha seis anos, Eric, foi enviado para uma escola missionária, em Londres. Então, entre os anos de 1908 a 1920, estudou no regime de internato, enquanto seus pais prosseguiam como missionários na China. 

Na escola Eric se destacou muito nos esportes. Ele ganhava quase todos os esportes, principalmente, o atletismo, gostava muito de correr. Com o tempo, tornou-se o mais rápido no cem metros e duzentos metros. Por isso, foi convocado pela federação escocesa para participar da olimpíada de Paris em 1924.

Com os jogos olímpicos se aproximando começou a se preparar. Em todas as competições que disputava, ganhava em primeiro lugar.  Eric tinha um jeito peculiar de correr: seus joelhos iam muito alto na altura do peito, os seus braços giravam como moinhos e, quando se aproximava da linha de chegada, jogava sua cabeça para trás, olhava para o céu e cruzava a linha de chegada.  

Nesse tempo de preparação para a olimpíada de Paris, Eric, conheceu uns rapazes que faziam parte do grupo de Oxford. Era um grupo de oração, reunião, comunhão e estudo da Palavra de Deus. Nisso sua espiritualidade com Deus aumentou, passando mais tempo em oração, meditação e começou a pregar a palavra de Deus em muitos lugares. 

Eric queria ser missionária na China, sua vontade maior era anunciar a Palavra de Deus aos chineses. A Olimpíada, era apenas um projeto dentro do proposito maior de Deus em sua vida. Sua irmã Jenny questionou se era correto ele dedicar tanto esforço para uma corrida. Mas, ele respondeu: “Jenny, Deus me criou para um proposito, ser missionário na China. Mas ele me fez uma pessoa veloz. E quando corro sinto o seu regozijo”.

Quando chegou em Paris para disputar a olimpíada, ficou sabendo que a corrida de cem metros cairia no domingo, 06 de julho. Então, ele se recusou a correr porque era domingo, o dia do Senhor, dia de descanso, dia de se dedicar totalmente a Deus. Portanto, não aceitou correr no domingo. Os jornais do seu país estampo na primeira capa: “Eric Liddel não vai correr os cem metros porque é o dia do Senhor”. Apesar de toda pressão, ele se manteve firme no seu propósito. 

Então, foi escalado para disputar os quatrocentos metros, que não era sua especialidade. Mesmo assim, Eric, iniciou a corrida na frente de todo mundo e continuou na frente até o final. Ganhou a medalha de ouro! Ali estava um cristão que não negociou os seus princípios. Também disputou os duzentos metros e ganhou a medalha de bronze. Virou herói nacional, herói britânico e escocês e todos os jornais estampavam na capa a foto de Eric Liddel, herói nacional. 

E quando todo mundo imaginava que ele ia seguir uma carreira de esportista, atleta, ganhar muito dinheiro com empresas que lhe patrocinaria, decidiu ir para China trabalhar como missionário, fazer a obra do Senhor, ganhar vidas para Cristo. Assim, ele fez, foi para China.

Na China dedicou-se ao esporte e também a evangelização. Lá na China conheceu Florence, filha de missionários, com quem se casou e tiveram tres filhas. 

Infelizmente, a China foi invadida pelo Japão em 1937, trazendo dificuldades para todo mundo. Mas, piorou depois que o Japão entrou na segunda guerra mundial. Eric, vendo toda dificuldade, embarcou sua esposa e filhas para o Canadá, ficando sozinho para cuidar das pessoas e de muitas crianças sem pai e mãe.

Os estrangeiros, como Eric, foram colocados num campo de internação. No entanto, Eric, permaneceu firme em sua vida de oração, leitura bíblica e servindo as crianças no campo. Ele era muito animado, muito feliz, nada tirava seu ânimo, sua fé em Jesus Cristo. 

Os chineses deixavam de se alimentar para oferecer comida aos deuses, então Eric lhes dizia: “Não deis a comida de vocês aos deuses de barro, comem essa comida para saciarem a fome de vocês”. Quantas pessoas hoje presar aos ídolos!

Eric era incansável, falava para crianças do grande amor de Deus por elas. Mas as surras dos japoneses, a fome e os mau tratos lhe machucou tanto que um dia acordou com uma dor de cabeça insuportável. Com o tempo ele ficou mais lento, andava devagar, tinha dificuldade de subir escada. Até que constatou um tumor cerebral. Começou a escorrer secreção, julga-se, que estourou o tumor e os líquidos vazavam pelo nariz e pela boca. 

Um dia quando a dor estava muito forte e sentiu que aquele dia seria o seu ultimo dia, pediu uma caneta e um papel e escreveu: “Digam a todos da Escócia, da Inglaterra, minha faminha, minha esposa Florence e minhas filhas, que Deus teve seu primeiro lugar no meu coração”. Sua cabeça começou a tremer, pus descia pela sua orelha.

Em um dia frio, estava nevando, Eric senta na cama e começou a canta: “Tú és fiel Senhor, tú és fiel, Senhor”. Fechou os olhos e morreu...

Conclusão

Tres coisas importantes para todos nós:

Aceitar Jesus como salvador de nossa vida

Evangelizar, anunciar a palavra de Deus aos homens.

Deixar um legado, uma história. Voce tem deixado algum legado, alguma alma?