Somos sacrifícios vivos. Rm 12.1-2
Introdução:
“Rogo-vos, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresentei o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional” (v.1).
O Apostolo Paulo está falando sobre “apresentar” seu corpo
como sacrifício vivo ao Senhor, uma ação que segue a decisão de tornar-se
cristão; requer que o cristão “separe” para o Senhor de uma maneira “santa” aos
olhos de Deus. Portanto, trata-se de um compromisso com Deus, separado da
decisão de crer em Jesus Cristo, e que leva o crente adiante, no caminho da
santificação.
1)
O
convite para consagração
A apresentação não é
uma ordem, mas um convite.
“Rogo-vos, pois”. Em vez de uma ordem, o apostolo “roga” – o que significa “suplicar” ou “pedir com insistência” – para que façam algo. Paulo reconhece que para que a apresentação de alguém a Deus tenha significado e cause mudanças na vida, tem de ser de coração. “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne” Ez 36.26
A apresentação é
oferecida aos cristãos nascidos de novo.
“A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para
serdes santos” (Rm 1.7). Os cristãos são chamados de “santos” , são nascidos de
novo e separados na mente e no coração de Deus. Além de serem nascidos de novo,
Paulo vai adiante, descrevendo-os em termos radiantes: “Em todo mundo, é
anunciada a vossa fé”. Portanto, a audiência original da epistola era formada
pelos salvos. De fato, Paulo refere-se a eles como “os amados de Deus” (Rm 1.7)
e “irmãos” (Rm 12.1).
A apresentação é
separada da salvação e segue a ela.
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que
apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que
é o vosso culto racional”.
Paulo exorta os cristãos de Roma como grupo, usando o plural “irmãos”,
vários cristãos naquela igreja ainda não tinham se apresentado a Deus. Vamos
aos fatos:
O livro de Romanos 12.1 exorta os cristãos a se apresentarem
a Deus.
Com base nisso, concluímos que alguns cristãos ainda não
tinham se apresentado a Deus.
Assim, a apresentação a Deus não é exigida para se ter uma experiência
de salvação.
Desde que cristãos nascidos de novo são exortados a se
apresentarem a Deus, a apresentação pode seguir e não tem de ocorrer
simultaneamente.
Além disso, desde que Romanos 12.1 exorta os cristãos de Roma como grupo, usando o plural “irmãos”, vários cristãos naquela igreja ainda não tinham se apresentado a Deus.
Desde que Romanos foi escrito a vários cristãos que tinham
sido salvos num período que podia variar de alguns dias a muitos anos, pode
haver um extenso período de tempo entre a decisão de crer em Cristo como
Salvador e a decisão posterior de se devotar totalmente a Deus.
2)
Tomando
a decisão
Paulo “rogou” aos cristãos nascidos de novo para que se consagrassem.
Quantos cristãos nascidos de novo, em determinada igreja, já experimentaram
esta “apresentação de compromisso”? Uma pergunta: Você já se consagrou ao
Senhor, plena e completamente? A consagração nem sempre acontece ao mesmo tempo
da salvação; mas é uma decisão que todo cristão deve tomar e que muitas vezes
ocorre muitos anos mais tarde.
MOTIVAÇÃO PARA
DECISÃO
Um adulto sempre se debatia num carrossel espiritual –
andando em círculos sem sair do lugar, sem progredir em sua vida cristã. Ele
cresceu bastante como novo convertido, mas finalmente parou, estacionou e
começou a declinar. Ele nunca havia chegado a um ponto de sua vida em que
tivesse se entregado totalmente ao Senhor. Ao menos, que ele coloque Cristo em
primeiro lugar, será incapaz de experimentar uma vida de vitória constante.
“TODA VEZ QUE TENTO DEDICAR MINHA VIDA AO SENHOR, ACABAVA
SEMPRE PISANDO NO FREIO, TERMINANDO SEMPRE NO FUNDO DO POÇO”.
“ROGO-VOS, PELAS
MISERICÓRDIAS DE DEUS”.
Qual era a razão usada pelo apostolo Paulo para encorajar a
igreja de Roma a se consagrar? “Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de
Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo...”. A CONSAGRAÇÃO NÃO
É CAUSADA POR UM SENSO DE RESPONSABILIDADE OU DE DEVER, MAS POR UM SENSO DE
GRATIDÃO.
Se você conhece alguém que está lutando para se consagrar,
automaticamente conhece algum cujo “banco de dados das misericórdias” tem
poucas informações. Do mesmo modo, se você pergunta a uma pessoa altamente
consagrada o que o Senhor tem feito por ela, é provável que fique tocado com a
abundancia de testemunhos.
“PELAS MISERICÓRDIAS DE DEUS ... QUE É O VOSSO CULTO RACIONAL”.
Quanto mais nós conhecemos a misericórdia de Deus e sua
compaixão e as traz à memória, mas racional será seu ato de apresentação. O ato
de entrega a Deus deve ser a coisa mais lógica e racional que fazemos. Se a
apresentação é feita numa base emocional, em vez de racional, a “vida de
entrega” pode fracassar. Por isso Paulo diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas
misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (v.1).
Conclusão: Sacrifício vivo e santo e agradável a Deus
Quando uma pessoa apresentava ao sacerdote seu cordeiro, sem defeito, para ser morto, era um ato oficial e definitivo pelos pecados cometidos até aquele momento. O Senhor busca nossa decisão mais importante de apresentarmos a nós mesmos como “sacrifício vivo”.
“Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós
mesmos? Porque foste comprados por preço. Agora, pois, glorifica a Deus no
vosso corpo” ( 1 Co 6.19-20).
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