Barnabé, discipulador. Atos 4.32-37
Introdução: A história de Barnabé evoca o seguinte principio:
QUEM GERA, CUIDA. Não podemos nos alegrar quando as vidas se rendem a Jesus e
esquecê-las: “Se em vinte quatro horas, ou uma semana, essas pessoas não
receberem visitas, a tendência é não se firmar na fé cristã”. Então, é preciso fechar a porta dos fundos e
se preciso, soldá-la!
É necessário cuidar das vidas, não se
ocupando apenas em ganhar, mas empenhando-se para não perder ninguém, seguindo
o mesmo exemplo do Nosso Senhor Jesus Cristo: “Quando estava com eles no mundo,
eu os guardava pelo poder do Teu Nome, o mesmo nome que me deste. Tomei conta
deles; e nenhum se perdeu, a não ser aquele que já ia se perder para que se
cumprisse o que as escrituras sagradas dizem” (Jo 17.12). Quando a ovelha é
cuidada, consequentemente se torna sadia na fé, como alguém disse: “Ovelha
sadia, sempre gera filhotes”.
1) Barnabé
No inicio da igreja primitiva encontramos um homem que se
destacava no meio dos irmãos. Seu nome era JOSÉ, um nome muito comum na época.
Suas atitudes chamavam a atenção de todos, a ponto de lhe darem um segundo
nome: Barnabé. Então, ninguém conhecia mais José, mas Barnabé! O prefixo grego
“BAR” significa filho e encontramos no Novo Testamento alguns nomes com esse
prefixo: Bartimeu (filho de Timeu); Bartolomeu (filho de Tolmeo). O nome
Barnabé, por sua vez, significa “filho da consolação” e está associado ao
Espírito Santo (Jo 14.26) é chamado de consolador (parakletos).
Portanto, o nome Barnabé – filho da consolação – poderia ser
filho do Espírito Santo. Sabemos que todos que nasceram de novo, tem o Espírito
Santo em suas vidas, mas o caso aqui é caráter e atitude. O que povo enxergava
em Barnabé eram coisas inerentes ao Santo Espírito: consolo, doação e
instrução.
Barnabé era natural de Chipre, que ficava cerca de 97 km a
oeste da Síria. A ilha possui 225 quilometros de cumprimento por 97 quilometro
na parte mais larga. Segundo a tradição, Barnabé foi um dos setenta que Jesus
enviou a pregar.
2) Atitudes
Generosidade
“Então José, um levita natural de Chipre, a quem os apóstolos
deram o sobrenome de Barnabé, que significa “filho da consolação”, sendo
proprietário de um campo, vendendo-o, trouxe o dinheiro da venda e o colocou
junto aos pés dos apóstolos” (Atos 4.36-37).
Ou seja, vendeu seu campo a fim de ajudar a igreja a
desempenhar sua missão. Ele era um homem bom, generoso e de coração disposto e
de larga visão. Também Barnabé e Saulo levam socorro aos irmãos que habitavam
na Judéia por ocasião da fome que aconteceu no tempo de Claudio Cesar (Atos
11.29-30).
Acreditava na
mudança das pessoas
“E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos
discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então, Barnabé,
tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele
vira ao Senhor, e este lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome
de Jesus” (Atos 9.26-27).
Certo dia, um adesivo em um carro me chamou a atenção:
“quanto mais conheço as pessoas, mas gosto do meu cachorro”. Essa frase
retrata, exemplifica o sentimento de muitos em não dar valor, nem acreditar nas
pessoas. A sociedade é assim, será que a igreja tem a tendência se vergar ao
preconceito da sociedade? IMAGINE SE NÃO HOUVESSE ALGUÉM QUE ACREDITASSE NAS
PALAVRAS DO APOSTOLO PAULO...CALCULE A PERDA QUE ELE E A IGREJA TERIAM... É
SOMENTE LEMBRAR-SE DA HISTÓRIA DO APOSTOLO PEDRO EM JOAO 21.15-17. VOCE
ACREDITARIA EM PEDRO?
Cheio da graça de
Deus
A igreja de Antioquia (Atos 11) formou-se por causa da
dispersão dos judeus depois da morte de Estevão (Atos 11.19), por
apedrejamento. A cidade de Antioquia era a terceira maior cidade do império
Romano e abrigava um santuário dedicado a Apolo, onde eram celebrados ritos
orgíacos em nome da religião. No entanto, o texto afirma: “A mão do Senhor
estava com eles e muitos crendo se converteram. Chegaram aos ouvidos da igreja
em Jerusalém. E enviaram Barnabé até Antioquia. O que Barnabé viu? A graça de
Deus (Atos 11.23). Graça é favor imerecido.
Experimentar a graça é receber uma dádiva que não podemos
adquirir por conta própria, e da qual não somos merecedores. Quando recebemos o
dom da vida, experimentamos a sua graça. Embora mereçamos o castigo, Cristo nos
dá a paz e restauração (Ef 2.8-10).
Criava oportunidade
para outros crescerem
“E partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o
encontrado, levou-o para Antioquia...” (Atos 11.25). Viagem de Antioquia para
Tarso levava três meses para ir e três meses para voltar. Entre a conversão de
Saulo até esses dias passaram-se 10 anos.
Em Atos 13.1, fala sobre alguns homens de Antioquia: Barnabé,
Simeão, Menaém, e Paulo (sempre, na tradição judaica, o primeiro nome era mais
importante). Veja no v.7 do mesmo capítulo: “...mandou chamar Barnabé e
Saulo...”, no v.2: “Separai-me, agora, Barnabé e Saulo...”. Barnabé queria que
outros crescessem, desenvolvessem ministerialmente, não competia e queria andar
com eles.
Em Atos 15.36, na primeira viagem missionária João Marcos
voltou, amarelou, desistiu. Agora, na segunda viagem missionaria, ele queria ir
de novo e Paulo não deixou, não permitiu. “Por essa razão, tiveram um
desentendimento tão exarcebado que decidiram se separar”. Então, Paulo escolheu
Silas e partiu pra segunda viagem missionaria.
Mas, Barnabé ficou com João Marcos, não permitiu que a fé do jovem
esfacelasse. Depois de alguns anos, o apostolo Paulo afirma: “João Marcos é
muito útil no meu ministério”. QUEM É CAPAZ DE VER A GRAÇA DE DEUS É CAPAZ DE
VER QUEM A GENTE PODE SE TORNAR.
Conclusão: Quando uma criança nasce, traz alegria para a sua
família. Gerar filhos para Deus, também, nos dá muita alegria”. Vamos cuidar,
zelar dos novos convertidos.
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