terça-feira, 29 de setembro de 2020

 Somos sacrifícios vivos. Rm 12.1-2 


Introdução:

“Rogo-vos, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresentei o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (v.1).

O Apostolo Paulo está falando sobre “apresentar” seu corpo como sacrifício vivo ao Senhor, uma ação que segue a decisão de tornar-se cristão; requer que o cristão “separe” para o Senhor de uma maneira “santa” aos olhos de Deus. Portanto, trata-se de um compromisso com Deus, separado da decisão de crer em Jesus Cristo, e que leva o crente adiante, no caminho da santificação.

1)    O convite para consagração

A apresentação não é uma ordem, mas um convite.

“Rogo-vos, pois”. Em vez de uma ordem, o apostolo “roga” – o que significa “suplicar” ou “pedir com insistência” – para que façam algo. Paulo reconhece que para que a apresentação de alguém a Deus tenha significado e cause mudanças na vida, tem de ser de coração. “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne” Ez 36.26 



A apresentação é oferecida aos cristãos nascidos de novo.

“A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos” (Rm 1.7). Os cristãos são chamados de “santos” , são nascidos de novo e separados na mente e no coração de Deus. Além de serem nascidos de novo, Paulo vai adiante, descrevendo-os em termos radiantes: “Em todo mundo, é anunciada a vossa fé”. Portanto, a audiência original da epistola era formada pelos salvos. De fato, Paulo refere-se a eles como “os amados de Deus” (Rm 1.7) e “irmãos” (Rm 12.1).

 Se uma pessoa não é “santa” ou “amada de Deus”, ou parte dos “irmãos” busca devotar-se ao Senhor, não será recebida. Por quê? A única forma válida e aceitável de aproximar-se de Deus é por meio do sangue de Jesus Cristo. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, ao que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.12-13).

A apresentação é separada da salvação e segue a ela.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”.

Paulo exorta os cristãos de Roma como grupo, usando o plural “irmãos”, vários cristãos naquela igreja ainda não tinham se apresentado a Deus. Vamos aos fatos:

O livro de Romanos 12.1 exorta os cristãos a se apresentarem a Deus.

Com base nisso, concluímos que alguns cristãos ainda não tinham se apresentado a Deus.

Assim, a apresentação a Deus não é exigida para se ter uma experiência de salvação.

Desde que cristãos nascidos de novo são exortados a se apresentarem a Deus, a apresentação pode seguir e não tem de ocorrer simultaneamente.

Além disso, desde que Romanos 12.1 exorta os cristãos de Roma como grupo, usando o plural “irmãos”, vários cristãos naquela igreja ainda não tinham se apresentado a Deus. 



Desde que Romanos foi escrito a vários cristãos que tinham sido salvos num período que podia variar de alguns dias a muitos anos, pode haver um extenso período de tempo entre a decisão de crer em Cristo como Salvador e a decisão posterior de se devotar totalmente a Deus.

 Resumindo: a consagração ao Senhor não ocorre necessariamente ao mesmo tempo que a salvação e não é uma exigência para que ela realize. Consagração é um ato voluntário de um cristão verdadeiro e pode ocorrer no momento da salvação, logo depois ou muitos anos mais tarde. Ou, talvez nunca ocorra!

2)    Tomando a decisão

Paulo “rogou” aos cristãos nascidos de novo para que se consagrassem. Quantos cristãos nascidos de novo, em determinada igreja, já experimentaram esta “apresentação de compromisso”? Uma pergunta: Você já se consagrou ao Senhor, plena e completamente? A consagração nem sempre acontece ao mesmo tempo da salvação; mas é uma decisão que todo cristão deve tomar e que muitas vezes ocorre muitos anos mais tarde.

MOTIVAÇÃO PARA DECISÃO

Um adulto sempre se debatia num carrossel espiritual – andando em círculos sem sair do lugar, sem progredir em sua vida cristã. Ele cresceu bastante como novo convertido, mas finalmente parou, estacionou e começou a declinar. Ele nunca havia chegado a um ponto de sua vida em que tivesse se entregado totalmente ao Senhor. Ao menos, que ele coloque Cristo em primeiro lugar, será incapaz de experimentar uma vida de vitória constante.

“TODA VEZ QUE TENTO DEDICAR MINHA VIDA AO SENHOR, ACABAVA SEMPRE PISANDO NO FREIO, TERMINANDO SEMPRE NO FUNDO DO POÇO”.

“ROGO-VOS, PELAS MISERICÓRDIAS DE DEUS”.

Qual era a razão usada pelo apostolo Paulo para encorajar a igreja de Roma a se consagrar? “Rogo-vos, pois irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo...”. A CONSAGRAÇÃO NÃO É CAUSADA POR UM SENSO DE RESPONSABILIDADE OU DE DEVER, MAS POR UM SENSO DE GRATIDÃO.

 Em vez de “eu sei que devo...”, a idéia é: “sou grato pelo que ele fez; por isso quero...”. A maior motivação para a dedicação a Deus baseia-se unicamente no que Deus fez por nós.  As misericórdias de Deus e a consagração do cristão são sempre inseparáveis. Quanto maiores as misericórdias de Deus, maior a consagração. 



Se você conhece alguém que está lutando para se consagrar, automaticamente conhece algum cujo “banco de dados das misericórdias” tem poucas informações. Do mesmo modo, se você pergunta a uma pessoa altamente consagrada o que o Senhor tem feito por ela, é provável que fique tocado com a abundancia de testemunhos.

“PELAS MISERICÓRDIAS DE DEUS ... QUE É O VOSSO CULTO RACIONAL”.

Quanto mais nós conhecemos a misericórdia de Deus e sua compaixão e as traz à memória, mas racional será seu ato de apresentação. O ato de entrega a Deus deve ser a coisa mais lógica e racional que fazemos. Se a apresentação é feita numa base emocional, em vez de racional, a “vida de entrega” pode fracassar. Por isso Paulo diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (v.1).

Conclusão: Sacrifício vivo e santo e agradável a Deus

Quando uma pessoa apresentava ao sacerdote seu cordeiro, sem defeito, para ser morto, era um ato oficial e definitivo pelos pecados cometidos até aquele momento. O Senhor busca nossa decisão mais importante de apresentarmos a nós mesmos como “sacrifício vivo”. 


“Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque foste comprados por preço. Agora, pois, glorifica a Deus no vosso corpo” ( 1 Co 6.19-20).

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário