terça-feira, 2 de março de 2021

 COISAS QUE JAMAIS DEVEMOS ESQUECER – 2 PE 1.12-15


INTRODUÇÃO:

Os irmãos da igreja primitiva estavam em angustia e desanimados porque tendiam a esquecer das coisas nas quais tinham crido quando se tornaram inicialmente cristãos. E, nestes quatro versículos, Pedro trata de toda questão de tê-las em mente e de mantê-las na lembrança. “... sempre lhes lembrarei estas coisas... continue a lembrá-los...me esforçarei para garantir que vocês sempre se lembrem destas coisas...”

1)    Quando não lembramos

Com que facilidade esquecemos pessoas! Com que facilidade esquecemos amigos! Por exemplo, quando certas pessoas morrem, jamais poderíamos esquecê-las, que a lembrança delas estaria sempre presente conosco. Mas, logo esquecemos. Tem um ditado popular que diz QUE O TEMPO É UM REMEDIO MARAVILHOSO, MAS ISSO É APENAS OUTRO MODO DE DIZER QUE TEMOS ESTA CONSTANTE TENDENCIA DE ESQUECER. 



Aliás, temos, igualmente, a tendência de esquecer grandes e exaltados momentos. Isso ocorrer na vida individual, como também na nossa história nacional. Por exemplo, vejam o caso do profeta Elias, em 1 Reis 18, uma vitória individual e nacional contra os profetas de Baal; em seguida, Deus enviou uma chuvarada, depois de três anos e meio sem chover! No entanto, no dia seguinte, o profeta correra de medo da profetiza Jezabel, com medo de ser morto.

Olha, uma segunda narrativa. Em Exodo 14, temos o povo de Israel afunilado diante de Pi-Hairote, Migdol e o mar (Ex 14.2). O exercito de Faraó vindo violentamente para acabar com tudo, mas Deus deu uma certeza ao povo: “O próprio Senhor lutará por vocês. Fiquem calmos” (Ex 14.14). O Salmo 77.16, poetiza: “As águas te viram, ó Deus, as águas tem viram e estremeceram; até as profundezas do mar se agitaram”. Deus abriu o mar vermelho, todo o povo saiu enxuto; mas o exercito de Faraó fora exterminado. 



  No entanto, um pouco mais adiante, o povo se deparou com as águas de Mara: “Quando chegaram a Mara, descobriram que a água era amarga demais para beber. Por isso chamaram de Mara. O povo começou a se queixar e se voltou contra Moisés” (Ex 15.23).

Não lembramos, quando fazemos um voto e assumimos um compromisso. Dissemos: “Daqui por diante estou determinado a viver de tal ou qual maneira”. Mas, com que facilidade nos esquecemos do voto, do compromisso e do juramento solene! Olha, a repreensão de Deus: “Deus tem sido testemunha entre ti e a esposa que tens desde a juventude, para com a qual foste infiel, não cumprindo a tua promessa de lealdade, embora ela fosse tua companheira, e a mulher da aliança matrimonial” (Ml 2.14).

2)    Por que esquecemos?

Sempre tendemos a esquecer justamente das coisas que desejamos lembrar, e, inversamente achamos impossível esquecer coisas que gostaríamos de esquecer. Temos coisas que gostaríamos de lembrar, coisas maravilhosas, milagres, etc. Mas, há outras coisas das quais às vezes dizemos que daríamos o mundo inteiro para poder esquecer; atos grosseiros, motivos indignos, coisas ditas no calor do momento; coisas que fazemos ou que outros nos fizeram.  Sabemos perfeitamente bem que devemos esquecê-las, mas, vem a pessoa e aquilo se reacende em nós.

Tudo isso é manifestação do pecado. Foi isso que o pecado fez com a natureza humana; é dessa forma que o pecado desvia. Esse é o elemento maldito do pecado, e é ai que o pecado é tão odioso e inquietante. Ele se põe entre nós e o que é melhor e superior.

Pedro, exorta: “Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca dessas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade”, ou “...sempre lhes lembrarei estas coisas, embora já as saibam e esteja firmes na verdade que lhes foi ensinada” (NVT, 2 Pe 1.12)

 Quando o Salmista indaga: “Levanto meus olhos para os montes e questiono: De onde me virá o socorro?” (Sl 121.1). De onde? Agora, vejam o caso do profeta Isaias, capitulo 6: “No ano em que faleceu o rei Uzias...”(v.1).  Toda diferença, segundo Pedro, não está somente em saber, mas em praticar. Se eu não tiver o cuidado de fazer diferença entre o conhecimento e a pratica factual da verdade, isso de nada me valerá. 



Agora, Pedro, anda um pouco mais: “...enquanto eu estiver neste tabernáculo, despertar vocês e fazê-los lembrar”, ou, “E é apropriado que, enquanto eu viver, continue a lembra-los” (v.13). Ou seja, certos princípios precisam estar ativamente presentes em nossos pensamentos.  Paulo roga: “Não conformeis com este mundo...”. Como é o mundo? O interesse está na situação geral, na politica, na economia, nas condições sociais, na pandemia, e em outras coisas.

3)    O que devemos lembrar?

A absolutamente importância da vida

O evangelho se pronuncia a respeito da vida. Ele nos fala sobre a grandeza e a glória da vida. O mundo atual, fora da igreja e fora do evangelho, tem um conceito muito baixo da vida. Acreditam que o mundo vem do acaso, de uma grande explosão, do nada! E o lema é: “Comamos, bebamos e alegremo-nos, porque amanhã morreremos”.

Mas, o evangelho, existe para anunciar que a vida é algo grandioso. A frase: “tu és pó e ao pó retornarás, não foi dito a respeito da alma”. De acordo com a Palavra de Deus, o homem não é meramente um animal pensante que evoluiu de tipos inferiores. O homem é a criação especial de Deus. Deus o fez e o modelou; Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem”. O homem, portanto, é a coroa da criação, e foi feito para coisas grandiosas e extraordinárias. 



 A natureza da vida

“Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou” (2 Pe 1.13,14).

Estou aqui, neste mundo; meu corpo nada é, senão o tabernáculo ou a tenda na qual eu moro por algum tempo. A respeito do Senhor Jesus Cristo, João afirmou que ele veio e “tabernaculou entre nós”. Então, o que é o corpo? Não passa de uma tenda. Ou seja, sou movido a lembrar que este não é o meu lugar permanente de habitação. “Pois, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Fl 1.21).

Os homens, infelizmente, se identificam com seus corpos, com a vida do corpo e com a vida da carne. Então, para eles, a vida neste mundo é a única vida. Mas, nós, cristãos, somos viajantes, somos forasteiros; o mundo é uma espécie de estalagem na qual passamos uma noite em nossa viagem.

O proposito geral da vida

O homem está aqui para glorificar a Deus. Deus criou o homem com essa intenção e com esse proposito, esse é o objetivo das nossas vidas. O que fazemos neste mundo e nesta vida é de grande importância; cada ato conta, cada momento é significativo.

Surge uma pergunta: se esse é o conceito certo acerca da vida, porque a vida está como está? Porque tantas guerras? Fome? Desemprego? Pandemias? E, a resposta para todas as questões está justamente no pecado, em nossa rebelião de Deus e em nossa mania de sermos como Deus.

  Conclusão: “...depois da minha morte tenhais lembrança destas coisas”

Que é a morte? Que acontece quando passamos desta vida? A palavra é êxodo. Para o cristão verdadeiro a morte é apenas a passagem da escravidão e do cativeiro do Egito para Canaã, a Nova Terra. É como o exodo dos filhos de Israel, lá sob o calcanhar de Faraó, o cruel opressor, na escravidão e na servidão; depois, o exodo, a saída, a travessia do mar vermelho e do Jordão, e finalmente a entrada na terra de Canaã e em todas as suas admiráveis possessões. 



 

 

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